Comentário ao seu artigo Eistein, Israel e Churchill
Recebi há algum tempo o comentário abaixo do Marcelo Castro, hoje na Pharo Management, um analista que eu respeito muito e não é de agora. Eu queria publicar antes, mas nunca me lembrava de pedir a autorização do Marcelo. Bom, antes tarde do que nunca.
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Prezado Alexandre,
Aqui vai meu comentário:
De acordo com dados do FED (flow of funds), os bancos comerciais têm $ 1.4 tri the capital e $ 2.5 tri de dívidas não securitizadas. O capital inclui ações preferenciais, as dívidas são subordinadas ou seniores.
Se o Roubini estiver certo, os bancos comerciais americanos ainda têm $1.8 tri the perdas se colocarem os ativos podres a valor de mercado. Neste caso o sistema teria capital negativo de $400 bi. Está claro que é politicamente impossível que o Tesouro Americano capitalize todo o sistema de novo, sairia caríssimo para o contribuinte Americano, e no longo prazo diminuiria PIB potencial. Mas note as $2.5 tri de dividas. Se o capitalismo funcionasse como deveria ser, a conversão de uns 70% destas dívidas em capital seria a ordem natural das coisas, e resolveria o problema da alavancagem sem custo para o contribuinte. Os bancos teriam então $1.35 tri de capital, 750bn de dividas. Neste ponto seria possível atrair mais capital privado para suplementar a necessidade de capitalização robusta dos bancos.
O problema é a implementação desta mega reestruturação do passivo dos bancos. Eu desconheço a lei bancária americana, mas entendo que o FED possui enormes poderes com as instituições sob sua supervisão. Não vejo porque a implementação deveria ser tão rápida. Eu vejo os determinados passos:
1) FED realiza o estresse dos balanços e determina quem está insolvente, quem está bem (porque não fizeram isto antes? Esta é a pergunta para a qual não tenho resposta – afinal o Geithner era o presidente do FED de NY, e o FED deveria ter recursos para isso; é o maior banco central do mundo, em termos de staff per capita)
2) Coloca em “conservatorship” aqueles bancos insolventes. Num período de alguns meses, limpa todos os CDS e demais derivativos negociados em balcão, garante o mercado interbancário e os depositantes – muito semelhante ao que fez com o AIG
3) Depois de uns 6 meses, começa a liquidar os ativos podres, no mesmo molde da RTC dos anos 90;
4) No final do ano, vai sobrar um rombo no capital, é claro. Neste ponto o governo vai ter que decidir se adianta mais capital ou força a conversão de dívida em capital. O governo tem bastante tempo – eu chutaria uns 10 meses – para aprovar o marco legal necessário para estas operações.
5) Privatiza o banco resultante.
Nesta solução, não vejo risco sistêmico. As ações vão para zero, as dividas subordinadas também, as dividas sêniores devem sofrer alguma perda. Mas o mecanismo de crédito deve continuar (bancos estatais costumam emprestar dinheiro – vejam o Fannie Mae e Freddie Mac depois da intervenção), os depositantes vão ser protegidos, bem como o “money market”.
O governo poderia até mesmo colocar mais capital NOS BANCOS BONS, ou relaxar temporariamente as necessidades de capital NOS BANCOS BONS. Eu chamo de bancos bons, aqueles bancos que passaram no teste de estresse do balanço.
Vale lembrar que economia é a ciência do que se vê, e do que não se vê. Principalmente o último. O que se vê é que os bancos ruins não vão emprestar mais, e como são os maiores, a economia americana vai entrar em depressão. O que não se vê, é que se há demanda por crédito, os bancos menores, que não têm grande participação atual na economia, podem crescer. Investidores externos podem querer comprar os ativos podres vendidos na bacia das almas, financiando uma parte do crédito. Um caso típico do que se vê e o que não se vê foi a história do Banco Pactual. Como que é que o banco Pactual no Brasil passou de um banco de uns $300 milhões de dólares em 2000 (quando o Luis Cesar Fernandes saiu) para um banco de $2 bilhões em 2007? Como foi que o banco atingiu a liderança da abertura de capital de empresas nacionais? Competência certamente, mas também a visão de que depois de tanta crise (1999 e 2002), a atividade bancária oferecia oportunidades grandes num ambiente de pouca competição.
A solução me parece simples, o que não significa fácil. Obviamente a implementação será difícil, a oposição política enorme. Mas francamente não vejo outro jeito. Se o Churchill estiver certo, é por aí que vamos.
