Contágio e conseqüência
De 2002 até meados deste ano a conjuntura internacional se mostrou extremamente favorável ao país. Sem desmerecer a adoção de políticas domésticas que, não tenho dúvida, ainda ajudarão o país a se diferenciar de vários de seus pares no futuro próximo, parcela relevante dos desenvolvimentos positivos no país se originou de fatores externos.
O país foi beneficiado, em primeiro lugar, pelo aumento de preços de commodities. Como exporta muito mais commodities do que importa, esta alta resultou em preços de produtos exportados crescendo acima dos preços de importados, isto é, uma melhora dos termos de troca. Conjugada à expansão dos volumes exportados, em parte derivada da expansão do comércio global, esta melhora implicou forte elevação da capacidade de importar: entre 2002 e o terceiro trimestre de 2008, estima-se que o poder de compra das exportações tenha crescido em torno de 80%.
Este processo, por sua vez, permitiu que a demanda doméstica passasse a crescer acima da produção, o que não observávamos desde 1997/98, quando preços de commodities em queda haviam piorado nossos termos de troca. Obviamente, se a demanda doméstica cresce mais rápido que a produção, a diferença deve ser coberta com importações físicas crescendo acima das exportações físicas, o que foi possível principalmente pelo aumento do poder de compra das exportações.
Completando este quadro, a expansão da liquidez mundial barateou o financiamento, trazendo vastos volumes de capital estrangeiro, aparentes na expansão do investimento estrangeiro no país, em particular o investimento direto, que se acelerou de US$ 15 bilhões/ano entre 2002/05 para US$ 35 bilhões/ano em 2007/08.
Não há dúvida, porém, que estes três fatores mudaram de direção, isto é, podemos esperar queda de preços de commodities, desaceleração do comércio global e menores fluxos de capital. A resultante não poderia ser mais clara: a capacidade importadora se reduz e, portanto, também a diferença entre o crescimento da demanda doméstica e do produto deverá cair, revertendo o processo observado nos últimos anos.
Quem anuncia esta mudança, como seria de se esperar, é o sistema de preços. Da mesma forma que a melhora externa se traduziu numa taxa real de câmbio mais forte, incentivando a demanda doméstica às expensas da demanda externa, a piora das condições internacionais requer o inverso, isto é, câmbio real mais depreciado, mesmo com a diferença entre os juros locais e os externos na verdade até mais alta que no passado. Aliás, isto só demonstra o que venho há muito insistindo neste espaço, isto é, que a trajetória da taxa real de câmbio depende mais de variáveis externas que a mera diferença de taxa de juros.
Em resumo, o choque externo reverteu as condições que permitiam o crescimento rápido da demanda doméstica com efeitos inflacionários mitigados (não eliminados) pela disponibilidade de importações. Insistir em manter a demanda doméstica acelerada só há de trazer mais depreciação cambial e inflação. Vamos tentar não repetir este erro?
Alex,
melhora nos termos de troca possibilita crescimento nas importações físicas. – ok
importações físicas devem diminuir devido à taxa de cambio.
Ou a taxa de cambio por si só não seria suficiente? Por que não?
caso negativo, que fazer para desacelerar a demanda? mais juros ou menos gastos públicos?
como o ajuste nos gastos públicos são lentos voce está advogando aumento imediato de juros.
é isso? meu raciocínio está correto?
se eu estiver certo o aumento de juros não teria nenhuma relação com a necessidade de evitar fuga de capitais? isso seria apenas uma consequencia e não o objetivo principal?
many tks, BobFields
Pode me chamar de louco ou de otimista desatado, mas acho que o Bacen vai agir corretamente hoje e aumentar a SELIC em 50 pontos-base.
“O”
Ha setores politicamente influentes que dizem que, um aumento dos juros na atuação situação, onde o resto do mundo esta buscando reduzir, seria a sentença de demissão da equipe do BC.
Pelo seu artigo , entendi que os juros devem subir para frear a acelerada demanda que nao encontrara mais produção para supri-la. Mas e este BC, na sua opinião, concorda, ou irá seguir o caminho dos BCs dos EUA, China e Europa (menos Islandia) ?
abraços!
Bob,
O caso para aumentar juros deve ser feito com base na meta de inflacao. Este eh o mandato do Banco Central, nao o equilibrio da conta corrente (ou a saude financeira dos acionistas da Gafisa – este eh o mandato do Min da Fazenda).
Baseado no mandato do Banco Central, eh minha opiniao que faz-se necessario um aumento de 50 pontos base na SELIC, assim como eh minha opiniao que este provavelmente deve ser o ultimo tal aumento neste ciclo de aperto monetario — opinioes estas que sao maleaveis aa chegada de fatos novos, obviamente.
“O”
Alex,
Alguns colegas acima esperam um aumento da SELIC em 0,5%. No meu entender não faria o menor sentido tendo em vista a decisão de investimento e consumo dos agentes ser afetada pelo contexto econômico vigente e futuro. A SELIC já está alta demais, os juros bancários já subiram em multiplicador bem superior aos aumentos da taxa básica (como sempre…) e o crédito tende a ficar mais escasso. Enfim, seria puro conservadorismo. Mas vamos aguardar.
Abç.
M.
“Ha setores politicamente influentes que dizem que, um aumento dos juros na atuação situação, onde o resto do mundo esta buscando reduzir, seria a sentença de demissão da equipe do BC.”
Eu adoro essas apostas: se a diretoria do BC cair, o proximo presidente do Brasil vai se chamar Henrique.
“O”
A desaceleração da demanda já está contratada pela retração do crédito.
ok “O”, às vezes eu perco isso de vista. Cambio flutuante, juros instrumento puro de política monetária, lembrei desta aula.
many tks, BobFields
Bob:
Para que a desvalorização do câmbi nominal se torne desvalorização do câmbio real a demanda doméstica tem que cair. Preferivelmente pelo ajuste da política fiscal. Como não nasci ontem, terá que ser pela política monetária mesmo (daí minha concordância com o “O”, já expressa, acho, num comentário meu em post anterior).
M:
Sobre a Selic ser alta. Alta com relação ao quê? Ao juro externo? E daí?
Não s eesqueça que saímos de uma situação no último Copom em que a avaliação do BC (e qualquer analista sério) era que seria necessário aumentar adicionalmente a Selic para trazer a inflação para a meta em 2009.
A questão é a seguinte agora: entre o último Copom e hoje a situação prospectiva da inflação melhorou ou piorou?
Eu acredito que piorou: o câmbio desvalorizou permanentemente (mesmo que não fique nos níveis atuais, mas a, digamos, 2-2,10, teremos um impacto da ordem de 2,5-3% sobre a inflação dos próximos 10-12 meses.
Há quem diga (com certa razão) que o aperto de crédito tem efeito na direção oposta, mas: (1) este efeito só se materializa em alguns trimestres; (2) só se materializa se o aperto de crédito for permanente (duradouro talvez seja um termo melhor). Pelo que vejo da evolução da questão bancária, não vejao a condição (2) ser atendida. Não dá para tirar a foto de outubro e supor que se trata do filme dos próximos 12 meses.
