Cachinhos de Ouro e keynesianos de quermesse

“O problema é o câmbio”. Este foi, nos últimos anos, o mantra dos keynesianos de quermesse, segundo quem o problema do Brasil resumia-se ao câmbio “fora de lugar”, apesar de, precisamente neste período, a economia brasileira ter acelerado para patamares há muito não vistos. Até aí, sem surpresa. O surpreendente mesmo é, depois da maciça desvalorização da moeda, ainda ter que ouvir que, sim, “nosso maior problema é o câmbio”.

A lamúria agora é que o câmbio desvalorizou-se demais, sem motivo, e que, portanto, o regime de câmbio flutuante, conivente com este fenômeno, não seria adequado ao Brasil. Esta visão, porém, está errada. Confunde sua própria incapacidade de entender os movimentos da taxa de câmbio com uma suposta irracionalidade do câmbio flutuante e, por este motivo, chega a conclusões equivocadas tanto no que se refere à necessidade de mudança de regime, como às condições necessárias à adoção de políticas anticíclicas.

De fato, como destaquei muitas vezes neste espaço, a quermesse sempre atribuiu peso muito elevado à taxa de juros como determinante da taxa de câmbio e, por conveniência ou ignorância, deixou de lado desenvolvimentos externos que têm sido muito mais relevantes para moldar a trajetória do câmbio, em particular os preços de commodities.

Assim, entre o início de 2005 e meados de 2008 os preços de commodities, medidos em dólares, aumentaram cerca de 60%. Medidos em reais, porém, caíram 4%, fenômeno que já sugeriria uma forte relação inversa entre preços de commodities e a taxa de câmbio. Não por acaso, portanto, a queda abrupta destes preços em dólares nos últimos meses (quase 30%), transforma-se em estabilidade em reais, observação também consistente com a relação inversa entre a taxa de câmbio e preços de commodities.

Não há, pois, nada de misterioso no comportamento do câmbio que lance dúvidas acerca da adequação do regime no que diz respeito à sua capacidade de transmitir, de forma muito rápida, os sinais de mudança brusca nas condições internacionais.

Pelo contrário, a desvalorização do real tem nos comunicado que, devido à queda do poder de compra das exportações, nossa capacidade de importar para satisfazer a demanda doméstica foi drasticamente reduzida. Assim, se até há pouco aumento do poder de compra das exportações permitia que a demanda crescesse à frente do produto, trata-se agora de percorrer o caminho inverso, qual seja, reduzir a taxa de crescimento da demanda relativamente à produção. A taxa de câmbio é apenas a mensageira de uma radical mudança de cenário. Pode-se não gostar da mensagem, mas de pouco adianta silenciar o portador.

Não é correto, portanto, concluir que o país precise proteger sua moeda e estabilizá-la, abandonando o regime de câmbio flutuante, para ter condições de fazer uma política anticíclica. É, na verdade, o oposto: impedir que a moeda se deprecie em reação à piora das condições externas requereria uma contração ainda mais forte da demanda doméstica para equilibrar o balanço de pagamentos, reduzindo adicionalmente o espaço para políticas anticíclicas.

Eis a quermesse: reclama quando o câmbio aprecia e também quando o câmbio deprecia. Quer o câmbio estável, para que as empresas possam projetar suas vidas em longo prazo, mas não hesitaria em mudar regras para impedir a flutuação do câmbio, dificultando exatamente o planejamento das empresas. Querem ser nossos Cachinhos de Ouro, se esforçando para fazer aquilo que o mercado de câmbio faz de graça.

(Publicado 10/Dez/2008)

117 thoughts on “Cachinhos de Ouro e keynesianos de quermesse

  1. Excelente texto.

    Quando fiz minha monografia, li alguns artigos da quermesse e atualmente fico mais tranquilo com o fato de sempre achar que algumas passagens do texto tinham pouco sentido.

  2. Alex,

    então podemos considerar que o efeito da alta câmbio na inflação será nulo em se tratando de commodities?

    para projetar o repasse da alta do dólar nos preços dos próximos meses, o fato do índice CRB em real permanecer estavel reduz pressao inflacionária?

  3. E Belluzo ainda é “conselheiro econômico” do Presidente.
    Na entevista ao Estadão o “professor” não via a hora de berrar: “controle de capitais!!”. Como sempre o “professor” não cita um mísero dado para respaldar suas teses.

  4. Alexandre
    A respeito de juros, li o seguinte, num dos textos do Sthefen Kanitz: “…só existe uma maneira de reduzir os juros em um país onde o Estado toma emprestados para si 80% da poupança do povo. A única forma de baixar os juros nesses casos é reduzir a dívida, devolvendo o dinheiro emprestado aos seus legítimos donos, o poupador brasileiro”…
    O Governo brasileiro toma emprestado, realmente, este percentual? Alguns dizem que está entre 30% e 40%. Qual o percentual real na sua opinião?
    Obrigado pela atenção.
    Augusto.

  5. Augusto:

    Primeira recomendação: não leia o Kanitz. Se precisar muito, pegue uma bula de remédio, contrato de aluguel, ou mesmo uma revista “Manchete” de 1976, mas jamais o Kanitz.

    Quanto à dívida, não é questão de opinião. Ela está em 36,6% do PIB, mas, note, isto é um estoque. O quanto o governo toma emprestado (liquidamente) por ano é o déficit público deduzida a correção da dívida pela inflação.

    Nos dados mais recentes haveria, na verdade, um superávit da ordem de 4% do PIB, mas acredito que muito deste número reflita o uso do IGP como medida de inflação (em out-08 o IGP rodava próximo a 12% e o IPCA metade disto). Num período mais longo (36 meses) haveria um superávit de 1% do PIB, isto é, o governo vem pagando sua dívida à taxa de 1% do PIB/ano nos últimos três anos.

    Como disse, não leia o Kanitz.

  6. Alex,

    este superávit é o primário ou nominal? Não tenho acompanhado esses dados, mas o que lembro é que o governo não chega a pagar a dívida (liquidamente), apenas impede que a dívida cresça mais rápido que o PIB. É isso mesmo ou estou enganado?

    Pedro Garcia

  7. Alex,

    Olhando para as projeções econômicas de 2008 e 2009 da última pesquisa FOCUS: queda do PIB de 5,24% para 2,50% e queda do IPCA de 6,20% para 5,20%, podemos dizer que já está em curso um processo de desaceleração e desinflação na economia brasileira. Com estes mesmos dados, creio que não há dúvida em afirmar que o processo de desaquecimento projetado já está acima do planejado pelo Banco Central. Desta forma, mesmo com a inflação projetada acima da meta de 4,50%, acredito que há a necessidade de o BC agir imediatamente e de forma agressiva, efetivando uma queda acentuada na taxa SELIC já na reunião de hoje (10/12). Imagino que caso o BC opte por uma decisão mais conservadora, teremos mais desaceleração(provavelmente RECESSÃO) e conseqüentemente, menos inflação, o que parece ser indesejável neste momento. Concorda com a minha opinião? Ou você não acredita no cenário
    recessivo e de queda da inflação? Abraço, Carlos.

  8. A internet é ótima, prezado Alexandre. Faz com que muitos daqueles a quem a pessoa ouvia na TV (nem vou citar o exemplo)ou lia em revistas, percam aquela “aura” de conhecedores dos meandros econômicos.
    Abandonei o Kanitz, vou ler uma bula de Haldol. Hehehehe.
    Um abraço.
    Augusto.

