José Luiz Oreiro parece ter ficado ofendido com meu post comentando sua tese sobre a suposta diferença entre as defasagens dos efeitos de política monetária sobre o produto no caso de mudanças “endógenas” e “exógenas” das taxas de juros. Segundo Oreiro, as defasagens só existem no caso de alterações “exógenas” de taxas de juros; no caso de alterações “endógenas”, isto é, em reação a mudanças no ambiente econômico, estas não existiriam. Está no post abaixo, mas vou repetir para que fique bem claro qual é o tema da discussão:

“Um detalhe técnico que a ‘thurma’ dos fatos estilizados de Friedman se ‘esquece’ de mencionar é que o hiato de 6 a 9 meses se refere a ‘mudanças exógenas na política monetária’, ou seja, mudanças na política monetária que não sejam uma reação a mudanças no ambiente econômico. Se o BCB tivesse reagido em outubro aos efeitos da crise internacional então não seria o caso de uma mudança exógena na política, mas uma mudança endógena !!! Isso faz toda a diferença !!!! Uma mudança endógena tem por objetivo neutralizar os efeitos de um choque, ao invés de produzir um ‘novo’ choque sobre o sistema ( a esse respeito sugiro aos ortodoxos de plantão a leitura do capítulo 1 do livro do Walsh). Todos os ‘fatos estilizados’ que os defensores do BCB mencionam referem-se a mudanças exógenas da política monetária. Nesse contexto, desafio a quem quer que seja a mostrar um único teste empírico que mostre que mudanças endógenas na politica monetária levam todo esse tempo para surtir efeito sobre o nível de atividade econômica.”

Meu ponto é muito simples: o que observamos, em geral, são alterações de política monetária que respondem a mudanças do ambiente econômico (por este motivo toda discussão sobre “endogeneidade” de política monetária no meu post que não vou repetir aqui). São estas observações que, devidamente corrigidas para a questão de endogeneidade (que tende a distorcer os valores estimados dos parâmetros se não for levada em conta), dão base para as estimativas dos coeficientes, incluindo defasagens. Diga-se, aliás, citando o mesmo Walsh, que “most movements of monetary policy represent responses to the state of the economy, not exogenous policy shifts ((2003) p.39)”.

O que eu esperaria de uma verdadeira resposta à minha crítica seria alguma evidência empírica que apoiasse sua tese, qual seja, que as defasagens de política monetária são diferentes nos casos de alterações endógenas ou exógenas de política monetária. Obviamente espero em vão: não há (podem procurar) qualquer evidência mostrando o que ele afirma. Aliás, não há qualquer referência a qualquer um que tenha achado um resquício que seja de evidência empírica a este respeito.

Pelo contrário, o que há é a mera reafirmação do que já tinha sido dito. O máximo a que se chega é: “there is less consensus [grifo meu], however, on the effects, not of policy shocks, but of the role played by the systematic feedback responses of monetary policy” ((2003) p.41). Noto, porém, que entre “haver menos consenso” e a afirmação sobre defasagens de política monetária serem menores (ou inexistentes, a se levar a sério a ideia que o BC poderia ter evitado a queda do produto no quarto trimestre agindo no próprio quarto trimestre) a distância é astronômica, e deveria ser preenchida não com citações, mas com qualquer laivo de evidência empírica que apoiasse a tese.

Walsh, aliás, deixa este ponto bastante claro: “structural econometric models have the potential to fill this gap ((2003) p.41, mais ou menos umas três linhas abaixo da afirmação anterior, um dado que peço aos 17 leitores guardarem com certo carinho)”. Vale dizer, onde os modelos VAR, com toda sua utilidade, não podem ajudar, a resposta tem que passar por modelos estruturais, como, por exemplo, o modelo do BC (http://www.bcb.gov.br/pec/wps/ingl/wps01.pdf), que – repetindo o afirmado acima – sugere a existência de defasagens entre alterações de taxas de juros e as respostas do produto.

Isto dito, poderia ocorrer de o BC, maligno, inimigo da “ofensiva desenvolvimentista” (na forma da ininterrupta expansão do gasto público, por exemplo) adotar um modelo francamente irrealista com vistas a sabotar os nobres ideais dos nossos “desenvolvimentistas” (ou “keynesianos de quermesse, na expressão já imortal cunhada pelo nosso “O”), recusando-se a aceitar que suas políticas poderiam ter efeito muito mais rápido no produto. Será que a experiência internacional mostra algo em contrário?

Obviamente não (vocês já sabiam disto, não?). Uma busca rápida revela, por exemplo, que o Banco da Inglaterra no texto “The Transmission Mechanism of Monetary Policy” (http://www.bankofengland.co.uk/publications/other/monetary/montrans.pdf) conclui que em seu modelo estrutural (portanto endereçando precisamente o ponto levantado por Walsh) a defasagem de política monetária é da ordem de 1 ano (há incerteza, é verdade, mas em momento algum se indica que taxas de juros se transmitem imediatamente). Mais interessante, o texto sugere que este achado não é uma jabuticaba bretã, mas está presente em outras economias desenvolvidas. Citando:

“Any change in the official rate takes time to have its full impact on the economy. (…) The empirical evidence is that on average it takes up to about one year in this and other industrial economies [grifo meu] for the response to a monetary policy change to have its peak effect on demand and production, and that it takes up to a further year for these activity changes to have their fullest impact on the inflation rate.”

Charles Goodhart, certamente um economista não tão famoso como Oreiro (sequer chega a associar seu nome ao de Keynes, imaginem) por sua vez, num texto preparado para o Fed de St. Louis (http://research.stlouisfed.org/publications/review/01/05/165-182Goodhart.qxd.pdf), nota que:

“(…) The standard work-horse models now in current use, especially Rudebusch and Svensson [um modelo estrutural, como se pode ver aqui http://www.princeton.edu/svensson/papers/RSNB810.PDF] do incorporate monetary transmission lags.”

Ainda nesta linha, estimando a defasagem de política monetária na Austrália, levando explicitamente em conta a questão da endogeneidade (com a utilização de variáveis instrumentais), Gruen, Romalis e Chandra (http://faculty.chicagobooth.edu/john.romalis/research/RDP9702.pdf) também acham evidência de defasagens em modelos estruturais.

Da mesma forma, Razzak estima uma resposta defasada do produto à taxa de juros (mais precisamente com relação ao desvio com relação à taxa neutra) também num contexto de modelo estrutural com tratamento de endogeneidade na decisão de política monetária. (http://www.rbnz.govt.nz/research/discusspapers/dp02_03.pdf (p.73 ))

A lista poderia ser ainda maior, mas acho que as referências acima já bastam. Estas cobrem o Reino Unido (assim como outras economias industriais), a Nova Zelândia, a Austrália e, é claro, o Brasil, onde o maligno BC, aliás, estima uma resposta mais rápida de política monetária (de onde se conclui que nem malvado o BC consegue ser, que vergonha).

Em outras palavras, a evidência empírica pedida por Oreiro (qual seja, a existência de defasagens no caso de respostas endógenas de política monetária) já está presente nestes modelos. Vale notar que são todos eles modelos estruturais, exatamente como sugerido por Walsh. Eu não tenho em mãos a edição de 2001 do seu livro, então não posso dizer se a falta de referência ao papel dos modelos estruturais na solução da questão das defasagens resulta de (a) mera desatualização, (b) falta de atenção com a frase que vinha logo após a citação, ou (c) deliberada omissão. Deixo o teste de hipóteses a cargo dos leitores, mas, à luz do discutido acima, sugiro fortemente não se deixar levar sem cuidado pelo teste de Oreiro: sob a hipótese nula de deliberada omissão do papel dos modelos estruturais na resolução da questão das defasagens a validade do teste de Oreiro fica definitivamente comprometida…

P.S.

Falta ainda explicar o título. Por que “Casablanca”?

Na verdade vem de um dos diálogos mais memoráveis do filme entre Peter Lorre (Ugarte) e Boggart (Rick), transcrito abaixo:

Ugarte/Lorre: You despise me, don’t you?
Rick/Boggart: If I gave you any thought I probably would.

O olhar de Lorre (um ator fenomenal) transmite o quanto ele precisa da atenção da Rick, nem que seja para desprezá-lo. Impossível não pensar nisto quando se lê o texto de Oreiro: ele precisa da minha atenção, nem que seja para mostrar o quanto está errado. Não me custa nada a gentileza, já concedida a tantos outros quermesseiros que passaram por estas páginas. Afinal de contas, não me furto à missão civilizatória.

144 thoughts on “Casablanca

  1. Dr. Schwartsman, sou estudante de Economia, e tenho uma dúvida que não consigo sanar sozinho. Gostaria de saber se existe alguma correlação entre a taxa de juros básica da economia com os lucros dos bancos comerciais.

    Obrigado, Daniel.

  2. Hehehehe…
    Um final de post ótimo!!!

    Oreiro, por que você nao faz um favor ao mundo e se aposenta? Acho que todas as partes sairiam beneficiadas

  3. Daniel:

    Faça um estudo a respeito. Por exemplo, veja o que ocorre com o lucro dos bancos em anos que a taxa básica cai e o que ocorre em anos que a taxa básica sobe. Depois tente adicionar novos fatores que possam explicar o comportamento dos lucros. Siga pesquisando e, quando chegar a uma conclusão, mostre seu trabalho e veja o que outros podem contribuir com críticas e sugestões.

    Boa sorte.

  4. Prezado Alex, ótimo post!
    Veja sé é mais ou menos isso mesmo…
    Metodologia “Científica” Novo-Kermessiana (quermesseiro metido a “rebuscado”)
    Começa com uma ideologia forte que pode ser estrutural (burrice e/ou Ignorância) e/ou conjuntural (devido à absoluta falta de capacidade técnica e intelectual para “competir” no mercado privado e com objetivo de arrumar uma “boquinha” no governo e/ou em algum reduto “pseudo-intelectual” na Urca, em Campinas e pelo visto Brasília).
    Objetivo : Vários, mas no caso particular parece ser o de aumentar as vagas “desenvolvimentistas” no governo (não acredito que quem use desonestidade intelectual tenha interesses menos obscuros e se enquadre somente no caso estrutural acima).
    Método Científico : Poderia ser “data mining”,má especificação de modelos etc… entretanto daria mais trabalho e teria que entender alguma coisa de Econometria/Economia, então é de uma forma ainda mais bizarra…
    O cara vai no Google, no NBER, em livros e etc… , procura alguma crítica que na maioria das vezes ele nem entende, mas serve para confundir e ludibriar a cabeça de seus ineptos seguidores (não precisa estar dentro do contexto e não precisa ter honestidade nenhuma e reproduzir tudo que o crítico capaz tenha escrito – só a parte que interessa ).
    Detona as deficiências naturais de algum modelo econômico/ econométrico ( incerteza, simplificação da realidade(óbvio), etc… ) pra justificar sua falta de conhecimento e estudo. Isso é até questão de sobrevivência dado que se tivesse que se utilizar de evidências empíricas rigorosas não poderia nem publicar suas asneiras.
    Isso parece claro, só que pro coitado do aluno desse embusteiro é difícil perceber.
    Se vc é aluno do cara, corra enquanto é tempo , pede transferência, faz vestibular de novo, troca de profissão, qualquer coisa é melhor que “aprender” com um “professor” desses.
    Tenho pena do Keynes Tb, deve estar se revirando na tumba!
    Abs
    RN

  5. Por que você escreveu o mesmo post duas vezes?

    E quanto ao Gustavo Franco, é óbvio que você estava errado:

    Conforme nos informa o Censo de Capitais Estrangeiros,
    conduzido pelo Banco Central do Brasil para o ano base 2000, 60,4% do total das
    exportações brasileiras, independente de categoria de uso, é “intra-firma”. É de se esperar, à
    luz deste fato que a prática de “pricing to market” seja bastante mais relevante do que
    alguém limitado aos velhos livros-texto poderia supor.
    De todo maneira, “isto, porém, diz ele, é só teoria, coisa que um bom aluno de graduação
    sabe. Será que os fatos são consistentes com esta versão?” Para que a realidade nos forneça
    um veredicto sobre a existência de correlação entre preços de exportação e taxa de câmbio
    real devemos olhar para o gráfico abaixo mostrando o comportamento das duas séries ao
    longo do tempo.

    É alta a correlação negativa entre preços de exportação das três categorias de uso e a taxa
    de câmbio real, ainda mais alta em semi-manufaturados e básicos. Ademais, as altas
    correlações positivas entre os preços dos três tipos de exportação parece sugerir que elas se
    movem juntas. O leitor deve ter claro que não temos aqui uma econometria de última
    geração que nos permita pleitear uma solução definitiva para o problema. Mas não deve
    haver dúvida que os números aqui mostrados favorecem amplamente o argumento do meu
    artigo.

    A realidade da globalização e do comércio
    exterior administrado (arm’s length) através de redes de filiais de empresas transnacionais
    transforma fundamentalmente o mundo simples dos velhos livro-texto. O fenômeno do
    “pricing to market” certamente é comum no que é conhecido como “comércio intra-firma”,
    ou entre “partes relacionadas”, independentemente se as exportações são de produtos
    básicos ou manufaturados.

