Na orbe de influência da Era de Aquarius, por Maria Helena RR de Sousa
Na orbe de influência da Era de Aquarius
por Maria Helena RR de Sousa
…haja Paciência – e Fé – para esperar o início pleno da Era de Aquarius quando, a acreditar nesses estudos, espero que não teremos figuras como as que hoje em dia estão pintando e bordando pelo mundo afora…
Artigo publicado originalmente no Blog de Ricardo Noblat, na Veja online, 13 de julho de 2018
Alguns leitores hão de se lembrar do excelente musical americano ‘Hair’, que estreou na Broadway em abril de 1968. Com 1750 noites de apresentação, ‘Hair’ lançou para o mundo várias músicas que marcaram época, especialmente a deliciosa “Aquarius”.
Dizem os estudiosos de astrologia que a Era de Aquarius será uma era de fraternidade universal, quando os problemas sociais serão solucionados e teremos um extraordinário desenvolvimento intelectual e espiritual… com harmonia e compreensão, simpatia e confiança entre os povos.
A era em que estamos, de Peixes, iniciada em 498 d.C., regerá o universo até cerca de 2600 d.C. Até lá, só estaremos na orbe de influência de Aquarius. Portanto, haja Paciência – e Fé – para esperar o início pleno da Era de Aquarius quando, a acreditar nesses estudos, espero que não teremos figuras como as que hoje em dia estão pintando e bordando pelo mundo afora.
Por exemplo, os EUA poderão voltar a ser um grande país quando Donald Trump se aposentar e for viver sua vida jogando golfe e amealhando mais dólares. Para ser sincera, a única vantagem que vejo no governo Trump é que seu comportamento, sua cabeça caótica, seu jeito doidivanas, dão aos brasileiros a certeza de que vira-latas são os americanos e não os brasileiros. Para os States, sorry, friends, só vejo desvantagens.
Aqui no Brasil estamos ainda muito, muito longe das promessas da Era de Aquarius. Executivo e Legislativo estão em seu pior desempenho, completamente fora da orbe de influência de Aquarius. E o Judiciário também, com algumas exceções.Temos juízes dos quais podemos nos orgulhar, como Sergio Moro, Laurita Vaz, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, e poucos outros, mas no geral, o Judiciário também está muito em Peixes…
Pior que isso, são os dois aspectos mais feios de nossa sociedade: a pachorra e a ingratidão. Pachorra, como?, perguntarão alguns. Explico: a calma com que nós toleramos os mandos e desmandos das autoridades. Ingratidão: Deus colocou em nosso caminho um juiz de Direito correto, sério, dedicado, estudioso, que respeita o réu assim como respeita o Brasil. Sergio Moro conseguiu o impensável: fazer o cidadão brasileiro reconhecer que a corrupção é uma praga que precisa ser extirpada de nossas vidas.
Mas não é que sua ação saneadora às vezes é criticada? Chegam a criar fake news que visam o desrespeito com que sonham o brasileiro terá por ele. Domingo passado, quando aquele senhor Favretto resolveu agredir o sistema jurídico brasileiro e Moro achou por bem intervir antes que o mal nos inundasse, não é que espalharam que Moro estava numa praia em Portugal e que foi de lá que se ‘intrometeu’? Quando ele está de férias, mas em sua cidade, Curitiba? Estar de férias em Portugal seria perfeitamente legítimo, ilegítima é a mentira!
Até peço desculpas a Trump, mas isso foi uma Trumpada de marca maior! Ingratidão, pachorra e Trumpadas, eis uma mistura explosiva!
Melhor cantarmos ‘Aquarius’ para acalmar nossos corações.
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Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa* – Professora e tradutora. Vive no Rio de Janeiro. Escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005. Colabora para diversos sites e blogs com seus artigos sobre todos os temas e conhecimentos de Arte, Cultura e História. Ainda por cima é filha do grande Adoniran Barbosa