  9. Alex,
    você é um dos economistas brasileiros mais lúcidos e incisivos. É um prazer ler suas colunas e posts pois a gente aprende macroeconomia e ao mesmo tempo se diverte. Outro economista ótimo é o Affonso Celso Pastore, sempre tao acadêmico. Vocês dois deveriam escrever um livro de macroeconomia brasileira tipo M.H.Simonsen e Rubens Penha Cysne. Sei que nao é muito recompensador mas seria muito legal para nós seus seguidores.

  10. “A taxa de câmbio é apenas a mensageira de uma radical mudança de cenário. Pode-se não gostar da mensagem, mas de pouco adianta silenciar o portador.”
    E não é isso que o BC está fazendo, ao tentar estabilizar esta taxa? O correto seria deixá-la flutuar livremente?

  11. Pedro:

    É o operacional, i.e., o nominal deduzido o efeito da inflação sobre a dívida. Analisando a dinâmica de dívida é possível mostrar que, mesmo com PIB constante, a dívida-PIB cai se houver superávit operacional.

    Abs

    Alex

  12. “Primeira recomendação: não leia o Kanitz. Se precisar muito, pegue uma bula de remédio, contrato de aluguel, ou mesmo uma revista “Manchete” de 1976, mas jamais o Kanitz.”

    Gargalhadas! Nao entendo como o Kanitz tem tanto espaco! Vai ver sao os suspensorios…

  13. O premio Quermesseiro de Ouro no entanto deve ir para o Bobama, que quer fazer a economia pegar no tranco com obras publicas. Onde foi que eu ouvi isso antes mesmo, hein?

    Um abraco de quebrar costela, da fria Viena

    Kleber S.

  14. Pior do que agüentar os keynesianos de quermesse, vai ser aturar os ortodoxos de padaria (também conhecidos como os economistas do lado da oferta)daqui a alguns anos, tentando explicar, em algum paper apresentado no Congresso da SBE, que a desaceleração do crescimento em 2009 foi causada pela diminuição da produtividade total dos fatores.

    Aliás, poucas coisas são tão inúteis quanto esse conceito de produtividade total dos fatores (talvez uma capa de chuva no deserto?).

  15. “Gargalhadas! Nao entendo como o Kanitz tem tanto espaco! Vai ver sao os suspensorios…”

    Nao. Eh o nome de gringo. Abre portas nesse Brasil que eh uma beleza.

    “O premio Quermesseiro de Ouro no entanto deve ir para o Bobama, que quer fazer a economia pegar no tranco com obras publicas.”

    Mas funciona! Funcionou com o FDR e poderia funcionar no Brasil se pusessemos o gasto em infraestrutura produtiva (nao buraco no fundo do mar que pode ou nao gerar petroleo a um custo menor do que o preco de mercado) ao inves de salario para barnabe.

    “O”

  16. Kleber S,

    Nesse ponto vou ter que discordar de você. Com a crise como está e as taxas de juros do FED já bem baixas, com risco de deflação, os EUA não podem fazer política monetária expansionista. Tem que ser política fiscal mesmo.

    Até discordo de fazer obras, acho que seria muito melhor um corte nos impostos. Entretanto acho o lado populista do partido democrata não deixaria. De uma forma ou de outra a conta da crise nos EUA vai ser resolvida por dívida e será paga pelas próximas gerações.

  17. Tiago eu discordo de sua opinião,EUA não podem mais fazer pacotes de estimulo por causa da sua situação fiscal.

    Eles vão para um deficit de 7% do PIB no ano que vem,fazer cortes de impostos só agravaria a situação da dívida pública.Os EUA não praticaram uma política fiscal anti-cilica portanto não podem fazer pacote de estimulo fiscal.O principal pacote já foi feito que foi evitar a quebra do sistema financeiro,o resto é deixar o mercado se ajustar.

    Segundo que o efeito de um pacote fiscal é praticamente “nulo”.Nessa situação a população iria reter o dinheiro,devido a situação econômica do país.Sou a favor de cortes de impostos se os EUA cortarem os gastos.Em situações como a de 2002 eu fez um pacote de estimulo fiscal porque tinha uma situação fiscal boa,diferente da de hoje.

  18. “Alex,

    então podemos considerar que o efeito da alta câmbio na inflação será nulo em se tratando de commodities?”

    Sim, no que se refere a commodities. Quando estendemos o universo para os preços dos bens que o Brasil importa e exporta, porém, o efeito é inequivocamente inflacionário.

    Abs

    Alex

  19. Henrique,

    eu tinha a mesma preocupação que você. Eu me questionava se haveria espaço para um endividamento ainda maior dos EUA. Porque afinal de contas, toda crise tem solução se houver um ralo na economia. Algum setor que possa assumir dividas arbitrariamente grandes. Alex concorda com essa tese?

    No entanto, a maioria dos economistas com quem conversei acredita que não haverá problema se eles se endividarem mais. O dolar só terá que se desvalorizar mais no futuro.

    Abs

  20. Alex nessa crise houve problema de regulamentação?

    A origem da crise está na política de incentivo aos financiamentos subprime, e a necessidade de liquidez.

    Veja que algumas das inovações financeiras vão muito bem, um exemplo é o mercado de Credit Default Swaps.

  21. “Mas funciona! Funcionou com o FDR”

    Não é a opinião da Cristina Romer (entre outros). Eles dizem que a recuperação econômica se deu em maior parte pela pol monetária.

  22. É impressionante a quantidad de “besteiras” que tem nesse Blog.

    Voce defend a alta da Selic,é uma falta de conhecimento mui grand sobre política economica.A inflaçã ja se estabilizou,esta na hora do Copom baixar o juros.Eu trabalho no IEDI e a idéia geral dos economistas aqui é que o copom poderia ser mais agressivo nos juros.

    O Interessant é que quando os ortodoxos saíram do BC o Brasil começou a crescer acima da media mundial diferent nos anos anteriores.

  23. “fenômeno que já sugeriria uma forte relação inversa entre preços de commodities e a taxa de câmbio”

    Por que ha essa relação inversa entree cambio e preços de commodities e pq elas subiram tanto nesse inicio de ano, primcipalmente o petroleo?

  24. “fenômeno que já sugeriria uma forte relação inversa entre preços de commodities e a taxa de câmbio”

    por que que ha essa relaçao inversa e por que as commodities se valorizaram tanto nesse inicio de ano? Em especial o petroleo

  25. “”O premio Quermesseiro de Ouro no entanto deve ir para o Bobama, que quer fazer a economia pegar no tranco com obras publicas.”

    Mas funciona! Funcionou com o FDR e poderia funcionar no Brasil se pusessemos o gasto em infraestrutura produtiva (nao buraco no fundo do mar que pode ou nao gerar petroleo a um custo menor do que o preco de mercado) ao inves de salario para barnabe.

    “O””

    É bastante controverso o sucesso do FDR, mesmo por quem defende esse tipo de estímulo. Na verdade a recuperação nos anos 30 só encontrou consistência no final daquela década, com o esforço de guerra.

    abs,

  26. E ai’, cumpadres, tudo bem com voces? BobFields, ta bom da malaria, meu irmao?

    Tiago, o Bobama esta’ aplicando o keynesianismo quermesseiro padrao. Como a historia nos demonstra, num funcionou antes, num vai funcionar agora. Um dia, um tal de Einstein disse: “Nao existe maior prova de loucura do que fazer a mesma coisa repetidas vezes e esperar um resultado diferente”.