    Para “O” puxa-saco: isso pega mal.

  6. Excelente post.

    Antes de ler o seu texto, li o texto do Oreiro. É incrível a quantidade de referências feitas ao artigo do Friedman e Schwartz de 1963, que foi publicado muito antes de serem desenvolvidos os modelos de reação do banco central ou o VAR. Outra parte “fantástica” do texto s”ao os paragrafos inicias, nos quais vc parece ser mais maligno que o BCB.

    Finalizando, só posso agradecer pelas aulas de bon senso em economia.

  7. Primeiramente, parabéns por manter o nível do debate e não usar as costumeiras palavras de baixo calão.

    Segundo, o senhor de fato retoma a verdadeira razão da discussão (poderia o BC ter evitado a queda do PIB no 4o trimestre?)e chega a uma conclusão muito mais realista que Oreiro.

    Terceiro, de fato, mesmo sem reconhecer, o senhor recuou da posição inicial na qual “simplesmente não há, pelo menos fora da Dimensão Z, qualquer observação de mudança “exógena” de política monetária pela singela razão que toda mudança de política monetária resulta de uma reação da autoridade monetária a uma alteração no ambiente econômico.”. Ou seja, passou a aceitar a possibilidade de “mudanças endógenas”. No entanto, isso pouco importa. Seu pragmatismo foi importante e responde EM CHEIO o desafio de “mostrar um único teste empírico que mostre que mudanças endógenas na politica monetária levam todo esse tempo para surtir efeito sobre o nível de atividade econômica.”

    Abraços!

  8. “Por que você escreveu o mesmo post duas vezes? “

    Para ver se você entende, é claro (se bem que a própria pergunta gera certo desânimo quanto a esta possibilidade). Mas, se precisar, o pessoal explica de novo. Como eu disse, faz parte da misão civilizatória…

  9. Uma pergunta. O erro no nome do José Lui”S” Oreiro é uma provocação sutil? Pergunto isso pois o erro é recorrente.

    Saudações

  10. Eu fui mais além e após o jogo de ontem dei uma olhadinha no site do Orelhão….pensei até em abandonar o futebol e me inscrever no doutorado em Economia da UnB….o que mais me chamou a atenção foi a ementa do curso de “Macroeconomia do Desenvolvimento”….
    Este trecho que vai abaixo resume tudo….lá vai:
    “No que se refere a política macroeconômica, a disciplina irá focar o papel dos controles de capitais, dos déficits em conta-corrente e dos regimes cambiais na promoção de um crescimento econômico robusto no longo-prazo”

    Bem,enquanto futebolista tenho que admitir que os nossos comentaristas de futebol entendem mais de desenvolvimento econômico do que os nossos “economistas heterodoxos”….É aquela coisa, saber derivar e igualar a zero não salva a alma de ninguém ….(o Orelhão que o diga…é o rei das derivadas….). Apesar de que perto do Nakano, Bresser, Bombinha, Retardim de Carvalho,Qsifu,Pokemon, Paulo Galinha, entre outros sou mais o Orelhão….Mais se tivesse que escolher alguém para debater Economia, não teria dúvidas: chamaria o Alex Escobar (Sportv) ou José Trajano (ESPN)…o nível do debate econômico ficaria mais elevado com certeza….

    Abs

    Dagoberto (autor de dois gols no jogo de ontem)

  11. “Uma pergunta. O erro no nome do José Lui”S” Oreiro é uma provocação sutil? Pergunto isso pois o erro é recorrente.”

    “If I gave you any thought I probably would…”

  12. Tive aula de graduacao com o Oreiro na UFPR. Metade dos professores de la vieram da Unicamp, e o chefe do depto era o Oreiro!!

    Tranquei o curso lá e semestre que vem começo o curso na PUC Rio.
    Ufa! Consegui fugir a tempo da economia de mentirinha.

    Uma das razoes que me motivaram a essa mudança foi ter comecado a frequentar este blog há quase 1 ano e ter aprendido economia de verdade, não só nos posts mas principalmente nos comentarios de todos visitantes.

    Obrigado Alex e todos que comentam no blog!

    Fernando

  13. Alex,

    O caso do Fernando não me parece um ponto fora da curva, sua cruzada é importante..voltando ao campus, pude perceber que a garotada lê e debate junto com os post’s e comentários

    Responsabilidade social, faça sua parte!

    Abs.,

    Apollo

  14. Pena…
    É somente isso que podemos ter de um ex-diretor do BC que para se auto-afirmar tem que atacar outras frentes ideológicas. Se rebaixar a tal nível é realmente muito triste.
    O ainda mais assustador é ter que ler comentários de “economistas”, que estariam começando a carreira, seguidores de ideologias xiitas, incapazes de respeitar e contribuir de forma significativa ao pensamento econômico. Continuem assim, isso será muito frutífero para suas carreiras.
    Talvez neste blog estejamos de frente com o próximo prêmio Nobel…
    Um abraço a todos.

  15. Alex,

    É um tanto obvio que o Oreiro tenha ficado, no mínimo, encomodado com o seu post anterior que, simplismente, espinafra o sujeito.

    Mas de omissão em omissão é que foram feitos os argumentos nesse embate até agora. Cada um mostrou as provas que achavam apropriadas para reforçar sua argumentação, segundo suas próprias perspectivas econômicas.

    Competente que é, vc montou muito bem sua argumentação, assim como ele fez para respondê-lo ao post anterior.

    Mas, me diga uma coisa: Por mais divertido que seja ficar batendo um no outro, qual é o fim desse embate? Produziu-se algo nesse interim, ou foi só pra mostrar quem é melhor que outro nessa matéria que não tem consenso?

    Ou melor,o consenso é: os economistas heterodoxos concordam com eles mesmos e os ortodoxos com eles próprios. ou nem isso (ver Schwartsman x Franco, por exemplo)

    Nem mesmo um redutor comun, do teste empírico, pode ser 100% tomado como metodo, afinal,a economia a cada dia tende a ser mais política e não há consenso sobre método na matéria. Dizer que a economia deriva da física é afirmar a falta de identidade da matéria. E, querendo ou não,o capitalismo não pode ser pensado sem o Estado, mesmo que mínimo.

    Sendo assim, fora sua astucia com a arte e a cultura que é sempre emprega nos seu posts, vale dizer, desde sua tese de mestrado ( O auge e o declinio do Leviathan) orientada pelo Helio Nogueira, não me parece haver grande diferença entre vc e o Oreiro.

    Liste as diferênças, além da que eu citei acima.

    Ou seja, entre a quermesse keynesana ou o “clubinho offsore neoclassico ortodoxo”,a escolha ainda está para aquele que melhor embebedar os outros a sua volta.

    Como disse,não havendo mesmo diferenças, quando se encontrarem na anpec é mais apropriado que se abracem.

    “TK”

  16. O que eu vejo no blog estes dias?! Um pateta dizendo que mudou de centro da UFPR para PUC-RJ porque o Oreiro era cefe de departamento do primeiro…Até parece que a Unicamp não teve papel algum positivo sobre o pensamento econômico brasileiro…Um outro chamando a teoria pós-keynesiana e novo-keynesiana de teoria de quermesse…E o Alex, o qual aprecio as colunas de jornais, dizendo que tem uma missão civilizatório de “ensinar economia”…Bem…Me parece mais uma briga de egos, apesar do Alex ter razão em alguns pontos que não desqualificam a heterodoxia matemática do Oreiro (na minha mosdetíssima opinião, é claro, dado os comentários geniais do RN)…

    Shalom Alex!

    Mosh Dyen.

    P.S.: Keynes está se revirando na tumba de tanto dar risada da crítica construtiva do RN…

  17. O Brasil devia fazer como a Índia, coordenar políticas fiscal e monetária.

    A última previsão do FMI para a India que eu vi era de crescimento de 5% para 2009. Para o Brasil, -1,3%.

    Os desinformados que acham que as exportações indianas não caíram, podem ficar com essa:

    Slowing exports: Exports plunged by 21.7% y/y (biggest drop since 1995) to US$ 11.9 billion in Feb 2009 after declining sharply by 15.9% y/y in Jan 2009 (Dec 2008: -1.1%, Nov 2008: -9.9%, Oct 2008: -12.1%). This was led by slowdown in exports of textiles, handicrafts, gems and jewelry, leather, plastics, metals and rice. In Q3 2008, export growth turn negative for the first time since 2001-02.

    Nós sofremos choques grandes, mas os indianos reagiram de maneira muito mais inteligente. Agora é tarde para corrermos atrás do prejuízo, crescimento negativo para esse ano é quase certo.

  18. “O Brasil devia fazer como a Índia, coordenar políticas fiscal e monetária. “

    O que isso significa? Voce acha que o Brasil deveria ter politicas monetaria e fiscal expansivas hoje? Bem, talvez na dimensao Z seu argumento seja relevante, pois no mundo concreto em que vivo, o Brasil tem – de fato – adotado politicas monetaria e fiscal expansivas.

    Entao, qual o seu ponto?

  19. “Um outro chamando a teoria pós-keynesiana e novo-keynesiana de teoria de quermesse…E o Alex, o qual aprecio as colunas de jornais, dizendo que tem uma missão civilizatório de “ensinar economia”

    “O que vejo esses dias”:

    O Luciano revisando “os comentários” do blog pra ver se consegue tecer alguma crítica.

    Pelamor, vai pescar, assim pode ser que te surja alguma inspiração.

    Se keynes estiver se reviando na “tumba”(agora ele é uma mumia!!) é de alegria,pois seu nome é lembrado.

    “TK”

  20. “Até parece que a Unicamp não teve papel algum positivo sobre o pensamento econômico brasileiro…”

    Com certeza, temos grandes pensadores da Economia lá na Unicamp: Beluzzo, João Manuel, Luciano Coutinho….só prêmio Nóbel!!!É só olhar o “legado” que o pensamento genial dessas figuras deixou para a gente…..Ou fazer uma análise “histórica crítica”, como os economistas campineiros gostam de escrever…O Beluzzo então, nem se fale….os palmeirenses devem estar adorando o presidente “intelectual”: o paulistinha já era e a libertadores está indo para o mesmo caminho…

    abs

    John Nash

  21. “Ou melor,o consenso é: os economistas heterodoxos concordam com eles mesmos e os ortodoxos com eles próprios. ou nem isso (ver Schwartsman x Franco, por exemplo”

    TK: Economia não é uma ciência exata e existe sim muita discordância entre bons economistas (novos clássicos, novos keynesianos, ortodoxos e heterodoxos ) mas por favor não se confunda. O debate do post ao qual vc se refere é bem diferente. Diria que é entre boa e má economia. Por sinal sou a favor de boa economia e contra ideologia. Sou a favor da inteligência, do estudo e da seriedade e contra burrice e desonestidade intelectual.

    Vou tentar te ajudar: enquanto os bons engenheiros poderiam estar discutindo se deveríamos usar carro elétrico, a gasolina ou a álcool, o engenheiro de quermesse estaria defendendo a carroça( pode ser que seja pra arrumar um emprego de “motor” do veículo).

    abs
    RN

  22. Luciano

    Será que pelo menos por respeito ao enorme número de membros brilhantes da comunidade com prêmio Nobel em Economia ( muitos brilhantes sem prêmio tb), vc não poderia omitir alguns detalhes particulares seus?

    RN

    PS:Não adianta entender de matemática (felizmente nem sei se o Oureiro entende) e não entender de economia.

  23. Os bancos públicos puxaram a expansão do crédito nos últimos meses e ajudaram a garantir a oferta de financiamentos bancários no país, já que as instituições privadas passaram a adotar uma conduta mais conservadora desde o agravamento da crise.
    Segundo dados do Banco Central, no primeiro trimestre deste ano os bancos públicos aumentaram em R$ 21,4 bilhões (ou 4,8%) as suas carteiras de crédito, que no mês passado somavam R$ 466 bilhões. Os bancos privados, ao contrário, reduziram seus saldos em R$ 7,6 bilhões no mesmo período, o que corresponde a uma queda de 1%.
    Os números do BC mostram que, com o impulso dado pelas instituições públicas, a oferta total de crédito continuou em alta no país, mesmo com a crise.

    ooops… há quem diga que isso vai fazer os bancos públicos quebrarem… mas eles lucram mais que os privados (caso do banco do brasil).

    Falando em quebrar, o default da Argentina tá demorando, não?

  24. Já o economista Armando Castelar, pesquisador da UFRJ e analista da Gávea Investimentos, afirma que, com a crise, muitas pessoas e empresas optaram por transferir seus depósitos para bancos públicos, que, em tese, teriam menos probabilidade de quebrar por contarem com garantias do governo.
    “Sabendo que existe essa garantia, as pessoas correram para o banco público, que por isso ficou com muito dinheiro em caixa e, portanto, com maior capacidade de emprestar”, diz Castelar.

    UFRJ, hum, isso não cheira bem…

  25. SABE-SE LÁ o que o governo pode vir a aprontar nos bancos estatais depois que Lula mandou a Caixa e o Banco do Brasil baixarem os juros na marra, se é que isso vai acontecer. Mas, até agora, se não fosse devido à Caixa, ao BB e ao BNDES, para nem mencionar os subsídios federais ao consumo, o país teria entrado em recessão muito feia. Se a economia dependesse apenas dos bancos privados de capital nacional, basicamente Itaú-Unibanco e Bradesco, a situação seria ainda pior.