O BC pode até não subir a Selic hoje. Aí vai correr atrás da inflação (em particular das expectativas de inflação) ao longo de 2009. E todo mundo que hoje pede para Tupã não deixar o BC subir juro, em breve estará dizondo que o BC está atrás da curva.
Abs
Alex
Alex eu discordo um pouco da sua visão.O juros do Brasil já ta alto e a crise de credito vem aí que pode trazer alguns danos para a economia Brasileira.
Aqui na GV-RJ existe alguns economistas (ortodoxos) que defendem um corte na Selic ou manter ela estável.Sergio Werlang,Paulo Rabello de Castro,Sheinkaman todos eles criticam a política de juros altos do Copom.
(1) Um comprimidinho do remédio hoje ou tomar uma cartela inteira dele no ano que vem? O Tio Alex já deu o recado, tao simples como o gasto com 1 comprimido é muito menor do que o gasto com 1 cartela inteira..
(2) “se a diretoria do BC cair, o proximo presidente do Brasil vai se chamar Henrique..”
“O “, desculpe a lentidao, mas não entendi. Explica?
Abs Alex!
A prudencia sugere que o BC suba a Selic em 0,5% hoje. Prudencia e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguem!
Sds
Ed
1. Sheinkaman parece nome de guru indiano.
2. Nunca tinha visto antes um aluno da EPGE se referir aaquela instituicao como GV-RJ.
3. O que ser Paulo Rabello de Castro?
“O”
“O” Sheinkman é o economista brasileiro mais conceituado nos EUA.Qual o problema de chamar GV-RJ não vejo problema.
Eu critico a alta da Selic porque estamos diante de um problema de liquidez,em momentos de crise como esse deveríamos deixar o juros inalterados pelo menos.
Desculpem a ignorância, mas a perspectiva de recessão mundial não vai dar uma porrada (talvez mais do que) suficiente na demanda? Tem alguém aí ainda pegando dinheiro emprestado ou começando grandes e arriscados projetos de investimento?
Eu acho que a última análise do COPOM foi em uma conjuntura em que estávamos morrendo de medo da subida do preço dos alimentos. Não mudou tudo desde lá?
E, a propósito, vocês têm certeza que o dólar continuará subindo?
Doutrinador, acho que o Tio “O” se refere a Henrique Meirelles. Ate’ que poderia ser uma boa opcao.
Hoje por aqui Billy the Ben fez o que todo mundo queria: reduziu a taxa dos fed funds para 1%. Me lembrou uma frase de Einstein: “uma prova inequivoca de insanidade e’ fazer a mesma coisa repetidas vezes e esperar um resultado diferente”.
Mas nao foi essa a taxa de juros do Greenzinho, que nos levou ao problema atual? Os repetidos cortes de juros do Fed, em velocidade sem precedentes, surtiram algum efeito na crise? O ultimo corte de 0.5%, feito ha’ dias atras, em consonancia com BCs do mundo inteiro resolveu alguma coisa?
Sei nao, mas acho que esse desespero em evitar a recessao inevitavel vai so’ piorar o problema mais ‘a frente, exatamente como aconteceu anteriormente no episodio da bolha das dotcom.
Pessoal, o que vai acontecer quando o mercado perceber que esse novo corte nao adiantou nada, e que o Fed esta’ sem municao? Sera’ que havera’ a perda de confianca na economia americana? Bom, caso isso ocorra, o dolar ira’ para a cucuia a passos largos. Problema americano? Mas e o fato de os BCs do mundo inteiro estarem lastreando suas reservas – em enorme proporcao – em dolar?
Portanto acho a medida irresponsavel. O risco de catastrofe e’ maior que o de beneficios. Esperemos que hoje o Copom tenha mais juizo, e siga a orientacao do Tio Alex.
Um grande abraco
Kleber S.
Agora eh torcer para eu estar errado.
“O”
Indice Ze’ do Caixao
– PPP+
Ninguem.
Com a declaracao publica de hoje do FMI, de que a Argentina nao qualifica para ajuda do Fundo, agora ela morreu e JA’ sabe. Em que pese luminares economicos como o ilustre sr. Braz Asneira dizerem o contrario.
– PPP
Islandia
– PP+
Hungria
Belarus
Paquistao
Venezuela do Xavito
Bolivia do Bugrito
– PP
Balticos
Sudeste Europeu
Turquia
Filipinas
Indonesia
– P+
Korea (outlook negativo)
Brasil
Mexico
– P
Austria
Suica
USA
JIX OCT 29 08
Height: 70 cm
Amplitude: 15 cm
A bolsa daqui esta’ parecendo baile da saudade. E’ so’ o garcon derrubar a bandeja que todo mundo sai dancando. Escada acima ou escada abaixo, nao importa.
Um abracao de quebrar costela
Kleber S.
PS: Pesquisa feita na Alemanha divulgada hoje mostrou que 64 pct da populacao e’ a favor do controle total ou parcial do sistema finaceiro pelo estado; olha a nova “sintese” pintando ai’.
Alex,
Acho que a Selic é alta quando comparada a expectativa futura de inflação, pois compará-la aos juros de outros países é até covardia, mas tudo bem, pois ela ajusta a oferta e a demanda tendo em vista, dentre outras coisas, os gastos do governo. O impacto do câmbio será relevante se seguirmos com crescimento forte, o que entendo não ser um cenário razoável, pois acredito na racionalidade dos agentes econômicos. Além disto basta observar a ação dos BC´s pelo mundo para constatar que a preocupação é a desaceleração econômica. Por que seria diferente por aqui?
Quanto ao Meirelles como presidente (alguém mencionou isso aqui neste post) não acho que seria justo com a sociedade brasileira suportar tamanha vaidade, desprovida de suporte técnico, certo?
Abç.
M.
Alex,
Se as expectativas inflacionárias não se acalmarem com a perspectiva de uma queda do taxa de crescimento de quase 6% para uns 3%, então não sei o que pode acalmar, mesmo com o câmbio descontrolado (aliás, o câmbio vai ter um impacto, mas acho improvável que isso implique aceleração constante e prolongada da inflação, a menos que haja aceleração constante e prolongada da desvalorização).
Por outro lado, crescer mais é bom (não?), e como o mundo todo precisa de mais demanda agregada, nós podemos dar.
Eu posso estar sonhando, mas seria muito interessante que se achasse uma maneira de tornar dólares disponíveis para nós brasileiros, de modo que a nossa demanda acelerada possa satisfazer a oferta em excesso dos países desenvolvidos (a perspectiva para os EUA já é de deflação). Como? Sei lá. Via ajuste no câmbio real? Deflação lá fora e um pouco mais de inflação aqui?
Parece que as empresas brasileiras já se safaram de possíveis quebras decorrentes do efeito do câmbio no balance sheet, mas não sei se o crédito pode continuar se expandindo tão rapidamente, porque os sinais do setor bancário são dúbios.
Abs
Adolpho:
Minha impressão é que o pior momento das empresas expostas a câmbio já passou (espero não ser desmentido). Quando (e se) esta impressão se consolidar, os bancos voltam ao crédito e a demanda doméstica volta a acelerar.