    A bolsa subiu, no entanto. Entao vamos ver o que vai pintar por ai’, ate’ o meio do ano que vem. Bobama x Kleber S. O Bobama tem todos os assessores do mundo. O Kleber S. fala a verdade.

    Olhem so’uma coisa, galera. Num tinha a tchurma que falava do “descolamento” entre a economia mundial e a americana? Alguem ai’ viu o Kleber S. defendendo essa bobagem, viu? Voces viram as manchetes de hoje do WSJ e USA Today sobre o slump xines? E ai’ cumpadres, modelo xines na cabeca? Exportador de bagulho e’ o que vai sentir a ‘penetracao’ mais profunda, cumpadres. Porque bagulho num tem consumo obrigatorio. Dezenas de milhares de fabriquetas de bagulho ja’ fecharam naquele pais, e o pessoalzinho do blilhete azul esta’ voltando para suas regioes de origem. Desemprego em zona rural de terra pobre da’ merda, cumpadres.

    Mas como vos aconselhou o Marolinha, com o coro sensacional de sua equipe de luminares, comprem, viu amigoes. Continuem comprando. Principalmente dolar. Aproveitem que hoje caiu pra 2.30.

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

    PS: Fazia muito tempo que eu nao vinha pra Viena. Esta’ mais bonita do que nunca. Num vi decadencia por aqui nao. Quer dizer, decadencia real. So’ plantada. Raiffeisen e’ um nome que se ve desde o aeroporto, ate’ qualquer canto da cidade. To apostando um jantar no Fogo de Xao que esse quebra. Ai’ pode ser que Viena decaia. Ou talvez ate’ ja’ esteja no processo. O centro em torno da St. Stephen Platz virou mais high class shopping do que a 5a. Avenida, Via Veneto ou qualquer outro lugar em que estive nos ultimos 10 anos. So’ que todas essas lojas juntas no dia de hoje tinham a mesma attendance que um jogo Portuguesa x Juventus numa quarta ‘a noite chuvosa em Julho na Rua Javari. Em jogo da Serie B do Paulistao.

  27. Opa, em tempo! So’ agora li o comentario do tio “O”. O keynesianismo do FDR so’ “funcionou” quando as compras estatais se concentraram em material belico, tiozao. Veja ai’ os dados de 29 a 38. O fundo do poco veio em 33, mas num teve nada a ver com o Keynes e sua clique. E o fim da crise so’ aconteceu durante a guerra, cumpadre.

    O Keynes – e seus asseclas – estao mais por fora do que braco de afogado.

    Outro abraco

    Kleber S.

    PS: Deem um tempo pro Kleber S., mocada. Mais 6 mesesinhos.

  28. Exemplo:

    Dores do câmbio

    O diretor-geral da Santa Marina, Denis Simonin, visitou importadores no Oriente Médio e voltou com muitos pedidos de desconto na exportação de copos, pratos e utensílios. “Eles sabem que a moeda se desvalorizou no Brasil em relação ao dólar e querem renegociar os preços”.
    (Fonte: Valor Economico)

  29. “É bastante controverso o sucesso do FDR, mesmo por quem defende esse tipo de estímulo. Na verdade a recuperação nos anos 30 só encontrou consistência no final daquela década, com o esforço de guerra. “

    E o esforco de guerra eh o que, um pijama de bolinhas?

    “O”

  30. Thiago qual o efeito de um pacote fiscal hoje?

    As pessoas não iriam gastar esse dinheiro,iriam poupar.Por isso que sou contra um pacote fiscal.

    Um pacote de investimentos em Infra-estrutura teria uma “eficiência” maior do que um pacote fiscal.Sou a favor de um novo programa para o sistema financeiro com objetivo comprar os títulos podres.Esse sim poderia ter algum efeito.

  31. Um anônimo aí:

    “Voce defend a alta da Selic,é uma falta de conhecimento mui grand sobre política economica.A inflaçã ja se estabilizou,esta na hora do Copom baixar o juros.Eu trabalho no IEDI e a idéia geral dos economistas aqui é que o copom poderia ser mais agressivo nos juros.”

    É cada um hein Alex? Inflação já se estabilizou? O BC vai entregar a inflação desse ano no teto da meta. Se não subisse os juros agora talvez entregaria a inflação de 2009 fora da meta.

    “O Interessant é que quando os ortodoxos saíram do BC o Brasil começou a crescer acima da media mundial diferent nos anos anteriores.”

    No parágrafo anterior você criticou os “juros altos”, que você entende como excesso de ortodoxia. Agora fala que quando os heterodoxos assumiram o BC o país começou a crescer. Afinal, está bom ou não? Quem são os heterodoxos no BC?

    abraços, Zamba

  32. “O Interessant é que quando os ortodoxos saíram do BC o Brasil começou a crescer acima da media muudial diferent nos anos anteriores.”

    E quando foi que os ortodoxos saíram do BC?

    Acorda.

  33. “E o esforco de guerra eh o que, um pijama de bolinhas?”

    Você deve saber a resposta, assim como tb não deve ter dúvidas sobre a relevância do new deal sobre a guerra, né?

    As vezes a ironia é tão fina (e leve) que num sopro…ploft!

  34. Henrrique disse:

    “Veja que algumas das inovações financeiras vão muito bem, um exemplo é o mercado de Credit Default Swaps.”

    Alex; essa é uma dúvida que eu tenho: qual o estoque de CDS das montadoras espalhados pelo mundo? E dos países com preguinho? è possivel saber por exemplo o estoque de CDS que circula no mercado da Argentina por exemplo? E os prazos desses contratos é possivel saber?
    Existe em algum lugar esses números? Ou só no balanço de quem carrega?

    Depois depois da quebra do Leman os CDS ajudaram a destruir todo o modelo de BIs existente até então?

    Me parece que tem mais destruição em massa causada por derivativos por vir.

    Mogli

  35. Henrique

    O mercado de CDSs nao e’ regulamentado, nao tem bolsa, clearing house, whatever the hell.

    A mafia pode estar fazendo um CDS sobre a sua vida as we speak.

    Os paises com preguinho, vao tomar mais preguinho. Ate’ o dia em que eles acabem pregando seus financiadores na parede.

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

  36. Você que algumas aulinhas sobre ética?

    Você Nã pode criticar as diferents formas de pensamentos econômicos.Todas elas merecem respeito.

    Teoria ortodoxa e Heterodoxa funcionam,ambas são boas.

  37. Alex,

    Apesar de toda essa ladainha neoliberal, este blog eh decepcionante. Em nome de que desculpa voce escreve apenas um post por semana? O Nassif que eh um cara trabalhador de verdade posta varias vezes ao dia, e isso porque ele tambem eh um jornalista, estrategista de desenvolvimento, intelectual e musico!

  38. Nao concordo que o mercado de CDSs va’ muito bem, nao Tio. Caso as leis de mercado tivessem prevalecido, e a AIG seguisse seu curso em direcao ao abismo, isso teria acabado com a alegria dessa galera.

    Um grande abraco

    Kleber S,

  39. “Você que algumas aulinhas sobre ética?”

