Manifesto em defesa da democracia

O texto, obviamente, não é meu. Mas assino embaixo e quem quiser assinar acha o manifesto aqui.

* * *

Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano.

Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.

Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.

É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.

É inaceitável que a militância partidária tenha convertido os órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.

É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.

É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais nem mesmo em fingir honestidade.

É constrangedor que o Presidente da República não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há “depois do expediente” para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no “outro” um adversário que deve ser vencido segundo regras da Democracia , mas um inimigo que tem de ser eliminado.

É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.

É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, com o fim da inflação, a democratização do crédito, a expansão da telefonia e outras transformações que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.

É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É um escárnio que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.

Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para rasgar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.

Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.

Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos

67 thoughts on “Manifesto em defesa da democracia

  1. Temos que ter disacussões sobre temas serios. PQP!!!!!!

    A jornada de trabalho é extenuante. Somada ao tempo de deslocamento da casa para o local do emprego e vice-versa, a pessoa fica sem tempo mínimo para si própria. Torna-se uma escrava do trabalho.

    A única razão para esse regime desumano é a sobre-exploração do trabalhador. A solução desse problema consiste na drástica redução da jornada do trabalho. Não é nada complicado fixar o tamanho dessa redução. Basta determinar, o número de horas que à massa trabalhadora gasta para produzir a totalidade de bens e serviços ofertados pela economia em um ano; em seguida se trataria de determinar quantas horas diárias a massa trabalhadora deveria dedicar ao seu emprego para realizar a mesma produção, se todos os trabalhadores estiverem empregados. Vejamos como isso é possível:

    O PIB brasileiro requer jornadas diárias de trabalho dividindo-se seu total pela força de trabalho disponível à jornada diária seria menos até do que 40 horas que os sindicatos estão reivindicando.

    Os recursos para pagamento dessa mão de obra adicional sairiam da margem de lucro do empresário, que hoje representa uma porcentagem pequena da sua folha de pagamento

  2. Puts

    O pessoal estudando, ralando, trabalhando para entender como a economia funciona e ninguém tinha pensado no que o anônimo das 16:08 disse.

    Agora sim os problemas desse país acabaram!

  3. Como o cara que postou às 16:08 é pouco ambicioso.
    Eu já sugiro que distribuam um helicóptero a cada habitante do Brasil. Assim, acabarão os engarrafamentos e o grande tempo de deslocamento da pessoa até o trabalho.

  4. Em seu filme “Hitler, um filme da Alemanha”, Hans Jürgen Syberberg traz o seguinte monólogo na boca de Koberwitz [um narrador polimorfo representado por três atores]:

    “Admitamos que ele (Hitler) passe no julgamento, no Juízo Final. Como poderiam responder semelhantes pessoas [refere-se aos juristas formuladores de doutrinas sobre a soberania no século 20 e especialmente às jurisprudências próximas ao nazismo] a este elogio hitlerista: ‘Que seria de nós sem os juristas alemães? Desde 1923, percorri na legalidade e lealdade o caminho longo que leva ao poder. Coberto juridicamente, democraticamente eleito. Mas o futuro ainda devia se realizar. Foi o incorruptível jurista alemão, o honesto, o consciencioso universitário e cidadão, que terminou a minha legalização, fazendo a triagem em minhas ideias. Ele criou uma lei que me agrada e a ela obedeci. Suas leis fundamentaram a minha ação’”.

  5. E para completar, alguns desdobramentos no campo da economia

    Do site do G1

    Fundo soberano ganha aval para comprar dólares no mercado

    A DECISÃO foi tomada pelo Conselho Deliberativo do fundo soberano, formado pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega; do Planejamento, Paulo Bernardo; e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles; na última sexta-feira (17), mas divulgada somente nesta segunda pelo governo. […]

    "Não há limite para as operações em moeda estrangeira. As aplicações financeiras do FSB [Fundo Soberano do Brasil] não terão impacto sobre o orçamento, já que se tratam de gestão de recursos do Tesouro Nacional, não constituindo despesa pública", informou o Ministério da Fazenda nesta segunda-feira. […]

    http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/09/fundo-soberano-ganha-aval-para-comprar-dolares-no-mercado.html

    Ainda há economistas (no caso, diplomata de carreira) no Brasil:

    Comento (PRA):
    "Não terão impacto sobre o Orçamento", vírgula.

    Link abaixo para quem se interessar. PR Almeida continua com base em raciocínio de que não se pode chamar “soberano” o que é tutelado pelo Tesouro.

    http://diplomatizzando.blogspot.com/2010/09/fundo-soberano-ou-fundo-eleitoral.html

    A notícia é evidência de que foi dado mais um passo racionalizador no rumo da afirmação do absolutismo do poder executivo. Assim, “soberano é o que manda, súdito é o que obedece” (Donoso Cortés)

    Traduzindo:

    "O governo das classes vencidas é o constitucional, o das vencedoras foi, é, será perpetuamente a monarquia civil ou a ditadura militar”. (Donoso Cortés.). Ou, “soberano é quem decide sobre o Estado de exceção" (Carl Schmitt).

    E se não bastasse,

    VALE versus Governo ou VALE e Governo?