  26. “mas eles lucram mais que os privados (caso do banco do brasil).

    Falando em quebrar, o default da Argentina tá demorando, não?”

    Aproveite os prados verdejantes da Dimensão Z, mas deixe um pouco para o resto da quermesse, tá?

  27. RN,

    Óbvio que não! Até porque temos Nobel “Keynesianos”…Podemos julgar pessoas por serem economistas ruins ou por usarem mais retórica do que fundamentação teória ou empíricia para defender seus pontos de vistas; agora julgar uma escola do pensamento econômico como “pensamento de quermesse” é ridículo. Comportamento de torcedor de time: irracional!

    Vc nunca leu nada do Oreiro?! Não sabe se o cara sabe ou não dos modelos tratados?! E faz a crítica da crítica alheia?! Parabéns! Ganhou o título de melhor JUMENTO DO ANO! Com direito a alfafa!!

    TK, o sujo falando do mal lavado. Pode ir pescar primeiro…Leve alguns livros de economia e óleo de peroba…

    Shalom meus caros!

    Mosh D. (Luciano).

  28. Luciano,

    Eu ainda tive salvação e mudei pra PUC Rio, mas me parece que vc é caso perdido…

    A unica coisa que o pensamento economico da Unicamp serve é de mau exemplo.

    Abs

    Fernando

  29. “Falando em quebrar, o default da Argentina tá demorando, não?”

    Demorando?

    O que voce acha que eh a manipulacao da inflacao se nao um default nos detentores de titulos publicos indexados a inflacao?

    E o clube de Paris? Por acaso na dimensao Z a Argentina nao estah em default com o clube de Paris?

  30. “ooops… há quem diga que isso vai fazer os bancos públicos quebrarem… mas eles lucram mais que os privados (caso do banco do brasil).”

    Espera. Nao vai demorar para voce cobrir o buraco em um banco estatal. Voce ouviu o que o DSK disse ontem sobre bancos latino-americanos?

  31. Na Unicamp, em geral, os professores agem de má fé. Não é só no Instituto de Economia. Até na Física, Matemática e engenharias acontece isso. Acredito que seja algum tipo de “filosofia” da universidade. Todos estão mancomunados para pegar uma fatia da verba pública. Muito cuidado para os que pensam em estudar lá !

  32. “ooops… há quem diga que isso vai fazer os bancos públicos quebrarem… mas eles lucram mais que os privados (caso do banco do brasil).”

    esse sujeito está solto ou o acesso dele a um computador conectado a web faz parte da terapia?

  33. Luciano

    Não sei se devo desistir de vc! Será que vc não sabe nem ler?Hoje mesmo escrevi:

    “Economia não é uma ciência exata e existe sim muita discordância entre bons economistas (novos clássicos, novos keynesianos, ortodoxos e heterodoxos )…” “Por sinal sou a favor de boa economia e contra ideologia. “

    Ps- Eu li sim o post do Oureiro e dei uma olhada no site dele e pra mim basta! Se vc não consegue entender que isso basta, não desista, estuda mais.

    RN

  34. O que isso significa? Voce acha que o Brasil deveria ter politicas monetaria e fiscal expansivas hoje? Bem, talvez na dimensao Z seu argumento seja relevante, pois no mundo concreto em que vivo, o Brasil tem – de fato – adotado politicas monetaria e fiscal expansivas.

    Entao, qual o seu ponto?

    Meu ponto é que isso deveria ter sido feito desde o ano passado. O atraso nas ações é que ferrou com tudo.

    E eu sei que você é “O” puxa-saco, não adianta tentar se esconder não assinando.

    Outra coisa, você falou que o Brasil teria um tombo feio de qualquer jeito, acabei de mostrar que isso não é verdade, a Índia (e a China) tiveram quedas enormes nas exportações e vão crescer provavelmente mais de 5% esse ano, graças às políticas expansinistas nos tamanhos e tempos certos.

    O Brasil só não teve uma queda ainda maior porque os bancos públicos aumentaram o crédito (e não vão quebrar, desculpa).

    Durma com esse barulho.

  35. Ótimo comentário Luciano!

    O amigo da PUC-Rio ai vai ter que estudar bastante pra entender de economia. Alias to precisando de um arquiteto, teria algum para indicar?

    Mais uma coisa, como foi a pescaria?

    Grande Abraço!

    Paulo

  36. Salvação??? Piada neh?? Conta mais uma vai!!

    Daqui um tempo agente bate um papo garotão, tem que comer muita grama ainda…

    Abraços Gustavo.

  37. O mais comédia é o uso da poderosíssima ferramenta chamada EXCEL para a simulação….quem diria…. o Orelho também é um “cabeça de planilha”; deste modo, o peludão tem que rever seus conceitos (o que para alguém como ele é bem difícil, convenhamos…). Talvez na próxima edição do livro dele (por alguma editora como a “Boitempo” ou a “Paz e Terra”…) ele já tenha mudado o título para “Os cabeça de Matlab”….ou “Os cabeça de Eviews” …..e por ai vai…
    Realmente, o uso do 69 é enigmático….

    abs

    Eugenio Gudin

  38. A pouca matemática que o Oreiro sabe, ele aprendeu no mestrado em economia na PUC-RJ. Como seu contemporâneo, posso atestar o raso conhecimento (tanto economico quanto matemático dele). No entanto, como em terra de cego que tem um olho é rei, essa matemática básica (nada além de cálculo avançado) já é suficiente para ele ser considerado um excelente economista pelos nossos heterodoxos. Chega a ser paradoxal que muitos daqueles que criticam o uso da matemática na economia exaltem esses artigos do Oreiro.

    Destaca-se na sua bibliografia o “Teorema de Keynes-Oreiro”, publicado na “Estudos Economicos” e disponivel na sua própria home page:
    http://www.joseluisoreiro.ecn.br/arquivos/ee1998.doc

  39. “Outra coisa, você falou que o Brasil teria um tombo feio de qualquer jeito, acabei de mostrar que isso não é verdade, a Índia (e a China) tiveram quedas enormes nas exportações e vão crescer provavelmente mais de 5% esse ano, graças às políticas expansinistas nos tamanhos e tempos certos. “

    Que jumento teimoso… China tem um choque de termos de troca positivo brutal, India tambem teve um choque de termos de troca positivo – se o preco do petroleo nao tivesse caido dos 140 do verao do ano passado, a India teria sido a bola da vez, eram candidatos fortes a problemas de financiamento do balanco de pagamentos.

    Finalmente, eh jumentico querer comparar a taxa de crescimento de um pais cuja renda per capita eh menos que um terco da renda per capita brasileira com o Brasil e que estah passando por um processo de urbanizacao acelerada pelo qual nos passamos 30-40 anos atras. Se voce tiver o minimo treinamento em economia e historia do Brasil, deveria saber disso, nao?

    “O”

  40. “Finalmente, eh jumentico querer comparar a taxa de crescimento de um pais cuja renda per capita eh menos que um terco da renda per capita brasileira com o Brasil”

    Para ser mais caxias, a renda per capita em dolares correntes da India eh menos que 1/7 da renda per capita brasileira.

    “O”

  41. Prezado “O”

    Permita-me chicotear um pouco vosso jumentinho.

    Jumentinho Sino-indiano

    Pouco importa na hora de avaliar o impacto da crise dizer que a China e a India provavelmente crescerao mais de 5% esse ano e comparar isso com o Brasil. Sera que nao faz mais sentido ( sei que vc nao ta acostumado com isso )comparar no minimo quanto cada economia vai desacelerar em relacao ao seu crescimento potencial ( ou pra dar menos trabalho em relacao a quanto cada economia vinha crescendo )?Pensa um pouco, eu imagino que seja dificil pra vc mas vale a pena. Vamos la : ( pais , gdp 07, gdp 08 e previsao 09 )fonte – IMF
    (India,9.3,7.3,4.5)
    (China,13,9,6.5)
    (Brasil,5.7,5.1,-1.3)
    Deu pra notar que mesmo que tivesse de verdade essa tal politica fiscal/monetaria tao diferente e vc mesmo assim ignorasse renda per capita,choque nos termos de troca e o escambau vc ainda teria notado uma baita desaceleracao nos IC`s se tivesse perdido 2 minutos pra olhar alguns dados?

    RN

  42. “A pouca matemática que o Oreiro sabe, ele aprendeu no mestrado em economia na PUC-RJ. Como seu contemporâneo, posso atestar o raso conhecimento (tanto economico quanto matemático dele).”

    O pobrezinho deve ter sido muito discriminado por isso, coitado,por isso que ele ficou assim…

    Sigmund Freud

  43. “Mas essas particularidades do tratamento econométrico de como se chega ao período de defasagem, cristalizado pela literatura empírica da relação juros-produto, o Sr. Alexandre Schwartsman não trata. Não o culpamos. Na econometria é comum ser defrontado com o problema de variável omitida. Na especificação mental de Alexandre Schwartsman, onde se declara “um não especialista em econometria”, deveria ser adicionada mais uma variável explicativa, a de “não sou um especialista em economia”. Aí então, sem o viés de variável omitida, talvez o enunciado “Schwartsman é um bom economista” seja estatisticamente significante e válido, e não uma mentira que se compra apenas porque o enunciado é, no fim, apenas um viés de omissão de variável importante.”

  44. Que jumento teimoso… China tem um choque de termos de troca positivo brutal, India tambem teve um choque de termos de troca positivo – se o preco do petroleo nao tivesse caido dos 140 do verao do ano passado, a India teria sido a bola da vez, eram candidatos fortes a problemas de financiamento do balanco de pagamentos.

    Aham, deve ser por isso que as exportações da ìndia e da China despencaram tanto… quanta ingenuidade.

    Finalmente, eh jumentico querer comparar a taxa de crescimento de um pais cuja renda per capita eh menos que um terco da renda per capita brasileira com o Brasil e que estah passando por um processo de urbanizacao acelerada pelo qual nos passamos 30-40 anos atras. Se voce tiver o minimo treinamento em economia e historia do Brasil, deveria saber disso, nao?

    Deixa eu te contar o que acontecia quando o Brasil tinha quedas enormes de exportação quando a gente tinha a renda da Índia… Não, não vou me dar a esse trabalho, compre um livro de história.

  45. Que jumento teimoso… China tem um choque de termos de troca positivo brutal, India tambem teve um choque de termos de troca positivo – se o preco do petroleo nao tivesse caido dos 140 do verao do ano passado, a India teria sido a bola da vez, eram candidatos fortes a problemas de financiamento do balanco de pagamentos.

    China’s customs agency said Wednesday that merchandise exports in February plunged 25.7% from a year earlier. That is one of the biggest drops on record, and extends the 17.5% fall in January for a fourth straight monthly decline. Imports declined by a slightly less dramatic 24.1%, thanks in part to government spending, which other data also issued Wednesday showed picking up in February. That left a monthly trade surplus of $4.84 billion – the smallest in three years. The number was just a fraction of January’s $39.11 billion, reversing a string of record surpluses in recent months.

    Isso é puro autismo, numa boa, olha o quanto as exportações brasileiras em valor exportado caíram (olha um post anterior do blog) e olha o quanto as exportações chinesas caíram em valor, corta esse papinho de termos de troca pq o que o país recebe de demanda externa é o que ele exporta em valor (preço x quantidade), e isso despencou para os 3 países…

    China e Índia souberam dosar as suas políticas, autista.

    Já que você não entende língua escrita, tem uns gráficos aqui:

    http://blogs.cfr.org/setser/2009/03/11/the-fall-in-chinas-exports-caught-up-in-part-with-the-fall-in-chinas-exports/

  46. “Finalmente, eh jumentico querer comparar a taxa de crescimento de um pais cuja renda per capita eh menos que um terco da renda per capita brasileira com o Brasil”

    Para ser mais caxias, a renda per capita em dolares correntes da India eh menos que 1/7 da renda per capita brasileira.

    Ah é? E qual seria a proporção correta entre a taxa de crescimento do Brasil e a da Índia. Como você não vai ter essa resposta de jeito nenhum, fica na sua. Pra afirmar uma besteira dessa você teria que fazer suposições sensacionais sobre as taxas de crescimento dos países.

    Porque países que tem menos de 1/10 da renda brasileira regridiram em 50 anos?

    Obrigado por me fazer rir.

  47. Vamos fazer então um exercício muito divertido.

    Compare a renda per capita média dos EUA na década de 90. Agora compare com a do Brasil.

    Compare a taxa de crescimento média dos EUA na década de 90. Agora compare com a do Brasil.

    Faça o mesmo exercício para a década de 80.

    Ficou claro ou precisa de lápis de cor?

  48. Se comparar o crescimento da Índia e do Brasil é tão ridículo assim,

    COMPARE ENTÃO OS DESVIOS DOS DOIS EM RELAÇÃO AO PIB POTENCIAL.