Um abraço grande,
Marcelo
Minhas apostas para o COPOM, hoje e no futuro:
Hoje: -1,5% (já tá precificado na BMF)
próxima reunião: -1,5% (a situação econômica vai continuar piorando)
seguinte: -1,0% (situação ainda ruim)
seguinte: -0,5%
Depois, parada técnica para ver o que acontece.
Selic no final do ano abaixo de 9%, pois a economia vai estar no vale.
Chucky
“Mas o mecanismo de crédito deve continuar (bancos estatais costumam emprestar dinheiro – vejam o Fannie Mae e Freddie Mac depois da intervenção)…”
Legal ver isso escrito DEPOIS. Fica claro que é uma estupidez esse discurso bobo dizendo que não deve haver bancos públicos. O Brasil não corre risco de credit crunch graças ao nossos bancos públicos, na maior parte.
Brasil não sentiu os efeitos da crise internacional,Brasília é um exemplo disso.
TIO
1- Nao entendo como se pode "limpar os CDSs".
2- A diferenca com o que se passou na crise das S&L dos anos 80 e' um volume fantastico.
3- A estatizacao proposta e' "trigger" para CDSs.
4- Como a Europa ta' lotada de CDOs sinteticos, estas acoes possivelmente quebrariam o sistema bancario europeu.
A unica saida simples ate' agora proposta e' o Plano K.
Um abraco de quebrar costela
Kleber S.
• In January the primary fiscal surplus amounted to AR$ 600 million (excluding the flows corresponding to the nationalization of the Social Security), which implies a largo drop from the 2008 figure (AR$ 3,390 million). The reason behind this collapse was the evolution of revenues, which including the flows of the ex AFJPs, rose 11% yoy (in 2008 revenue growth was 39.6%). It is worth highlighting that the 2009 Budget had an estimated revenue growth of 14.9% (Prefinex)
• The pace of fiscal spending has fallen. Last year fiscal spending grew near 40%, nearly double last year’s 24% nominal GDP growth. In contrast, in the first three months of this year the growth in fiscal spending has been running near 30%. Compare that with our estimate of first quarter nominal GDP growth at 30%, and there is evidence of policy tightening from last year. Thus, the monetarists argue, the pace of fiscal spending (MS)
• Argentina’s budget surplus probably widened in July from a year earlier as higher commodity prices and increased economic activity boosted government revenue.(Bloomberg) The Economy Ministry may report the budget surplus, excluding interest payments, rose to about 2.8 billion pesos ($920 million) last month from 2.65 billion pesos in June and 2.6 billion pesos in July 2007
• Tax revenues disappointed in May. It reached ARS24.3bn, up 28.5%y/y, while consensus was for a higher ARS26.2bn. Moreover, it represents a sharp slowdown from the 52.4%y/y pace of expansion seen in April. Income taxes rose by a mere 0.9%y/y, a situation that the AFIP attributes to corporations having anticipated payments on this tax more heavily this year than last in recent months. Tax revenues from exports were not unduly affected by the rural strike, increasing 79%y/y, while social security and VAT revenues rose by 48% and 33%y/y respectively (BNP Paribas)
• Amid a context of stability/decline in international prices, to achieve a primary surplus above 3% over GDP in 2009 would require one of these measures (or a combination): a) To pull down the battery of subsides the Government has so far used to maintain prices frozen. b) Drastically reduce increases in pensions and wages for public employers. c) A devaluation that liquefies debt and real wages (Prefinex)
Qual era a vantagem de seguir as políticas ortodoxas mesmo? Ver o PIB caindo mais de 11% em termos anualizados?
“Qual era a vantagem de seguir as políticas ortodoxas mesmo? Ver o PIB caindo mais de 11% em termos anualizados?”
De quem vc esta falando, cristo?
“O”
Copom parece que esta querendo que a inflação volte,cortar em 250 pontos a Selic em 2 reuniões com inflação acima da meta.
O correto seria o Copom manter o juros em 13,75 AA para evitar maiores pressões inflacionarias.
“1) FED realiza o estresse dos balanços e determina quem está insolvente, quem está bem (porque não fizeram isto antes? Esta é a pergunta para a qual não tenho resposta – afinal o Geithner era o presidente do FED de NY, e o FED deveria ter recursos para isso; é o maior banco central do mundo, em termos de staff per capita)”
Acredite ou nao, mas o motivo eh que o Fed (institucionalmente) nao sabe fazer o stress test, estah aprendendo agora. Ouvi isso de fonte fidedigna. Serio.