    Nas últimas duas semanas vários jornais brasileiros vêm publicando matérias sobre a possível substituição do atual presidente da VALE no próximo governo.[…]

    Nunca vou entender por que aqueles que questionam a prioridade do investimento no “Trem Bala” serem considerados inimigos do Brasil.

    Bom, estou curioso para ver como a novela da VALE vai terminar. Por sinal, podemos pedir para VALE fazer mais pelo Brasil? Claro que podemos. É só fazer com a VALE o que se faz com a Petrobrás: injeta-se mais recursos públicos na companhia e se reduz a exigência de rentabilidade da empresa. E para justificar é só mostrar que o futuro do Brasil depende da VALE, como se faz hoje com a Petrobrás. Simples.

    http://mansueto.wordpress.com/2010/09/22/vale-versus-governo-ou-vale-e-governo/

  6. Que patético este manifesto, feito pelos escombros de uma direita raivosa, preconceituosa e golpista. Somente a "classe-média bem informada" leitora de Veja-Folha e rede Goebbels para levar a sério.
    No fim-das-contas, esta "classe-média bem informada" é o alvo mais fácil da manipulação e distorção que eles promovem, e acabam vivendo em uma redoma, fora da nova realidade do país .
    Que façam seu papel patético, enquanto um Brasil novo e com uma imprensa mais livre e sadia passam, e deixam vocês destilando seus preconceitos e idéias retrógradas sozinhos.

  7. Desmontando este texto patético, ( por Izaías Almada ) :

    “Em uma democracia, nenhum dos Poderes é soberano.”

    De fato: em uma democracia o poder soberano é do povo.

    “Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.”

    Falácia: uma Constituição nem sempre abrange os direitos e deveres de todos os cidadãos de um país. Por suas falhas, muitas delas são refeitas através de Assembléias Constituintes.

    “Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, os inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.”

    Não existe uma forma ideal e acabada de democracia. Enquanto governo do povo, a democracia deverá atender aos interesses da maioria sem anular os interesses das minorias e poderá ser direta, como na Antiga Grécia onde nasceu, representativa ou mesmo participativa. Engessar a democracia num único conceito é, no mínimo, um estelionato intelectual. Mas prossigamos…

    Esgotados em três breves parágrafos aquilo que os autores consideram os valores que sustentam a sua democracia representativa, o documento descamba de sua frágil defesa de princípios para as mesmas acusações de vários órgãos de imprensa, hoje transformados em partidos políticos, revelando assim a fonte “ideológica” de seu patriotismo e fervor democrático. Senão, vejamos:

    “É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.

    “É inaceitável que a militância partidária tenha convertido os órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.”

    A partir da falsa premissa de que só existe um tipo de democracia o manifesto apela para o uso indiscriminado e intencional de adjetivos com o objetivo de dramatizar uma realidade criada por manchetes de jornais, revistas e telejornais: é intolerável, lamentável, inaceitável, inconcebível, constrangedor, aviltante, repugnante, insultuoso…

    É a adjetivação da intolerância, adjetivação dos que defendem o pensamento único, tão recorrente aos espíritos antidemocráticos, o que só faz revelar o paradoxo do documento, ou melhor, revelar as suas reais intenções de um documento de apoio eleitoral a um candidato comprometido com o atraso, com o denuncismo gratuito, com uma política econômica neoliberal, entreguista e na contramão de um país que vai se transformando em um país soberano e dono do seu nariz.

    E por último, desnudando a verdadeira intenção, o manifesto faz a apologia do golpe de estado:

    “Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para rasgar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.

    “Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.”

    Reparem na construção: “supõe que o poder conquistado nas urnas” (mas não é esse o princípio da democracia?) confere ao presidente “licença para rasgar a Constituição e as leis” (Quando? Como? Onde?). “É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo” (sic) De que maneira?

    “E erguer a voz em defesa da LEGALIDADE!” A legalidade que escorre pelo esgoto dos jornais, das revistas e televisões?

    Querem fazer pouco da inteligência do povo brasileiro. Documentos e manifestos como esse deram voz e pretexto para o golpe de 1964. Não insultem a memória daqueles que lutaram contra a ditadura, porque dessa vez NÃO PASSARÃO!

  8. "Que patético este manifesto, feito pelos escombros de uma direita raivosa, preconceituosa e golpista. Somente a "classe-média bem informada" leitora de Veja-Folha e rede Goebbels para levar a sério."

    Estes direitistas raivosos, como Hélio Bicudo e D. Paulo Arns, não tomam jeito… E os expoentes do pensamenot liberal-convervador como José Arthur Gainotti então? Golpistas desde o berço…

  9. "De fato: em uma democracia o poder soberano é do povo."

    Analfabetismo funcional: "Poderes" no texto faz referência aos 3 poderes (precisa explicar? Precisa, já que se trata de analfabetismo funcional) da República: Executivo, Legislativo e Judiciário. Para quem sabe ler, o manifesto afirma que nenhum deles está acima dos demais.~

    "Falácia: uma Constituição nem sempre abrange os direitos e deveres de todos os cidadãos de um país. Por suas falhas, muitas delas são refeitas através de Assembléias Constituintes."

    Só que, enquanto está em vigor, Soberana é a Constituição, a menos que se admita que mudanças futuras, não propostas, nem aprovadas, já possam ter efeito legal.