  49. Prezado Alex,

    não perca seu tempo com o sr. Oreiro. Acho importante o seu debate e suas polêmicas com a heterodoxia, mas, pelamor, encontre um hetedodoxo mas respeitavel para polemizar (eles existem, apesar de escassos).

    O sr. Oreiro é conhecido dentro da própria heterodoxia como “El Publicador”. Sua passagem pela UFPR fez com que o programa de pós desta instituição saltasse alguns pontos no conceito da capes e se tornasse, artificialmente, um programa bem visto pelos anpequeiros.
    Tanta foi a importância do Sr. Oreiro neste processo que muito de sua ida para a UnB provavelmente se deve a uma tentativa de replicar o “Efeito Oreiro” por aquelas bandas. (Não cito aqui o “motivo fuga” que os leitores deste blog devem conhecer)

    Porém, basta uma olhadela efêmera pelas publicações de Orelho (REP, REA, EE etc.) para vermos que trata-se de um grande PICARETA. Certamente não há palavra melhor para caracterizar uma pessoa que publica artigos idênticos em n revistas diferentes, visando tão somente “somar pontos”. Parece jogador de soccer, “o importante é somar”.

    Enfim, caro Alex, continue provocando e debatendo com a heterodoxia, polêmicas bem fundamentadas são importantes para o avanço da economia. No entanto, sugiro aqui alguns interlocutores brasileiros mais encorpados:
    Gilberto T. Lima – USP
    L.A.O. Lima – FGV/SP
    Bresser (sim, ele mesmo, é muito mais conhecedor e inteligente do que parece à primeira vista)
    Carlos E. Carvalho (PUC/SP)
    F. Cardim Carvalho (UFRJ)

    Beijo, me liga, Veblen

  50. “Aí então, sem o viés de variável omitida, talvez o enunciado “Schwartsman é um bom economista” seja estatisticamente significante e válido, e não uma mentira que se compra apenas porque o enunciado é, no fim, apenas um viés de omissão de variável importante.”

    Parece português, mas não sei. Alguém sabe em que língua foi escrita a afirmação acima?

  51. “Isso é puro autismo, numa boa, olha o quanto as exportações brasileiras em valor exportado caíram (olha um post anterior do blog) e olha o quanto as exportações chinesas caíram em valor,”

    Termos de troca, vamos lembrar, é a relação entre preços de exportação e importação. Olhar apenas para o desempenho das exportações para determinar se houve choque de termos de troca é errado porque:

    (1) A queda das exportações pode resultar de queda de preços e/ou quantum;

    e

    (2) Não diz nada sobre o preço das importações e, portanto, nada sobre o ganho de renda real que resulta dos termos de troca.

    Eu não tenho a menor ideia de onde andam os termos de troca chineses e indianos (minto, eu tenho certa noção da China, que importa commodities e exporta não-commodities, mas não os números propriamente ditos). Isto dito, eu sei os números brasileiros: houve perda de 10% do termos de troca entre agosto/08 (índice Fucex 110,6) e março/09 (99,4). Dado que as exportações são algo como 14% do PIB, falamos de perda de renda real de 1,4% do PIB.

    Alguém ter algum número nesta linha para Índia e China? Quem não tiver eu sugiro manter o silêncio obsequioso até Sua Excelência, o DADO, se manifestar.

  52. “Eu não tenho a menor ideia de onde andam os termos de troca chineses e indianos (minto, eu tenho certa noção da China, que importa commodities e exporta não-commodities, mas não os números propriamente ditos). “

    A China teve uma melhora brutal nos termos de troca. A India teve uma melhora pequena, mas como muita gente achava que eles eram a bola da vez quando o petroleo estava a 140, eles certamente devem ter se beneficiado da queda no preco do petroleo.

    “O”

  53. “Compare a renda per capita média dos EUA na década de 90. Agora compare com a do Brasil.

    Compare a taxa de crescimento média dos EUA na década de 90. Agora compare com a do Brasil.

    Faça o mesmo exercício para a década de 80. “

    Nao entendi nada da sua regressao de dois pontos…

    Vc por acaso estah negando que existe convergencia de renda entre paises abertos a globalizacao? Se estiver, voce estah redondamente errado.

    Voce estah negando que a estrutura da economia chinesa ou indiana eh completamente diferente da economia brasileira, portanto estes paises sao afetados de maneira diferente quando acontece uma crise global? Poxa vida, deve ser fisicamente impossivel alguem ser tao estupido para achar isso!

    Ou voce acha que o Brasil tem o mesmo espaco fiscal para aumentar gastos que a China? Obviamente nao temos.

    Resumindo, anonimo jumentico, voce nao tem nenhum ponto. Nao existe nenhuma evidencia que o Bacen ter reduzido as taxas de juros 2 meses antes teria melhorado a posicao do Brasil. Pelo contrario, o fato que o Bacen nao reduziu os juros em outubro pode muito bem ser um trunfo para o Brasil pois temos espaco para continuar cortando juros por muitos meses (sim, se voce estende seu braco para frente antes de dar um soco, voce vai perder a forca).

    Quanto a politica fiscal, ninguem em Brasilia ou em lugar algum que pensou serio sobre o assunto acha que o Brasil poderia ter um estimulo fiscal como aquele da China.

    Para terminar, eu estou short em India.

    “O”

  54. “Pouco importa na hora de avaliar o impacto da crise dizer que a China e a India provavelmente crescerao mais de 5% esse ano e comparar isso com o Brasil. Sera que nao faz mais sentido ( sei que vc nao ta acostumado com isso )comparar no minimo quanto cada economia vai desacelerar em relacao ao seu crescimento potencial ( ou pra dar menos trabalho em relacao a quanto cada economia vinha crescendo )?Pensa um pouco, eu imagino que seja dificil pra vc mas vale a pena. Vamos la : ( pais , gdp 07, gdp 08 e previsao 09 )fonte – IMF
    (India,9.3,7.3,4.5)
    (China,13,9,6.5)
    (Brasil,5.7,5.1,-1.3)”

    Eh que o sujeito eh heterodoxo, portanto vagabundo demais para olhar para a realidade etc.

  55. Termos de troca, vamos lembrar, é a relação entre preços de exportação e importação. Olhar apenas para o desempenho das exportações para determinar se houve choque de termos de troca é errado porque.

    Sério, eu não quis me exceder. Isso que você escreveu está correto, mas o meu ponto não é esse. Eu não disse em nenhum momento que é só olhar o valor exportado para definir os ganhos/perdas de termos de troca.

    Aliás, é bem possível que os termos de troca chineses tenham ficado mais favoráveis mesmo, ainda assim, a queda nas exportações foi dolorosa.

    O que eu quis dizer e está bem claro é que independentemente das alterações nos termos de troca de Brasil, Índia e China, o valor exportado de TODOS despencou. Logo, a renda de todos esses países caiu como consequência.Ainda que os países possam ter (e estão tendo) uma contribuição positiva das exportações líquidas ela é bem menor. Todos ficaram mais pobres, em maior ou menor medida em relação a essa variável.

    É simples, uma queda monstruosa nas exportações dos três países foi compensado por políticas inteligentes na China e na Índia, e não no Brasil.

  56. Bela análise sobre a situação chinesa (e sobre como os fatores internos são MUITO importantes):

    China’s current slowdown was made in China, not in the world.

    Yes, growth in “light manufacturing” (toys, shoes and textiles) has slowed. But electronics and machinery exports are still doing very well – even if they don’t get the press (Figure 3). Or perhaps I should say were still doing well in the third quarter; must has changed recently. China’ problem this year is simple: labor intensive export sectors have slowed more than capital intensive export sectors. Overall though China’s real exports grew at a 10-15% y/y clip in 08 – far faster than the overall growth in world imports. China’s real export growth is forecast to outpace its real import growth in 2008 – which implies that net exports will still contribute positive to China’s GDP growth. True, the net exports won’t provide as much of a positive contribution as in 07, 06 or 05. But they are still adding to growth not subtracting from it.

    Why then is China slowing so sharply? Simple, real estate investment has hit a wall. After growing at 20% y/y for a long time, real estate investment stalled – with a y/y growth rate of around 0% (Figure 5). That means that China is in turn producing more steel and cement than it needs, and producers of steel and cement are cutting back. That in turns hurts iron ore exporters …

    This though is very much a result of China’s own policy choices. Rather than allowing the real exchange rate to appreciate back when China was truly booming (05-late 07/ early 08), China’s policy makers opted to rely on administrative curbs on credit growth. That left China more exposed to global slump in demand – as it kept exports up by limiting real appreciation even as it credit curbs limited the amount of froth in the real estate market back when China was booming and real interest rates were negative. China invested a lot in real estate, but it is no Dubai. But China’s policy makers still look to have slammed the brakes on a bit too hard. Rather than slowing gradually, real estate investment fell off a cliff (Figure 5).

    4. There is more bad news ahead.

    While real exports contributed positive to GDP growth in 2008, they won’t contribute in 09. The World Bank forecasts that for the first time in a long time, 2009 real import growth will exceed real export growth. In 2005, real exports grew about 10% faster than real imports (23.6% v 13.4%). Many economists remain – for reasons that to be honest elude me – reluctant to draw the obvious connection: the most likely explanation for China’s strong real export growth is the large depreciation the RMB in 2003 and 2004. That combined with administrative controls – which limited lending, investment and ultimately imports – to create China’s large current account surplus. Real export growth exceeded real import growth by 5 percentage points in 2006 and 2007 – and by 4 percentage points in 2008.

    The positive contribution of net exports to GDP is forecast to end in 2009: real import growth will exceed real export growth by 3 percentage points.

  57. “O que eu quis dizer e está bem claro é que independentemente das alterações nos termos de troca de Brasil, Índia e China, o valor exportado de TODOS despencou. Logo, a renda de todos esses países caiu como consequência.Ainda que os países possam ter (e estão tendo) uma contribuição positiva das exportações líquidas ela é bem menor. Todos ficaram mais pobres, em maior ou menor medida em relação a essa variável.”

    Mas você continuaria ignorando o efeito de termos de troca e, portanto, ainda sem responder ao argumento do “O”. A renda cai mais nos países para os quais os termos de troca pioraram e menos no caso dos países para os quais os termos de troca melhoraram.

    Aliás, dependendo das magnitudes envolvidas, a renda real pode, inclusive, aumentar, mesmo que as exportações estejam caindo. Ou seja, não se pode chegar à sua conclusão a priori: Sua Excelência ainda tem que ser consultada.

  58. Recapitulando:

    1-jumentinho ignorava efeito dos termos de troca mas ta comecando a aceitar…

    2-jumentinho ignorava efeito renda per capita e continua ( era esperar de mais tb… )

    3-jumentinho na verdade comecou dizendo que os IC`s com suas politicas monetarias/fiscais melhores tinham reagido certo ao contrario do Brasil( so faltou falar que foi endogenamente pra neutralizar o efeito da crise .So que os dois paises assistem a desaceleracoes brutais e nao muito diferentes do Brasil, mesmo tendo,como no caso da China ( na India nao sei ) muito mais espaco que o Brasil para aumentar gastos…e mesmo tendo diversas outras particularidades como as citadas por “O”.

    Nao comecou toda essa discussao pq um tal de Oreiro falou que o marvado BC tinha agido errado e o jumentinho usou o “exemplo” dos IC`s pra mostrar a tal da boa politica endogena pra neutralizar o efeito da crise?

    Cade a P… da evidencia que essas politicas melhores neutralizaram o choque e que a defasagem foi muito menor?

    Espero que vossas jumentencias se calem para sempre ou venham a publico se desculpar!

    RN

  59. “Eh que o sujeito eh heterodoxo, portanto vagabundo demais para olhar para a realidade etc.”

    Honestamente, nao sei bem o que quer dizer essa terminologia aqui no Brasil.Imagino que vc se refira aos Quermesseiros ( esse termo eh excelente, obrigado “O”, rs ),nao eh?

    Conheco entretanto diversos economistas brilhantes heterodoxos, inclusive brasileiros(aqui devem ser considerados neoliberais,monetaristas,sei lah…mesmo sendo heterodoxos).

    Eu sinto muita dificuldade de replicar as terminologias das correntes de pensamento economicas ao cenario tupiniquim.

    Aqui a coisa parece diferente:

    Desenvolvimentistas ( economistas de pessimo nivel ) x Monetaristas ou Neoliberais( termo que os economistas de pessimo nivel chamam muitas vezes erradamente qualquer economista de bom nivel gerando uma tremenda confusao )

    Alguem que conheca bem essa terminologia pode me ajudar? Fazendo se possivel um paralelo com os US, acho que essa terminologia eh meio confusa aqui…Alex,”O”, alguem se habilita?

