Now and then (dica do “The Anchor”)

Mantega vê IPCA com alta de 0,45% em março

17 de março de 2011 | 11h 46
BRASÍLIA – A economia brasileira já apresenta desaceleração e a inflação está em queda, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega nesta quinta-feira, acrescentando que, neste mês, O IPCA deve fechar o mês com alta de 0,45 por cento.
“A economia está desacelerando em alguns segmentos, mais forte no setor de serviços, e portanto de modo a caminhar para o crescimento de 5 por cento que nós estamos prevendo”, afirmou Mantega ao chegar ao Ministério da Fazenda.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, usado como parâmetro para o regime de metas, subiu 0,80 por cento em fevereiro e 0,83 por cento em janeiro, pressionado pelos preços dos alimentos e por reajustes sazonais.
(Reportagem de Isabel Versiani) 

IBGE: inflação pelo IPCA é de 0,79% em março

07 de abril de 2011 | 9h 11

RIO – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,79% em março, ante 0,80% em fevereiro, segundo informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio acima do intervalo das estimativas dos analistas, que esperavam taxa de 0,54% a 0,78%. A mediana das previsões estava em 0,70%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,44% e, nos 12 meses encerrados em março, o índice acumula variação de 6,30%.
– A inflação de março vai ser 0,45%
– Ih, não foi!

58 thoughts on “Now and then (dica do “The Anchor”)

  1. hehehe

    O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, criticou ontem numa reunião fechada com empresários a estratégia usada pelo governo para lidar com a valorização do real em relação ao dólar. Segundo a Folha apurou, Coutinho disse aos empresários que o governo desistiu de conter o dólar num patamar de R$ 1,65 porque o câmbio pode ajudá-lo a combater a inflação, apesar dos prejuízos que o real forte traz às indústrias que enfrentam a competição das importações.Coutinho afirmou que "a indústria está sendo destruída" com a taxa de câmbio atual e defendeu "uma mobilização de toda indústria para combater isso", de acordo com participantes do encontro, realizado em São Paulo. "O governo tinha o compromisso de sustentar o câmbio em R$ 1,65 e isso está sendo abandonado devido à inflação", disse a empresários.

  2. Quer outra pérola? "É claro que qualquer operação tem algum tipo de risco e temos que minimizar o risco. Temos certeza de que não haverá uma valorização do real. Então, se não houver valorização cambial, e
    se fizermos operações de swap cambial reverso, não haverá perda. Pode até haver ganho como já houve em período recente". (Valor 11/01/11) Só para lembrar, os "Swaps" foram operados pelo FSB á taxa de R$/US$1,845. Será que esse imbecil leu ao menos o "Tratado Sobre a Moeda", cujo autor transformaram em bezerro de ouro?
    Somos ou não somos um M… elevada ao infinito?

  3. Alex,

    O tripé macroeconomico acabou. O regime de metas não utiliza mais a Selic como instrumento de controle da inflação, o cambio está fixo e o superavit primario é obtido as custas de traquitanas contábeis de conhecimento público. Já era.

    Abs.

    M.

  4. REGIME DE METAS DE INFLAÇÃO – a implementação depende de uma COMUNICAÇÃO EFICAZ, transparência, racionalidade, consistência, comprometimento com a meta e decisões que passem CREDIBILIDADE.
    O Mantega sempre sabotou o BC no controle da inflação (intencionalmente ou ignorantemente). Neste sentido faz com que seja necessária uma selic mais alta. Agora o BC deixa transparecer que não confia plenamente no regime de metas. Controlar a inflação já é difícil com seriedade e competência, sem comunicação eficaz então é que fica mais difícil ainda(que passe segurança e credibilidade para os agentes.).
    O que estranhou foi a declaração do L. F. Figueiredo (ex BC) dada ao Valor apoiando as bobagens do BC atual (só se foi para abrir portas). Mas colocar o prestígio em jogo? Adjetivar inflação, inflação de oferta, com mais de 70% dos ítens de preços pesquisados subindo? É muita tapeação.

  5. "O tripé macroeconomico acabou. O regime de metas não utiliza mais a Selic como instrumento de controle da inflação, o cambio está fixo e o superavit primario é obtido as custas de traquitanas contábeis de conhecimento público. Já era."

    M:

    Você resumiu bem o que está ocorrendo. Eu não fui tão sucinto:

    "egundo Alexandre Schwartsman, ex-diretor da área internacional do BC, e até recentemente economista-chefe do Santander, "o tripé ainda existe, mas está bem deteriorado – o (resultado) fiscal ninguém sabe o que é, o câmbio flutua a contragosto e o compromisso com as metas de inflação está desaparecendo a olhos vistos".