Só que, num contexto de piora de termos de troca, não há condição da importação satisfazer a demanda adicional. A manutenção do equilíbrio externo implciaria uma taxa de câmbio mais desvalorizada que antes. Para manter equilíbrio interno e externo, a demanda doméstica tem que desacelerar. E, com bancos retornando à normalidade, isto não acontece sem a ação do BC (aliás, pode acontecer com a inflação acelerando, mas este não é o resultado que queremos).
Abs
Alex
Alex o que você acha da opinião de Anna Schwartz sobre essa crise?
Anna Schwartz critica Greenspan e Bernanke
The Wall Street Journal
Os mercados de crédito continuam congelados, o mercado de ações continua a ser castigado e uma recessão profunda agora parece ser uma certeza – se é que já não é uma realidade. A maioria das pessoas nunca viu um aperto de crédito como o atual. Anna Schwartz, 92, é uma exceção. Ela não só tem idade suficiente para se lembrar do período entre 1929 e 1933, como também sabe mais sobre a história monetária e bancária do que qualquer pessoa viva. Ela escreveu, junto com Milton Friedman, “A Monetary History of the United States” (1963), relato de como uma política monetária mal conduzida transformou o “crash” do mercado de ações em 1929 na Grande Depressão.
Schwartz trabalha desde 1941 no National Bureau of Economic Research, em Nova York, onde nos encontramos para uma entrevista. Ela está usando uma cadeira de rodas, depois de ter sofrido uma queda, e lamenta suas “muitas enfermidades”. Mas são apenas males físicos. Sua mente está afiada, como sempre. Ela fala com paixão a respeito da atual crise financeira, e uma pitada de resignação. E ao analisar a maneira como as autoridades vêm-se conduzindo, não gosta do que vê.
O presidente do Fed, Ben Bernanke, chamou “Monetary History” de “a principal e mais convincente explicação sobre o pior desastre da história americana”. Schwartz acha que os bancos centrais e o Departamento do Tesouro americano estão errando de novo.
Para entender por que, é preciso entender a natureza dos atuais “distúrbios no mercado de crédito”, como Schwartz os chama. Ouve-se que os bancos não vão emprestar uns aos outros, ou farão isso apenas a taxas de juros punitivas. Os “spreads” – a diferença entre o que custa para o governo tomar emprestado e o que os tomadores do setor privado precisam pagar – estão em níveis históricos de alta. Isso não se deve a falta de dinheiro para emprestar, diz Schwartz, e sim a uma falta de confiança na capacidade dos tomadores de pagarem suas dívidas.
“O Fed vem agindo como se o problema fosse falta de liquidez [mas] o problema básico para os mercados é a incerteza quanto à credibilidade dos balanços das instituições financeiras.” Portanto, embora o Fed tenha inundado os mercados de crédito de dinheiro, os “spreads” não se movem por que os bancos não sabem quem ainda está solvente e quem não está.
Nos anos 1930, como afirmam Schwartz e Friedman em “Monetary History”, os Estados Unidos e o Fed estavam diante de uma crise de liquidez bancária Os bancos quebravam e os depositantes ficavam alarmados com a possibilidade de perder seu dinheiro se seus bancos também quebrassem. Teve início uma corrida aos depósitos. “Se os tomadores não tivessem sacado seu dinheiro, os bancos teriam permanecido em situação boa. Mas o Fed não fez nada e, assim, um banco após outro foi quebrando. Isso motivou ainda mais os depositantes a sacar dinheiro de bancos que não estavam com problemas, provocando mais falências.”
“Não é isso que está acontecendo agora”, diz Schwartz. Hoje, os bancos têm um problema no lado dos ativos de seus balanços – “todos esses títulos exóticos que o mercado não sabe como avaliar”.
“Por quê são ‘tóxicos’?”, pergunta Schwartz. “São tóxicos por que você não pode vendê-los, não sabe o que valem, seu balanço não tem credibilidade e todo o mercado se congela. Não sabemos para quem emprestar por que não sabemos quem está sólido. Portanto, se você conseguir se livrar deles, a coisa melhora.” A única maneira de “se livrar deles” é vendê-los e é por isso que Schwartz acha que a proposta original do secretário do Tesouro, Hank Paulson, de comprar esses ativos dos bancos “foi um passo na direção certa”.
problema é como dar preço a ativos “tóxicos” que ninguém quer. E por baixo desse problema existe outro, mais complexo: se forem precificados aos atuais níveis de mercado, sua venda levaria muitas instituições à insolvência instantânea. Os temores que estão amarrando os mercados de crédito se materializariam e vários bancos provavelmente quebrariam.
Schwartz não diz, mas foi isso que levou Paulson a mudar da compra de ativos dos bancos para sua recapitalização. Ao fazê-lo, porém, desistiu de tentar salvar o sistema bancário, para tentar salvar bancos. Ao tentar manter respirando bancos que de outra forma estariam insolventes, diz Schwartz, o Fed e o Tesouro prolongaram a crise.
“Empresas que tomaram decisões erradas deveriam falir”, afirma Schwartz. “E uma vez que isso fica estabelecido como princípio, o mercado reconhece que faz sentido. Tudo funciona melhor quando decisões erradas são punidas e decisões certas tornam você rico.”
Em vez disso, ficamos ouvindo falarem na maior parte do último ano sobre “risco sistêmico”. Schwartz não concorda com essa idéia. “É muito fácil, quando você é um participante do mercado, alegar que não se deveria fechar uma empresa que está em situação difícil por que todos que emprestaram para ela serão igualmente prejudicados. Se emprestaram para uma empresa que consideravam bastante sólida, a responsabilidade é deles. O governo não tem de salvá-los, como não salvou os acionistas e os funcionários do Bear Stearns. Por que deveriam se preocupar com os credores? Os credores não são mais dignos de serem resgatados do que as pessoas comuns, realmente inocentes em relação ao que está acontecendo.”
É preciso ter coragem para deixar uma instituição poderosa quebrar. Mas a alternativa – o atual congelamento do crédito – é pior, afirma Schwartz. “Acho que, se você tem alguns princípios e sabe o que está fazendo, o mercado responde. Ele vê que suas ações têm uma certa estrutura, que não são ad hoc – você vai fazer isso hoje, mas fará algo diferente amanhã. E o mercado respeita as pessoas em posições de supervisão que parecem estar no comando do que está acontecendo. Portanto, acho que se você é duro com firmas que investiram errado o mercado não vai culpá-lo. Mas quando as autoridades finalmente decidiram deixar o Lehman Brothers quebrar, já haviam salvado tantos outros que o mercado não sabia mais como reagir. Em vez de demonstrar que têm princípios, as autoridades se mostraram erráticas e inconstantes.”
Assim como aconteceu na década de 1920, os “distúrbios” atuais começaram com uma “mania”. Mas sempre há uma causa para as manias. “Se você investiga individualmente as manias que tomaram conta do mercado ao longo dos anos, em todos os casos foi uma política monetária expansionista que gerou o boom de um ativo.”
“O ativo variou de um boom para outro. Mas o propagador básico foi uma política monetária frouxa demais e juros baixos demais, que induziram as pessoas a dizer que está tão barato adquirir os objetos de desejo daquele boom de ativos que elas vão em frente e compram esses objetos. E então, é claro, quando a política monetária passa a ser apertada, o boom entra em colapso.”
