Testando os limites da cretinice – 2

Do artigo de hoje do inefável Marcio Pochmann:

“Nesse sentido, a atual inflação global revela, de um lado, a força crescente dos monopólios privados a impor preços superiores aos custos para manutenção das margens fixas de lucro. De outro, o desequilíbrio de poder entre nação e corporação transnacional, cujo resultado tende a implicar aos trabalhadores, nos momentos de inflação, o prejuízo da perda do emprego ou da queda do salário. “

Brilhante, brilhante… Podemos inclusive – a partir desta explicação originalíssima – inferir os movimentos de formação de monopólios, bem como os momentos em que os monopólios deixaram de existir. Também podemos descobrir quando o pêndulo balança entre o poder da nação e da corporação transnacional. É só olhar quando a inflação aumenta ou cai…

Ainda bem que temos tal gênio entre nós.
P.S. Motivado pelo comentário do Anônimo das 11:10 proponho um concurso aos leitores. Vamos ver quem acha mais cretinices no artigo em questão. Depois eu coloco tudo num post (com o devido crédito).

57 thoughts on “Testando os limites da cretinice – 2

  1. Profeta:

    Fiquei com uma dúvida séria sobre seu comentário:

    A expressão “taxa de juros” vem entre aspas por que você não acredita na sua existência?

    Quanto à facilidade de regular corporações transnacionais eu não tenho dúvida nenhuma. Ela não existe.

    E também não tenho dúvida sobre a eficácia de regular as corporações transnacionais para baixar a inflação: é zero.

  2. Existem tantas contradições nesses rabiscos do Pokemón. Vou apenas citar uma:

    Ele comenta que a ” atual inflação global revela, de um lado, a força crescente dos monopólios privados”

    Então ele compara o tamanho de receitas com PIB, afirmando até que no “Brasil, por exemplo, a Petrobras já é maior que o PIB argentino.”

    Então, a inflação global é formada por monopólios estatais!

    Quanta bobagem…

  3. Anônimo:

    Seu comentário me sugeriu um pequeno concurso entre os leitores do blog: vamos ver quem acha mais contradições e bobagens neste texto. Depois publico na forma de post todas as cretinices localizadas.

    Abs

    Alex

  4. Bem, “…monopólios privados a impor preços superiores aos custos para manutenção das margens fixas de lucro…”
    Os preços são superiores aos custos não por força da inflação global, e sim por obvio raciocinio capitalista de cobrar acima de seus custos para não perder dinheiro. ¬¬

  5. O comentário não foi sério e representa apenas uma piada sobre a relação entre poder da nação e da corporação sendo explicada pela inflação.

    As aspas na “taxa de juros” representa ela como uma entidade maligna que deve ser combatida com propostas de Quermesse.

    Falando sério, eu acredito na existência dela.

    Parabéns pelo blog, já acompanhado a um tempo e varios post possuem insghts interessantes.

  6. Profeta:

    Perdão pela ausência (imperdoável) de senso de humor, mas, de quando em vez, aparecem malucos por aqui.

    Obrigado e seja bem-vindo

    Rafael:

    Realmente são uns monopólios bem malvados, não. Imagine só, preço acima de custo. E os pobres, como ficam?

    Abs

    Alex

  7. Alex,
    mais um bom texto para o Freakonomics brasileiro…e o pior é que nem engraçado é (texto de quermesseiro costuma ser pelo menos engraçado)

    abs
    Edson

  8. Alex,

    Gstando tinta com o Pochman? Nem no Ipea (o verdadeiro) esse sujeito é levado a sério. É um vazio de idéias que chega a ser desumano.

  9. O pessoal da quermesse e’ realmente uma caixinha de surpresas! Sempre que eu penso que algum deles escreveu o cumulo dos absurdos, la’ vem um outro com um absurdo maior.

    Esse e’ mais um que vai para o grupo “utilizavel-apenas-como-mau-exemplo”.

    abracao

    kleber

  10. Desde o “The Quantity Theory of Money: a Restatment”, de Milton Friedman, lá pelos idos da década de 1950, a economia monetária (séria) considera a Teoria Quantitava da Moeda como a única explicação inteligente para a inflação. Os cepalinos, no entanto, arranjaram uma “explicação” diferente: a inflação é um fenômeno de custos. Como tratavam-se de cepalinos, ninguém os levou a sério. Agora vem esse bestunto com a inflação de MARK-UP. Brevemente será indicado ao PRÊMIO IGNÓBEL EM ECONOMIA.

