Neymar, o mais finalizador da Copa. Coluna Mário Marinho. Especial Copa do Mundo

COPA DO MUNDO – ESPECIAL

 

 

Neymar, o mais finalizador da Copa.

COLUNA MÁRIO MARINHO

Depois dos dois primeiros jogos do Brasil, nosso craque Neymar virou piada.

A todo momento chegava uma piada nova envolvendo Neymar. Tudo por conta de suas exageradas quedas, um esbarrão e lá estava ele rolando como um caminhão velho ribanceira abaixo; ou então com seus gritos lancinantes como se tivesse sido atravessado por uma baita lança medieval.

Veio o terceiro jogo e o menino tomou jeito. Levou 30 minutos para sua primeira queda. Recorde absoluto em sua carreira.

Disse aqui, nesse valoroso e desassustado espaço, que assisti ao jogo contra a Sérvia no meio de um público composto, em grande parte, por crianças e adolescentes.

E foi muito legal constatar o amor desse público para com Neymar. O craque pegava na bola e a meninada se levantava animada, incentivando com “Vai, Neymar!”

Bem diferente do público adulto que já pegou de ingrisia com o craque e ama odiá-lo.

Pois bem, no jogo contra a Sérvia, vimos outro Neymar que procurou mais o jogo, que finalizou, que foi mais solidário.

E agora, uma informação absolutamente nova para esse público implica com o Neymar.

Saibam, senhores e senhoras, que ele é o jogador que mais chutou a gol nessa Copa. Isso mesmo, estou falando de todos os atacantes e não apenas do ataque brasileiro.

A informação é do site Footstasts especializado em estatísticas.

Neymar chutou contra o gol adversário por 16 vezes.

Melhor do mundo e artilheiro, Cristiano Ronaldo chutou 15 vezes.

Messi, também melhor do mundo, chutou 12 vezes.

Philippe Coutinho, artilheiro do Brasil, também chutou 12 vezes.

Já Gabriel Jesus, que desempenha as funções de centroavante, chutou 3 vezes.

Saibam também, distintos leitores e leitoras, que Neymar sofreu 17 faltas. Em segundo lugar está o alemão Kimmich, com 12.

O bonitão Cristiano Ronaldo sofreu 11 faltas, uma a mais que Messi e sua barba de Van Gogh.

Tem mais, tem mais.

Neymar é o que mais driblou: 14 vezes. Seguido do coreano Son, com 7 – ou seja, metade. Gabriel Jesus aplicou 6 dribles, um a mais que o deus argentino Messi.

Portanto, amigos, sejamos mais tolerantes com o Júnior Neymar, chamado de Juninho quando criança.

Em boa
Companhia

Leio entrevista do especialista Arnaldo César Coelho sobre o árbitro de vídeo e fico feliz em ver que ele, o melhor crítico de arbitragem do Brasil, tem opiniões que batem com as minhas e que já expressei aqui.

Por exemplo:

Eu escrevi aqui que considero um erro recorrer ao árbitro de vídeo para jogadas e situações que requerem interpretação.

Para mim, o árbitro de vídeo funciona em situações físicas, matemáticas.

Veja o tênis.

Só se pede o “desafio” para constatar se a bolinha saiu da quadra ou fora da área de saque. Não há interpretação: é ver e constatar – saiu ou não saiu.

No caso do vôlei, a mesma coisa. A bola saiu ou não; tocou no bloqueio ou não.

Nessa entrevista, o Arnaldo César até apresenta mais um argumento que reforça o que eu defendo:

– No vôlei não se pede ajuda do vídeo para determinar de houve dois toques ou não. Isso é da absoluta competência do árbitro, uma vez que é interpretativo, afirmou o crítico Global.

Então, não se pode pedir ajuda do árbitro de vídeo em lance em que o jogador foi empurrado, já que o vídeo não transmite a intensidade do empurrão ou um puxão de camisa, braços etc.

Foi o que aconteceu com Neymar: ele deu o drible, foi puxado, o juiz apitou o pênalti e depois voltou atrás ao ver as imagens. E imagens que são claras ao mostrar que houve o braço do adversário empurrando o Neymar.

Nesse caso, só o juiz bem colocado pode determinar, por interpretação, se houve força suficiente para que a falta fosse cometida. E isso ele considerou que houve ao apitar o pênalti.
Então, no futebol, o auxílio do vídeo só deveria ser pedido em jogadas como: a bola entrou ou não; saiu de campo ou não; o jogador estava adiantado, impedido ou não; o jogador que recebeu o segundo cartão amarelo e vai ser expulso foi identificado corretamente?

Outra coisa: não se pode usar a câmara lenta para decidir se uma falta foi violenta ou não.

A câmara lenta explicita a violência.

Que o diga mestre Sam Peckinpah, diretor de “Meu ódio será sua herança”, filme de 1969, um faroeste fantástico, onde cenas são repetidas em câmara lenta fazendo explodir a violência bem na cara do espectador.

Veja algumas cenas.

_______________________________________

FOTO SOFIA MARINHO
MARIO MARINHO, Copa do Mundo Especial CHUMBOGORDO
Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
 NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

2 thoughts on “Neymar, o mais finalizador da Copa. Coluna Mário Marinho. Especial Copa do Mundo

  1. Sinceramente, acho que o Mario Marinho vive em uma dimensão paralela a minha. Toda a análise que ele faz vai totalmente de encontro ao que eu vejo. A gota d’água foi elogiar o torcedor apaixonado Arnaldo Cezar Coelho, que muitas vezes precisa ser contestado em seu exagero e ufanismo pela seleção brasileira por ninguém menos que Galvão Bueno, cujo trabalho possui a prerrogativa de ser torcedor.

    1. RESPOSTA MÁRIO MARINHO
      Caro Zelão,
      Sinceramente, acredito que vivemos na mesma dimensão.
      Ocorre que ela é ampla, imensa, extensa o que nos faz ficar distantes em alguns momentos.
      Em outros, porém, estamos próximos.
      Por exemplo: também considero Arnaldo César Coelho às vezes exagerado, ufanista em relação à Seleção Brasileira. Aliás, a Globo toda é assim.
      Mas, ao citar o Arnaldo César em apoio às minhas opiniões, estou me valendo do conhecimento técnico que, sem dúvida ele tem.
      Na questão do VAR não me limito à Seleção Brasileira, mas a todos as outras intervenções e jogadas que julgo serem de decisões interpretativas.
      Volto a afirmar que nas questões pontuais, matemáticas, físicas o VAR é imbatível mas, claro, o mesmo não ocorre nas interpretativas.
      De todo jeito, considero ser importante que minha opinião encontre respaldo em um técnico no assunto, como é também importante ter Você como leitor.
      Grande abraço,
      Mário Marinho

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Assine a nossa newsletter