O boom dos preços residenciais começou com as taxas de juros muito baixas dos primeiros anos desta década, sob a presidência de Alan Greenspan no Fed. “Agora, Greenspan acrescentou um epílogo às suas memórias, “Time of Turbulence”, sobre o que está acontecendo no mercado de crédito”, diz Schwartz. “Ele diz: ‘É verdade que a política monetária era expansionista. Mas não há nada que um banco central possa fazer nessas circunstâncias. O mercado ficaria muito descontente se o Fed tivesse endurecido. Iriam imaginar que não era somente o boom dos ativos que estava sendo eliminado’.” Em outras palavras, Greenspan “se absolve. Não havia realmente uma maneira de acabar com o ‘boom’ por que você estaria infligindo um dano colateral a áreas da economia que você não iria querer prejudicar”.
Schwartz acrescenta: “Não acho que essa é uma resposta adequada àqueles que afirmam que, na ausência de uma política monetária acomodativa, esse ‘boom’ nos preços dos ativos não teria acontecido.” As políticas baseadas nesse pensamento somente levam a uma contração mais danosa da economia quando a mania termina, e ela sempre termina. “Em geral, é mais fácil para um banco central ser acomodativo, ser mais solto, promover condições que fazem todo mundo sentir que as coisas estão indo bem.”
Entre todas as pessoas, o presidente do Fed, Ben Bernanke, deveria entender isso, diz Schwartz. Em 2002, Bernanke, na época um presidente regional do Fed, disse em discurso em homenagem ao 90º aniversário de Milton Friedman: “Eu gostaria de dizer a Milton e a Anna, em relação à Grande Depressão: Vocês estão certos, nós fizemos aquilo. Sentimos muito. Mas, graças a vocês, não vamos fazer de novo.”
“Essa foi a alegação dele para significar que vale a pena comandar o Fed”, diz Schwartz. Ele estava “familiarizado com a história. Sabia o que precisava ser feito”. Mas talvez esse seja de fato o maior problema de Bernanke. A crise atual não é uma repetição do problema da década de 1930, mas nossos banqueiros centrais vêm respondendo usando as ferramentas que deveriam ter usado na época. Eles estão lutando a guerra passada. O resultado, afirma Schwartz, vem sendo o fracasso. “Não vejo que conseguiram o que deveriam estar tentando conseguir. Portanto, meu veredicto sobre a atual liderança do Fed é que ela não está realmente fazendo seu trabalho.”
Correção: Henry
Alex,
Isso mesmo.
Nao eh o Brasil que estah em condicoes de gerar demanda para estabilizar a economia global. Isso tem que vir de paises que importam commodities (Japao, China, por exemplo) e isso que deve acontecer — a moeda destes paises que importam commodities tem apreciado em termos efetivos.
“O”
AVISO AOS NAVEGANTES
Todo mundo deve estar euforico com o fim da crise. Pelo menos parece ser isso que a subida alucinada dos mercados acionarios pelo mundo todo nesta semana nos faz crer.
Cada um se ilude com o que quiser. Mas um fato que ira’, logo, logo, comecar a fazer manchete, cruzive no Brasil, e’ que aqui nos US tem neguinho latindo pra economizar caxorro. A tal “taxa de poupanca” esta’ explodindo.
Por favor, caros “primos”, levem isso em consideracao.
Imaginem so’ que bom seria ser pego de calcas curtas, como disse o Marolinha, com uma noticia dessas explicando por que a bolsa despencou.
Um abraco de quebrar costela.
Kleber S.
Direto dos anais do retardamento economico, ou coletivo ciritica economica (http://www.criticaeconomica.com.br/)
“Alexandre Freitas e Ricardo Summa*
A atuação do Banco Central (BC) no mercado cambial no dia de hoje (08/10/2008) ajuda a desfazer alguns “mitos”, tais como: a) o regime é de câmbio flutuante, e b) a taxa de câmbio é determinada no mercado futuro, portanto é ineficaz agir no mercado à vista. Ela serviu para ilustrar a crucial importância do Governo na determinação da “taxa de câmbio de mercado”. “
Genial — esses caras sao muito melhores que parodia. Ganham ateh do Hegeliano (alias, cade a figura?)
O “Hegeliano” taqui’, Anonimo. Sem medo de ser criticado. Por falar em critica, seria bom esperar um bocadinho, pra ver no que vai dar esse enrosco todo, nao e’ mesmo? Alias, o artigo publicado acima com entrevista da Scwartzfrau nada mais e’ do que o que temos postado aqui. Os BCs mundiais, capitaneados pelos Fedelhos estao fazendo exatamente o que “denunciamos” ha’ tempos atras: em tempos de boom, inflacionam o mercado aumentando a massa monetaria em nome da “sustentabilidade” do crescimento; em tempos de ” bust”, o fazem com ainda mais vigor, com a desculpa de eliminar o risco recessivo. Ou seja, qualquer idiota pode ser um banqueiro central hoje em dia. So’ o que ele tem a fazer e’ um discurso pra justificar seu aumento do diluvio monetario. Esses senhores passaram a ser “autoridades retoricas”, como de fato e’ mesmo.
Mas nao tem problema, Anonimo. O Hegeliano aqui te paga uma sopinha depois que o “desastre sintetico” ocorrer.
Amigos, imprimam esta resposta para que possamos voltar ao assunto em futuro proximo, sem o problema de lapsos de memoria.
Huhuhuhuhohohohohahahahahahaaaaaa!
Kleber S., o Hegeliano
PS: Alex, que tal botar um teste de QI pro pessoal ao acessar ao site? Somente aqueles com QI maior que trinta (que e’ equivalente ao do chimpanze’), seriam autorizados a entrar?
Alex, eu sei que quando a Argentina der um calote, o tombo vai ser parecido com o de 2002, no entanto, enquanto eles adiam isso, a fase ascendente do ciclo deles que deve estar acabando esse ano foi muito melhor que a nossa. Hoje os heterodoxos fingem que o desastre anunciado lá não tem nada a ver com eles, mas enquanto ele não vem, os alunos desses caras acreditam na “alternativa”. Eu não estaria escrevendo esse comentário se não tivesse uma pontinha de dúvida sobre o desastre, então me desculpe qualquer coisa.
Dados (tirados do RGE monitor):
The country’s macroeconomic indicators are impressive. GDP growth should top 6% y/y in 2008. International reserves are north of $47 billion. The primary surplus is 3.5% of GDP, and the current account surplus is 2% of GDP. Exports soared 45% y/y in September, while imports rose 34% y/y; thus bringing the trade surplus for the first nine months of the year to $10.2 billion. Last of all, there is virtually no leverage within the Argentine consumer sector.
O crescimento que é divulgado é certo? Mesmo com a fraude no Indec?
Abs
Adolpho:
O crescimento deve ficar por aí mesmo. Eu confesso que não sei exatamente quanto a fraude no INDEC afeta estes números. Sabemos que o IPC é fajuto, mas o deflator implícito (que mostra inflação até jun-08 na casa de 20%) não parece ser roubado.
Quanto aos comentários da RGE, os números são aqueles. A interpretação é um lixo.
O primário é 3,5% do PIB, mas quase todo ancorado nas “retenciones”, o que exacerba o efeito cíclico, já que a queda de preços de commodities vai bater em cheio na arrecadação (aqui também pega, mas por vias indiretas que, de qualquer forma, também existem por lá).
