Adiós, muchachos. Coluna Mário Marinho. Especial Copa do Mundo
COPA DO MUNDO – ESPECIAL
Adiós, muchachos
COLUNA MÁRIO MARINHO
É triste, é duro ver o time, a Seleção Nacional, eliminada assim.
Despedindo-se de uma Copa do Mundo sem o menor brilho.
Mas, quer saber?, a Argentina foi longe até demais.
Los Hermanos conseguiram montar o maior conglomerado de jogadores famosos, tidos como craques, um deles até como um deus, sem formar um time de futebol.
Pelo menos nesta Copa.
É verdade que a Argentina chegou a assustar, ao virar o jogo contra a França, fazendo 2 a 1, depois de estar perdendo por 1 a 0.
Por alguns momentos, os argentinos chegaram a ter espasmos de bom de futebol fugazes como clarões de relâmpagos que cortam os céus em noites tempestuosas, escuras como anda o futebol argentino.
Messi, mais uma vez, não foi o jogador que resolveu.
Assim como Di Maria, Mascherano, Otamendi, Aguero,além do deus Messi – todos sem mostrar um milímetro de futebol para justificar a fama. Nem mesmo a cantada e decantada garra argentina apareceu.
Já no primeiro tempo, a França poderia ter liquidado o jogo. Mas, preferiu tocar a bola, esperando que o tempo passasse, sem se dar conta de que ainda havia muito tempo para passar.
A Argentina virou e chegou até a dar a impressão de que alcançaria a vitória.
Mas, aí Les Bleus acordaram, todos eles – dentro e fora de campo.
E o final, 4 a 3, premiou a todos que mereceram: os franceses e todos nós outros que assistíamos. Com direito a golaço de Pavard.
Foi um jogaço. E o cracaço do jogo foi o jovem Mbappé.
Veja os sete gols.
https://youtu.be/sAImGhUw-Ao
O solitário
Cristiano Ronaldo
também se vai
Mais um “Melhor do Mundo” está fora da Copa. Pela manhã, Messi; à tarde, CR7.
Foi mais uma classificação merecida, a do Uruguai.
Assim como a Argentina, Portugal também foi bem longe.
Chegar à final ou ganhar a Copa do Mudo com apenas um jogador é muito difícil. E Portugal é assim: dependente de Cristiano.
Se ele está bem, acaba por resolver sozinho. Se não está ou sofre marcação implacável, como no jogo de hoje, não dá e o time perde.
O nome do jogo foi Cavani.
Reparem no primeiro gol do Uruguai que beleza de jogada.
Da ponta direita, Cavani cruza para Luizito Soares, lá do outro lado, na ponta esquerda. O centroavante domina, levanta os olhos para ver a entrada de Cavani lá pelo outro lado. O cruzamento vem certeiro e a cabeçada de Cavani é indefensável.
E o segundo gol também marcado por ele é obra rara de tamanha beleza e simplicidade. Um simples toque de pé direito, com a parte interna do pé para levar a bola a fazer aquela curva que a coloca em fuga, longe do alcance do goleiro.
Uma beleza.
Veja os melhores momentos
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– Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
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