    Não, mas percebo que você precisa de algumas (muitas) de portguês.

    “Você Nã pode criticar as diferents formas de pensamentos econômicos.Todas elas merecem respeito.”

    Se assim fosse a ciência não evoluiria. Posso e devo.

    “Teoria ortodoxa e Heterodoxa funcionam,ambas são boas.”

    É verdade? Onde funciona a heterodoxia (não vale mencionar a Dimensão X, nem o Universo Marvel)

  40. Medidas Heterodoxas servem principalment em épocas de crise aond o estado tem que intervir para salvar a economia.Medidas ortodoxas funcionam em épocas de bonança,como controlar a inflaçã.

    Brasil se encontrara em recessã, o BC tem que cortar o juros para evitar a rescessã.

    Que umas aluas de economia também?

  41. Porque os ortodoxos não foram capaz de organizar um programa social “descente”?

    Bolsa família foi organizado por economistas como Pochmann,Mantega.

  42. “Porque os ortodoxos não foram capaz de organizar um programa social “descente”?

    Bolsa família foi organizado por economistas como Pochmann,Mantega.”

    Hiii Hooohhhnn

    Já temos o nobre ganhador do Jumento de Ouro do dia 14/12/2008.

    Pessoal: um maço de alfafa para o Ruy! Ele merece. Entre conteúdo e português conseguiu zero em ambos. Não é para qualquer um. Só um verdadeiro jumento consegue.

  43. DE NOVO

    “fenômeno que já sugeriria uma forte relação inversa entre preços de commodities e a taxa de câmbio”

    Por que ha essa relação inversa entree cambio e preços de commodities, pq elas subiram tanto nesse inicio de ano, primcipalmente o petroleo e como especificamente funciona essa relaçao?

    Acho que vc nao viu o meu post. Se puder me responder agradeço (nao é ironia apesar de parecer)

    Abraços

  44. Que idiota.

    Basta dizer que o PT era contra o Bolsa Familia e alguns economistas com carteirinha do PT que eram a favor desse programa hoje nao sao mais membros do partido tamanha a oposicao que a inteligentzia petista (traduzindo-se Maria da Conceicao Jumentavares…) fez a esse programa.

  45. Alex e Kleber, obrigado, estou plenamente recuperado da malária.

    O que é que um fã do Nassif faz aqui? Estrategista de desenvolvimento, kkkkkkkk.

    “descente”??? isso é algum trocadilho?

    Bolsa Familia, Pochmann, Mantega

    Recessã, inflaçã, deve ser do tipo que fala questã.

    Meu Deus, estamos completamente cercados, haja jumento de ouro.

    Alex, eu sei que voce tem pena do cara, mas pegue depois um texto do Nachifre e mostre que o cara não conhece nem o vovô viu a uva de economia, please.

    abs, BobFields

  46. Ruy,

    voce é desinformado ou está de sacanagem? O Bolsa Família foi uma consolidação dos programas de proteção social criados por FHC (Dona Ruth). O que o Lula fez foi expandir o programa, relaxando os critérios e utilizando o estado babá para garantir votos. Além de fazer marketing político e iludir inocentes úteis como você.

    Os tucanos, por excesso de pudor, não promoveram seus programas pois sabiam que eles tinham um quê de assistencialismo.

    Aviso logo que não sou tucano pois os considero esquerdistas demais pro meu gosto.

    Além disso, Milton Friedman, que não tem nada de heterodoxo, já preconizava programas deste tipo, e os chamava de “negative income tax”.

    Abs, BobFields

  47. Alex,

    a prova de ontem para o ipea foi um absurdo maior do que o esperado.

    Postei alguns exemplos de questões no blog do pessoal do mestrado de economia da PUC, o espectroeconomico. Se tiver tempo dê uma olhada.
    Abs

  48. “Por que ha essa relação inversa entree cambio e preços de commodities, pq elas subiram tanto nesse inicio de ano, primcipalmente o petroleo e como especificamente funciona essa relaçao?”

    A relação negativa entre câmbio e preços de commodities resulta da posição do Brasil como exportador líquido de commodities. Pelas minhas contas (portanto minha definição do que é commodity), o Brasil registrou nos últimos 12 meses (até novembro) um superávit de US$ 31 bilhões no setor commodity, comparado um saldo total de US$ 26 bilhões no mesmo período.

    Com isto, espera-se (e se observa também) que os termos de troca melhorem quando o preço de commodities sobe e que piorem quando este último caia.

    Com termos de troca melhores, consegue-se o mesmo superávit comercial exportando uma quantidade menor de mercadorias (ou, simetricamente, importando uma quantidade maior), já que os preços compensam a diferença em quantidade. Assim, a moeda se aprecia.

    Quanto aos motivos do aumento, há controvérsia. Alguns acreditam se tratar de mera bolha. Já eu, ainda que reconheça a possibilidade de excessos em alguns mercados, noto que mesmo houve aumentos significativos de preços mesmo em mercados à vista (como minério de ferro) nos quais os principais participantes são empresas siderúrgicas e mineradoras.

    Assim, a perspectiva de crescimento em alguns mercados emergentes (leia-se China), bem como a reversão destas perspectivas, parece tem desempenhado um papel importante no aumento e posterior queda de preços de commodities.

  49. Alex não é ruim para países como Brasil,Chile,Argentina serem dependentes de commodities,supomos que depois dessa crise elas se manteiam estáveis,países como o Brasil e Chile sofreriam uma drástica redução no seu crescimento.

  50. DO PAIS COM PREGUINHOS

    A Hungria melhorou muito do tempo do comunismo, ultima vez em que la’ estive. O trem chega na hora. Mas num sai nao, viu cumpadres. Tive que alugar um carro de volta pra Vienna, pois os marditos entraram em greve ontem ‘a noite.

    A Cidadela esta’ mais bonita do que quando foi construida. Mas Pest, bom, o nome fala. Suja, cheia de lojinhas de comercio sofrivel, uma coisa horrosa. O motorista que nos trouxe de volta ‘a civilizacao nunca havia estado por aqui. Uns vinte e poucos anos. Seu estado de choque era visivel.

    Nas publicacoes em ingles, so’ doom and gloom. O deficit publico fecha o ano em 10%, mas eles estao muito otimistas com o futuro, pois o parlamento aprovou uma tal de “lei de responsabilidade fiscal”!!!!
    Tambem ja’ avisaram aos navegantes que PENSOES terao de ser reduzidas. Isso e’ pra la’ de macho. E’ coisa de desesperado.
    O deficit em conta corrente, andava em torno dos 5%. Levaram 20 bi do FMIiiii. Tambem nao vi absolutamente ninguem comprando porra nenhuma. Vai ver que e’ porque e’ natal…

    O lado de Buda e’ melhorzinho, tem ate’ xopin center. Nada como o do Morumbi ou Iguatemi, nao, viu tigrada!

    O jornal de hoje trazia uma pa’ de multis (Audi, Delphi, Nokia, etc)anunciando demissoes. Nao muito, so’ uns 40% em media.

    Mas o vinho Tokaji esta’ melhor que nunca!

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

    PS: Sopao por aqui num vai dar nao, viu BobFields! Restaurante JA’ anda mais vazio que jogo com portoes fechados.