  11. Acho que o Gaspari está usando como fonte certos dirigentes do IPEA.

    Não entendi isso na coluna de domingo dele:

    “Nessa hora veio uma nova “Coisa”. Com a inflação americana a 13%, o presidente do Fed, Paul Volcker jogou a taxa de juros para cima, levando-a a 21,5% no final de 1980. Resultado: dois anos depois, o Brasil quebrou, entrando numa crise que mutilou os sonhos de uma geração.
    Em 1993, um curioso encontrou com Volcker e comentou: “Lendo o seu livro de memórias, fica a impressão de que o senhor quebrou o Terceiro Mundo para salvar a banca americana (que emprestara dinheiro aos emergentes da época)”. Ele respondeu: “Esse era o meu serviço”.”

    Como colocado pelo Greenspan no seu livro, os bancos americanos quase quebraram quando o Volcker subiu as taxas, e aliás, era de se esperar. É fato que os bancos não quebraram afinal, e que as crises latino-americanas da época se devem ao aumento das taxas de juros.

    Mas alguém pode me explicar o que o Gaspari quis dizer quando diz que o Volcker salvou(?) a banca? Tipo, ele tinha tanta certeza que os bancos iam obter os pagamentos dos emergentes?

  12. Adolpho:

    Eu li o livro de memórias do Volcker e o serviço a que ele se referia não era, obviamente, “salvar a banca”, mas trazer a inflação para patamares civilizados.

    Pelo contrário, o aumento de juros promovido pelo Volcker – ao piorar a qualidade do crédito dos países devedores (ainda não eram “emergentes”) – só teve impacto negativo sobre os bancos que tinha exposição a estes países.

    Mas, fazer o quê? O cara não entendo mesmo do assunto.

    Abs

    Alex

  13. 1 – “Nesse sentido, a atual inflação global revela, de um lado, a força crescente dos monopólios privados a impor preços superiores aos custos para manutenção das margens fixas de lucro.”

    Se monopolios estabelecem preços altos, por capricho ou por poder economico mesmo, supondo que a demanda seja ineslástica, o aumento de preços do monopólio será compensado pela redução dos preços nos setores onde os consumidores terão de deixar de demandar, anulando uma “inflação”.

    Concorda Alex?

  14. Jacob:

    O conteúdo do Valor é fechado. Acho que só assinante pode ver tudo.

    Jonas:

    É isto aí. O Pokémon confunde mudança de preços relativos com inflação.

    Abs

    Alex

  15. [i]”De outro, o desequilíbrio de poder entre nação e corporação transnacional, cujo resultado tende a implicar aos trabalhadores, nos momentos de inflação, o prejuízo da perda do emprego ou da queda do salário. “[/i]

    Deste brilhante raciocinio, deduzo a seguinte tese: Do poder descomunal das transnacionais sobre governos, temos a causa e a cura da inflação.

    Vejamos:

    1 – Causa da inflação: A inflação “global” é causada por monopólios privados elevando preços. (“a atual inflação global revela, de um lado, a força crescente dos monopólios privados a impor preços superiores”).

    2 – A cura: Em seguida, o desequilíbrio de poder entre nação e corporação transnacional, cujo resultado tende a implicar aos trabalhadores, nos momentos de inflação, o prejuízo da perda do emprego ou da queda do salário. “

    No 1) temos a causa da inflação. No 2) temos queda do salario e desemprego, logo, temos queda na demanda , ou seja, um remedio para a inflação.

    Estamos diante de uma nova macroeconomia…

  16. por economia ser uma ciência humanas, acho que porchamann esta correto em colocar sua teoria, o que não é unânime, cabe a nós aceitar ou não, vivemos em uma democracia ainda, por favor

  17. Alex,

    Gostaria de entender porque os monopolios privados sao tao mais poderosos e maleficos no Zimbabwe, na Venezuela e na Bolivia?

    Afinal, era de se esperar que com um presidente bolivariano ou cocalero, os monoopolios privados estariam tomando um chute no traseiro, ne?

    “O”

  18. Sempre eh bom lembrar que se algum monopolio privado ou estatal de pais vizinho e amigo por os pes na Bolivia, o Morales envia um poderoso grupo de mutantes defender seu pais: os X-Cholos!