A balança também tem sido fortemente impulsionada por:
1) preços de commodities (como aqui); e
2) crescimento da demanda doméstica (portanto importação) brasileira. Mesmo perdendo participação de mercado as exportações da Argentina para o Brasil crescem a um nível muito superior à média das exportações argentinas.
Tanto (1) como (2) ajudam menos na margem, o que sugere um desempenho bastante pior da balança daqui pra frente.
Quanto à ausência de alavancagem, trata-se do típico meio (?) copo cheio: não há crédito porque os bancos ainda não se recuperaram de 2002. Assim, pouca alavancagem não quer dizer que há espaço para expansão de crédito.
Isto dito, o autor poderia ter mencionado as dificuldades de financiamento do setor público, assim como a perda (por enquanto maquiada) de reservas para impedir a desvalorização mais abrupta do peso. Assim teríamos um pouco mais de análise e um pouco menos de propaganda.
Abs
Alex
Adolpho,
Nao subestime o tamanho do buraco que a Argentina se enfiou. A situacao eh desesperadora.
Nao confie em nenhuma das previsoes de bancos e agencias para a Argentina em 2009. Ninguem quer ser o primeiro a dizer que vai haver uma corrida aos bancos e …
“O”
UMA EXPERIENCIA INCRIVEL!
Estou agora no aeroporto de San Fran, moving my neck from Reno, NV, to Houston. Como os primos devem saber, NV e’ o unico estado onde o jogo e’ legalizado, statewide. Supermercado tem videopoker! Como eu tenho que passar metade de meu tempo aqui, por razoes profissionais, tenho me mantido longe da jogatina por todos esses anos. Sabecumequie’, no longo prazo os cassinos sempre ganham, e’ por isso que eles continuam existindo, enquanto N jogadores visitam a Luzia, day in and day out.
Mas acontece que eu tenho um fraco por futebol americano. E os malditos cassinos tem uma secao de sportsbooking, que praticamente nao da’ lucro, mas que e’ utilizada para atrair fanaticos como eu ao cassino, e ai’ “persuadi-los” a jogar outra coisa.
Nos sabados apos o almoco eu costumo ir ao sportsbook para ver os jogos e horarios do fim de semana. Quando depois do champagne brunch deste sabado fui ao book, ouvi uma voz estranha ao meu lado dizendo: “Kleber, o Tennessee vai liquidar com o Green Bay. Esse odds de 4 pontos vai ser moleza!”
(Odds de 4 pontos significa que o time tem de ganhar por 5 pontos de diferenca para que o apostador leve; um placar tipico seria 28 a 20, por exemplo).
“Po, que merda e’ essa?”, disse eu completamente espantado.
“Sou eu, Kleber, a Voz da Fortuna. Voce ja’ ouviu falar de mim, nao ja’?”
“Ja’.”
“Pois e’, hoje eu vim aqui para lhe dar sorte. E um dinheirinho tambem!”
“E o que eu tenho que fazer para ganhar esse dinheirinho?”
“Simples. Aposte 200 pratas no Tennessee.”
“Ai’ sujou, dona Voz, porque o neguinho aqui nao joga!”
“Voce ja’ ouviu a Voz da Fortuna antes, Kleber S. ?”
“Nao, nunca. “
“Pois e’. Pela primeira vez na vida eu estou aqui, bem ao seu lado, e voce vai jogar essa oportunidade fora?”
“Dona Voz, por que qui a gente nao faz um acordo diferente: ta’ vendo aquela loirassa logo ali’?”
“Nada feito, Kleber S. Eu so’ lido com dinheiro. Mas depois de ganhar a grana voce pode convida-la pra jantar. E ai…”
“Dona Voz, eu to sem cash. “
“Sem problema Kleber, tem uma ATM logo around the corner. “
La’ fui eu e saquei o dinheiro. Em seguida me dirigi ao balcao de apostas e mandei ver 200 pratas no Tennessee Titans. So’ o que eles teriam que fazer era ganhar do Green Bay Packers em casa por uma diferenca de mais de 4 pontos. Com 4 eu receberia o dinheiro de volta, com 3 ou menos, crau. Mas eu tinha uma vantagem enorme, agora: a Voz da Fortuna! Fiquei ate’ me sentindo culpado, queria contar pro mundo, subir na mesa e gritar:”Ai’ galera, tudo nos Titans! A Voz da Fortuna falou comigo!”
Mas ai’ num fiz nada nao. A tigrada poderia achar que eu tinha abusado da porra do champagne (barato), o que era razoavelmente verdade.
Hoje me levantei com uma dose imensa de ma’ vontade, a noite mais curta que a visao do Mantega. A ressaca era tao real que parecia solida. A Voz me saudou: “Bom-dia, Kleber S. E ai’, preparado para receber o seu bafo de sorte?”
“Toooo”, grunhi, com a voz rouca uma barbaridade.
Fui pro aeroporto, o voo atrasou, assisto o comeco do jogo, Titans metem logo 6 a 0.
“Viu, Kleber S.
? Num falei? Voce ja’ tinha ouvido a voz da fortuna antes?”
Parei em San Fran. Fui a um bistro pra almocar. O jogo estava na tv (Titans, o melhor time da liga so far this season).
Empatado em 16. Faltam 4 minutos, Green Bay com a bola.
“Porra, Voz, que merda e’ essa, olhai’, o’. “
“Calma, Kle ber S. Voce ja’ ouviu a Voz da Fortuna antes?”
“Nao, mas…”
“Nada de mas!”
Incrivelmente os Titans tomaram a posse de bola! And there they go, marching down the field. 4 segundos pra acabar o jogo, o Titans vai chutar um field goal e liquidar o jogo.
“Porra, Voz, baralho! Se eles fizerem o field goal eles ganham por 3 pontos, e ai’ eu to frito!”
“Kleber, voce ja’ ouviu a Voz da Fortuna antes?”
“Nao. “
“Entao para de me encher o saco e presta atencao na jogada.”
O Kicker do Titans vai pra jogada como se estivesse desfilando em passarela. O Center da’ o snap. O Quarterback reserva agarra a bola e a coloca no chao. O kicker acelera o passo. Chuta. A bola sobe, vai com forca. Nao tem vento. O filho da gruta vai marcar. MAS A BOLA BATE NA TRAVE (SUPREMA RARIDADE) E NAO ENTRA!
“VIIIIIIU, Kleber S.”, tripudiou a voz.
“Vi, dona Voz! Que coisa mais fabulosa, parece MESMO coisa do Destino!”
O jogo vai pro overtime. O Titans tem que marcar um touchdown, 6 pontos. Se marcarem um field goal – 3 pontos – ou perderem, adeus minha grana.
O jogo e’ decidido por morte subita.
O arbitro vem e joga a moeda. Green Bay da’ o kick-off, o Titans recebe, estao no ataque.
“Viu, Kleber, agora voce acredita em mim? E’ tudo uma questao de destino, filho.”
“E’, dona Voz, parece que a coisa esta’ no caminho certo.”
E la’ vao os Titans, um ataque que parecia uma juggernaught!