    Ps – Eh importante que a meninada saiba que la fora a discussao fica em cima de uns 10% entre as diversar “escolas”, no resto a turma concorda. Aqui e tao diferente pq fica polarizado entre toda a turma que vem dessas escolas e uma outra turma de quinta categoria que fica dizendo que eh outra escola mas na verdade nao foi pra escola.

    abs

    RN

  60. Olha, não estou por dentro da discussão.
    Mas, termos de troca?
    Ah, então já sei.
    Não importa de quem nem quando nem porque, eles vao se deteriorar a longo prazo.
    Eu estudei Cepal, estudei Prebich e o Celso Roubado.
    (O Simonsen era “do mal” e o ignorei conscienciosamente!)
    Nada como um economista com conhecimento histórico, sociológico, filológico e gramático para resolver a questão.
    Aliás, decreto ser impossível entender e prever os descaminhos da crise atual sem ter lido Karl Polanyi.
    Fiori neles, salve o Flamengo e tudo mais.
    Eu não sou maluco. Apenas estudei teoria “macro-econômica” com o Nassif.

  61. Prezado Alex,

    em vista do surgimento de uma nova geração de heterodoxos de meados da década de 90 para cá (uma geração meia capenga, mas não deixa de ser uma nova geração),
    porque vc não publica uma nova versão do MANIFESTO DA ECONOMETRIA POLÍTICA.

    Você argumentará que não teria novamente a capacidade de produzir algo tão brilhante, e desta vez sozinho. Concordo, mas qualquer coisa é melhor que nada. Temos novos atores no debate acadêmico moderno. E estes clamam por um novo manifesto (Poçças, PTPLS e cia. ficaram no passado.)

    Você argumentará que será um tempo gasto inutilmente. Eu garanto que não.

    Você argumentará que não tem coragem atualmente de publicar aquilo. Publique então como um comentário de um anônimo de seu blog.

    Estamos anciosos para vermos passagens brilhantes seguidas de (cf. Orelho, p. xi). Ou então (veja Csifú, p.2).

    Sugiro aqui a bibliografia (e vc se encarrega dos temas):

    Retardim de Carvalho
    Nassiffudido
    Paulo Frango
    Leda Paulada
    Yoshiaki Nacanoa
    Franklin Martelano
    Luciano Quetinho
    Ricardo Ovelha
    Guido Bonjorno Principessa
    E para fechar, um das antigas:
    Luiz Gonzaga Peludo

    Abraço, Ele é Otário, Prado!

  62. Prezado RN,

    A definicao de heterodoxo que eu tenho usado sao economistas para qual valem algumas dessas caracteristicas, algumas metodologicas, outras nao:

    – odeia dados

    – odeia estatistica, acha que econometria eh algo do demonio

    – cita Keynes, mesmo fora de contexto, para tudo, como um aluno de madrassa cita o Corao

    – segue a pratica de catar citacoes de economistas do Norte Malvado fora de contexto para construir argumentos de autoridade

    – nao consegue entender porque a obra do Ignacio Rangel eh um lixo

    – nao consegue entender porque o Belluzzo como economista eh ridiculo

    – acha que Thirlwall eh o nome de um economista respeitavel, cuja obra ajuda-nos a entender o mundo

    – consegue no mesmo paragrafo criticar o banco central pelo efeito devastador das taxas de juros altas e logo apos descrever como a transmissao de politica monetaria no Brasil eh emperrada

    – recomenda alunos de pos-graduacao a nao estudar muito, “pois as vezes um bom economista nao eh aquele que estudou mais”

  63. Eu imaginava.

    O “O” definiu essa turma como “Keynesianos de quermesse”. Fantastico nao eh? rs

    Acho que deve ter alguma coisa a ver com Campinas, eh isso mesmo “O”?

    abs

    RN

  64. Nossa quanta besteira…
    Se os heterodoxos são um lixo pq se incomodam tanto??…
    Continuem assim, estamos dando boas risadas de vcs…rsss
    Infelizmente não vamos mais perder tempo nesse blog inútil (logo podem espernear a vontade que ninguém mais perderá o tempo respondendo).

    abs!!

  65. Grande Blog esse do Alex!!!

    Sou estudante de economia da UCB-DF e estou aprendendo muito com os debates aqui travados. Ainda não defini a linha de pensamento economico que vou seguir, mais tenho um vies pelo ideário liberal.

    Entretanto, acharia mais elegante por parte dos participantes que se identificassem, COMPLETAMENTE, para sabermos um pouco mais de cada um. SO SE FOR POSSIVEL!!!

    Abraços!
    Marcos Paulo

  66. “Infelizmente não vamos mais perder tempo nesse blog inútil (logo podem espernear a vontade que ninguém mais perderá o tempo respondendo).

    abs!!”

    Eu aposto que não… Virão muitos, o valente inclusive, só para apanhar…

  67. “TK: Economia não é uma ciência exata e existe sim muita discordância entre bons economistas (novos clássicos, novos keynesianos, ortodoxos e heterodoxos ) mas por favor não se confunda. O debate do post ao qual vc se refere é bem diferente. Diria que é entre boa e má economia. Por sinal sou a favor de boa economia e contra ideologia. Sou a favor da inteligência, do estudo e da seriedade e contra burrice e desonestidade intelectual.”

    “Vou tentar te ajudar: enquanto os bons engenheiros poderiam estar discutindo se deveríamos usar carro elétrico, a gasolina ou a álcool, o engenheiro de quermesse estaria defendendo a carroça( pode ser que seja pra arrumar um emprego de “motor” do veículo).”

    RN,
    Agradeço sua intenção em tentar me desconfundir. Mas, me desconfunda outra coisa: Ideologia. Ela pode guiar o seu juizo de valor para definir o que vc pensa ser boa economia, ou não? Há também inteligência, estudo e dedicação em outras vertentes, Keynes é exemplo, embora haja o boato de que Keynes fosse ortodoxo. Ainda que fosse, se tornou exemplo por ter superado a economia mainstream na época.
    No que diz respeito a “trade-off”(se é que se pode dizer isso dessa forma) carro elétrio carroça, penso que essa relação poderia ser melhor sintetizada através das perspectivas que diferenciam as escola, quanto ao equilibrio da economia no longo ou no curto prazo, assim como seus entendimentos sobre os níveis ótimos de emprego.
    Abs.

    “TK, o sujo falando do mal lavado. Pode ir pescar primeiro…Leve alguns livros de economia e óleo de peroba…”

    Luciano,
    Sem problemas, pra pescar precisa de arte mesmo e é como Economia, os livros combinarão bem. Portanto, parcialmente sua receita não é má, porém o óleo de peróba não serviria nem para fritar as pescadas, sendo assim, pedirei ao “Sexta Feira” para enviá-lo um tubo extra para que não falte quando vc precisar.
    Abs.

    “TK”

  68. “Eu trabalhei com o L. Carlos. Conheço bem”

    Conhece bem. E concorda com o nosso amigo? Ele é realmente inteligente? Ou é mais um heterodoxo de quermesse?

  69. Mas você continuaria ignorando o efeito de termos de troca e, portanto, ainda sem responder ao argumento do “O”. A renda cai mais nos países para os quais os termos de troca pioraram e menos no caso dos países para os quais os termos de troca melhoraram.

    Aliás, dependendo das magnitudes envolvidas, a renda real pode, inclusive, aumentar, mesmo que as exportações estejam caindo. Ou seja, não se pode chegar à sua conclusão a priori: Sua Excelência ainda tem que ser consultada.

    Os valores das exportações líquidas já “contém” essa informação, e o comportamento dessa variável foi parecido entre os países. Se os termos de troca melhoraram tanto assim, é estranho observar a queda tão acentuada das importações (levando-se em conta o nível de atividade alto). Difícil acreditar que a renda real não caiu.
    Outro dado sugestivo: a rúpia se depreciou enormemente desde o início da crise.

    O meu ponto foi que o que determinou a performance muito superior de Índia e China foi justamente as políticas tomadas frente a uma queda enorme das exportações líquidas e credit squeeze no tempo certo (enquanto o O diz que não). Os termos de troca tem influência sim, mas não são os únicos determinantes. É suficiente saber que as exportações líquidas despencaram para saber que a redução do crescimento teve uma grande impacto por esse canal. Aliás, o Alexandre na sua análise do post anterior considerou o valor exportado, não os termos de troca, apenas.

    No post foi dito:

    “Quando consideramos, porém, o comportamento efetivo de ambas as variáveis, é possível observar no gráfico que a QUEDA RECENTE DAS EXPORTAÇÕES explica a MAIOR parte do desempenho recente industrial, enquanto as vendas no varejo têm “puxado” (sem sucesso) a produção para cima, mas numa magnitude consideravelmente menor do que a observada entre o terceiro trimestre de 2006 e o terceiro trimestre de 2008.”

    Ora, eu já mostrei qual foi a QUEDA das exportações (valores) nos países em questão, e ela foi GRANDE.
    SE a demanda doméstica fosse mais estimulada, teríamos uma tombo menor. Possivelmente acompanhado de um déficit comercial, mas isso não é um problema tão grande no curto prazo, quanto mais que a desvalorização cambial já se mostrou inofensiva (nós também comemos commodities! e os preços caíram).

    Além do mais, no caso de China e Índia, é CONSENSO entre os departamentos de pesquisa econômica dos bancos que o que vai segurar a queda do PIB serão justamente as políticas agressivas (http://economic-research.bnpparibas.com/applis/www/RechEco.nsf/EcoWeekByDateEN/706D6D867A67786EC125759B00531E5B/$File/EcoWeek_09-16-EN.pdf?OpenElement, e http://www.econbrowser.com/archives/2009/03/chinese_exports_1.html ou http://www.morganstanley.com/views/gef/archive/2008/20081118-Tue.html#anchor7202, por exemplo)

    Citi sobre a China: Stripping out prices, import quantity growth already declined considerably beginning in mid 2008 to near zero, reflecting insufficient domestic demand.

    Para com essa conversa de jumento, pois. Eu não vou entrar mais nessa de ofensas gratuitas.

    Citi sobre a China: Stripping out prices, import quantity growth already declined considerably beginning in mid 2008 to near zero, reflecting insufficient domestic demand.

  70. “”Quando consideramos, porém, o comportamento efetivo de ambas as variáveis, é possível observar no gráfico que a QUEDA RECENTE DAS EXPORTAÇÕES explica a MAIOR parte do desempenho recente industrial, enquanto as vendas no varejo têm “puxado” (sem sucesso) a produção para cima, mas numa magnitude consideravelmente menor do que a observada entre o terceiro trimestre de 2006 e o terceiro trimestre de 2008.”

    Continua sem considerar o efeito dos termos de troca. Numa economia na qual os termos de troca tivessem melhorado a demanda doméstica teria reagido diferente; este é o ponto do “O”…

    E: “Citi sobre a China: Stripping out prices, import quantity growth already declined considerably beginning in mid 2008 to near zero, reflecting insufficient domestic demand.” não implica a conclusão contrária sobre o papel das políticas anti-cíclicas?

  71. Jumentinho anonimo maltrata tanto os dados que soh pode ser heterodoxo mesmo… Vide o que ele falou aqui (sobre China e India):

    “É suficiente saber que as exportações líquidas despencaram para saber que a redução do crescimento teve uma grande impacto por esse canal.”

    Mal sabe ele que as projecoes de mercado (podem procurar…) eh que as exportacoes liquidas da China (em valor, em dolares) devem aumentar uns 15% em 2009 relativo a 2008. O que nao eh de surpreender ninguem face ao choque de termos de troca positivo que eles estao encarando agora. Como brasileiro, jumentinho anonimo deveria saber melhor sobre os efeitos de um choque de termos de troca positivo.

    “O”

  72. “Acho que deve ter alguma coisa a ver com Campinas, eh isso mesmo “O”?”

    Isso mesmo.
    Pode chama-los de quermessianos tambem.

    “O”

  73. “Se os heterodoxos são um lixo pq se incomodam tanto??…”

    O Alex jah explicou varias vezes e o mesmo vale para mim. Eh uma missao civilizatoria.

    “O”

  74. Anônimo disse:

    “O Brasil devia fazer como a Índia, coordenar políticas fiscal e monetária.

    A última previsão do FMI para a India que eu vi era de crescimento de 5% para 2009. Para o Brasil, -1,3%.”

    Anônimo, na India tem CLT?

    Na India software paga imposto como no Brasil?

    Na India tem ISS? PIS, etc…

    A industria de serviço da India tem os mesmos custos do Brasil?

    A industria textil da India tem os mesmos custos do Brasil?

    A industria siderurgica da India tem os mesmos custos do Brasil?

    Eu faria essas perguntas para começar uma analise por que eles podem crescer esse ano 6% enquanto o Brasil pode ter um resultado negativo no PIB de talvez 1,3%.

    Luiz Brandão

  75. RN disse,

    “Vou tentar te ajudar: enquanto os bons engenheiros poderiam estar discutindo se deveríamos usar carro elétrico, a gasolina ou a álcool, o engenheiro de quermesse estaria defendendo a carroça( pode ser que seja pra arrumar um emprego de “motor” do veículo).”

    RN, os bons engenheiros estariam tentando junto com os bons economistas mostrar que seria melhor usar mais os transportes de massa, melhorar a malha ferroviaria, melhorar o transporte marítimo de cargas, melhorar as leis de zoneamento e diminuir a impermeabilização do solo.

    Já os engenheiros quermesseiros e os economistas desenvolvimentistas querem fazer PAC, 1 milhão de casas, trem bala, etc…

    Tem tanta coisa mais fácil e mais premente pra fazer que pode ajudar na retomada do crescimento, só que não são coisas espetaculosas, não dá IBOPE nem festa de inauguração.

