Pintou o campeão. Coluna Mário Marinho. Especial Copa do Mundo
COPA DO MUNDO – ESPECIAL
Pintou o campeão
COLUNA MÁRIO MARINHO
Ops, calma lá!
Adivinhar o futuro não é esporte que eu pratico. Aliás, sequer acredito que Deus tenha dado a alguém esse dom.
Mas, torcer, isso, sim, é o meu esporte.
Se eu estivesse lá em São Petersburgo, capital cultural da Rússia, ou mesmo do Mundo, e, mais precisamente na Arena Zenit, eu teria gritado: pintou o campeão! Ou, em razoável francês, “Peint le Champion!”.
Como joga bonito esse time da França. Tem a delicadeza do povo francês e, às vezes, até mesmo o toque esnobe do parisiense.
Talvez até esse esnobismo francês explique – não justifica – a atitude do craque Mbappe no finalzinho do jogo, irritando um jogador belga ao segurar a bola, impedindo a continuidade do jogo.
Não era preciso mas, talvez, seja propensão inata do jovem que nasceu nos arredores de Paris, que parece filho do goleiro Dida, e que pode ser apontado como o craque da Copa.
O gol que leva à França à sua terceira final de Copa do Mundo (chegou em 1998 e 2006) foi do zagueiro Umtiti, um camaronês baixinho de apenas 1,82 de altura, marcado pelo grandalhão Fellaini, de 1,95 metro de altura. Gol de cabeça.
Mas, nem só de Mbappe com sua velocidade vive a França.
Griezmmann é outro craque a tratar a bola com muito conhecimento, carinho e intimidade. Ao lado dele, Pogba outra grande ameaça aos adversários.
Nesta quarta, sai outro finalista na disputa entre Inglaterra e Croácia.
Os súditos de sua Majestade, a rainha Elizabeth, levam favoritismo.
Mas, numa semifinal de Copa do Mundo é muito difícil apontar favoritismo marcante. Quem chegou entre os quatro tem méritos e muitos méritos.
Para quem, às vezes, condena o brasileiro por falar em pátria de chuteiras, veja a declaração de Mandzukic, o craque do time da Croácia.
– É especial fazer algo tão grandioso pela Seleção de seu País. Esperamos anos por algo grande para a Croácia e estamos perto de conseguir. Será um feito grandioso. Vamos deixar até a última gota do nosso suro para conseguir nosso objetivo de chegar à final.
Não tem
jeito: viramos
piada.
Aos 30 minutos do segundo tempo da vitória da França sobre a Bélgica, recebo mensagem do jornalista Gilberto Mansur, tão atleticano quanto Jorge Amado é baiano:
– Marinho, a Bélgica dá sinais claros de que está sentindo a ausência de Fernandinho.
Fazer o quê, né?
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– Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
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