“O”
“Acredite ou nao, mas o motivo eh que o Fed (institucionalmente) nao sabe fazer o stress test, estah aprendendo agora. Ouvi isso de fonte fidedigna. Serio.”
Pela qualidade da supervisão, em retrospecto não chega a ser surpreendente. É só assustador…
“Qual era a vantagem de seguir as políticas ortodoxas mesmo? Ver o PIB caindo mais de 11% em termos anualizados?”
De quem vc esta falando, cristo?
“O”
Na verdade eu devia ter dito mais de 15%, olha só essa:
“E, se o Brasil divulgasse suas estatísticas do mesmo modo que os EUA – onde os dados trimestrais são anualizados – a retração no último trimestre teria sido de 15,2%.”
Entendeu de quem eu estou falando?
TIOS
Uma coisa ja’ esta’ clara pra todo mundo com um minimo de independencia de pensamento e informacao: o governo esta’ tocando de ouvido. Ninguem sabe o que esta’ fazendo. Messias e seu sub mostraram o que traziam na bagagem no mes passado para uma nacao atonita: NADA. Ta’ todo mundo perdido e nao esta’ pintando lideranca alguma.
O troco ta’ feio, cumpadres, muito feio.
Um grande abraco
Kleber S.
o problema é que justamente não há demanda por crédito. Dar crédito ao consumidor americano não resolverá a crise simplesmente porque o consumidor já está atolado em dívidas. Simples assim.
Facilitar o acesso ao crédito não vai ajudar ninguem nessa hora. Salvo pouquíssimas empresas que se encontram em um momento estratégico para investimentos
“Entendeu de quem eu estou falando?”
E por que raios voce acha que a Argentina estaria em uma situacao melhor que o Brasil?
“O”
“Entendeu de quem eu estou falando?”
Se você está falando da Argentina, é melhor revisar seus conceitos. Primeiro porque acreditar nos números do Indec hoje é de uma ingenuidade sem par.
Até o terceiro tri de 2008 só há 1 episódio de importações caindo com PIB crescendo (em 1995, mas com crescimento do PIB na casa de 2%, não 5% como divulgado para o Indec em 4T08, e, mesmo assim, com a absorção em queda). Não há NENHUM espisódio anterior de absorção crescendo (2,9% em 4T08, diz o Indec) e importação caindo.
Isto dito, mesmo que o número não fosse fajuto, a diferença é bem simples e ficará clara mesmo para os que não conseguem enxergar sequer um trimestre à frente.
A Argentina caminha para (mais um) default. Praticamente toda sua dívida continua denominada em moeda estrangeira e o país não consegue mais controlar o câmbio. A economia está entrando em desarranjo e caminha para um colapso.
Quando isto acontecer quero ver você aparecer aqui no blog e bater no peito, mas algo me diz que isto você não fará…
E por que raios voce acha que a Argentina estaria em uma situacao melhor que o Brasil?
Porque está melhor que o Brasil.
A Argentina caminha para (mais um) default. Praticamente toda sua dívida continua denominada em moeda estrangeira e o país não consegue mais controlar o câmbio. A economia está entrando em desarranjo e caminha para um colapso.
Essa profecia já foi feita muitas vezes, e a Argentina continua crescendo muito bem, obrigado.
Economistas são bons pra ensinar como não fazer previsões… Já leram o The Black Swan?
“Essa profecia já foi feita muitas vezes, e a Argentina continua crescendo muito bem, obrigado.”
De forma alguma. Foi feita em 2001 e a Argentina entrou em default, com queda de 11% do PIB.
Em 12 meses nos falamos. Quer dizer, eu falo; você se esconde…
“Porque está melhor que o Brasil. “
Voce daria um belo humorista em Bs.As. Pode subir no palco, dizer que a Argentina tem uma politica macroeconomica melhor que o Brasil e partir para o aplauso.
“O”
“Voce daria um belo humorista em Bs.As. Pode subir no palco, dizer que a Argentina tem uma politica macroeconomica melhor que o Brasil e partir para o aplauso.”