    Mas todo bom engenheiro sabe que são tão importantes quanto carro elétrico, energia éolica, reaproveitar aterros sanitários, etc…

    Luiz Brandão

  76. Anônimo disse,

    “Outra coisa, você falou que o Brasil teria um tombo feio de qualquer jeito, acabei de mostrar que isso não é verdade, a Índia (e a China) tiveram quedas enormes nas exportações e vão crescer provavelmente mais de 5% esse ano, graças às políticas expansinistas nos tamanhos e tempos certos.”

    A India vende serviços sem cobrar impostos, os funcionários lá não tem muitos direitos e os salários são muito baixos, mas os caras falam inglês perfeito, tudo bem que com um sotaque muito forte.

    Na China os caras tem menos direitos ainda, custam menos ainda, trabalham de Domingo a Domingo, tem mais ou menos 5 dias de férias por ano e moram no emprego.

    No Brasil você tem um custo de 102% sobre cada funcionário, mais FGTS, Vale Transporte, Vale Refeição, Vale mais não sei o que.

    Paga imposto quanto compra matéria prima, paga imposto quando vende pro distribuidor, paga imposto quando vende pro revendedor, etc…

    Nada disso ocorre nesses dois países assim fica muito mais fácil funcionar.

    Viu o que aconteceu com a redução do IPI dos carros e da linha branca.

    Imagina o que aconteceria se você tivesse uma carga tributária mais inteligente e um sistema tributário mais inteligente no Brasil?

    Quem sabe nós não cresceriamos 6% ou mais sem precisar de PAC, minha casa minha vida, etc…

    Luiz Brandão

  77. “O” disse,

    “Finalmente, eh jumentico querer comparar a taxa de crescimento de um pais cuja renda per capita eh menos que um terco da renda per capita brasileira com o Brasil e que estah passando por um processo de urbanizacao acelerada pelo qual nos passamos 30-40 anos atras. Se voce tiver o minimo treinamento em economia e historia do Brasil, deveria saber disso, nao?”

    “O”, só para acrescentar se ele também cultivasse o hábito da leitura de revistas simples como The Economist, Newsweek, ou mesmo assistir CNN e BBC para ver como é a vida na India, ele teria percebido que existe uma brutal diferença de renda per capita, de leis trabalhistas, de urbanização, de indice de alfabetização, etc…

    Será que ele não sabe inglês?

    Luiz Brandão

  78. Anônimo disse,


    Isso é puro autismo, numa boa, olha o quanto as exportações brasileiras em valor exportado caíram (olha um post anterior do blog) e olha o quanto as exportações chinesas caíram em valor, corta esse papinho de termos de troca pq o que o país recebe de demanda externa é o que ele exporta em valor (preço x quantidade), e isso despencou para os 3 países…”

    Anô, olha só a China importa, ferro, petroleo, soja, arroz, etc…

    Mas ela é a fabrica da Cisco, da Sony, da HP, da Dell, da Panasonic, da Nokia e de um monte de gente.

    Ela pode importar 10 bilhões do Brasil em soja e petroleo, mas ela vende de volta 100 bilhões em produtos de maior valor agregado.

    E mais importante a China não vende nada a crédito, tudo tem de ser pré pago, quem vende a crédito é a Dell, HP, Cisco, Apple, etc…

    Quando a China da crédito ela vende inclusive mão de obra.

    Ou seja sem crédito nem mesmo as vendas entre as empresas americanas, europeias e asiaticas que estão na China e suas matrizes funcionaram e por isso as vendas cairam e podem cair mais.

    A China tem um mega mercado interno, mas o que eles podem fazer lá é infraestrutura, saneamento, etc….

    O 1,100,000,000 de chineses não querem media player, telefone com TV, forno de microondas, TV com LCD, computador, netbook eles não tem dinheiro para isso.

    Luiz Brandão

  79. Anônimo disse,

    “Vamos fazer então um exercício muito divertido.

    Compare a renda per capita média dos EUA na década de 90. Agora compare com a do Brasil.

    Compare a taxa de crescimento média dos EUA na década de 90. Agora compare com a do Brasil.

    Faça o mesmo exercício para a década de 80.

    Ficou claro ou precisa de lápis de cor?”

    Ficou claro que você comparou uma economia fechada e com poucos produtos de alto valor agregado como a brasileira com uma economia aberta e com muitos produtos de valor agregado.

    Ficou claro que você comparou uma economia sem grande capacidade de poupança interna com uma que possuia uma grande poupança que podia ser utilizada.

    Ficou claro que você comparou uma economia que não tem quase nenhuma legislação trabalhista contra uma que tem inclusive uma justiça do trabalho.

    Ficou claro que você não foi nem inteligente nem honesto no seu exemplo.

    Que tal comparar o Brasil com a Coréia do Sul nesses mesmos periodos?

    Luiz Brandão

  80. Anônimo disse,

    “Citi sobre a China: Stripping out prices, import quantity growth already declined considerably beginning in mid 2008 to near zero, reflecting insufficient domestic demand”

    Como eu disse antes os 1,100,000,000 chineses que não moram em Hong Kong, Shenzen, etc…. não vão consumir nada que a China faz.

    Luiz Brandão

  81. TK

    Nao sei se entendi bem seu post mas…pela ultima vez, vamos la:

    A avaliacao que eu fiz de ma economia nao tem NADA a ver com ideologia.

    Tem a ver com ignorar coisas como a que o nobre professor Alex mesmo se referiu acima “Sua Excelência, o DADO, se manifestar” ou como nao conhecer o verdadeiro sentido da frase que me acostumei a ouvir (vou tentar traduzir)”A prova do pudim esta em come-lo” e etc…

    Se o que vc chama de vertente/escola o que for eh essa economia de quinta categoria da UFRJ e Unicamp, dedicacao e estudo pode ate existir mas pelo resultado da pra notar que falta no minimo inteligencia.Pra mim isso nao eh escola,vertente,nada disso, esse negocio de desenvolvimentismo eh porcaria mesmo.

    Quanto ao Keynes, longe de mim fazer critica a um economista tao importante para historia do pensamento economico. Minha critica eh ao mal uso de suas ideias e reafirmo que acredito que ele se sentiria envergonhado de varios de seus seguidores tupiniquins.

    Usando sempre o teste da realidade, acredito em rigidez no curto prazo (com modelo bem fundamentado micro etc…New Keynesians)mas no longo prazo em curva de philips vertical ( barro-gordon, prescott),sou a favor de cambio flexivel, de metas de inflacao e disciplina fiscal (de preferencia anticiclica ), sou contra estado grande e tenho ateh algo de heterodoxo(nada a ver com a definicao nacional da palavra) pois acredito mais em behavorial do que em EMT.
    Dito isso, se algum dia os fatos fizerem com que eu mude de ideia, otimo!Quero mais eh aprender cada vez mais.

    RN

  82. Alex

    Acompanho seu blog desde o meio do ano passado e nunca tinha tido tempo de ler posts mais antigos.Hoje consegui ler alguma coisa mais antiga e faco questao de te dar os parabens.

    Pude comprovar que desde o inicio seu blog eh o melhor do Brasil em economia. Mesmo ja tendo estudado em boas escolas estou sempre aprendendo e me divertindo (principalmente com as besteiras da quermesse).Obrigado!

    Por fim, acredito ser inestimavel a contribuicao que um blog desses pode ter em iluminar as cabecas de pessoas inteligentes mas ignorantes que possam estar sendo mal influenciadas por professores de quinta categoria.Mantenha sempre esse espirito combativo!

    abs

    RN

  83. Para terminar, eu estou short em India.

    E eu em China (nao sei se o seu short e intelectual ou real. O meu e real!).

    PIG que virou peixe essa semana

  84. Juro que é o último comentário sobre esse assunto.

    Continua sem considerar o efeito dos termos de troca. Numa economia na qual os termos de troca tivessem melhorado a demanda doméstica teria reagido diferente; este é o ponto do “O”…

    Eu não vejo dessa maneira. Nós certamente sofremeos com os termos de troca, mas, se compararmos com o Chile, que é um país muito mais dependente das exportações, que além de ser muito menos diversificadas, o seu bem de exportação principal (cobre) é muito menos consumido dentro do país, o que implica uma perda de bem-estar ainda maior para eles, se compararmos conosco.

    E, ainda assim, a desaceleração chilena foi bem menor do que a nossa. Eu não sou dono da verdade, mas que o banco central chileno tem sido muito mais agressivo, não temos dúvida. Eu gostaria de ter mais dados que permitissem uma abordagem melhor do tema, mas está difícil de achar.

    E: “Citi sobre a China: Stripping out prices, import quantity growth already declined considerably beginning in mid 2008 to near zero, reflecting insufficient domestic demand.” não implica a conclusão contrária sobre o papel das políticas anti-cíclicas?

    O crescimento das importações caiu pra quase zero, apesar de o trecho sugerir um choque positivo nos termos de troca, ou seja, mesmo que uma unidade a mais exportada compre mais unidades de importados, as importações tiveram crescimento zero. Eu acho que isso abre espaço para políticas expansionistas, não?

    Sobre o assunto mais geral de que políticas mais expansionistas aumentarem as chance de uma economia sair de uma recessão, o documento recente do FMI http://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2009/01/pdf/c3.pdf (muito interessante) sugere que essas políticas funcionam bem.

  85. “E eu em China (nao sei se o seu short e intelectual ou real. O meu e real!).”

    Eu nao shortaria China, nao!!
    Faz isso nao porquinho, nao beluza essa…

    “O”

  86. “E, ainda assim, a desaceleração chilena foi bem menor do que a nossa. Eu não sou dono da verdade, mas que o banco central chileno tem sido muito mais agressivo, não temos dúvida. Eu gostaria de ter mais dados que permitissem uma abordagem melhor do tema, mas está difícil de achar. “

    Pois eu tenho os dados e explico para voce: diferentemente do Brasil, o Chile poupou durante o boom e tem condicoes de fazer politica anticiclica na fase recessiva do ciclo (vide o CDS spread do Chile e Brasil)

    O Velasco – futuro presidente do Chile? – estah usando politica fiscal para estabilizar a economia.

    Nos, por nao termos poupado durante o boom (deficit nominal desde sempre…), nao temos condicoes fiscais de fazer um estimulo fiscal decente, como sabem cada um dos ministros economicos do governo atual e dona santinha tambem (ou por que voce acha que temos o PAC, um programa de enganacao?).

    “O”

  87. RN,

    OK. Saquei seu ponto de vista.

    Quanto a ideologia, o que eu quiz dizer é: Em Economia deve se tomar cuidado para “não engolir sem mastigar.” Afial, o Alex não é o “Mestre dos Magos”, ele põe argumentos pra ver quem tem bala na agulha pra duelar com ele.

    Já assisti palestras do Alex, e são poucos que entendem o que ele está falando antes de dormirem. Isso, devido ao alto grau de abstração que o sujeito consegue versar. Já de inicio, esse aspecto é grande arma num debate,por outro lado, vi também mpalestras do Oreiro que foram elevadamente abstratadas e comparativamente sonolentas para muitos.

    Ou seja, não penso que o Oreiro é um Keynesiano de quermesse, até porque, veja a formação do sujeito:

    Conforme Lattes

    Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, Brasil.
    Título: Incerteza, Instabilidade Macroeconômica e Crescimento Endógeno : ensaios em teoria pós-Keynesiana, Ano de Obtenção: 2000.

    Mestrado em Economia.
    Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, PUC/RJ, Brasil.
    Título: Flexibilidade Salarial, Taxa de Juros e Preferência pela Liquidez : alguns ensaios em teoria Keynesiana, Ano de Obtenção: 1996.

    Ele estudou nas duas principais e contraditórias universidades tão faladas nesse blog: PUC-RIO e UFRJ.

    E aí, Oreiro foi e voltou do inferno? Ou continua nele?

    Alguém se habilita?

    TK.

  88. “Sobre o assunto mais geral de que políticas mais expansionistas aumentarem as chance de uma economia sair de uma recessão, o documento recente do FMI http://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2009/01/pdf/c3.pdf (muito interessante) sugere que essas políticas funcionam bem.”

    Se voce prestar atencao, o documento do FMI cobre recessoes em paises avancados. Como todos nos bem sabemos, paises emergentes como o Brasil sao diferentes de paises avancados em muitas dimensoes.

    “O”

  89. Qual a aplicação de Micro em uma empresa? Eu estudo economia no IBMEC-SP não vejo eles mostrarem em micro a parte de gestão financeira,analise de risco,risco de crédito.

    Economia é basicamente finanças,hoje se vê muito pouco em Micro.

  90. “Ou seja, não penso que o Oreiro é um Keynesiano de quermesse”

    A formacao dele eh irrelevante, ele poderia ter vindo da Unicamp e nao ser quermesseiro.

    “O”

  91. “Ele estudou nas duas principais e contraditórias universidades tão faladas nesse blog: PUC-RIO e UFRJ.

    E aí, Oreiro foi e voltou do inferno? Ou continua nele?