    "Não insultem a memória daqueles que lutaram contra a ditadura, porque dessa vez NÃO PASSARÃO!"

    Ah, tá. José Serra, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, Aloysio Nunes, foram todos fiéis defensores da ditadura militar.

    José Sarney, Fernando Collor, Delfim, Edison Lobão foram todos combatentes contra a ditadura.

    Só me diga uma coisa: você realmente acredita nestas bobagens ou é só busca do seu interesse?

    Sua resposta é importante para os estudiosos do "nassifismo"(TM). O "O" ficaria muito agradecido.

  10. Para a "classe-média bem informada" que adora ler "Veja-Folha e Rede Goebbels", segue o link do texto do verdadeiro manifesto pró-liberdade de imprensa, feitos por pessoas de coragem, e não por um punhado de preconceituosos, rancorosos e velhos gagás. É provável que os jornais e revistas imparciais que vocês lêem tenham distorcido ou manipulado o objetivo do ato “contra o golpismo midiático e em defesa da democracia”, ou talvez nem o tenham citado, por isso presto-me a disponibilizar o verdade manifesto a favor de uma imprensa livre e justa :

    ( Não consigo colar o texto, pois há um limite de 4096 caracteres para os comentários. )

    http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/pela-mais-ampla-liberdade-de-expressao.html

  11. Para responder à pergunta essencial do nassifismo (burrice x falta de caráter), é importante saber o IP do nosso amigo acima:

    IP Details for 189.77.212.143
    General IP Information
    Hostname:inet2.petrobras.com.br
    ISP:Intelig Telecomunicações Ltda.
    Organization:Intelig Telecomunicações Ltda.
    Proxy: None detected
    Type: Unknown
    Assignment:Static IP

    Pergunta: de que lado do nassifismo ele está?

  12. " verdade manifesto a favor de uma imprensa livre e justa"

    Valeu Roberto, assim é que se fala!

    Se deus quiser, por iniciativa de pessoas como você logo teremos a VERDADEIRA LIBERDADE DE IMPRENSA tal qual na Argentina e Venezuela que combatem pra valer o golpismo midiático dessa classe-média nojenta e pretensamente bem informada.

    "A"

  13. Podem sonhar com isso, cambada de vagabundos. Mas essas vocês não vão ter, porque todos os principais candidatos a presidente nessa eleição estão comprometidos em fazer gente como eu mais rica e para que gente como eu fique mais rica, e' necessário que exista liberdade de imprensa no Brasil.

  14. Mais visitantes ilustres:

    IP Details for 189.21.130.1
    Hostname: fw-bsb.ipea.gov.br
    ISP: Intelig Telecomunicações Ltda.
    Organization: Intelig Telecomunicações Ltda.
    Proxy: None detected
    Type: Unknown
    Assignment: Static IP

  15. Fiquem tranquilos, sou prestador de serviço, não funcionário da dita estatal ( que por sinal, se tornou a 2.maior do mundo, não é verdade ? ). Por aqui não há qualquer pressão partidária ou ideológica, muito pelo contrário, como vocês, têm vários aqui ( acho que até a maioria ), que vivem no mundinho da "classe média bem-informada" por Veja-Folha e Rede Goebbels e viúvas do FHC.
    Abraços, e fiquem atentos para não serem manipulados.

  16. Entao, seu vagabond, explica porque a Petrobras não consegue captar no mercado os recursos que ela precisa? Precisa o governo se endividar (foi exatamente isso que aconteceu ontem) para fabricar comprador praquele papel vagabundo.

  17. Olá Anônimo. Não estou aqui para defender a Petrobrás. Como disse, presto meu serviço para eles e só. Daqui saio, e não tenho problemas em obter mais trabalho com a iniciativa privada. O que estou debatendo e tentando mostrar a vocês, é que a grande imprensa Veja-Folha-Globo está jogando sujo, jogando sua reputação no lixo, e junto a dignidade do Serra, ao serem tão parciais e até certo ponto golpistas. Para derrubar o PT, bastava o Aécio ser o candidato, pois com sua moderação e poder de aglutinar apoios, não seria necessário este nível baixíssimo da imprensa e do PSDB nas eleições. Fiquem atentos !!

  18. Eu lamento pelos Brasileiros que caminham rumo ao bolivarianismo silenciosamente. Lamento pelos Brasileiros que tem no PSDB sua ultima esperança. Essa oposição mediocre e incompetente que não consegue impedir sindicalistas pelegos de tomarem o poder. Essa oposição antipática e esquizofrenica, que não sabe se morde ou assopra, se xinga ou se sorri. Que não sabe angariar votos sem se prostituir para a hipocrisia do populismo barato que sempre criticou.

  19. Esse é um dos manifestos mais paranóicos que já foi escrito neste pobre país. Em sua totalidade é uma avaliação escalafobética da realidade, uma catarse para fazer certos bem pensantes acharem que estão no meio de alguma luta grandiosa e histórica, quando na realidade apenas explicitam por que parte do espectro político nacional, incapaz de entender a realidade à sua volta, cava o buraco em que se meteu nos últimos anos.

  20. “Esse é um dos manifestos mais paranóicos que já foi escrito neste pobre país.”