Segundo os livros-texto de macro, é realmente, o Brasil tem uma política macroeconomica muito, mas muito melhor do que a da Argentina. Por outro lado, os números da economia Argentina são muito, mas muito melhores que o do Brasil (tirando a inflação, mas quem se importa com a inflação quando o desemprego avança rápido?).
Você estuda macroeconomia? Se estuda, sabe que a disciplina é um lixo. Se tiver alguma dúvida, leia o artigo pouco animado do autor do mais famoso livro de macro de pós:
http://www.nber.org/papers/w14259
Ou ainda (vou parar aqui, pq a lista é infinita, se eu entrar nos detalhes sobre a ausencia de moeda no livro do woodford e gali, então):
http://ideas.repec.org/p/nbr/nberwo/14313.html
Por outro lado, os números da economia Argentina são muito, mas muito melhores que o do Brasil (tirando a inflação, mas quem se importa com a inflação quando o desemprego avança rápido?). “
São tão melhores que o país está (de novo) à beira do default.
São tão melhores que a produção de automóveis na Argentina (número que não vem do Indec, infelizmente não-confiável) cai modestos 55%.
São tão superiores que as exportações argentinas caem quase 50% mais rápido que as brasileiras.
E quem se preocupa com a inflação de (sabe-se lá, possivelmente por volta de 20% em 2008, pelo deflator implícito)? Os argentinos se preocupam.
Não sei como é na dimensão Z (de zurro, para quem ainda não sabe), mas no planeta Terra os Kirchners perdem apoio popular a cada dia.
E, curiosamente, você ainda parece acreditar que mais inflação compra desemprego mais baixo permanentemente. E quer dar aula de macroeconomia… Bom, pode ser que na dimensão Z Papai Noel exista, não é mesmo?
Errado inflação gera mais crescimento,veja o Brasil durante o milagre econômico crescíamos a 10,12% AA.
Depois que controlaram a inflação Brasil nunca cresceu mais.A Argentina melhorou depois do Default.
“Errado inflação gera mais crescimento,veja o Brasil durante o milagre econômico crescíamos a 10,12% AA.”
Isto mesmo. Inclusive, quanto mais alta a inflação mais se cresce. Basta ver como crescíamos no período hiperinflacionário…
Ah, a dimensão Z… Como tem imbecil vivendo lá…
Brasil hoje cresce 4%,na época do milagre econômico crescíamos a 10% 12%.
Brasil poderia ter mantido esse crescimento durante muito tempo,Crescíamos mais que a China.
“Brasil hoje cresce 4%,na época do milagre econômico crescíamos a 10% 12%.
Brasil poderia ter mantido esse crescimento durante muito tempo,Crescíamos mais que a China.”
Hmm.E acredito que a queda da taxa de crescimento foi determinada pela política neoliberal que seguimos desde 1974, não é mesmo, em particular no período 1981-94…
Márcio Pochmann, economista, disse recentemente que, segundo estudos realizados no IPEA se o Brasil tivesse mantido política econômica do governo Vargas, hoje seria a 3ª maior economia do mundo, logo atrás dos EUA e Japão e à frente da Alemanha. “O Brasil foi o segundo país do mundo que mais cresceu no período compreendido de 1890 a 1980. Esse crescimento produtivo nos retirou da posição de sermos a 56ª economia do mundo para, em 1980, nos tornarmos a oitava. E isso foi feito pela persistência e a disciplina dos que nos antecederam, que possuíam uma visão do Brasil”, explicou ele.
“Márcio Pochmann, economista, disse recentemente que, segundo estudos realizados no IPEA se o Brasil tivesse mantido política econômica do governo Vargas, hoje seria a 3ª maior economia do mundo, logo atrás dos EUA e Japão e à frente da Alemanha.”
Bom, esta não seria nem a primeira, nem a última cretinice a ser proferida pelo Pókemon. Mantivemos a política de fechamento do país, predominância estatal e financiamento inflacionário entre 1980 e 1994, com resultados assombrosos, como a estagnação da renda per capita por 25 anos.
A tese Pokemônica nada mais é do que extrapolar as taxas de crescimento de 1890 (como o Vargas viveu, não?) a 1980 para o período posterior. conta que qualquer ginasiano equipado com o conhecimento de potência consegue fazer. Não mencionou, é claro, o processo de urbanização, a transição demográfica, ou qualquer coisa mais complicada que extrapolar tendências.