  51. Uma pausa para digressoes microeconomicas. venho acompanhando anonimamente este blog faz um bom tempo mas agora em meio à crise muitas questões do tempo da academia me fazem voltar aos velhos tempos de punhetagem econo-filosofica. Resolvi submeter ao crivo da comunidade (que é o que este espaço se tornou) impiedosa mas tambem ilustrada destas bandas.

    A simplificação da realidade sempre foi um artifício utilizado pelo homem para melhor compreender o mundo ao seu redor. Aparentemente, quanto menos objetivo é o campo estudado, mais o macaco-pensante lança mão de sua utilização.
    Os engenheiros da realidade ou modeladores economicos atiginram tamanha complexificação em seus modelos, que chegamos a um ponto em que grandes equações matemáticas podem prever atravéz de uma dúzia de variáveis, movimento e decisões das pessoas que dão vida ao mercado.
    Não deixa de ser curioso no entanto, como tanta pompa matemática, como postulados tão lógicos, como tamanha concisão argumentativa, quando posta em prática, tem sua solidez desfeita no ar. Para ilustrar, poderiamos usar como exemplo a velha anedota lusitana do pisca alerta: – E ai Manoel, vou ligar o pisca e voce me diz se esta a funcionar; e o Manuel: – Ora pois, agora está funcionando, agora não esta mais, mas agora está, mas agora não está mais…
    Analistas, consultores, calculadores de riscos e, principalmente, economistas, vem sistemáticamente se apoiando no arcabouço teórico para preverem os próximos passos do mercado. E, sistemáticamente, acertando, mas agora errando, mas agora acertando de novo, mas errando novamente…
    Vamos observar por exemplo o modelo do equilibrio geral. Este modelo procura consolidar estudos de interações especificas para entender de que forma industrias e mercados distintos se influenciam mutuamente, ou ainda, de que forma se dá o equilibrio dos equilibrios parciais.
    O grande problema aqui é que da mesma forma que as parabolas bíblicas ensinam muita coisa à respeito do homem, isso não quer dizer que nos primórdios do planeta haviam apenas dois exilados do paraiso perambulando com tanguinhas de folhas verdes. Sempre que um novo modelo é apresentado, páginas e páginas de prefácio são escritas para justificar as concessções à realidade. É curioso perceber no entanto como sorrateiramente estas páginas vão sendo esquecidas e estes modelos sendo inputados em softwares de bancos centrais a fora.
    É absolutamente razoável admitir uma economia com menos fatores de produção, bens produzidos e agentes envolvidos para entender de que maneira se dão as dinamicas de escolha de produção e de consumo, de que maneira se maximizam as margens e ainda de que forma essas duas pontas dialogam. No entanto, quando nos afastamos das conceções objetivas para as mais subjetivas é que o problema começa a se formar. O conceito de curva de utilidade se apresentado para algum psicólogo bem titulado porém sem formação economica poderia deixa-lo atormentado. Como se não bastasse a concepção de tal idéia, dizer para este estudioso da psique humana que economistas ainda propuseram um formato de curva para o comportamento da utilidade de um indivíduo, talvez o faça rir.
    As conclusões obtidas da simples interação entre curvas egressas de simples de conceções, vão levando à outras problemas que demandam outros modelos e novas conceções da realidade. A despeito do fato de que o produto final desta cadeia tenha uma aplicabilidade prática de aparente sucesso, a realidade insiste em mostrar alguns efeitos agregados e acumulados que dizem o oposto.
    Talvez o grande problema não resida na simplificação dos fatores, dos bens e até mesmo do tempo, que simplesmente foi ignorada na mais famosa cartesianização economica da realidade, o pilar central da economia, o par de eixo PreçoXQuantidade, gerando OfertaXDemanda. Não. Talvez o maior problema resida mesmo na risada do nosso caro psicologo, na simplificação do ser humano. Na concepção de uma curva de utilidade, no postulado tácito e implicito de que é o Behaviorismo a escola que devemos utilizar para entender e lidar com o agente economico.
    A economia ainda teima em brincar com vetorezinhos clássicos enquanto outras ciencias estão no campo quantico. É curioso perceber que as perguntas que desencadearam a fisica quantica só surgiram quando resolveram observar o que de fato acontecia no interior da particula fundamental da matéria.

    A.O

  52. Sou mais um que foi fazer essa piada de concurso. Na área de Macroeconomia e desenvolvimento, o item 91 da prova foi essa pérola:

    “91 Para os economistas clássicos (de Smith a Marx) o trabalho é a fonte de valor, ou seja, a faculdade que as mercadorias tem na troca de comandarem trabalho alheio. Para Marx, contudo, o valor não é uma qualidade social dos bens, mas algo indiferente e exterior a própria mercadoria.”

    O mais patético é que os marxistas que eu conhecia e fizeram a prova também não tinham certeza de qual seria a resposta.

  53. Sou keynesiano heterodoxo, mas com bons conhecimentos de economia ortodoxa (sim, eu consigo entender os modelos novo-clássicos!!!) e tenho que admitir: essa prova do IPEA passou de qualquer limite razoável. Quem iria se dar bem é o Paulo Coelho pois as provas foram absolutamente exotéricas.

    A grande questão é: se as provas dos concursos públicos servem para selecionar um certo “perfil” de candidato, que tipo de candidato busca o IPEA? Arrisco dizer que nem mesmo os keynesianos de quermesse estariam seguros diante de tal prova, tão exdrúxula que foi.

  54. “A economia ainda teima em brincar com vetorezinhos clássicos enquanto outras ciencias estão no campo quantico.”

    Aposta: ao invés de falar do Marx, a próxima prova do IPEA vai ter perguntas do gênero:

    “V ou F? Para os economistas quânticos (de M.Plank a M.C.Tavares), o átomo é a fonte de valor social – ou seja, a faculdade que a mercadoria tem de estar em dois lugares ao mesmo tempo, ou em nenhum. Já os economistas neoclássicos usam funções utilidades, uma simplificação irrealista da psiquê humana que provocaria risadas em qualquer psicólogo.”

    É cada uma.

  55. uma pergunta de leigo,

    assim como a inflaçao funciona como um fator de transferencia de renda dos assalariados, que perdem seu poder de compra, a deflaçao teria no curto prazo o efeito inverso?

    pode-se admitir que em um primeiro momento a deflaçao transfere renda para a baixa camada da populaçao?

  56. Alex porqque países que fizerã controle de captais tiverã problemas na balança de pagamentos?

    Outra questã é a respeito da dívida, as políticas adotadas por FHC-2 forã ruins,basta vê que a dívida pública explodiu em 99 a 2002.O ideal sera mantar as política di gustavo franco de cambio fixo que mantia a inflaçã sobre controle além da divida nã ter subido muito.

    A divida com Gustavo Franco era di 40% do PIB,no final de FHC era 55%.As medidas heterodoxas como regime di metas de inflaçã nã deram resultados mui bons.

    As politica ideial era a da Selic alta e cambio fixo,que mantinha a divida sob controle.

  57. Começo a achar que o Ruy teve(ou tem )derrame ou algum outro problema neurológico sério… nem eu escrevo tão ruim assim.

    Outro que deveria acumular premio jumento de ouro com o autista econômico.

