Não somos preparados para ver como se apaga a vela das pessoas que amamos (pais, avós, tios, sogros, amigos queridos). Principalmente a de nossos pais, que nos deram a vida e nos amam incondicionalmente.
Ver como seus olhos estão perdendo o brilho, alheios a tudo o que os rodeia, que seu olhar divaga pelos cantos de seu subconsciente.
É difícil ver essas pessoas tornando-se pequenos e frágeis desta maneira.
Não há palavras para descrever esse sentimento.
É triste vê-los na penosa situação de saúde mental (demência senil, alzheimer, acidente vascular cerebral, estados vegetativos, depressão profunda, esquizofrenia ou outro qualquer).
Nenhum hospital consegue tomar conta deles como nós mesmos e, de repente, temos que ser enfermeiros ou pagarmos cuidadores e residências para idosos ou doentes.
Que desolador que os que deram tudo por você e por sua família um dia te perguntem “Quem és?” .. não por esquecimento ou descuido voluntário, mas por deterioração mental.
Difícil compreender que pouco a pouco vão perder capacidades e mobilidade, até chegarem os problemas mais graves.
O sistema público de saúde pouco ou nada faz.
Assim, comumente eles exigem todo o seu tempo de forma exclusiva!!!
Tenha calma! Tenha paciência! Eles não têm culpa de terem ficado assim!
Apenas faça a sua parte, da melhor forma que pode.
Nunca saberemos a quem essas doenças podem tocar, até que nos toque um dia. Ou a um dos nossos amados ou a nós mesmos.
Se Deus nos permitir, seremos mais velhos um dia e roguemos ao Pai que não cheguemos situação semelhante, desamparados, desassistidos, solitários, sem carinho, atenção e amor.
A falta de saúde mental não é “fraqueza”, é doença.
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Esse é o mês da consciência das doenças mentais e, a quem puder, peço um favor: copie e cole esse texto no seu mural.
Foi o que fiz: copiei o belíssimo texto de Fernando Portela.