E, é claro, nem pensar em comparar esta estratégia de crescimento “para dentro” (as exportações brasileiras simplesmente não cresceram entre 1947 e 1967 se corrigidas pelo PPI) com as estratégias de crescimento integradas ao comércio internacional seguidas por outros países.
Do ponto de vista de análise econômica merece um redondo zero; no quesito matemática de sexta série do primeiro grau (eu sou antiquado) levaria 7, mas desde que feito por um estudante de 12 anos.
As exportações não cresceram porque o Brasil fez um programa de substituição das importações,o foco não era exportar e sim produzir para o mercado interno.
Brasil seria uma as potencias do mundo se tivesse mantido o crescimento de 10% AA do milagre econômico.Existe também o problema de educação no Brasil,como não temos escolas públicas de qualidade e universidades públicas de qualidade,isso aumenta as disparidades de renda.
Se você lesse trabalhos sociais sérios veria que a educação básica de má qualidade e a falta de investimentos na educação superior agrava as diferenças sociais.
“As exportações não cresceram porque o Brasil fez um programa de substituição das importações,o foco não era exportar e sim produzir para o mercado interno.”
Exatamente isto, não nos preocupamos em exportar e nos integrarmos à economia mundial.
“Brasil seria uma as potencias do mundo se tivesse mantido o crescimento de 10% AA do milagre econômico”
Sim. E se tivesse crescido 15% seria ainda mais potência. Por que não 20%? Pensando bem, 25% seria ainda melhor…
“Se você lesse trabalhos sociais sérios veria que a educação básica de má qualidade e a falta de investimentos na educação superior agrava as diferenças sociais.”
Eu não preciso nem ler os trabalhos sociais sérios para ver isto. Por exemplo, a falta de concordância (verbo no singular [agrava] enquanto o sujeito é plural [educação básica de má qualidade e falta de investimento na educação superior]) no seu texto já me revela muita coisa.
Isto dito, imagino que a política econômica de Vargas, presente no milagre econômico, tenha dado ênfase total à questão da educação, não é mesmo?
Foi a política neoliberal quem destruiu a maravilhosa política educacional que tanto impulsionou o crescimento brasileiro, Na dimensão Z, é claro…
A política educacional Brasileira é boa,precisamos ampliar os investimentos na educação superior porque essa sim da um ótimo resultado.
Uma das causas também da piora do crescimento foi o fato do Brasil ter saído de uma ditadura para um regime democrático.
Era possível o Brasil adotar a politica de trabalho Chinesa (melhor que a nossa)em um regime ditatorial,no Regime democrático não pode porque acham que é trabalho escravo.
“Uma das causas também da piora do crescimento foi o fato do Brasil ter saído de uma ditadura para um regime democrático.
Era possível o Brasil adotar a politica de trabalho Chinesa (melhor que a nossa)em um regime ditatorial,no Regime democrático não pode porque acham que é trabalho escravo.”
Depois do louvor à ditadura eu não tenho mais nada a comentar, a não ser que é extamente este tipo de afirmação que desmente a primeira frase do comentário (“A política educacional Brasileira é boa”) e confirma a segunda parte (“precisamos ampliar os investimentos na educação superior”).
Acabamos de ver um exemplo da má formação educacional brasileira.
O estado Brasileiro era mais enxuto com os Militares se comparado a hoje.
Investimento em educação superior é a que garante o crescimento para um país,não educação básica.
Trabalho na China não é escravo,e um trabalho flexível,lá eles não tem desemprego comparado ao Brasil.
PS Com os militares no poder essa crise seria uma marolinha,o que agravou a crise no Brasil foi os meios de comunicação que só divulgaram notícias sobre a crise que abalou as pessoas.Militares proibiriam as redes de TV’S de divulgar notícias sobre a crise,ninguém ficaria sabendo sobre ela e as pessoas continuariam a comprar.
Alex e isso que voce defende? AIG pagando 159 milhões de bonus para os executivos.
Enquanto o contribuinte americano paga seus impostos corretamente,certas pessoas afundam a empresa e ainda ganham dinheiro do governo para cobrir seus micos(sem contar os bônus milionários).
Voce ja leu o leu o livro de Rothbard sobre a crise de 1819?
“Você estuda macroeconomia? Se estuda, sabe que a disciplina é um lixo.”
Quando eu ouco falar em macroeoconomia e lixo, a associacao de ideias me leva direto a Argentina. Consigo ateh sentir o cheiro de bife de chorizo regado a Malbec.