    Hipérbole.

    “Em sua totalidade é uma avaliação escalafobética da realidade, uma catarse para fazer certos bem pensantes acharem que estão no meio de alguma luta grandiosa e histórica,”

    É uma luta histórica, sim senhor!.

    O Brasil tem uma tradição bem frágil de democracia (sugiro que estude um pouco mais de História do Brasil, vale a pena conhecer melhor o nosso país) e está deitado em berço esplêndido em uma região com menos tradição ainda, e onde a democracia está sob assalto aberto. Todo cuidado é pouco.

  21. Rapaz,

    Quando a galera grita é sinal que doeu!!

    …A partir da falsa premissa de que só existe um tipo de democracia o manifesto apela para o uso indiscriminado e intencional de adjetivos…

    Não precisa do IP não. Acusar no outro a própria falha de caráter ("Que patético este manifesto, feito pelos escombros de uma direita raivosa, preconceituosa e golpista.") já é prova de pilantragem.

    Burro é quem acha que eles são burros e que este tipo de reação é inocente e emocional. Não é. Trata-se de método.

    Mas é lógico que o IP petroleiro dá um toque todo especial a rebeldia libertária do rapazola.

    Abrçs
    André

  22. "O"

    Parte do método da galera é descaracterizar qualquer movimento de oposição, por mais inocente que seja (tem forma mais pacífica de se manifestar políticamente do que um abaixo assinado?), como paranoia, golpismo, manipulação etc.

    Eles não gostam de oposição. Nenhuma.

    Engraçado é que se você espirrar pra direita já vem aquela thcurma da USP com seu abaixo assinado.

  23. “Eles não gostam de oposição. Nenhuma.”

    Eu concordo. Eu compartilho da visão que os últimos 8 anos no Brasil são uma prova cabal que os tais 'checks and balances' são o ingrediente mais importante para uma democracia funcionar.

    Principalmente em um país com nossa desigualdade e nossa ‘ignorança’…

    Já pensou o que teria acontecido no Brasil se a gestão Lula não fosse brecada pelas leis, pela imprensa (salve a Veja!), pelo Senado? Não estaríamos muito melhor que a Venezuela.

  24. "O Brasil tem uma tradição bem frágil de democracia (sugiro que estude um pouco mais de História do Brasil, vale a pena conhecer melhor o nosso país) e está deitado em berço esplêndido em uma região com menos tradição ainda, e onde a democracia está sob assalto aberto. Todo cuidado é pouco."

    Bobagem escrita por alguém que, obviamente, se limitou a "1808" ou a Eduardo Bueno na sua própria formação e não sabe que a última vez em que se gritou “todo cuidado é pouco” na suposta defesa da democracia ela foi torpedeada com a ajuda da imprensa, dos conservadores, dos militares, do IPES-IBAD (cheios de bons liberais, pensadores e empresários). A fragilidade de nossa democracia está, entre outros, ligado ao pouco pendor democrático, veja, só, de nossa imprensa, que só descobriu esse amor carnal (não no caso da Globo) no apagar das luzes do regime de 64. E que nunca pediu desculpas por isso, embora questione os outros sobre o tema o tempo todo.
    É ridículo levantar a existência de ameaças à democracia apelando para nosso histórico quando essa mesma ditadura ainda é louvada por um clube militar onde o candidato que defende os termos deste manifesto vai palestrar usando o discurso que nos colocou sob 21 anos de regime fechado, com todo o apoio de liberais como Simonsen e Bob Fields, entre outros.
    Nossa tradição de autoritarismo e golpes, com exceção de 35 (que, de qualquer forma, como mostrou, veja só, William Wack, estava fadada ao fracasso antes de começar) SEMPRE esteve atrelada às forças armadas, que não consta estarem sendo açuladas pelo Lula. Elas o foram em 64 (e antes) pela oposição e pelos paladinos da democracia, para darem cabo da liberdade e dos direitos individuais. É ridículo um manifesto apelar para uma retórica similar à de quatro décadas atrás (basta ler os editoriais da época), já que o paralelo histórico depõe contra quem a utiliza, e não a favor.
    Vou pedir urgentemente para minha amiga Cris Meneguello incluir algumas pessoas na II Olimpíada de História. Num Brasil para todos, a educação também tem que ser.

  25. João Paulo,

    Esse seu discurso com as conexões tortas levando a 1964 é de uma cara de pau que me dá até vergonha.

    Qual a relevância de 1964 para essa discussão? Nenhuma.

    Se fosse relevante, então as forças armadas ou as organizações patronais alemãs não podem se dizer democráticas porque apoiaram o Partido Nazista no passado?

    É irrelevante se havia uma câmara de torturas nos porões da Veja (não havia) para o debate. O que é relevante é que de fato existe uma tentativa de assalto a livre expressão neste país.

    E as únicas forças políticas no Brasil contra a liberdade de expressão estão no bloco oficialista. Provavelmente, a sua turma, não a minha.

  26. Anônimo das 12:21,

    Quem fez as conexões foi o "O". Se ele apóia o manifesto sobre o nada com base na "história", que pelo menos conheça as conexões históricas. Não dá para argumentar que o texto se sustenta no precedente da Musa Clio quando o precedente da questão vai contra a maioria dos que assinam ou incentivam o manifesto, assim como aos recursos retóricos e discursivos apresentados.