    Para Schwartsman, a atual política econômica não é fruto de uma visão integrada e coerente do conjunto de fatores, mas sim "um conjunto de ações mais ou menos desconexas" que tenta atacar cada problema individualmente, sem prestar atenção às consequências no todo.

    Assim, busca-se evitar a valorização cambial sem se levar em conta que a apreciação neutraliza o impacto inflacionário da alta das commodities. Da mesma forma, tomam-se medidas para refrear o ingresso de capitais e busca-se aumentar o investimento, que necessita de financiamento externo. E, enquanto o BC tenta frear a demanda, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) opera a sua imensa carteira de crédito."

    http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,analistas-veem-forte-mudanca-na-politica-economica,62136,0.htm

  6. Será que esse é um blog de economia???
    Ou então será que aqui tem melhores economistas do que Krugman,Delfim Neto ou Amartya Sen??
    Se for a primeira opção ainda tenho esperança de me formar um bom economista, porém se for a segunda espero começar a aprender o que é economia agora pois antes eu era um jumento igual ao da montagem.
    Espero estar falando com futuros prêmios Nobel
    Que SORTE a minha

  7. Tombini esta sendo atopelado e vai fazer teatro no copom ate ser substituido por um politico ou empresario. Pacto com demonio tem dessas coisas…

    O que vai guiar a politica economica no Brasil eh a visao de que investimento publico eh o que faz o pais crescer no curto, medio e longo prazo. Alem disso a certeza de que um pouquinho mais de inflacao gera mais crescimento. Lamentavel a absoluta desconstrucao da politica macroeconomica brasileira. So mesmo quando o PT sair do poder para consertar isso ai.

  8. Meus caros,
    O comentário do anônimo 19:47 é estarrecedor. Primeiro, apesar de todos os problemas dele, o Delfim sempre falou sobre a necessidade de um ajuste fiscal forte. Quanto ao Krugman ou o Sen, O QUE CATZO ELES TEM A VER COM OS ERROS ABSURDOS DA POLÍTICA ECONÔMICA BRASILEIRA DOS ÚLTIMOS ANOS????
    Saudações

  9. Ou então será que aqui tem melhores economistas do que Krugman,Delfim Neto ou Amartya Sen??

    O que diabos Krugman e Amartya Sen tem que ver com o descontrole da política econômica aqui no Brasil? Quem é Delfim Neto?

  10. A "variável" que está atrapalhando todo o sistema chama-se Guido Mantega, trata-se de um "achista" o pior tipo que pode acometer uma empresa, governo etc. O profissional pode até errar, mas utilizando o metodo científico com critérios, era o caso do tripé de política macro utilizado por 10 anos. Isso se foi e agora estamos seguindo de forma errática, na base de tentativa e erro e o desastre já está configurado.

  11. "o Delfim sempre falou sobre a necessidade de um ajuste fiscal forte"

    Ultimamente o Delfim tem relativizado suas declarações sobre a situação fiscal, dizendo que ela não é grave nem urgente (não é mesmo) e que basta fazer com que o déficit siga um ritmo menor que o PIB (com o que posso até concordar em teoria, mas não acredito que será seguido na prática).

    Delfim (quem diria, hein!) está aliviando a inflação, dizendo que o problema da mão-de-obra é qualitativo (falta de profissionais especializados) e não se resolve com os juros.

  12. A bagunça na política econômica brasileira fica ainda mais grave pois as criticas estão sufocadas. O aparelho ferra quem critica e tem alguma visibilidade ou influencia. As apreensões correm a boca pequena pois ninguém quer desagradar a pequena princesa. Tenho certeza que tem muita gente pensando no plano de fuga para quando a merda for ao ventilador. O mercado se mostra otimista com o Brasil, mas sabe muito bem quem que o risco aumenta a cada dia.

  13. "Delfim (quem diria, hein!) está aliviando a inflação, dizendo que o problema da mão-de-obra é qualitativo (falta de profissionais especializados) e não se resolve com os juros."

    Qual a surpresa? O Delfim sempre aliviou com a inflação, basta lembrar que quando comandou a economia a deixou com a inflação fora de controle, as contas públicas insustentáveis e a conta externa insolvente. Para terminar com chave de ouro nos legou a década perdida. E olha que o Simonsen avisou…

    O pior é que o Delfim não aprendeu nada com o tempo. Anda sugerindo as mesmas bobagens que fez quando era ministro. Até parece que ele quer passar adiante o título de pior ministro da fazenda de todos os tempos…

  14. Cadê aquele maluco que achava que o Meirelles era tão ruim quanto o Pombini?

    Aliás, sobre o Tombini, dá um pouco de pena do cara. Ele é só um funcionário de carreira, não tem o poder que seus antecessores tinham conquistado junto à setores importantes.