PORRA, MAS O QUE ACONTECEU? De repente a tv cortou a transmissao do jogo em Tennessee pra transmitir o jogo de uma time local, os malditos bandidos dos Oakland Raiders!
My shaking hand reaches for the Blackberry.
Conecto ao site da NFL. Placar: Green Bay 16, Tennessee 19! 3 fuc-ing points! 3 fuc-ing points!
“E ai’, dona Voz?”.
“Eeee’, Kleber, se fud-mos.”
Por isso, caros primos, cuidadissimo com a Bovespa!
Um abracao de quebrar costela
Kleber S.(puto, sacaneado, e mais pobre)
Alex,
Você concorda que os BCs estão apagando o fogo com gasolina? Se foi excesso de liquidez o que nos levou até aqui não estaríamos apenas comprando um problema talvez maior no futuro?
Quando a recessão mundial passar que será de toda esta liquidez? Se transforma em inflação? Em uma nova bolha?
Às vezes leio alguns comentaristas dizendo que o fiat currency vai perder sua credibilidade e retornaremos ao padrão ouro. Que os BCs vão voltar a recompor suas reservas com ouro, saindo de risco dólar. Isso faz sentido para você?
many tks, BobFields
“Às vezes leio alguns comentaristas dizendo que o fiat currency vai perder sua credibilidade e retornaremos ao padrão ouro. Que os BCs vão voltar a recompor suas reservas com ouro, saindo de risco dólar. Isso faz sentido para você?”
Nao. Nao faz sentido algum.
Eh mais facil acontecer um holocausto nuclear ou o Corinthians ganhar a Libertadores.
“O”
Alex, sobre esse trecho:
“O país foi beneficiado, em primeiro lugar, pelo aumento de preços de commodities. Como exporta muito mais commodities do que importa, esta alta resultou em preços de produtos exportados crescendo acima dos preços de importados, isto é, uma melhora dos termos de troca. Conjugada à expansão dos volumes exportados, em parte derivada da expansão do comércio global, esta melhora implicou forte elevação da capacidade de importar: entre 2002 e o terceiro trimestre de 2008, estima-se que o poder de compra das exportações tenha crescido em torno de 80%.”
Tem um “visão do desenvolvimento”, que é uma publicação da área de pesquisa do BNDES que dá uns números sobre o resultado sobre a balança de pagamentos frente a uma redução nos preços do commodities.
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/publicacoes/catalogo/visao.asp
O número 55.
No texto diz que o impacto da queda de preços de commodities não será tão dramático, uma vez que o Brasil é importador líquido de vários tipos de produtos primários.
Só pra constar.
Abs
E esse boato do Belluzzo no BC?
Por que tanto odio pelo Brasil?
Bob Fields, amigo de fe’, se o mundo decidir abandonar a fiat currency guarde um lugarzinho ai’ pra mim em Angola onde a gente possa abrir um boteco pra vender caxaca. Num vai ter muita outra coisa o que fazer. E’ precisamente por isso que eu fico esgoelando contra o que o Billy the Ben tem feito. Pra minimizar uma recessao, que E’ PARTE DO JOGO CAPITALISTA, ele esta’ arriscando precisamente o que voce levantou na sua mensagem.
Cuidado com a “Voz da Fortuna” e uma abraco de quebrar costela!
Kleber S.
Adolpho:
Só um reparo: commodity, no sentido que utilizo, não é sinônimo de produto primário, e sim de bem indiferenciado (homogêneo), com preço formado no mercado internacional. Placa de aço, alumínio (produtos metlúrgicos em geral), mesmo manufaturados, contam como commodities.
Nas minhas contas, dos $198 bi que exportamos nos 12 meses até outubro, $116,5 são commodities, $62 são produtos diferenciados (tem uns $20 bi de outros que não estão abertos). Assim, do que é discriminado, 65% é commodity.
Fazendo a mesma conta pelo lado da importação, $86 bi são commodities (dos quais $ 32 bi de petróleo e derivados) e $ 68 bi de produtos diferenciados (mais uns $ 17 bi de não-especificados), isto é, 56% das importações são commodities.
Em última análise, exportamos $116 bi commodities e importamos $86 bi, um saldo de $ 30bi. Como nosso saldo total até out-08 é $26bi, somos deficitários no resto.
É por este motivo que, se a queda do preços da commodities for proporcional (todas, por exemplo, caindo 20%), o efeito líquido da queda de preços de commodities é negativo. Aliás, historicamente a correlação entre o CRB e termos de troca é de 80%.
Abs
Alex
Alex,
como as medidas do BC ligadas ao crédito até aqui nao tem dado mto resultado, o que vc acha de medidas de direcionamento de crédito; por ex: atrelar a liberação do compulsorio a concessoes de credito para o financiamento de capital de giro?
Outra coisa, há quem diga que o que se viu até aqui em termos de “fuga de capitais” não foi nada, e que o dolar poderia ainda passar de 3 em 2009, quando os investidores internacionais realmente se sentirem desconfortaveis para aplicações financeiras. o que acha?
Qual sua posição sobre controles administrativos sobre os fluxos financeiros de entrada e de saída?
Grato, LL.
“Qual sua posição sobre controles administrativos sobre os fluxos financeiros de entrada e de saída?”
Contra. Na entrada porque não acredito que funcione (melhor é cuidar da regulação prudencial dos bancos) e na saída porque é calote. O melhor remédio contra fuga de capital é câmbio flutuante. Se for a R$ 3,00, que seja.
Abs
Alex
Alex o que você acha da equipe econômica de Barack Obama?
Lawrence Summers
Timothy Geithner
Paul Volcker
Laura Tyson
Jon Corzine
Jason Furman
Austan Goolsbee
Dan Tarullo
ABS Fernando
Bobama, day 1
O mercado caiu bastante hoje, conforme previsto. O rally anterior, tambem conforme “denunciado” anteriormente, era farsesco. Mais uma vez. Foi muito gozado ver o mercado subir como louco numa semana em que o indice de confianca do consumidor caiu pra 38, assim como o do manufacturing activity. Na mesma semana a India reduziu seus juros, e a Xina teve a maior retracao manufatureira que se tem noticia.
Meninos, nao sejam trouxa como eu fui no domingo ouvindo a Voz da Fortuna, hein? Ta’ certo que recuperei metade no jogo da noite, dos Patriots. Tambem posso dar a desculpa de que se nao tivesse falado com o meu filho ao telefone, eu teria apostado no Eagles contra o Seahawks, e ai’ teria terminado no positivo. Tudo verdade, mas tudo desculpa. O fato e’ que acabei o fim de semana 100 bucks no vermelho. Desculpa pode servir para o meu ego, mas nao para o meu bolso. Muita atencao ai’, pois se o Kleber S. estiver certo a respeito da farsa, vai haver pranto e ranger de dentes. Ainda bem que nesse weekend estou em New York, nao da’ pra fazer besteira futebolistica.