    E você deve ter vergonha, por isso usa o anonimato, porque parece pouco saber sobre 64 (os indícios testemunhais apontam que quem dava suporte material à tortura era a Folha da Manhã, não a Veja) ou sobre assalto à livre expressão. Em que a Veja ou qualquer pessoa está sendo cerceada pelo governo, criatura? A imprensa bate no governo dia sim dia também, seja no noticiário, seja com colunistas alinhados somente com a oposição, e quem tem o ônus de provar seu espírito democrático é apenas o governo?! Acuma?! Isso parece o Ruimnaldo Azevedo defendendo a livre expressão mas cerceando seu próprio quintal.

    Livre expressão significa que eu, o Lula, o Tiririca ou o "O" podemos criticar o governo E (chamo a atenção ao E) a imprensa à vontade, inclusive com termos duros, sabendo que vai ter volta, claro. Quem cerceou a Falha de S. Paulo foi o Beto Richa, quem quer parar entrevista ou dirigir as perguntas que recebe (Míriam Leitão, Márcia Peltier, até o CQC!!) é o Serra, quem manda a irmã demitir jornalista de é o Aécinho, quem tem araponga CONFESSO DENTRO do palácio de governo é a Cruzes – e quem tem quer provar seu espírito democrático é só o Lula?!

    Bem se vê que essa é mesmo a sua tchurma – a que acha que direitos constitucionais são privilégios somente de um grupo.

  27. “Quem fez as conexões foi o "O".”

    Ei, péra lá! Você pegou esse negócio de 1964 como bengala para apoiar esse seu argumentinho manco e picareta.

    “Se ele apóia o manifesto sobre o nada com base na "história", que pelo menos conheça as conexões históricas. Não dá para argumentar que o texto se sustenta no precedente da Musa Clio quando o precedente da questão vai contra a maioria dos que assinam ou incentivam o manifesto, assim como aos recursos retóricos e discursivos apresentados.”

    Vai pro inferno, bandidinho! Eu não tinha nem nascido em 1964. Isso é pré-histórico.

    “E você deve ter vergonha, por isso usa o anonimato, porque parece pouco saber sobre 64 (os indícios testemunhais apontam que quem dava suporte material à tortura era a Folha da Manhã, não a Veja) ou sobre assalto à livre expressão. Em que a Veja ou qualquer pessoa está sendo cerceada pelo governo, criatura?”

    Acho que não há muito que se discutir que desde o primeiro mandato de Lula, houve tentativas ainda que natimortas (devido ao vigor de nossa sociedade civil, ao Senado e ao STF) de se cercear a liberdade de expressão – e sempre da sua turma, não da minha. O Estadão mesmo foi censurado pelo Sarney (sua turma, não a minha).

    “Livre expressão significa que eu, o Lula, o Tiririca ou o "O" podemos criticar o governo E (chamo a atenção ao E) a imprensa à vontade, inclusive com termos duros, sabendo que vai ter volta, claro.”

    O Lula não tem direito de expulsar, tentar expulsar ou até sussurrar que pensa em expulsar do país o Larry Rohter, por exemplo.

    Assim como é a sua turma que fica organizando conferência pró-censura.

  28. Que dureza… De um lado um aparatchik petralha que se vê literato porque zurra afinadinho, do outro mais um seguidor do Rei 🙂

    … depois tem cabra que pergunta porque este blog se abstém de falar das eleições…

  29. "O":
    Provavelmente você não fala de eleições pela mesma razão que não trata da história pátria: cada um tem os seus limites, dos quais não devemos nos envergonhar. Sua habilidade em criar epítetos e em ofender com humor não se estendem, aparentemente, à análise do passado político. Normal, é um recurso retórico antigo esse da cortina de fumaça jocosa. Como é revelador, tem um saldo positivo.

    Anônimo:
    Veja, eu entendo seu primitivismo, um pouco menos letrado do que o do "O" em termos políticos e historiográficos. Um exemplo: não estou defendendo as ações erradas e autoritárias, como a expulsão de um jornalista, apenas afirmando que o manifesto é, em si, para me valer do "O" uma hipérbole só. Até porque os exemplos citados por você são indiretamente mencionados uma única vez, e no meio do manifesto, sendo todo o resto referente ao que se vê na campanha eleitoral. Tire o sorvete que lhe escorre da cara, releia o texto, depois leia meu primeiro comentário, depois a resposta do "O" e, se isso não lhe causar alguma embocardia, pode ser que você saia um pouco mais polido dessa experiência. E, mais versado na polidez, pode procurar outras bengalas para alisar, friccionar e deixar brilhando.
    Eu acho difícil, pois já que você não tem condições de discutir, se socorre de simples adjetivos e xingamentos. É algo que a gente se acostuma na internet, embora eu sempre fique curioso sobre como as pessoas justificam para si mesmas a fraqueza de caráter no uso da proteção do anonimato sem a mínima necessidade, somente para se dedicarem a um comportamento tão simplório como o seu. Se não for a idade, é apenas a imaturidade ou o desejo de ser manada. Mas isso é com cada um, e, francamente, não me comove.