“Se tiver alguma dúvida, leia o artigo pouco animado do autor do mais famoso livro de macro de pós:
http://www.nber.org/papers/w14259“
Muito dificil para mim e em ingles, sabe como eh, eu sou meio burrinho, tao burrinho que acho que quando o autor escreve na sinopse do artigo “The state of macro is good.” ele estah querendo dizer que o estado da teoria macroeconomica eh bom. Sabe como eh, burrinhos como eu nao sao capazes de ver a nuance, ne?
Ainda mais, tolo que sou, acho que a Argentina vai dar o calote de novo, gracas a politica macro e microeconomica neo-idiota da dona Kiki e seu Nestor.
Acho tambem que os Kirchner vao ser corridos do pais e que a comunidade internacional vai chegar atrasada (propositalmente?), os tecnocratas de Washington vao consertar a defecada desses jumentos somente depois de muito quebra-quebra em Buenos Aires.
Tio “O”
“Trabalho na China não é escravo,e um trabalho flexível,lá eles não tem desemprego comparado ao Brasil.”
Mais um caso de autismo economico.
“O”
“Mais um caso de autismo economico.”
A dimensão Z anda superpovoada…
O trabalho na China é um exemplo de trabalho a ser seguido,existe livre negociação entre empresários e empregados.
Um Chines ganha bem comparado ao Brasil.
“O trabalho na China é um exemplo de trabalho a ser seguido,existe livre negociação entre empresários e empregados.
Um Chines ganha bem comparado ao Brasil.”
Dizem os psiquiatras que não é caso de contrariar. Este pessoal da Dimensão Z…
Alex você queria trabalho com o que?
Lembre-se que Friedman era a favor do Fim do salário mínimo.Esqueceu da sua formação?
“Lembre-se que Friedman era a favor do Fim do salário mínimo.Esqueceu da sua formação?”
Não, não esqueci, assim como eu não esqueço da realidade. Dizer que o trabalhador chinês ganha mais que o brasileiro é caso grave de autismo econômico. Coisa de quem vivem na Dimensão Z.
1 – Friedman era contra o salário mínimo, porém era a favor de uma renda mínima, que ele chamava de “Imposto de Renda Negativo”
2 – Achar que o chinês ganha mais que o brasileiro é, realmente, realizar uma viagem astral para a dimensão Z.
3 – O modelo de crescimento chinês só não se esgotou por causa do imenso contingente que sai da área rural para a urbana, gerando uma imensa oferta de mão-de-obra barata. No entanto, assim que essa fonte começar a secar, os salários vão disparar e as condições de trabalho, melhorar, como já ocorreu no passado com os chamados “Tigres Asiáticos”.
“Muito dificil para mim e em ingles, sabe como eh, eu sou meio burrinho, tao burrinho que acho que quando o autor escreve na sinopse do artigo “The state of macro is good.” ele estah querendo dizer que o estado da teoria macroeconomica eh bom.”
Você obviamente não leu o artigo todo ou não o entendeu mesmo.
“Você obviamente não leu o artigo todo ou não o entendeu mesmo.”
Como eu mencionei antes, eu sou burrinho; nao sei nada de macro; nunca teria capacidade de ler um artigo de macro, ainda mais em uma revista em ingles. Quem me dera eu fosse esperto como ti.
“O”
Voltando ao merito da questao:
“Segundo os livros-texto de macro, é realmente, o Brasil tem uma política macroeconomica muito, mas muito melhor do que a da Argentina.”
Sim, eh melhor, mas eu questiono que seja muito melhor, nossa politica fiscal desde sempre eh prociclica.
” Por outro lado, os números da economia Argentina são muito, mas muito melhores que o do Brasil (tirando a inflação, mas quem se importa com a inflação quando o desemprego avança rápido?).”
Minha primeira reacao eh: entao por que a popularidade do Lula eh infinitamente melhor que a popularidade da Kiki? Inflacao deve ser mais importante para o bem-estar do consumidor do que a sua filosofia vadia parece assumir.
A segunda reacao eh: que numeros macroeconomicos? Quais series do INDEC voce confia?
A terceira reacao eh: mas se eles estao prestes a dar o calote (e eles estao!), entao em qual dimensao a politica macroeconomica deles eh bem-sucedida? Na melhor das hipoteses, eh uma politica macroeconomica insustentavel. Nao vou nem gastar adjetivo para descrever a pior das hipoteses.
“O”