  19. Anônimo:

    Ninguém aqui proibiu o Pókemon de falar o que quiser. Só ridicularizamos o que ele disse, o que é bem diferente.

    E ciências humanas não são imunes à lógica.

    “O”:

    Estes países são “bolivarianistas” exatamente para reagir aos “monopólios privados”… Mas acho que o Picachu não consegue pensar nisto sozinho.

    Abs

    Alex

  20. Hehehe, tenho um professor esse semestre que defende o Pochman e não gosta muito de você. Vou encaminhar esse texto pra ele com os comentários. Vai ser d+

    Abs!

  21. Como criticar a qualidade da
    análise econômica da imprensa se existem economistas como o Pochman, Sicsu, o administrador de empresas (a maioria pensa que é economista)Nakano, o advogado (todos pensam que é economista)Belluzzo, constantemente escrevendo bobagens (os jornalistas embarcam). Infelizmente no Brasil o recalque e o preconceito contra o sucesso, contra om saber, contra a riqueza, ainda é grande (ainda vamos ser um país maduro). Até ricos falam bobagens (vide o Zé Alencar). O Lula tem mais maturidade que o Zé Alencar e os pelegos da FIESP, CNI, etc. (até a FIESP?). Vivem de tributos dos quais prestam contas com menos exigências do que em suas empresas (os sócios e os parentes são mais exigentes). Que sorte que o Meirelles (engenheiro) aceitou enfrentar o BC (salvou o governo Lula e o PT). Vamos reconhecer o bom senso e a capacidade de comunicação do Palocci. Já pensou se a economia fosse entregue ao senador paulista (qualquer um dos dois).

  22. Anônimo(10:42):

    Boa idéia.

    Anônimo (12:03):

    O Serra entregar o comando da economia a qualquer pessoa que não seja ele mesmo? Não há a menor chance.

    Abs

    Alex

  23. Só zombam do Pochmann porque o tiram do contexto. Relacionado com a tese do dr. Mantega (o feijão causa a inflação) verá que tudo faz sentido. Isso porque a correlação do preço do feijão com o valor das tradicionais empresas monopolistas brasileiras na última semana de maio é positivíssima (.96)! Bastaria quebrar uns poucos sigilos telefônicos para expor a coligação monopolistas-plantadores de feijão que conspira contra a nação. Viva o Pokémon! Viva o Brasil.

    Ah, não aceito críticas ou rebates – disserto sobre ciência humana.

    Marcelo

  24. Essa aqui em cima foi engraçada.

    Não gosto de fazer o papel de advogado do diabo, mas um paper recente do Ricardo Reis e do Mark Watson (http://www.nber.org/papers/w13615) diz que a inflação pode mesmo ser reflexo de mudanças em preços relativos. Acho que o Pochman não conhece esse artigo, no entanto, o paper é bem provocador (admito, no entanto, que entender tudo o que está lá não está ao meu alcance ainda).

    Sds.

  25. O paper não favorece a visão do Pochman sobre monopólios privados fixando preço acima do custo, mas só achei legal chamar a atenção para a evidência sobre preços relativos e inflação.

  26. Adolpho:

    Tem gente boa discutindo se o que observamos hoje é inflação (Rogoff) ou mudança de preços relativos (Krugman) captada pelso índices de preços (um debate que podemos, por exemplo, ver aqui: http://krugman.blogs.nytimes.com/2008/07/30/the-rogoff-doctrine/).

    Isto dito, o Picachu não chega a estas sutilezas. Além do que, sempre fica a questão: por que agora? Antes não havia monopólios? E, como bem colocado pelo “O”, em termos espaciais (ao invés do argumento temporal): por que os monopólios são mais fortes no Zimbabwe e Argentina do que no Brasil ou México?

    Abs

    Alex

  27. Nao entendi o porque de tanta discussao a respeito do Picachu. Teve gente que levou a serio. O Picachu e’ muito pessimo, e nao corre nenhum risco de melhorar. Como o pessoal de uma corretora, dando a explicacao da queda da bolsa hoje, num dia de vigorosa alta no mercado americano: “Como tudo o que sobe, desce, acabou prevalecendo a realidade”. Va’ ter vocacao pra pitonisa assim no diabo que o carregue!