“Primos”, a crise financeira pode ter amainado, ou ate’ passado. Mas o que os governos dai’ e daqui estao “exigindo” dos bancos e’ que eles emprestem grana pra neguinho sem lenco nem documento. Espero que isso nao aconteca, porque se acontecer vamos todos voltar ‘a barbarie. E’ so’ uma questao de tempo. Quanto tempo os primos acham que a sociedade, via governo, vai poder continuar doando casa e carro pra inadimplente? Nao me facam rir que me doem os dentes! Isso e’ o fim do capitalismo, pois vai quebrar todo mundo, mocada. Ai’ o sistema financeiro sera’ todo estatizado e o passo seguinte seria tomaticamente dar cartoes de racionamento para a tigrada receber carro, casa, flat screen, etc, de graca. Porque isso e’ o que estao preconizando nas esferas governamentais, com as “bestas capitalistas” aplaudindo. Tio, manda ai’ uma artigo daqueles ferozes, anti-quermesse, mas anti-aproveitadores tambem, pra trazer a tchurma ‘a realidade. Antes que seja tarde.
No entanto, caso o Santander entre na jogada de emprestar a fundo fodido, digo, perdido, fala ai’ pra sobrinhada em primeira mao, que assim a gente tambem leva algum, ne’ Alex!
Eu nunca devi nada na minha vida, mas se agora a regra mudar, eu to nessa, Tio!
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
Bobama day 2
Mais uma porrada federal Dow Jones: -5 pct hoje. Eu to avisando aos primos pra nao ficarem ouvindo a porra da voz da fortuna, nao e’ mesmo? Mesmo que amanha suba 10 pct. Porque, enfatizando mais uma vez o que tenho dito no blog, ja’ tem neguinho latindo pra economizar caxorro e emprestar dinheiro para inadimplente conduzira’ ‘a ruina total.
A tal recessao que todo mundo “se perguntava” se ocorreria, ja’ chegou nos numeros “oficiais”. Temos denunciado a manobra aqui ha’ bastante tempo,certo?
Os resultados do quarto trimestre vao ser cadavericos. Isso justifica rally sustentado? Claro que nao, ne’ mocada!
O que aconteceu nos dias antecedendo a eleicao foi que hedge funds entraram comprando adoidado. Depois sairam. O que me fez suspeitar da jogada? Porque na segunda da semana passada, o Nikkei, que sempre e’ o boi que vai atras da vaca do Dow, pela primeira vez saiu na frente. Ate’ ai’ tudo bem, se nao fosse pelo fato de que ele subiu em enoooooorme parte em funcao das acoes das siderurgicas e metal-mecanicas de grande porte. Ora, meninos, se os russos anunciaram ha’ tres semanas que cortaram 30 pct da producao de aco, os coreanos da Posco fizeram o mesmo para acos inoxidaveis, os americanos fecharam quase 60 pct dos altos-fornos, por qui catso que a Nippon Steel iria decolar como decolou naquele dia? Ontem a Arcelor-Mittal, maior produtora de aco do mundo, certo que com um punhado de velharias, tambem anunciou um corte de 30 pct. Ah, ja’ sei, o mundo vai crescer sem aco! Genial, nem o Braz Asneira veio com uma dessas. Ainda. Ele chega la’, com certeza.
Primos, o bazofionomics e’ serio, hein? Nao esquecam disso.
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
PS: A reducao brutal de juros realizada hoje pelos diversos bancos centrais europeus, me lembrou uma academia de karate que vi por aqui ha’ algum tempo. O nome? Kukikai.
PS 2: O Marolinha, economicamente falando, esta’ mais sumido que pijama em lua-de-mel. Uma pena, assim eu perco inspiracao.
Bobama Day 3
Excelente a entrevista do president-elect! Ele falou pra baralho, mas nao disse nada. O Dow subiu ai’ um pouco menos que 3 pct. Nao deveria ter subido porra nenhuma, primos. Porque hoje o desemprego nos US subiu para 6.5 pct, o maior em 14 anos. Se os primos revisarem os numeros do “irrational exuberance” da alta maluca de semana passada, os amigos do peito verao que GM – na ocasiao – subiu uns 20 a 30 pct. Mas nao e’ mesmo curioso que hoje eles estao dando bom-dia a caxorro? Toda a midia “especializada” agora ‘a noite estava tecendo comentarios sobre como as montadoras irao para o vinagre sem bail-out do governo. Mas nao e’ um pouco meio muito cedo pra mudar o outlook tao profundamente?
Hoje finalmente o The Economist detonou o “otimismo” do Marolonomics. Um pouco meio muito tarde. Quem se incomodar em ler o opusculo, nao vai se informar de nenhuma novidade que nao tenhamos denunciado aqui nos ultimos meses. Mas agora ta’ em ingles. Alias se algum dos primos quiser, eu posso postar na mesma lingua, assim quem sabe alguem vai botar mais fe’. Mas seria muito legal a tigrada ler o tal artigo. Quem sabe Hegel teria mais adeptos.
By the way, amigos, o problema dos “termos de troca” do Brasil NAO se resume a um simples decrescimo de precos. O consumo aqui fora de aco, mineirio de ferro, o escambau, tambem esta’ caindo de cabeca. Vai afetar o rapaziada exportadora nao so’ no preco, como na quantidade.
Enquanto isso, Mantega, o visionario, fica bostejando a respeito da crise como se ela estivesse passando. Naaaaaao, amigos, pra tal “economia real” ela esta’ so’ comecando.
Alias, Tio, como e’ que voce se sente como um cara “virtual”? Os neguinhos estao tratando o mercado e empresas financeiras como tal. Como se nao fossem essas as veias de transmissao do sangue economico.
Mas continuemos com a farsa, nao e’ mesmo? No passado tudo o que o Marolinha tinha a fazer era dar um autografo e fazer um discurso. Tudo estava resolvido. Vamos ver se o Bobama consegue fazer a mesma magica. Ou nao, como diria Caetano.
Bob Fields, irmao, ja’ arrumou um lugar pra gente vender uma caxacinha ai’ em Angola?
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
Na verdade já rolou uma ajuda aos fabricantes de automóveis:
http://www.econbrowser.com/archives/2008/09/detroit_gets_in.html
E as coisas estão muito feias mesmo pra eles:
http://www.econbrowser.com/archives/2008/11/another_bad_mon.html
Já arrumei sim Kleber, cachaça, amendoim e camisinha na promoção. No início vamos aceitar dólar, mas depois só real currency. Diamante, ouro e petróleo, nada de kwanza. A chinesada daqui vai cair matando.
Sobre a Economist eu li a matéria e a revista realmente mudou completamente o tom em relação ao Brasil, Marolinha e Cia vão dizer que fazem parte da midia golpista agora.
abs, BobFields
Bobama day 4
A ideia do president-elect de salvar as automobilisticas de Detroit e’ de jerico. E uma grande falacia tambem. Senao vejamos:
1- Os acionistas JA’ visitaram a Luzia, perderam quase tudo. Ford trades around 2 dollars, GM around 4.
2- Elas vem perdendo dinheiro ha’ varios anos. Mesmo no ano dourado para toda a economia mundial, que foi 2006, elas registraram prejuizos.
3- Isso demonstra portanto que o problema esta’ no business model, nao na conjuntura catastrofica atual.
4- Por isso, o aporte de capital para a GM – entre 25 e 50 bilhoes de dolares – so’ tem uma direcao, que e’ a do ralo.
5- Qual e’ o problema dessas empresas? CUSTO. Da’ pra reverter o problema de custo com modernizacao? NAO. Por que nao? Porque a competicao se da’ com empresas estrangeiras DENTRO dos US.