    Alguém se habilita? “

    E na PUC foi orintado por ninguem mais ninguem menos do que
    Edward Amadeo.
    (Este sim, foi para o inferno e depois voltou. Ou vice-versa?)

  92. Eu nao shortaria China, nao!!
    Faz isso nao porquinho, nao beluza essa…

    A China simplesmente nao tem como estimular sua economia o suficiente pra close o gap criado pela desacelarecao Americana.

    Vamos ver o que acontece la nos proximos 12 meses. China Index today is at 165. We can talk in 6 months. Eu acho que vai estar menos de 130.

    PIG

  93. Se voce prestar atencao, o documento do FMI cobre recessoes em paises avancados. Como todos nos bem sabemos, paises emergentes como o Brasil sao diferentes de paises avancados em muitas dimensoes.

    Sem dúvida são diferentes, mas nem por isso a política monetária age por canais diferentes, em geral. O trabalho leva em contra fatores observáveis, assim como efeitos fixos dos países, é difícil argumentar que países emergentes se comportem tão diferentemente, ainda por cima à luz do que podemos observar hoje em dia.

    Se voce prestar atencao, o documento do FMI cobre recessoes em paises avancados. Como todos nos bem sabemos, paises emergentes como o Brasil sao diferentes de paises avancados em muitas dimensoes.

    Sem dúvida são diferentes, mas nem por isso a política monetária age por canais diferentes, em geral. O trabalho leva em contra fatores observáveis, assim como efeitos fixos dos países, é difícil argumentar que países emergentes se comportem tão diferentemente, ainda por cima à luz do que podemos observar hoje em dia.

    A opinião do staff do FMI é claramente em favor de estímulos nos países do G-20, como fica claro:

    The note prepared by the IMF staff for the March 2009 London meeting of the G20 (IMF, 2009f) provides more detailed estimates of fiscal support on a country-bycountry basis. This note estimates that such support will boost GDP in 2009 across the G20 by ¾–3¼ percentage points, based on a range of estimates for fiscal multipliers. About one-third of these benefits derive from crossborder spillovers.

    Na verdade, até os instrumentos de política e a maneira de pensar a política monetária no Brasil e em muitos emergentes segue direitinho os manuais. Ah, e muitos países da amostra, apesar de serem mais ricos, tem características bem parecidas com as nossas, aliás. Cabe ressaltar que, como a análise começa na década de 60, e se pode imaginar as transformações pelas quais esses países passaram. E a análise feita no texto ao nível da indústria é bem convincente também, além de ser mais facil de extrapolar.

    Eu não trabalho com esses dados diariamente, mas os economistas dos departamentos dos bancos concordam que as políticas expansionistas realmente têm feito uma grande diferença, acho que as opiniões expressas nos links que eu postei não são de se jogar fora.

    “Pois eu tenho os dados e explico para voce: diferentemente do Brasil, o Chile poupou durante o boom e tem condicoes de fazer politica anticiclica na fase recessiva do ciclo (vide o CDS spread do Chile e Brasil”

    Ah esses dados eu tenho, queria ver os dados sobre termos de troca indianos…

    A questão nunca foi ter ou não ter “condições” de fazer polítca anticíclica. Se o Chile pode fazer política fiscal anticíclica melhor do que nós, nós também poderíamos ter feito política MONETÁRIA anticíclica mais agressivamente e mais rapidamente. Os chilenos agiram mais corretamente nesse campo. E repito: com um choque bem pior relativamente se saíram bem melhor. A política fiscal deles eu nem sei se é muito mais rápida do que um PAC (em geral, pol fiscal é muito, mas muito mais lenta do que a política monetária, o que não implica que nao deve ser feita, é claro).

    Na verdade, até os instrumentos de política e a maneira de pensar a política monetária no Brasil e em muitos emergentes segue direitinho os manuais. Ah, e muitos países da amostra, apesar de serem mais ricos, tem características bem parecidas com as nossas, aliás. Cabe ressaltar que, como a análise começa na década de 60, e se pode imaginar as transformações pelas quais esses países passaram. E a análise feita no texto ao nível da indústria é bem convincente também, além de ser mais facil de extrapolar.

    Eu não trabalho com esses dados diariamente, mas os economistas dos departamentos dos bancos concordam que as políticas expansionistas realmente têm feito uma grande diferença, acho que as opiniões expressas nos links que eu postei não são de se jogar fora.

    “Pois eu tenho os dados e explico para voce: diferentemente do Brasil, o Chile poupou durante o boom e tem condicoes de fazer politica anticiclica na fase recessiva do ciclo (vide o CDS spread do Chile e Brasil”

    Ah esses dados eu tenho, queria ver os dados sobre termos de troca indianos…

    A questão nunca foi ter ou não ter “condições” de fazer polítca anticíclica. Se o Chile pode fazer política fiscal anticíclica melhor do que nós, nós também poderíamos ter feito política MONETÁRIA anticíclica mais agressivamente e mais rapidamente. Os chilenos agiram mais corretamente nesse campo. E repito: com um choque bem pior relativamente se saíram bem melhor. A política fiscal deles eu nem sei se é muito mais rápida do que um PAC (em geral, pol fiscal é muito, mas muito mais lenta do que a política monetária, o que não implica que nao deve ser feita, é claro).

    Obrigado pelas respostas e comentários.

  94. “Qual a aplicação de Micro em uma empresa? Eu estudo economia no IBMEC-SP não vejo eles mostrarem em micro a parte de gestão financeira,analise de risco,risco de crédito.

    Economia é basicamente finanças,hoje se vê muito pouco em Micro.”

    Carlos,

    Desculpa o tom mas vc não faz idéia do que está falando.

    O bom conhecimento de Micro é uma excelente (diria fundamental )ferramenta para entender finanças.

    Exemplo : A teoria da escolha envolvendo risco é Micro na veia ( sugiro o capítulo do livro do Simonsen – Dinâmica Macro…como leitura – um dos melhores que já li). Poderia citar uns duzentos outros exemplos – Incentivos,Contratos,Portfolio…

    abs

    RN

  95. Carlos

    Faltou dar o crédito e fazer propaganda…

    Quem me falou desse capítulo do livro ( Dinâmica…do Simonsen, que é um livro bem velho ) foi o Marcos Lisboa que é um dos mais brilhantes especialistas em Microeconomia.

    abs e bom estudo

    RN

  96. Caro Alex,

    sei que o sujeito é seu amigo e tudo mais…também conheço outros economistas que falam que ele é um cara super gente boa e tudo mais…Mas é difícil tolerar um sujeito que diz que instituições sólidas e eficientes são coisas desimportantes em termos de desenvolvimento econômico…que diz que isso é apenas um argumento neoliberal….ou então que investimentos em educação/capital humano são desimportantes…E a melhor alternativa que ele propõe (há anos…) é manter o câmbio desvalorizado….Desenvolvimento Econômico é manter o câmbio desvalorizado….macacos me mordam!!!É difícil…depois ninguém sabe porque o pessoal da EPGE (FGV carioca) não leva a sério o pessoal da EESP (FGV paulista)…a velha guarda eu digo(porque na EESP temos economistas jovens muito bons atualmente….quer dizer, tirando o Paulo Galinha que é da cota de puxa sacos do Bresser…). Você olha de um lado e vê: Fernando Holanda, Aloisio Araujo, João Vitor Isler….e olha do outro e vê a ala das baianas da heterodoxia retrógrada nacional: Bresser, Nakano, Bombinha, Supla, Guido Mantega…ai minha nossa senhora!!!

    Ah, eu estou me referindo a mais um artigo magistral do Prof. Bresser na Folha de SP de hoje….

    Abs

    Rogério Ceni (anônimo que estudo na FGV-SP e depois na FGV-RJ e sabe bem a diferença…..)

  97. O post do prof. Oreiro, no meu ponto de vista, deixa claro a armadilha arquitetada pelos grandes centros em estudo de economia neo-classica, sobretudo americanos e europeus.

    Implantar idéia da rigidez, a qualquer preço, de uma taxa de juros alta. Esse aspecto sangra ainda mais economias emergentes como a nossa, sob a falsa idéia da volta da (sic)inflação. O FMI, está em crise EXISTENCIAL…

    O ganho, sob a forma de pagamento de juros da nossa dívida, engorda ainda mais a conta dos residentes nos países do atlantico norte e seus obdientes discipulos, rezam aqui, obdientemente a cartilha aprendida lá.

    Por favor, tenham um pouco mais de criatividade. O GRANDE PROBLEMA a ser resolvido por nós deve ser o retorno do crescimento economico.

    Então, deuses do olimpo, o que vcs tem a apresentar de produtivo ao nosso país com isso?

  98. Como eh bom ser Bresser!

    “quando um país apresenta um déficit em conta corrente (ou seja, está recebendo poupança externa) que é financiado por entradas de capital, sua taxa de câmbio se aprecia.”

    Bonito argumento, exceto que a evidencia empirica aponta para o efeito oposto daquele preconizado pelo sabio da 9 de julho: um deficit em conta corrente tem como consequencia imediata a uma piora na posicao externa liquida do pais e uma depreciacao da taxa real de cambio. Isso pode ser demonstrado via modelos teoricos ou nos dados mesmo. Acabei de rodar um VAR em painel e o efeito estah lah nos dados que nao me deixam mentir. Rodei o mesmo VAR para os dados anuais do Brasil, e surpresa, surpresa, o mesmo resultado aparece.

    Mas isso que eh o bonito de ser Bresser: a liberdade de escrever o que lhe der na telha, sem ter que se preocupar com os dados, a realidade, o mundo a sua volta. Isso sim, eh liberdade!

    “O”

  99. “Eu não vejo dessa maneira. Nós certamente sofremeos com os termos de troca, mas, se compararmos com o Chile, que é um país muito mais dependente das exportações, que além de ser muito menos diversificadas, o seu bem de exportação principal (cobre) é muito menos consumido dentro do país, o que implica uma perda de bem-estar ainda maior para eles, se compararmos conosco.

    E, ainda assim, a desaceleração chilena foi bem menor do que a nossa. Eu não sou dono da verdade, mas que o banco central chileno tem sido muito mais agressivo, não temos dúvida. Eu gostaria de ter mais dados que permitissem uma abordagem melhor do tema, mas está difícil de achar.”

    Sobre o Chile.

    Em primeiro lugar, a taxa de juros no Chile só começou a cair em janeiro. A menos de defasagens negativas (a taxa de juros afetando o produto passado), eu acho difícil explicar o desempenho melhor do Chile com base na resposta de política monetária.

    Alguém pode ficar tentado a atribuir isto à queda das taxas longas, antecipando a alteração de política monetária, mas eu noto que a taxa de ano no Chile SUBIU no quarto trimestre (a média foi 9,2% contra 8,4% no trimestre anterior; deduzindo as expectativas de inflação a taxa real foi 6,5% em 4T08 contra 5,7% em 3T08).

    Com base nos dados fica muito difícil atribuir ao BCCh o suposto melhor desempenho.

    Além disto, a inflação no Chile caiu barbaramente: era 9,2% em setembro (8,9% núcleo) e em março já rodava a 5% (núcleo 6,5%). O núcleo de inflação, que rodava a quase 0,80% ao mês até out/nov, tem andado pela casa de 0,1% entre dez e mar. Compare com o Brasil, onde o núcleo (exclusão, que é mais comparável à definição chilena) vinha ali na casa de 0,5% ao mês até nov e (expurgando o reajuste anual dos cursos em fev) anda na casa de 0,35% ao mês.

    Mais: as expectativas de inflação despencaram. Chegaram a 6% em set e em jan já estavam em 3,5% (2,5% em abril). No caso do Brasil, as expectativas de inflação eram 5,2% em set, subiram, e só em jan caíram para 4,8%. Entre set e abr caíram cerca de 1%, enquanto no Chile a queda atingiu, no mesmo período, 3,5%. Se o BCB confirmar esta semana o consenso de mercado (-100 bps) terá cortado 350 bps com expectativas caindo 100 bps (corte “real’ = 350 -100 = 250). O BCCh cortou 650 bps com as expectativas caindo 350 bps (corte “real” = 650 – 350 = 300).

    À luz disto eu pergunto se o BCCh foi realmente tão mais agressivo que o BCB.

    Por fim, não está claro que a economia chilena está saindo tão melhor que a brasileira. Eu acabei de atualizar meus dados a respeito (hoje só cubro Brasil, mas houve um tempo em que olhava outros da AL) e não sei se é possível fazer a afirmação sobre o Chile de forma tão clara.

    A produção industrial caiu menos, é verdade, mas não mostra nenhum sinal de recuperação. Pelo contrário, enquanto a indústria brasileira acumula crescimento de 4% nos dois primeiros meses do ano, a indústria chilena mostra queda de 4,2% no mesmo período. O que vai fazer a diferença ao longo do ano será muito mais a política fiscal que a monetária, e isto precisamente pelo motivo descrito pelo “O”. O Chile poupou; nós não.