  30. O "O" escreve: "O Brasil tem uma tradição bem frágil de democracia (sugiro que estude um pouco mais de História do Brasil, vale a pena conhecer melhor o nosso país) e está deitado em berço esplêndido em uma região com menos tradição ainda, e onde a democracia está sob assalto aberto. Todo cuidado é pouco."
    Minha sugestão é que gaste um pouco de seu precioso tempo para ler o que os brasilianistas de Harvard e Oxford escrevem. Eles não escrevem com paixão e nem com finalidade político partidária, ao contrário, estão muito mais interessados no assunto que o Bicudo e o Arns. Você pode ter a capacidade de fazer excelentes análises econômicas, porém, no campo político é melhor escutar aqueles que estudam e conhecem perfeitamente a realidade brasileira. O pessoal que estuda Instituições brasileiras tem um pensamento totalmente contrário ao tal manifesto.
    Outro detalhe importante é notar que esse Manifesto é movido muito mais por uma paixão do que por um motivo real. No fundo, esse manifesto é a Regina Duarte dos Intelectuais.

  31. Marcos,

    Você conseguiu inventar o argumento de autoridade que não precisa citar a fonte da autoridade. Por acaso o Bethell está criticando o Manifesto? (Se precisar, eu o desabuso dessa ideia besta).

    Achei também bem curioso que você ache que os brasilianistas de Harvard (categoria indeterminada) estão mais interessados em democracia no Brasil do que o Arns (!?!?).

    “O”

  32. Enquanto Ralf DellaCava, Thomas Skidmore, Alfred Stepan, Richard Morse e outros assinavam manifestos contra a tortura, as prisões e a ausência de liberdade no Brasil, boa parte dos jornalões hoje indignadinhos aceitava a censura numa nice ou silenciava sobre as lutas democráticas.

    James D. Green. Apesar de Vocês: oposição à ditadura brasileira nos Estados Unidos (Cia das Letras).

    Beatriz Kushnir. Cães de guarda: jornalistas e censores do Ai-5 à Constituição de 88 (Boitempo).

  33. João Paulo,

    Você aparentemente sofre de alguma deficiência lógica ou moral.

    Qual a relevância do comportamento dos jornalões durante a ditadura para o debate sobre censura hoje? Nenhuma.

    Suponhamos que o velho Frias fosse o mais sádico torturador desde Mengele em 1971. Por acaso isso implica que a imprensa ou a Folha de São Paulo em particular devem ser censurada hoje? Eu digo que não. Não existe nenhum argumento lógico ou moral que implica que o comportamento da imprensa – ou da senhora sua mãe – durante a ditadura têm qualquer relevância para o debate sobre a livre expressão no Brasil hoje em dia.

  34. “Qual a relevância do comportamento dos jornalões durante a ditadura para o debate sobre censura hoje? Nenhuma.”

    Errrr…. bem, então não há relevância nenhuma a história do autoritarismo brasileiro para a defesa dos termos do manifesto que dizem que Lula tem um plano maquiavélico para acabar com as liberdades da imprensa. O que vale para Chico, vale para Francisco. Se devemos medir as intenções do Lula pela história do autoritarismo no Brasil, devemos mediar a de todos os envolvidos com essa autoritarismo. A frase acima destrói, de saída, sua primeira intervenção nessa caixa de comentários. Foi VOCÊ quem usou a história do autoritarismo como um argumento que legitimaria a plausibilidade das acusações feitas acerca de um novo autoritarismo. O “o”nanismo, doença infantil do reinaldismo, dá nisso: a implicação lógica espirra na própria testa.

    “Suponhamos que o velho Frias fosse o mais sádico torturador desde Mengele em 1971. Por acaso isso implica que a imprensa ou a Folha de São Paulo em particular devem ser censurada hoje?”

    Isso é um sofisma, posto que a implicação (deve ser censurada) não está colocada em minha intervenção, tampouco na realidade, a não ser como suposição de uma intenção por parte do manifesto.

    “Não existe nenhum argumento lógico ou moral que implica que o comportamento da imprensa – ou da senhora sua mãe – durante a ditadura têm qualquer relevância para o debate sobre a livre expressão no Brasil hoje em dia.”

    Isso é coisa da sua cabeça, que parece não ter sentido os efeitos intelectuais da passagem da era do mito para a de Heródoto, Tucídides, Políbio, Estrabão e outros. Como o peso da história no comportamento coletivo e individual não foi ainda cassado (embora o discurso da imprensa seja o de que apenas o passado da esquerda tenha relevância), é evidente que até mesmo a história do Reverbero Constitucional, do Jornal do Comércio e do Correio Brasiliense importa, o que dirá a da imprensa sob a ditadura…