6- Essas empresas estao no Sul. O custo por hora trabalhada e’ cerca de METADE do das 3 Irmas. Alem disso, as legacy tem 3 pensionistas para cada trabalhador ativo. Nenhumas das montadoras no Sul e’ sindicalizada. Todas sao novas e modernas.
7- Por consequencia, nao e’ modernizacao ou racionalizacao que ira’ fechar o gap. E’ tambem indispensavel uma MACRO reducao salarial e de pensoes.
8- O UAW vai topar a reducao? Ho, ho, ho. So’ no dia em que o inferno congelar.
9- O raciocinio do Bobama e’ portanto falacioso. Doar dinheiro para as Irmas nao e’ pra salvar emprego. Porque o consumo para aqueles carros nao desaparecera’ com a falencia daquelas empresas. O que acontece caso elas entrem em concordata e’ que todos os contratos sao interrompidos. Como a unica saida para sobrevivencia e’ o corte salarial…
10- A pior parte do argumento e’ que a producao massiva de hibridos vai promover o turnaround das empresas. Examinemos esse ponto um bocadinho. As montadoras japonesas JA’ fabricam carros hibridos, cuja procura tambem caiu. No final da historia teremos as Irmas produzindo hibridos a custo muito mais elevado, o que causaria apenas UMA mudanca: em vez de perder dinheiro com carros hidrocarbonicos, as Irmas perderao dinheiro com carros hibridos.
11- A solucao bobamica produzira’ portanto um resultado maravilhoso: os contribuites americanos terao a obrigacao de sustentar os funcionarios e pensionistas de Detroit pela eternidade.
Mas va’ ser safado assim no raio que o parta!
Um grande abraco aos amigos
Kleber S.
PS: Bob Fields, ta’ feita a parceria! Mas nada de vender a credito, nao, ta’ falado cumpadre?
PS 2: O Ze do Caixao ja’ esta’ pra meter mais um preguinho no da Letonia, o que a elevara’ a PP+.
Pessoal to puto e to alegre ao mesmo tempo.
Por que puto? Por causa desse post do Tio. E’ de uma estetica e clareza tao evidentes, que explicam plenamente porque o nosso pais fica xafurdando no xiqueiro terceiro-mundista. A explicacao e’ simples: quem tem Alex S. e vai de Mantega, necessariamente gosta de merda.
Mas tive hoje uma pequena – ta’ bom, nao tao pequena – alegria: o Porco foi xurrasqueado em plena Avenida Antarctica. Falei com uma pitonisa, ela me garantiu que o campeao vai ser tricolor.
A conferir.
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
CURTAS, TIGRADA
1- O principal banco da Letonia, um daqueles paises “joia”, com trem no horario e tudo o mais, abriu o biquinho. Zezinho do Caixao gritou: “Preguinho, preguinho!”. Os primos estao verificando na pratica que o Kleber S. nao engana ninguem. E que o indice ZdC funciona como um relogio. Por isso mesmo, caso o Brasil do presidente Marolinha recuse minha “exigencia” de substituir o Mantegoso pelo Tio, eu mando o Zezinho meter mais um prego nesse caixao (brasileiro, nao letao), o que tornara’ a situacao ainda mais russa. (Po, mas que barbaridade nacionalistica!).
2- A Xina acabou de anunciar um pacotao de quase 600 bilhoes de dolares de investimento. As bolsas da Asia abriram todas excitadas. Esse dinheiro e’ troco, galera, aproveitem o rally de amanha pra descarregar o resto do licho que eventualmente esta’ em vossas maos.
3- Toda forca ao Mengao, que esperamos facam o xurrasco terminal do suino do Parque.
Um abracao de quebrar costela.
PS: Bob Fields, cumpadre, da’ um toque ai’ pros orixas de Angola pra reforcar o Mengao, ta’ falado, amigao? Eles vao ajudar os Libertadores da America a nos libertarem do Porco.
Alex,
os devem estar corridos por aí..
com relação ao crescimento para 2009:
(1)estima-se 2,5% para o ano que vem, o quanto disso é inércial (provocado pelo crescimento de 2008)?
(2)as publicações do Mario Mesquita disponibilizadas no BC recentemente mostram a demanda cada vez mais aquecida, desemprego no fundo, NUCI quase 85%..por qual canal supoe-se a redução da pressão da demanda interna a ponto de justificar essa parada na elevação dos juros?
Tá aberto ao pessoal que quiser opinar..
Grande abraço Tio!
“(1)estima-se 2,5% para o ano que vem, o quanto disso é inércial (provocado pelo crescimento de 2008)?”
100% ou mais.
“O”
Alex você concorda com a analise da Fitch?
Economia fechada protege rating do Brasil, diz Fitch
Reuters
SÃO PAULO (Reuters) – A economia relativamente fechada em relação a outros países emergentes e o elevado nível de reservas internacionais devem preservar o Brasil no grupo dos países considerados de baixo risco de crédito em 2009, segundo a Fitch.
“O fato de o Brasil ter a economia mais fechada o protegeu”, disse à Reuters o diretor-executivo da agência no país, Rafael Guedes.
A Fitch reafirmou nesta segunda-feira o rating soberano do Brasil, atualmente em “BBB-“, assim como a perspectiva estável. Ao mesmo tempo, a instituição mudou a perspectiva para a nota do México de estável para negativa, e a da Chile de positiva para estável. Bulgária, Cazaquistão, Hungria e Romênia tiveram os ratings reduzidos.
Uma vez que a corrente de comércio tem uma participação percentual menor do que outras nações em relação ao PIB, o Brasil deve ser menos afetado pelos efeitos da desaceleração da economia global, mesmo sendo grande exportador de commodities.
A expectativa da Fitch é que o conjunto da economia dos países desenvolvidos (Estados Unidos, Europa, Japão) deve ter uma contração econômica de 0,8 por cento no ano que vem.
Outro fator que, segundo a Fitch, blinda o Brasil contra uma eventual piora da crise são os cerca de 200 bilhões de dólares de reservas internacionais.
Assim, mesmo diante de um congelamento completo das linhas internacionais de crédito, somando-se a uma previsão de déficit em transações correntes de 39 bilhões de dólares, as reservas e os investimentos estrangeiros diretos estimados em 18 bilhões de dólares superariam com sobras a necessidade de financiamento em 2009.
“Nessa figura, o país aparece muito bem”, disse Guedes.
Professor, que bom ter registrado seus blogs favoritos. Quanto aos seus posts, é a nossa aula de economia. Pena que você não tenha tanto tempo e não post diariamente. Apesar de, quando pegas determinados assuntos, não dá change a quem não conhece economia.
Abraçao e uma excelente semana.
João Melo, direto da selva.
Fabio:
Sim, embora em condições normais o relativo fechamento da economia brasileira seja um problema, nas atuais circunstâncias isto mitiga o efeito da crise sobre o país.
João:
Nas últimas semanas está mais difícil arrumar tempo para o blog. Espero conseguir retomar quando as coisas acalmarem um pouco (se acalmarem).
Abs
Alex
Henrique:
Achei! Chama-se “O descopasso é cambial”. A data é 9/set/2008.
Abs
Alex