    Abracao

    Kleber

  28. Olá Alexandre,
    O que você achou do artigo de hoje do Nakano na Folha ?
    Tenho a impressão, as vezes, ao ler alguns artigos, que alguns economistas não conseguem sair da mesmice.Não escrevem nada além do que os fatos mostram e não se posicionam com firmeza. E esse artigo me pareceu um pouco isso.

  29. Alex,

    Fala-se muito do fraco desempenho do Ibovespa nos últimos 2-3 meses devido à queda generalizada dos preços de commodities. Qual sua visão sobre o assunto? É a queda das commodities mesmo que está impactando negativamente sobre o Ibovespa? (Tendo em vista que outros países não estão tendo um desempenho tão ruim).
    Você tem planos de fazer algum estudo específico sobre o tema no Santander?

    Abs.
    Leandro

  30. Acho que Pochmann e toda a cambada que acredita que os monopólios são os responsáveis pela inflação deveriam ser apresentados à microeconomia. Poderiam aprender que mesmo os monopólios estão sujeitos a uma restrição de demanda. Se o monopolista aumenta o preço de seu produto, uma menor quantidade de pessoas irá consumi-lo. Se a demanda for inelástica e as pessoas aceitarem a nova precificação, então terão de reduzir a demanda de outros produtos. Isso configuraria um cenário de reordenação dos preços relativos, não de inflação. Pode até ser que a inflação parta de P para M em uma economia de inflação alta e totalmente desorganizada, como o caso do Brasil da década de 80, mas é muito difícil de imaginar isso acontecendo nos dias de hoje, com inflação baixa.

  31. “Somente a soma do faturamento das três maiores empresas mundiais equivale ao PIB brasileiro, a 10ª economia do mundo. No Brasil, por exemplo, a Petrobras já é maior que o PIB argentino.”

    Não sei se essa foi a maior cretinice, mas foi grande. Por que comparar faturamento com PIB? Se ele queria fazer essa comparação deveria comparar o lucro e não o faturamento. E depois comparou o patrimônio da petrobrás com o PIB da Argentina, essa foi demais! Por que ele não compara o patrimônio da petrobrás com o patrimônio da Argentina, ou o lucro da petro com PIB da argentina?
    Muito malandro esse cara.

  32. Alex, corri pra postar essa pérola antes de vc! Espero que eu esteja errado e não tenha entendido direito.
    Segue um trecho da coluna do Delfin de hoje no Valor:

    “o Copom, por seu comportamento e comunicação, ameaça a sociedade com a iminência de uma “hiperinflação” e sua resposta provoca uma rápida disseminação do “pessimismo inflacionário” e uma dura resposta dos acordos salariais promovidos pelos sindicatos! “

    Ou seja, em momentos de contágio da inflação o Bacen deveria ao invés de aumentar os juros e cortar o mal pela raiz(já que não se pode contar com a ajuda do de polit fiscal do min da fazenda), tentar “esconder” esse mal, isto é, fingir que nada está acontecendo e, quem sabe assim, a inflação passe despercebida da população, os agentes não revejam as expectativas futuras e a inflação se controle sozinha. Simples assim!!!

    ED

  33. ED:

    Acho que você entendeu tudo mesmo. A solução para o problema inflacionário é fingir que ele não existe…

    De mais a mais, de acordo com o mesmo artigo, a inflação é exógena. Se você deixar bem claro que ela não é um problema seu, eventualmente ela irá embora…

    Abs

    Alex

  34. Alex eu desenvolve alguns modelos econométricos aonde eles provam que não existe correlação entre Selic X inflação.Em 2002 a demanda doméstica não estava acelerada o BC subiu o juros para patamares elevados a inflação aumentou.Já nos outros anos a Selic baixou e a inflação se controlou.

    O culpado dessa inflação atual é os EUA que baixaram os juros por demais da conta provocando expeculação em commodities como petroleo.

  35. Alex,

    Ouvi falar que o pochmon antes de ser economista foi uma estrela do rock, letrista da maior banda de rock de todos os tempos, Spinal Tap.

    Quem mais poderia compor tal perola:

    The Sun Never Sweats

    Bolder than the pirates who used to rule the sea
    Braver than the natives, who never heard of tea.
    They never knew what hit them, said the Spaniards later on.

    Empire.
    It was here and now it’s gone.
    Even the biggest elephant never forgets
    And the sun never sweats.
    No, the sun never sweats.