  35. Por isso disse que você tinha de pesquisar. Ou quer ganhar tudo de bandeja? Quanto ao criar argumento de autoridade, creio que você está aprendendo retórica com os marxistas. Mas, facilitando sua nobre vida, procure os textos do Timothy Power (Oxford), Kenneth Maxwel (Harvard), Zephyr Frank (Stanford). Eles já escreveram sobre as condições de nossa democracia e tenha certeza que nenhum texto tem como título "A democracia ameaçada", fique feliz em só encontrar sobre o soft power.
    Em relação ao Bethell escrever sobre tal manifesto é abusar da imbecilidade. Por quê? Simplesmente não há nada em jogo, não há nenhum risco para nossa democracia. Pode ter certeza que se houvesse algum risco ele seria um dos primeiros a captar o acontecimento. Tempos atrás o próprio escreveu que nossa democracia estava consolidada.
    Ninguém lá fora criticou o manifesto. Não há nenhum sentido para tal manifesto a não ser o político. Não entender isso é declarar que é imbecil. Por onde anda a racionalidade? O tio Simon ficaria feliz em perceber que a racionalidade realmente é limitada quando o assunto envolvido é política. Só falta pedir um modelo matemático para explicar que esse manifesto não faz sentido em defender a democracia.

    PS: se você ver os militares saindo do quartel, tenha certeza que estão apenas rumando para suas casas.

  36. Achei também bem curioso que você ache que os brasilianistas de Harvard (categoria indeterminada) estão mais interessados em democracia no Brasil do que o Arns (!?!?).

    Primeiro, o que você diz ser uma categoria indeterminada prova seu desconhecimento do "Brazil Studies Program" e ainda existe o Brazilian Studies Association – tá bem que reunir 700 pesquisadores deve não ser nada.
    Agora, entendo que expressei de modo errado a questão do interesse. Em suma, eu queria dizer que qualquer onda contra a democracia seria captada por alguns pesquisadores, pois temas nesse sentido rendem bons artigos.

  37. “Errrr…. bem, então não há relevância nenhuma a história do autoritarismo brasileiro para a defesa dos termos do manifesto que dizem que Lula tem um plano maquiavélico para acabar com as liberdades da imprensa. O que vale para Chico, vale para Francisco. Se devemos medir as intenções do Lula pela história do autoritarismo no Brasil, devemos mediar a de todos os envolvidos com essa autoritarismo.”

    Não entendeste o que eu falei, rapá.

    Foi você quem trouxe para o debate a consideração irrelevante sobre a suposta posição da grande imprensa durante a ditadura. Isso é irrelevante – assim como é irrelevante a militância de Dilma (ou do Aloísio Nunes) pela ditadura do proletariado 40 anos atrás.

    O que é relevante é a tentativa do governo de censurar a imprensa. Houve o episódio do Larry Rohter, a tentativa de se instituir um conselho de imprensa, a Confecom e mais recentemente o PNDH.

    “Isso é coisa da sua cabeça, que parece não ter sentido os efeitos intelectuais da passagem da era do mito para a de Heródoto, Tucídides, Políbio, Estrabão e outros”

    Rapá, falar como se fosses o Professor Astromar apenas realça o teu complexo de inferioridade.

  38. “Por isso disse que você tinha de pesquisar. Ou quer ganhar tudo de bandeja?”

    Você blefou feio com esse papo de “Brasilianistas de Harvard”… Não me lembro de nenhum em atividade hoje em dia que possa ser comparado a um Boris Fausto, por exemplo.

    “Mas, facilitando sua nobre vida, procure os textos do Timothy Power (Oxford), Kenneth Maxwel (Harvard), Zephyr Frank (Stanford).”

    Blefou de novo. O Zephyr tem muito menos a dizer sobre o Brasil contemporâneo do que a maioria dos comentaristas neste blog. A especialidade dele é garimpar inventários do século XIX, não política brasileira recente.

    “Em relação ao Bethell escrever sobre tal manifesto é abusar da imbecilidade. Por quê? Simplesmente não há nada em jogo, não há nenhum risco para nossa democracia. Pode ter certeza que se houvesse algum risco ele seria um dos primeiros a captar o acontecimento. Tempos atrás o próprio escreveu que nossa democracia estava consolidada.”

    Assim como estava consolidada na Venezuela.

  39. “Primeiro, o que você diz ser uma categoria indeterminada prova seu desconhecimento do "Brazil Studies Program" e ainda existe o Brazilian Studies Association – tá bem que reunir 700 pesquisadores deve não ser nada.”

    Eu conheço o Brazil Studies Program e é caidaço.

    ”Agora, entendo que expressei de modo errado a questão do interesse. Em suma, eu queria dizer que qualquer onda contra a democracia seria captada por alguns pesquisadores, pois temas nesse sentido rendem bons artigos.”

    Eu acho que você está terceirizando sua habilidade de pensar. Eu não preciso do artigo de algum "acadêmico" para entender que (1) a idéia de democracia consolidada é ridícula em vista dos desenvolvimentos em nossa vizinhança nos últimos 10 anos; (2) existe uma ameaça à democracia quando qualquer grupo no poder tenta limitar a liberdade de expressão.

  40. “Foi você quem trouxe para o debate a consideração irrelevante sobre a suposta posição da grande imprensa durante a ditadura [você somente escreve suposta por desconhecer a questão]. Isso é irrelevante – assim como é irrelevante a militância de Dilma (ou do Aloísio Nunes) pela ditadura do proletariado 40 anos atrás.”

    Antão, aí está. É irrelevante, para você, a história (qualquer que seja), o que torna sua primeira intervenção (é relevante) um blefe. Conversem vocês aí nessa cabeça e depois decidam qual é afinal a posição.