  58. Se fosse um milionário, um operador do mercado, não pensaria duas vezes para fazer carry trade adoidado…
    Com juros negativos nos EUA e os nossos batendo quase 14% é um lucro que não tem tamanho.
    Alex, como um pequeno investidor faz para se endividar no exterior, aplicar o dinheiro em títulos públicos, com isenção de IR, e, ainda por cima, assegurar a operação com hedge?
    O seu banco deveria oferecer esse pacote para os pequenos investidores.
    Tenho certeza que para os grandes vocês fazem isso tudo e ainda mandam Möet & Chandon em casa…

  59. "O seu banco deveria oferecer esse pacote para os pequenos investidores. Tenho certeza que para os grandes vocês fazem isso tudo e ainda mandam Möet & Chandon em casa…"

    Möet & Chandon é coisa de pobre. Rico pede Dom Pérignon 1990. É por este motivo que não te oferecem o pacote…

  60. Gostaria de levantar um assunto que eu acho que merece atenção:

    Uma certa falha na alocação do capital humano, se é que eu posso falar nesses termos.

    Assim, um emprego público no Bacen, IPEA, Tesouro, BNDES para alguém recém-formado em economia é muito, mas muito mais vantajoso do que qualquer salário inicial na iniciativa privada para economistas.

    Por que alguém que acaba de se formar vai escolher ganhar o salário médio de mercado que é uma merreca, se ele pode ganhar muito mais como funcionário público?

    Por um lado, o serviço público tem muito a melhorar com a renovação dos seus quadros por gente nova e bem formada, mas por outro, corr-se o risco de esses recém-formados imitarem os mais velhos, e tornarem-se vagabundos (bem) pagos pelo pelo contribuinte.

  61. Eu sou o único Ortodoxo que freqüenta esse blog.

    Defendo a volta do padrão ouro

    Desregulamentação maior dos mercados financeiros

    Fim da intervenção do fed na economia.

  62. juliano,

    você não é ortodoxo nada. Se fosse mesmo, defenderia o fim do dinheiro estatal e, por consequência, do Banco Central. Cada casa bancária deveria emitir seu próprio dinheiro.

  63. Para ser mais claro, em toda academia de primeira e segunda linha, americana ou europeia, nao existe um unico economista que pregue o padrao-ouro.

    Ainda mais claro, o padrao-ouro tem tantos proponentes no mainstream da profissao de economista quanto os sangramentos tem proponentes no mainstream da profissao medica.

    “O”

  64. Alex,

    O Bombinha é burro ou mal-intencionado. Hoje na FSP ele cita o FED como exemplo de heterodoxia e esculhamba o BCB pela sua ortodoxia de galinheiro, mas basta ler os jornais para observar que o nosso BC também está se coçando e injetando liquidez nos mercados. É burro mesmo!

    Abç.

    M.

  65. “O Bombinha é burro ou mal-intencionado.”

    Eh mal-intencionado. O objetivo dele eh tomar o Banco Central, quem sabe a posicao de presidente para ele mesmo.

    Quanto a burrice, eh mais teatro para a plateia do que burrice sincera. Ele eh sim equivocado em muitas dimensoes – e em algumas delas, catastroficamente equivocado como no caso de sua posicao sobre a integracao sul-americana – mas nao eh tao burro quanto suas colunas deixam transparecer.

    “O”

  66. Asdrúbal:

    Eu vi alguma coisa. Poderia dizer: “o horror, o horror”, mas, até certo ponto, era algo esperado.

    Vão aparelhar o Ipea. Em alguns anos será uma sombra do que foi.

    Chico de Oliveira? É prova para o Ipea ou prova de pureza indeológica para ingresso no PSol?

  67. O descrédito no poder de reserva do dólar resultou no aumento do preço das commodities e em investimentos crescentes de capitais especulativos em mercados emergentes.
    Assim, após o refluxo daqueles capitais para os EUA e a permanência do descrédito do dólar, inclusive pelas taxas de juros pífias, o normal não será o retorno dos capitais para os países emergentes?

  68. Alex estamos vendo 17 meses de intervenção estatal na economia e a coisa só piora.

    Você nunca estudou a teoria dos mercados eficientes? O mercado é mas eficiente que o governo para alocar recursos.É um profundo desconhecimento seu sobre política econômica para afirmar que o estado pode evitar todos os ajustes.

    Essa ajuda aos bancos será feita através de impostos (títulos públicos) mas um dia essa conta vai ter que ser paga.Neokeynesianos/Keynesianos tem um profundo desconhecimento sobre “economia básica”,se uma empresa quebra outra vai e assume seu lugar.O mesmo acontece com bancos se um banco quebra outro vai e assume seu lugar.

    Se no Brasil bancos como Bradesco e Itáu,Banco Real…. quebrarem não teriam impacto sobre a atividade econômica pois outro banco assumiria seu lugar.

    Outra coisa que pretendo comentar é a função do BC,BC foi feito para controlar inflação não evitar crise.Crise é um processo de correção de excessos.

  69. Juliano, concordo que intervenção estatal não é a solução de todos os problemas e deve ser usado com parcimônia. Se algum desses grandes bancos de fato quebrassem provavelmente levaria os outros juntos mesmo que estivessem saudáveis, isto é o risco sistemico. Ao fim e ao cabo algum(ns) outro(s)assumiriam o vazio deixado, mas o grande problema é no meio tempo. Esse processo de ajuste pode ser muito doloroso e assim justificar uma ação do governo, mesmo levando-se em conta os incentivos ruins que seriam gerados. O governo é sim importante, não como ator principal, mas sim como um estabilizador.

  70. “Se no Brasil bancos como Bradesco e Itáu,Banco Real…. quebrarem não teriam impacto sobre a atividade econômica pois outro banco assumiria seu lugar.”

    Eh o Pockman de direita.

  71. Muita gente falando muita coisa ao mesmo tempo por ae… Creio que as pessoas estão perdidas.

    Why Did We Have a Golden Age?
    user-pic
    By Randall Wray – December 17, 2008, 7:42PM

    Paul Krugman provides 4 plausible factors for the early postwar success: pent-up demand, baby boom, moderate inflation, and big government. To these I would add (again, in no particular order):
    5. High wage/high consumption bias: strong unions pushed up wages, allowing growing domestic consumption based on income (not debt); this also promoted labor-saving innovation, technological advance, and all of that good stuff.
    6. High government debt ratios/low private debt: we emerged from WWII with private balance sheets stuffed full of very safe government debt; in Minsky’s terminology we had a “robust” financial sector with highly liquid assets (note this also is related to Paul’s “pent-up demand” point).
    7. External markets for US output: thanks to the Marshall Plan that provided the financial where-with-all to purchase US exports (as well as some destruction of productive capacity in war-torn Europe and Japan), the US could sell abroad.
    8. Government spending “ratchet”: government spending grew faster than GDP, supplementing private sector demand and thereby keeping labor, plant, and equipment operating near to full capacity.

  72. Pior que os keynesianos de quermesse são os ortodoxos de padaria. A quebra de um Itaú não faria nem marola, pois outro banco logo assumiria seu lugar? Isso é uma piada. O risco sistêmico existe não apenas no setor bancário, mas em qualquer setor minimamente organizado (oligopolizado). Por exemplo, se as Casas Bahia e o Ponto Frio falissem amanhã, isso geraria uma enorme hecatombe em toda a cadeia de eletroeletrônicos, que levaria anos para se recuperar do baque.