    You were younger than a virgin, older than the sea.
    You were angel, you were devil, and I was all of me.
    You knew you met your master, when I made you stay at home.
    Woman.
    Whatever made you roll.

    Even the hardest concrete never quite sets.
    And the sun never sweats. No, the sun never sweats.
    Losing is for losers, winners play to win.
    Always love the sinner, you may even like the sin.

    The door that used to open has closed without a crack.
    Woman,
    you’re like the Empire and I still want you back.
    We may be gods or just big marionettes.
    But the sun never sweats.

    Life is a gamble and we’re all placing our bets.
    And the sun never sweats.
    No the sun never sweats.

    “O”

  36. Anonimo(00:19),

    acho q seu problema não é econometria, mas economia mesmo. Não é a Selic que segura a inflação em baixa, mas sim, no caso brasileiro atual, a relação entre oferta e demanda. A selic vem só para corrigir algum eventual desequilíbrio destes dois. Portanto num “estado estacionário” a inflação estará baixa e a selic também.

    ED

  37. Alex vou citar um exemplo de política heterortodoxa que deu certo.A inflação de israel e 1984 foi de 445% ,a política adotada pelo governo de Israel, após uma fracassada tentativa de adotar os conselhos de Milton Friedman, foi um fracasso.Para dizer o mínimo: Congelamento de preços. Em Julho de 1985, o governo lançou o Plano de Estabilização Econômica, que congelou os preços de *todos* os bens e serviços e baniu o mecanismo de indexação automática dos salários. A política aparentemente funcionou. Em 1985, a inflação caiu para 185%. Em 1986, caiu para 19%.

  38. “O que voce acha do livro CHUTANDO A ESCADA, de HA-JOON CHANG?”

    Eu nao li o livro, mas alguns artigos desse autor e resenhas do livro. Eh uma critica aa globalizacao e politicas liberais vinda da extrema-direita.

    Em resumo, o autor acha hipocrisia que paises ricos imponham aos paises pobres direitos de trabalhadores, abolicao da escravidao, democracia representativa, e outros “supostos” avancos.

    Eu nao tenho estomago para isso, mas o que eh mais divertido eh ver nossas esquerdas e heterodochos que sao incapazes citando com aprovacao o Chang — qual o problema deles, sao burros demais para entender o que leem? Ou serah que nem leem o que recitam?

    “O”

  39. Alex!

    Você viu o artigo do Artur Henrique (presidente da CUT) no Valor?

    O cara quer reindexar a economia e voltar com a CMN composta por n-representantes da sociedade, para decicir a “meta de inflação, as diretrizes da política monetária e cambial”.

    Esse pessoal não aprende com o passado.

    Abs
    A

  40. Alex estou iniciando o curso de economia no IBMEC-SP.Perguntei ao meu professor de introdução a economia o que ele achava do regime de ancora cambial.

    Segundo ele por um determinado tempo foi necessário ter cambio fixo para ajudar no controle da inflação,o maior problema foi mante-lo por muito tempo.Nao seria melhoro Brasil ter adotado um regime de cambio flutuante,uma PM séria e uma política fiscal visando superavit’s nominais?

  41. André:

    Em condições normais, a resposta é sim. Levando em consideração o momento em que se adotou a âncora cambial, não. Explico.

    O Plano Real conseguiu trazer a inflação de 40% ao mês para, grosso modo 40% aa (eu sei que a inflação nos primeiros 12 meses do PR ficou em cerca de 22%, mas, na partida do programa a inflação marginal estava ao redor de 40% aa).

    Como você ancora as expectativas de inflação num país que acabou de sair da hiperinflação? Prometendo que a inflação será de XX% (dois dígitos aqui) nos próximos 12 ou 18 meses sem qualquer “track record”?

    Da forma como entendo, simplesmnete não havia opção, NA LARGADA do PR, que não fosse a adoção da âncora cambial.

    Isto dito, os perigos da ancoragem cambial relacionam-se às dificuldades para sair dela. Talvez em 1997 já tivéssemos condições, mas confesso que em 1999, quando passamos forçosamente à flutuação, eu tinha sérias dúvidas sobre nossa capacidade de manter a inflação sob controle.

