E Tite gostou. Blog do Mário Marinho
Dá até para entender as declarações otimistas do técnico Tite após o empate, 1 a 1, contra o inexpressivo Equador.
Segundo ele, o Brasil fez um excelente primeiro tempo e caiu um pouco no segundo tempo.
Na visão realista do comentarista, o Brasil fez razoável primeiro tempo e péssimo segundo, melhorando só nos minutos finais.
O Brasil entrou em campo classificado. Portanto, o jogo contra o Equador era um mero cumprir tabela
Portanto, momento ideal para fazer alguns testes.
Tudo bem.
Porém, contra um adversário tão fraco, esperava-se mais dos jogadores que entraram. Afinal, eles estavam tendo a oportunidade que julgavam merecer.
O primeiro tempo foi, sim, de absoluto domínio brasileiro.
Mas o chamado domínio estéril. De que valeram os 70% de posse contra 30 do adversário, se só duas bolas foram chutadas a gol?
Ao contrário do boxe, no futebol não se ganha jogo por pontos acumulados. É preciso marcar gol. De preferência, gols.
Aí ficou patente a falta de Neymar.
A Seleção que estava em campo era apenas uma boa seleção, sujeita a tropeços mesmo contra o Equador.
Eu defendo a tese que um time bom, ou muito bom, precisa de um, pelo menos um, jogador que desperte o medo no adversário.
Neymar desperta.
A bem da verdade, em termos de seleção, só ele tem esse dom.
Então, sem Neymar, o adversário fica à vontade porque sabe que está enfrentando um time apenas bom. E previsível.
De todo jeito, está aí o Brasil classificado pronto para a próxima fase da Copa América.
Veja os melhores momentos:
Tricolor segue
sua Via Crucis
Ainda não foi desta vez que o São Paulo alcançou sua primeira vitória no Brasileirão: ficou no empate com o Ceará: 1 a 1.
Certamente, daqui alguns anos, algum historiador há de escrever uma tese tentando explicar, ou explicando, o que se passa com o Tricolor do Morumbi.
Depois de vencer o Campeonato Paulista, quebrando jejum de anos sem título, esperava-se que o São Paulo, dirigido pelo argentino Hernán Crespo, que encantou a todos com sua postura, sua elegância, sua história e a rápida resposta que obteve junto ao time, esperava-se, repito, que o Tricolor passeasse em campo neste Brasileirão. Ledo engano, diria o poeta, o São Paulo está, na verdade, levando um passeio.
Daí para a frente, uma coleção de maus resultados: quatro empates, três derrotas. E incômoda estadia no estacionamento da zona de rebaixamento.
E, ontem, o gol do Ceará foi marcado após três defesas importantes do goleiro Volpi na mesma jogada. Não apareceu um pesinho sequer para desconjurar o perigo.
O Palmeiras conseguiu grande façanha: foi dominado pelo Bahia, levou o primeiro gol, permitiu a virada baiana, mas alcançou a sua virada vitoriosa: 3 a 1.
O Santos fez bonito: pegou o forte Atlético Mineiro e mandou 2 a 0.
O América, tão mineiro quanto eu, saiu na frente, mas permitiu o empate do Internacional. Empatar com o Inter não é mau resultado, mas a vitória nos livraria do pegajoso terreno da zona de rebaixamento.
Veja os gols do Fantástico.
Bem os
Meninos do vôlei
Espetacular vitória dos meninos do vôlei na Liga das Nações: 3 a 1, de virada sobre a forte Polônia e o cobiçado título mundial.
Receita simples: é a soma de muita técnica com muita garra.
___________________________________________________________________
Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
____________________________________________________________________
Boa noite Marinho,
A seleção sem Neymar é igual a Venezuela, Equador , etcetera….
Quanto ao tricolor, sem comentários.
Abraços
Ricardo Abud
Ricardo,
Eu diria que é quase uma Venezuela. Um pouco melhor.
Abração.
MMarinho