  73. qual a instituiçao marginal? qual o limite de oferecer ou não o risco sistemico?

    adicione às questoes acima todos os lobbies e os conflitos de interesses e conclui-se que a soluçao nao é tao simples assim..

  74. Ao anônimo de 15:28:

    Há uma diferença muito grande entre setor bancário e setores como o de venda de eletrodomésticos.

    Se o Ponto Frio ou as Casas Bahia quebrasse, seus concorrentes adorariam, pois ganhariam “market share” e poderiam se expandir.

    Quando um banco grande quebra, as desconfianças em relação ao restante pode desencadear uma corrida bancária, e gerar a quebradeira inclusive de bancos com fundamentos sólidos.

    Se eu vou comprar uma televisão numa loja, pouco me importa a saúde financeira dela. Se eu comprar minha televisão e a loja falir na semana seguinte, não há problemas. Se o Ponto Frio falisse, eu compraria minha televisão nas Casas Bahia ou outro concorrente sem maiores preocupações (apenas lamentaria a diminuição da concorrência, e esperaria que outra empresa ocupasse o lugar deixado pelo Ponto Frio).

    Agora, eu não colocaria um centavo num banco que eu achasse que iria quebrar. Daí, se um grande banco quebra e eu tivesse desconfiança na saúde financeira do concorrente onde eu tivesse depósitos, eu tiraria o dinheiro dele. Por isso a afirmativa do Juliano é incorreta.

  75. A função do governo é permitir o livre mercado funcionar.

    No RJ você tem problemas de trafico de drogas,se você libera o uso de drogas o trafico vai diminuir.

    No Brasil temos educação de má qualidade,se você privatiza a educação ela ,melhora.

    Se o governo americano tivesse deixado quebrar o Bear Sterns ,Fannie Mae e Fraddie Mac essa crise seria menor pois o próprio mercado a resolveria.

    PS 17 meses de intervenções estatais na economia e a coisa só piora.

  76. “O”

    A função do governo é garantir que o mercado funcione garantindo o cumprimento dos contratos.

    O governo deve garantir segurança e justiça,o resto é com o mercado.Setor financeiro americano quebrou por causa da excessiva regulamentação do mercado financeiro,juros baixos promovidos por greenspan.

    O governo deve apoiar uma “destruição criativa” no sistema financeiro.

  77. “Você nunca estudou a teoria dos mercados eficientes? O mercado é mas eficiente que o governo para alocar recursos.É um profundo desconhecimento seu sobre política econômica para afirmar que o estado pode evitar todos os ajustes.”

    Alguém aqui não estudou, mas posso garantir que eu sei a diferença entre a teoria dos mercados eficientes (que, em última análise se traduz na noção de que preços d eativos devem seguir um passeio aleatória) e os teoremas de bem-estar de Arrow-Debreu. Estes últimos estabelecem sob quais circunstâncias o resultado do equilíbrio geral é ótimo no sentido de Pareto (e que qualquer ótimo de Pareto pode ser atingido por um equilíbrio de mercado).

    Acontece que, de 195x (não lembro a data e não estou com saco de procurar) para cá os economistas sérios fizeram mais que repetir as baboseiras que o Juliana papagueia.

    Em particular, toda teoria da informação gerada a partir do trabalho do Akerlof. Os problemas associdos à assimetria de informação desmentem todos os seus argumentos.

    Em particular, há assimetria de informação entre banco e cliente – como exemplificado pelo Galego – que pode levar a processos destruidores no sistema financeiro (e, sim, banco é diferente de varejo exatamente pelos motivos que o Galego colocou.

    Na presença de assimetria de informações o resultado de mercado não é geralmente o ótimo.

    Juliano: estude mais economia e menos religião.

  78. “Alex você é a favor que seja implantado no BCB o modelo seguido pelo FED,aonde o presidente tem um mandato de 4 anos.”

    Sim. Da mesma forma que ocorre nos BCs independentes e nas agências reguladoras, é importante distinguir políticas de Estado de políticas de governo. Aliás, o volume de pressão sobre o BC no período recente só fortalece esta tese.

    “Olá Alex!

    Uma pergunta: supondo que fosse possível, não seria ideal que todos os reais circulando fossem lastreados em dólares e com isso câmbio fixo?”

    Não. Um regime de câmbio fixo requer uma flexibilidade de política fiscal que não temos e muito provavelmente nunca teremos. Na ausência de flexibilidade de política fiscal para lidar com choques externos (contraindo a política fiscal no caso de choques positivos e expandindo no caso contrário) a economia se torna muito volátil.

    Fica, aliás, difícil manter o compromisso com estabilidade da taxa de câmbio no caso de choques externos desfavoráveis, como o exemplo argentino de 2001 deixa claro.

  79. “Não. Um regime de câmbio fixo requer uma flexibilidade de política fiscal que não temos e muito provavelmente nunca teremos. Na ausência de flexibilidade de política fiscal para lidar com choques externos (contraindo a política fiscal no caso de choques positivos e expandindo no caso contrário) a economia se torna muito volátil.”

    Como assim? Você está se referindo à volatilidade da base monetária?

  80. Alex,

    Eu sei que além do tico e o teco você tem mais alguns neurônios.
    Use eles um pouco,somente um pouco.
    Investimentos de carry trade deveriam ser oferecidos à classe média, aquela que bebe Moet & Chandon…
    Alguns empresários de visão acharam que os produtos deveriam ser acessíveis a todos, Ford, Steven Jobs, por exemplo.
    Eles criaram diversas indústrias de sucesso.
    Certamente você não estará entre os visionários, pois, sabe apenas repetir o que lhe ensinaram.
    Esse é o problema do Brasil, faltam visionários, pessoas que sejam capazes de ver além do nariz…
    Não é a toa que o Brasil é um país subdesenvolvido, temos uma "elite" subdesenvolvida…

  81. "Investimentos de carry trade deveriam ser oferecidos à classe média, aquela que bebe Moet & Chandon…
    Alguns empresários de visão acharam que os produtos deveriam ser acessíveis a todos, Ford, Steven Jobs, por exemplo."

    Já eu acho que gente burra não deve ter acesso a certos produtos financeiros. Infelizmente você faz parte deste universo. Melhor assim. Evita choro e ranger de dentes no final.

  82. Porque o copom foi tão irresponsável em 2003/04 cortando o juros para 10 PP,tendo que depois subir para 19,5% AA?

    Não seria melhor ter cortado menos juros?

  83. Eh desbundante imaginar que em dezembro de 2008, alguem consiga escrever que investimento de carry trade nao tem risco. Que mais? Via dizer agora que o Palmeiras eh o campeao brasileiro? Que jumento.

