Gabriel, de novo Gabigol. Coluna Mário Marinho
Gabriel, de novo Gabigol
COLUNA MÁRIO MARINHO
O cidadão Gabriel Barbosa Almeida, nascido em 30 de agosto de 1996, portanto com 21 anos completos, voltou a exercer a contento a sua profissão esmerando-se naquilo que é sua especialidade: gol. E gol decisivo como foi no jogo contra o São Paulo, neste domingo.
Gabigol é um daqueles Meninos da Vila, fruto da inesgotável fábrica de craques do Santos.
Chegou ao Santos com apenas 10 anos de idade.
Revelou logo sua vocação para o gol, que lhe deu o apelido e a passagem – prematura, acredito – para o futebol europeu.
Em agosto de 2016, o garoto de 20 anos de idade se transferiu para a Internazionale, de Milão, que pagou a bagatela de 27 milhões de euros, algo em torno de 100 milhões de reais.
Mas, não deu certo: em 10 jogos com a camisa da Inter, apenas um gol.
Emprestado para o Benfica, de Portugal, fez cinco jogos e apenas um gol.
Nada a justificar a fama.
De volta ao Santos, que pagou à Internazionale cerca de R$ 7 milhões por seu empréstimo até o fim do ano, marcou três gols em seus primeiros três jogos.
Aí, sim, justifica a fama.
No jogo contra o São Paulo, além do gol salvador, teve importante participação tática.
Visivelmente, o Santos entrou em campo para não perder o jogo. Postou-se na defesa e deixou o artilheiro isolado, abandonado entre os zagueiros tricolores.
Aí, ele mostrou sua competência.
Sozinho, segurou quatro defensores do São Paulo que não se arriscavam a partir para o ataque e deixá-lo sem a companhia de seus vigilantes.
Em um raro momento em que recebeu a bola de jeito, fez o gol, o gol que garantiu a magra vitória, mas três obesos pontos.
O São Paulo não conseguiu se livrar da rede armada pelos santistas. Seus atacantes não encontraram espaços e, nas poucas vezes em que chutaram a gol, encontraram o competente e atento Vanderlei, um dos melhores goleiros do Brasil.
O técnico Dorival Jr. bem que tentou mudar a situação, promovendo as três alterações a quem direito.
Nada deu certo.
Uma das substituições é discutível: a entrada do jovem Brenner no lugar de Cueva. Um atacante pelo outro. Mas, àquela altura do campeonato, teria sido, ao meu ver, mais acertado tirar um volante e colocar mais um atacante.
Além disso, Cuvea, por seu nome e sua experiência, leva mais preocupação ao adversário.
Festa carioca.
No Espírito Santo.
O Flamengo venceu o Boa Vista e sagrou-se campeão da Taça Guanabara, equivalente ao primeiro turno do campeonato carioca.
Até aí, tudo normal.
Mas, a decisão foi disputada em Cariacica, no Espírito Santo.
E, por quê?
Porque o Botafogo de mauzinho do Flamengo, não quis autorizar a decisão em seu estádio, o Engenhão.
Tudo isso porque, na semana anterior, o atacante Vinícius, do Flamengo, comemorou seu gol contra o próprio Botafogo, no Engenhão, fazendo aquele gesto clássico de chororô, que irrita os botafoguenses.
Daí, a diretoria do Flamengo, com represália, não quis alugar o estádio para a decisão.
Cabeça pequena desses dirigentes. O Botafogo deixou de faturar um boa grana.
Com a péssima repercussão da medida, os dirigentes voltaram atrás e vão permitir que o Mengão volte a jogar lá.
Veja os gols do Fantástico
E também o vexame das pancadarias
https://youtu.be/H5ka1B2YGSU
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Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Culturam de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
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