  100. “Em primeiro lugar, a taxa de juros no Chile só começou a cair em janeiro. A menos de defasagens negativas (a taxa de juros afetando o produto passado), eu acho difícil explicar o desempenho melhor do Chile com base na resposta de política monetária.

    e

    Se o BCB confirmar esta semana o consenso de mercado (-100 bps) terá cortado 350 bps com expectativas caindo 100 bps (corte “real’ = 350 -100 = 250). O BCCh cortou 650 bps com as expectativas caindo 350 bps (corte “real” = 650 – 350 = 300).

    À luz disto eu pergunto se o BCCh foi realmente tão mais agressivo que o BCB.”

    Matou!

  101. “O FMI, está em crise EXISTENCIAL…”

    Serio?!

    Voce consegue descartar a hipotese que vc eh um cabra ignorante que abre a boca repetindo zurrada de outrem?

    Desconfio que nao. Desconfio que voce nao tem ideia alguma do que voce esta falando.

  102. Alex essa desvalorização diferentemente das outras não impactou na inflação porque foi compensada pela queda nos preços das commodities,diferentemente das outras desvalorizações que as commodities pouco subiram/desceram de preço.

  103. O Banco Central foi um dos responsáveis pela recessão no Brasil,uma prova disso foi que ele quase não interveio no mercado de cambio.

  104. “pedro disse…
    O Banco Central foi um dos responsáveis pela recessão no Brasil,uma prova disso foi que ele quase não interveio no mercado de cambio.”

    JUMENTO DE OURO!

  105. Prezados Caros colegas de blog,

    a coisa está cada dia mais preta.
    Alexandre, acho que vc vai precisar colocar barreiras à entrada no seu blog. Os visitantes marginais (literalmente) estão puxando a média para baixo.

    Tudo bem nós querermos integrar nossas partes com a “ala das bahianas” (ótima definição do amigo acima), mas o pessoal está pegando cada dia mais pesado. Para usar outra palavra criada neste mesmo blog (um verdadeiro celeiro taxonômico) o pessoal, ultimamente, está beluzzando muito as coisas por estas terras antes puras.

    Ou então, se queremos continuar permitindo o livre acesso, urge criar um sistema racional de incentivos, para evitar que tantas besteiras fiquem impunes. O antigo JUMENTO DE OURO já não é mais suficiente. Sugiro os prêmios BURRO NERVOSO e MULA MANCA.

    PS: talvez seja ainda necessário (e afirmo isso com muita tristeza – muita mesmo), distribuirmos tais prêmios em uma frequência semanal, pois o mês se tornou demasiado longo, visto que “a raça” vem demonstrando excepcional capacidade de procriação nos últimos meses (talvez seja essa uma vantagem biológica que os permitiu sobreviver diante de tanto avanço teórico que verificamos nos últimos tempos).

    Para ser um bom ortodoxo tem que ralar muito.
    Para ser um bom heterodoxo basta a vontade. Mas isso é na verdade uma vantagem para esses últimos, pois, assim, eles podem seguir o velho designio marxista de: trabalhar pela manhã, fazer a crítica da sociedade burguesa durante à tarde e se dedicar às artes no entrar da noite. Ou?

    Beijo, me liga, Veblen

  106. Interviu com derivativos,mas não é a mesma coisa que vender dólar SPOT.

    Houve uma demanda muito grande por dólar físico,tanto de investidores,exportadores,importadores.

    Brasil vinha crescendo principalmente pelo crescimento das importações,com a desvalorização cambial diminuía o interesse por importações,a volitividade cambial assustou todos os agentes de mercado.

    Até Gustavo Franco acha que o BC vendeu pouco dólar SPOT,o BC deveria ter vendido mais.

  107. “Interviu com derivativos,mas não é a mesma coisa que vender dólar SPOT.

    Houve uma demanda muito grande por dólar físico,tanto de investidores,exportadores,importadores.

    Brasil vinha crescendo principalmente pelo crescimento das importações,com a desvalorização cambial diminuía o interesse por importações,a volitividade cambial assustou todos os agentes de mercado.

    Até Gustavo Franco acha que o BC vendeu pouco dólar SPOT,o BC deveria ter vendido mais.”

    Jumento de Ouro e Mula Manca logo às 8:20 da manhã não é para qualquer um…

    A começar pelo português castiço: “interviu” e “volitividade”.

    E, cá entre nós, a opinião do Gustavo não tem este peso todo…

  108. O que vinha garantindo o crescimento da economia brasileira o real valorizado que permitia a economia brasileira crescer acima do potencial sem gerar pressões inflacionaria adicional.

    Quando o cambio se desvalorizou 40%,teoricamente ele traria um aumento da inflação com a economia brasileira crescendo a 6%.

    Banco Central vendeu Swaps,infelizmente Swaps não atende a todos.Houve uma demanda muito grande de investidores estrangeiros por dólares,exportadores/importadores.

    O BCB tem reservas de sobras 200 bi,poderia ter vendido algo como 30 bi a 40 bi de USD,poderia ter evitado uma recessão mais profunda aqui.

    Reservas foram feitas para serem usadas em momentos como esse.Já que o Brasil tem um regime de flutuação “suja” pelo menos saiba usar esse regime em momentos correto.

  109. Krishna Guha, Financial Times

    A taxa de juro ideal para a economia dos Estados Unidos nas atuais condições seria 5% negativos, segundo uma análise interna preparada para a última reunião de política econômica do Federal Reserve (Fed). A análise foi baseada na chamada abordagem da regra de Taylor, que estima uma taxa de juro apropriada com base no desemprego e na inflação.

    Um banco central não pode cortar os juros abaixo de zero. Entretanto, a análise do “staff” sugere que o Fed deverá manter políticas não convencionais que propiciem um estímulo mais ou menos equivalente a uma taxa de juro 5% negativa.

    Separadamente, os funcionários do Fed estimaram que o tamanho e o tipo das operações não convencionais, incluindo aquisições de ativos, poderá fornecer esse nível de estímulo. Eles sugeriram que o Fed deveria ampliar suas aquisições de ativos em mais que o US$ 1,15 trilhão autorizado pelos formuladores de políticas econômicas na última reunião, que incluíram US$ 300 bilhões em aquisições do Tesouro. A avaliação de que o banco central americano precisa proporcionar um estímulo equivalente a uma taxa de juro substancialmente negativa provavelmente não mudou antes da reunião desta semana do FOMC, o comitê de política monetária do Fed.

    O Fed não deverá embarcar em nenhum programa novo de monta nesta reunião, em grande parte porque ele não rebaixou suas previsões econômicas desde a última reunião. De fato, os funcionários do Fed devem ver os riscos para a economia como um pouco mais equilibrados do que em março, mas provavelmente continuarão vendo esses riscos em queda.

    PS o mundo enlouqueceu mesmo! Esses keynesianos obcecados com estatísticas de agregados realmente ignoram qualquer bom senso! Para essa turma, os poupadores responsáveis deveriam PAGAR uns 5% por ano para que a economia pudesse crescer, pois alguns foram irresponsáveis e se alavancaram demais. Quem tem poupança deve PAGAR para quem quer gastar. Viva Keynes!

  110. Regras de Taylor são sempre úteis e fáceis de implementar:

    Fed staff goes negative

    The FT reports:

    Fed study puts ideal interest rate at -5%

    The ideal interest rate for the US economy in current conditions would be minus 5 per cent, according to internal analysis prepared for the Federal Reserve’s last policy meeting.

    The analysis was based on a so-called Taylor-rule approach that estimates an appropriate interest rate based on unemployment and inflation.

    A central bank cannot cut interest rates below zero. However, the staff research suggests the Fed should maintain unconventional policies that provide stimulus roughly equivalent to an interest rate of minus 5 per cent.

  111. Passem a levar mais a sério o tio Lucrécio:

    Tyler Cowen citando Keynes e a TG sobre o EFEITO FISHER:

    Section iii pokes a hole in the Fisher Effect. Keynes points out that if expectations of inflation induce a higher nominal interest rate, why don’t those same expectations cause prices to go up now? This adjustment, by the way, would eliminate the nominal premium on the rate of interest. This simple yet powerful point doesn’t get the attention it ought to. Storage costs for goods and services may eliminate this paradox but perhaps not completely. It is striking how few economists have thought this problem through.

    Lucrécio.

  112. Why Inflation Targeting? (WP/90/86)

    C.Freedmand & D. Laxton

    "The first important insight is understanding the difference between a dynamic structural
    model (DSM) of the economy and a reduced-form econometric (RFE) model.

    (…)

    The model also incorporates an additional insight that has come to be known as the Taylor
    Principle, after John Taylor.8 Basically, in this simple model the parameter on the
    deviation of infation from the target must be greater than 0 for the system to be stable.

    (…)

    It is important to understand that any stable linear DSM will have a reduced-form representation where each of the endogenous variables can be expressed as a function of the state variables and disturbance terms in the system.

    (…)

    Interestingly, when monetary policy is doing its primary job and providing an anchor for infation and long-term
    infation expectations, such a calculation would suggest that there might be a signifcant long-term trade-off between output and infation. But when monetary policy is irresponsible and allows a large degree of persistence and variability in the inflation process there will be a
    perception that this trade-off is worsening. This basic problem of misinterpreting reduced-form inflation equations was pointed out by Sargent (1971), but was very slow to catch on in applied empirical work in both academia and policymaking institutions, where it was standard practice to test if the sum-of-the-coefficients in the reduced-form inflation equation were equal to 1."

  113. Isso aqui é legal também:

    Keynes:

    There is no escape from the dilemma that, if it is not foreseen, there will be no effect on current affairs; whilst, if it is foreseen, the prices of existing goods will be forthwith so adjusted that the advantages of holding money and of holding goods are again equalised, and it will be too late for holders of money to gain or to suffer a change in the rate of interest which will offset the prospective change during the period of the loan in the value of the money lent. For the dilemma is not successfully escaped by Professor Pigou’s expedient of supposing that the prospective change in the value of money is foreseen by one set of people but not foreseen by another.

    Lucrécio.

  114. Friedman era contra IT,não existe nenhum trabalho empírico que mostra que IT ajuda a controlar a inflação.

    O Banco Central deve procurar manter um piso inflacionário entre 0 e 2%,inflação acima de 2% já é alta,o próprio regime de IT permite que a inflação fique acima da meta com o “intervalo de tolerância”.

  115. “Friedman era contra IT,não existe nenhum trabalho empírico que mostra que IT ajuda a controlar a inflação.

    O Banco Central deve procurar manter um piso inflacionário entre 0 e 2%,inflação acima de 2% já é alta,o próprio regime de IT permite que a inflação fique acima da meta com o “intervalo de tolerância”.”

    Dúvida dirimida: é, sim, dia de folga no zoológico.

  116. Depois que o Brasil adotou IT a média de inflação foi de 7%,antes era mais baixa.

    A exemplo tivemos inflação de 1,6% em 98 depois do IT nunca voltamos a ter inflação perto desse nível.

  117. “Depois que o Brasil adotou IT a média de inflação foi de 7%,antes era mais baixa.”

    Hmmm, finalmente uma proposição testável.

    Média 95/98 = 9.5% a.a.

    Média 99/09(Mar) = 7,0% a.a.

    De volta pro zôo!

  118. Sim a hiperinflação conta,nunca tivemos um IPCA abaixo de 2% depois do IT.

    Era para o BC seguir a política monetária de 98,mantendo uma inflação perto de 1%.

  119. Depois do IT nunca tivemos uma inflação igual a de 98 1,5%.Brasil vinha de uma Hiperinflação em 94 que foi domada em 98.

    Natural a média ser maior.

  120. Juliano,

    vc não acha 1% exagerado?
    Pq não 0,5%?
    Ou quem sabe 0%?

    Melhor: metas de deflação?

    Ou melhor: meta de preços zero!

    Isso mesmo, a função de qualquer BC deveria ser acabar com os BENS ECONÔMICOS.

    Tudo de graça, já!

    Juliano, vc está se mostrando um belo humorista. Pq não manda seu lattes para o ZORRA TOTAL?

    Beijo, me liga, Veblen

  121. “Brasil vinha de uma Hiperinflação em 94 que foi domada em 98.”

    Puxa vida: quatro anos para domar uma hiperinflação que terminou em junho de 1994. Só no seu zôo.

  122. Alex a Selic alta afetava o primário?

    Joaquim Levy criticava o o “excesso” de juros praticado pelo banco central porque engolia quase todo o primário.

  123. “Depois do IT nunca tivemos uma inflação igual a de 98 1,5%.Brasil vinha de uma Hiperinflação em 94 que foi domada em 98.”

    Tudo seria bonitinho, se a inflação de 98 fosse possível de ser mantida. O instrumento que permitiu que a inflação de 98 fosse desse nível foi o mesmo que quebrou o Brasil no início de 99 e a Ardentina (de forma mais espetacular) em 2001.

  124. É, o Oreiro não cansa de apanhar. Hoje em dia ele parece um camaleão, muda de opinião como mulher troca de roupa. Pior é que agora deu para por seu orientado (ou não) Flávio Basílio para apanhar no lugar.
    No Alternativa Brasil o Tony da Capital Market deu outra surra nele.
    O meu medo é que acho esse cara perigoso. Faz duas semanas processava quem associasse ele com comunista, agora não sai do PPS. Vai entender.
    E ainda tem quem leve ele a sério.
    Abs
    José Carneiro

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