    Isto tudo para dizer que, sim, esticamos demais a âncora e deveríamos ter feito a transição para câmbio flutuante com metas de inflação mais cedo do que fizemos. Ao mesmo tempo, consigo entender a relutância para fazer a transição. Depois que passamos por ela, ficou parecendo bem fácil, mas antes…

    Abs

    Alex

    P.S. Boa sorte nos seus estudos.

  42. Alex, finalmente: “Chutando a Escada” de Chang, derruba ou não o mito do livre comércio?

    Queria sua opinião sobre este livro e estrategias de desenvolvimento atraves da proteção a industria nascente.

  43. “Alex Ponchmann”

    ?? Deixa eu adivinhar que criatura eh essa…

    Mistura de Alex Schwartsman com Marcio Pokemon e o que seria o extra “n”? Nakano?

    Juro que nao gostaria de estar por perto no momento de concepcao!

  44. Jonas:

    Eu não li o livro, mas o argumento da indústria nascente, se não chegou a ver o Dilúvio, certamente pisou na lama…Em geral é uma defesa de subsídios para quem tem bons contatos políticos.

    Se você quer uma boa análise deste argumento, sugiro um livro excelente: “Against the tide:an intellectual history of free trade” de Douglas Irwin (1996).

    Quem ler este livro verá que livre comércio está longe de ser um mito.

    Isto dito, duvido que Chang tenha derrubado o “mito”.

  45. “Alex, finalmente: “Chutando a Escada” de Chang, derruba ou não o mito do livre comércio? “

    Nao, esse Chang eh um lunatico autoritario, e seus seguidores brasileiros nao conhecem a historia economica do Brasil. Bradam de pulmoes abertos que os EUA se industrializou devido a tarifas altas no seculo XIX, mas esquecem que o OUTRO PAIS com tarifas mais altas naquele seculo chamava-se Brasil (com tarifas mais altas que os chamados protecionistas europeus, como a Alemanha)..

    “O”

  46. Alex eu moro em Recife-pe.Aqui vão ser realizados muitos investimentos como a Refinaria da Petrobras, a CSN vi vim,alguns analistas sugerem que PE vai crescer mais que a média nacional.Eu gostaria de saber se esse cenário de desaceleração da economia brasileira/mundial pode atrapalhar o crescimento do estado de Pernambuco.

  47. Alex porque os planos ortodoxos que o Brasil teve nos anos 80 e 90 não funcionaram?O primeiro foi em 1981, quando o FMI chegou aqui e disse que o Brasil estava gastando muito. A solução foi um estúpido corte de gastos e retração da liquidez, a variação real de M1 de 1974 até 1978 foi de 14,8%, em 1979-80 foi de -11,0%, em 1981-83 -5,1% e em 1984, -4,6%.

    A % do gasto público real em relação ao PIB que havia diminuído de 1971-1973 de 12,3 para 8,1 em 1979-1980, chega a 1981-1983 a 3,5%. O que determina uma retração fiscal realmente forte.

    E a nossa querida inflação, que de 1974 a 1978 foi, em média de 37,8% e em 1979-1980 foi de 93% e em 1981-1983 foi de 129,7%. E chegaria, em 1984, a 223,9%.

    Eu também fiz alguns estudos econométricos que comprovam que é possível manter uma mistura entre políticas heterodoxas e ortodoxas.Por exemplo em momentos de liquidez mundial podemos baixar o juros,desvalorizar o cambio e fazer deficits fiscais para estimular o crescimento da economia e das exportações.Em momentos de baixa liquidez mundial podemos valorizar o cambio ajudando no controle da inflação ,evitando um colapso da economia.

    O Brasil já apresenta problemas cambiais.O dólar estava em 1,56 agora já se encontra em 1,62.Essas oscilações aumentam a inflação.O aumento no deficit fiscal pode ser compensado pelo aumento da poupança privada.

  48. “Eu também fiz alguns estudos econométricos que comprovam que é possível manter uma mistura entre políticas heterodoxas e ortodoxas.Por exemplo em momentos de liquidez mundial podemos baixar o juros,desvalorizar o cambio e fazer deficits fiscais para estimular o crescimento da economia e das exportações.Em momentos de baixa liquidez mundial podemos valorizar o cambio ajudando no controle da inflação ,evitando um colapso da economia.”

    Hahaha… E como que voce valoriza o cambio quando a liquidez mundial eh baixa e desvaloriza quando eh alta?!

    “O”

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