    “O”

  84. Obviamente o risco sistêmico do setor financeiro é diferente do risco sistêmico do setor de varejo, porque o setor financeiro tem o poder de impactar toda a economia. O que eu quis dizer em meu post é que na hipótese de ocorrência de uma quebradeira geral em um setor oligopolizado e muito encadeado na economia, como o varejo de eletroeletrônicos, não vão surgir do dia para a noite novos ofertantes capazes de suprir o vácuo deixado pelos que desapareceram. Infelizmente os ortodoxos de padaria imaginam o mundo como um lindo equilibrio geral, que está muito longe de refletir a economia como ela é, embora tenha sua utilidade enquanto simplificação da realidade.
    O setor de bens de consumo duráveis é crédito-intensivo, tanto para frente quanto para trás. Se as Casas Bahia e o Ponto Frio quebrassem, levariam junto consigo um grande conjunto de pequenas redes varejistas, que certamente teriam seu crédito cortado pelos bancos e fornecedores. Por outro lado, vendo que o setor está sendo atingido por uma onda de quebras, muitos consumidores deixariam de pagar suas mensalidades, pois o ganho de manter a “ficha limpa” seria diminuído. Ao contrário dos ortodoxos de padaria, que vivem no mundo de faz-de-conta do equilíbrio geral, sei do que estou falando pois vivi na carne (numa empresa em que trabalhei) um processo dessa natureza, embora não tenha sido no setor de varejo de eletroeletrônicos. No caso mencionado (que não tem nada a ver com o setor financeiro, mas no qual o crédito é importante, os encadeamentos são grandes e, mais importante, a confiança é de extrema relevância), a quebra do maior player do sistema acabou desencadeando uma onda de quebras de várias outras empresas, algumas das quais se supunha saudáveis antes do início da hecatombe.
    Em suma, o risco sistêmico do setor financeiro é difereciado porque afeta toda a economia, o que não quer dizer que não exista risco sistêmico em outros setores.

    Antes que me acusem de dizer o que eu não disse: a existência de risco sistêmico nesses setores NÃO é motivo para intervenção estatal, o mercado que se ajuste. Mas esse ajuste não será instantâneo como pensam alguns.

  85. "Porque o copom foi tão irresponsável em 2003/04 cortando o juros para 10 PP,tendo que depois subir para 19,5% AA?

    Não seria melhor ter cortado menos juros?"

    Agora eu tenho que ouvir engenheiro de obra feita… Isto depois de ouvir que o Copom foi irresponsável por PARAR de cortar quando TODO MUNDO dizia que era para seguir baixando a Selic.

    Aproveite e faça um short do S&P500 em agosto de 2008 e, já que está ocupado em backtrading, compre dólares a R$ 1,60 porque vai subir, tá?

  86. Alex eu defendo a alta na Selic.

    Em 2003/04 o copom poderia ter cortado 4 pp não 10.Achei um pouco de Irresponsabilidade do comitê ter cortado isso de uma vez só.

    A taxa deveria ter ficado em 22% em 2004/20% em 2005.

  87. É muita ingnorancia em relação ao Liberalismo,Você nunca estudou sobre o liberalismo?

    Nunca ouviu falar em individualismo metodológico?

    Pode jogar no Lixo os trabalhos de George Arkelof eles vão contra a ação humana.Você defende a ação do governo para conter as crises,o problema é que quando o governo age mais as crises pioram.

    193x o governo americano fez o New Deal,eles reestruturaram as carteiras dos bancos…. o resultado disso foi que a recessão piorou.

    em 199x o governo Japonês fez vários pacotes de estímulos econômicos e o Japão hoje ainda se encontra em recessão (governo até fez intervenções nos bancos).

    Hoje há 17 meses estamos vendo os governos intervindo e a crise só piora.O livre mercado se recupera mais rápido quando o governo não interfere.

  88. “É muita ingnorancia em relação ao Liberalismo,Você nunca estudou sobre o liberalismo? Nunca ouviu falar em individualismo metodológico?”

    Juliana:

    Eu estudei (e uso) individualismo metodológico antes de você aprender a escrever. Aliás, isto poderia ser até ontem, dado que você ainda não aprendeu a escrever, mas se acha na capacidade de mandar jogar no lixo o trabalho de um prêmio Nobel de Economia.

    É muita “ingnorancia” mesmo. Parabéns: o Juemento de Ouro é seu.

    Pessoal, uma salva de aplausos para o Juliano e uma porção extra de alfafa para ele.

  89. “Em 2003/04 o copom poderia ter cortado 4 pp não 10.Achei um pouco de Irresponsabilidade do comitê ter cortado isso de uma vez só.”

    Como disse, aproveite e venda o Bovespa a 70 mil pontos. Pode tomar também CDS de Brasil a 140 bps. Vai ganhar diheiro como poucos…

  90. Alex George Akerlof não leva em conta a ação humana.Toda crise de crédito é culpa do governo que mantém taxas de juros baixas estimulando o consumo.

  91. “Alex George Akerlof não leva em conta a ação humana.”

    Há um problema de entendimento. Ele não leva em consideração a ação equina; aqui você deve ter se confundido.

    Juliano: vá estudar um pouco antes de proferir asnices.

  92. Alex pra você qual seria a meta de inflação ideal para o Brasil?

    Em um regime de metas de inflação o BC deve procurar manter a inflação abaixo da meta. Em momentos de choques externos o BC passaria a mirar no centro da meta.

  93. “Em um regime de metas de inflação o BC deve procurar manter a inflação abaixo da meta.”

    Não, senão meta não é meta. Aliás, dizer para todo mundo que vai buscar inflação de x e tentar inflação de x-y é um desperdício, pois as expectativas se formam em x, requerendo crescimento abaixo do potencial.

    A essência do regime de metas é a transparência. Fazer diferente do que se fala só traz problema.

  94. Minha critica ao regime de metas (no Brasil) é devido á sua alta meta,por isso defendo que o BC deve mirar abaixo da meta,se o BC entrega a inflação na meta mas caso ocorra choques externos a inflação iria subir devido a desvalorização do cambio.O BC mantendo a taxa abaixo da meta,em momentos de choques externos ele passaria a mirar o centro da meta.

    Você acha que o Copom deveria ter entregado a inflação no centro da meta em 2006?

    Afonso Bevilaqua pelo que lê em sua entrevista na Folha ele defendeu quando a inflação ficou em 3% em 2006.

  95. entretanto, as criticas quando entrega-se (meta-x) sao muito maiores do que (meta+x)..principalmente vindas da quermesse

    é como se erro do centro só fosse para baixo, acima tudo bem, ok, é válido

  96. “Minha critica ao regime de metas (no Brasil) é devido á sua alta meta,por isso defendo que o BC deve mirar abaixo da meta”

    Isto não é uma crítica ao regime de metas, mas à meta. E continua sendo o caso que anunciar uma coisa e buscar outra é contra-producente do ponto de vista da política monetária.

    “O BC mantendo a taxa abaixo da meta,em momentos de choques externos ele passaria a mirar o centro da meta.”

    E nos momentos de choque positivo iria entregar a inflação bem abaixo da meta.

    “Você acha que o Copom deveria ter entregado a inflação no centro da meta em 2006?”

    Eu posso dizer que calibramos para entregar a inflação na meta.

    “Afonso Bevilaqua pelo que lê em sua entrevista na Folha ele defendeu quando a inflação ficou em 3% em 2006.”

    Então leia de novo. O que o Afonos diz é não haver problema caso a inflação fique abaixo da meta ocasionalmente. Só por mero acaso a inflação ficará exatamente na meta num dado período. Ela deve flutuar ao redor da meta. O que sempre dissemos é que não se pode ter uma situação na qual a inflação fique ou na meta ou acima dela. Em tal caso as expectativas ficariam sempre acima da meta, aumentando o custo da política monetária.

    Doutrinador:

    É isso aí. Acima da meta, beleza. Abaixo da meta nunca pode. Depois o pessoal extranha quando as expectativas desviam.

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