    “O que é relevante é a tentativa do governo de censurar a imprensa. Houve o episódio do Larry Rohter, a tentativa de se instituir um conselho de imprensa, a Confecom e mais recentemente o PNDH.”

    Você não parece ter ideia do que seja censura. Como você não demonstra conhecer muito bem nossa história, não tem mesmo como saber exatamente o que este país já passou. O governo tomou iniciativas (tirando a do Rohter) corretas que os setores minoritários do PT e fora dele (e ausentes do governo) aproveitaram, para incluir mecanismos nefastos, ajudados nisso (no caso da Confecom) pela não participação dos grandes órgãos de imprensa.

    “Rapá, falar como se fosses o Professor Astromar apenas realça o teu complexo de inferioridade”.

    Você anda muito preocupado com meus handicaps de personalidade (pretensão, pedantismo, complexo, chatice). Assim, eu fico até envaidecido.

  41. Caracas, vai um capim para você?

    História e' obviamente relevante, assim como aprendemos olhando para o que acontece no presente com nossos vizinhos e pares.

    O que e' irrelevante foi sua tentativa de dotar a grande imprensa com uma "personalidade" – como se o suposto desapreco pela democracia de um jornal 40 anos atras tivesse alguma relevância para discutirmos sua posição hoje em dia. E como se precisassemos ter uma opinião sobre a Folha para chegarmos a conclusão que o partido no poder tem apenas um comprometimento limitado (e insatisfatório em minha opinião) com a democracia.

  42. Obrigado por me oferecer a pièce de résistance de seu menu, mas na casa dos outros eu deixo o dono se servir primeiro.

    Eu não dotei ninguém de personalidade. Pode ser que tenha usado uma linguagem que passava por cima de especificidades, mas isso provavelmente seria tachado aqui de algo pretensamente indesculpável. Fui no modo de segurança.

    Não há taaaaaaaaaanto amor assim pela democracia na direção das principais redações, e isso se explica também recorrendo à história. Até porque não há um salto de 1970 para 2010. A transição foi lenta e, a meu ver, não totalmente inacabada (como em outras esferas de nossas vida pública), haja visto alguns acharem que passamos por uma Ditabranda. De resto, me parece que o Estadão andou lendo seu blog e resolveu me dar uma mãozinha.

    A sobremesa vai ser o quê? Folhagens? Desculpe-me a indelicadeza, mas sua cozinha não tem nada melhor a oferecer, não?

  43. “Obrigado por me oferecer a pièce de résistance de seu menu, mas na casa dos outros eu deixo o dono se servir primeiro.”

    Eu como dentro de casa, comer no quintal é só para os animais de estimação.

    “Não há taaaaaaaaaanto amor assim pela democracia na direção das principais redações,”

    Caraças!! Você ainda não entendeu?! És burro?!

    É irrelevante se a direção dos jornais é democrática ou não. Mesmo que eles fossem stalinistas de baby doll, dentro de uma democracia que se preze eles devem ter o direito à liberdade de expressão.

  44. "É irrelevante se a direção dos jornais é democrática ou não. Mesmo que eles fossem stalinistas de baby doll, dentro de uma democracia que se preze eles devem ter o direito à liberdade de expressão."

    O Estadão demitiu alguém que não concordava com a linha editorial.

    É muita hipocrisia censurar alguém e depois reclamar do "cerceamento à liberadade de expressão".

    Mas isso vai mudar…

  45. ”O Estadão demitiu alguém que não concordava com a linha editorial.”

    Sim e se a pessoa demitida realmente não concordava com a linha editorial do Estadão, esta é uma situação ganha-ganha. O Estadão ganhou por ter se livrado de um funcionário que remava contra; a criatura demitida se beneficia de poder procurar um empregador em que ela possa se sentir mais confortável.

    ”É muita hipocrisia censurar alguém e depois reclamar do "cerceamento à liberadade de expressão".”

    Não existe hipocrisia alguma. Quem é contra a liberdade de expressão é você por não entender que a liberdade de expressão implica o direito sagrado do Estadão (ou a Carta Capital) de mostrar o olho da rua para qualquer funcionário por qualquer motivo. Só posso concluir que você é mais um estudo de caso nassifológico: você disse o que disse porque é um estúpido como um jumento lobotomizado ou foi por mau caráter mesmo?

  46. "É irrelevante se a direção dos jornais é democrática ou não. Mesmo que eles fossem stalinistas de baby doll, dentro de uma democracia que se preze eles devem ter o direito à liberdade de expressão."

    Não precisa divulgar suas fantasias. Mas para haver uma democracia que se preze você precisa de jornais que prezem a democracia. Não é nada irrelevante a posição dos donos sobre a democracia para o próprio funcionamento da democracia. Tampouco a prática interna às redações, já que estamos falando de um dos principais atores da esfera pública e esta costuma ser a soma de esferas privadas. Sempre há efeitos sobre a democracia as atitudes (todas) dos veículos de comunicação.

    “Eu como dentro de casa, comer no quintal é só para os animais de estimação.”

    Não me espanta saber que você pasta em estrebarias. Mas fico chocado com você deixar sua prole ao relento na hora da engorda.

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