    Espero que ele tenha a decência de renunciar e denunciar as pressões que vem sofrendo.

  15. "Qual a surpresa? O Delfim sempre aliviou com a inflação"

    Surpresa alguma: o "quem diria, hein" era irônico.

    Não acho que o Delfim seja o pior ministro da história.

    A dupla Bulhões-Campos foi importantíssima do ponto de vista institucional, mas foi muito pior na condução prática da política.

    Acho que os problemas que você citou (inflação, contas públicas, contas externas) têm raízes históricas bem mais antigas que o Delfim, não foram cuidadas por ele, mas foram esculachadas mesmo pela gestão do Simonsen. Depois do milagre, ele deveria ter implantado uma política de moderação e arrumação, e não tentato prolongar o crescimento até o limite (o que ele certamente não fez por convicção, mas por pressão política).

  16. Mas antes do Simonsen era o Delfim, ele plantou os tais antecedentes históricos e fez questão de estar presente para fazer a colheita. Mas isto não é o pior, o que mais assusta, repito, é que o cara continua defendendo as asneiras que fez quando ministro. Daqui a pouco ele começa a pedir uma desvalorização de 30%…

  17. Qualquer que seja o tema, vire e mexe voltam a falar no Delfim. Alguns aqui devem adorá-lo. No tempo em que conduziu a economia brasileira, feito um czar, só fez asneiras. E agora, no fim da vida, ele tem amplo acesso aos meios de comunicação pra falar bem do governo. Por que se falar mal, vai pro vinagre. Metas? câmbio flutuante? superávit primário?
    Podem esquecer…..
    Bauru/SP

  18. Não podemos confundir a importância histórica do DN e do Simonsen, com o pensamento econômico dos dois.
    O Simonsen, sem dúvida nenhuma, por seus escritos, nunca foi nacional-desenvolvimentista (o que o DN é até hoje). A contribuição do MHS, em escritos, é muito superior à do DN.
    Um caminhou para reconhecer os avanços do conhecimento econômico (assim como a FGV-RIO), o outro, em suas críticas (mais parecendo inveja e preconceito), não reconhece os méritos da turma nova de economistas que está superando em muito a sua geração (o que é normal). O DN fala e desfala, utiliza o condenável e desonesto método, de definir erradamente linhas de pensamento contrário ao seu de acordo com interesses pessoais. Agride os conceitos corretos ao escrever para leigos, estudantes e iniciados, ensinando errado (método antigo utilizado pela esquerda socialista).
    Os artigos do MHS, 3 anos antes de seu falecimento, são muito superior aos atuais do DN (que continuam parados em 1975). O DN, teimosamente, parou no tempo.

  19. Concordo com vc que escreveu às 09:22, mas ele continua tendo crédito, não dá pra entender. Em certo artigo recente sob o título fundamento fiscal, ele diz:
    "A situação é mais complicada porque o governo tem necessariamente múltiplos objetivos além de maximização do emprego e da estabilidade do valor da moeda…a redução da pobreza, redução dos desequilibrios regionais…."
    Depois conclui:
    "Isso torna o exercício da política econômica em 95% de arte e 5% de sólido fundamento econômico."
    Então, pra ele a condução da política econômica torna-se intuitiva?
    Entendo o contrário, ou seja, o fundamento econômico tem que ter muito mais peso pro governo ganhar a confiança dos agentes econômicos.
    Bauru/SP

  20. Alexandre,

    voltando ao assunto do post e deixando a discussão dos comentários do lado, eu quero dizer que não foi só o ministro (de quem eu definitivamente não sou fã e inclusive concordo com boa parte das críticas feitas a ele aqui) que errou feio o IPCA de março.

    É ridiculamente fácil ver no site do BC a pesquisa focus e que em 16 e 17 de março a mediana do mercado esperava IPCA de 0,5%. O 0,45% do mantega está dentro do tradicional otimismo do ministro, seu efeito-fixo para os microeconometristas.

    Ou seja, esse 0,70% de expectativa era na véspera do 0,79%. O IPCA foi alto e pegou quase todos de surpesa em março.

    Há muitas pérolas melhores do Mantega pra vc aproveitar.

    Abs!

  21. Bauru/SP:
    "Isso torna o exercício da política econômica em 95% de arte e 5% de sólido fundamento econômico."
    Isto é uma demonstração do quanto (pouco)ele conseguiu acumular em conhecimentos de macroeconomia e de economia monetária (a que ele mais ataca). Na verdade ele não teve a grandeza de dizer: eu estava errado quanto à inflação. Para fazer uma bolha de crescimento com inflação (e depois estagflação) não precisa de estudar teoria econômica (é o que ele defende). Crescimento sustentado, sem inflação? Ele não sabe o que é isto. Se sabe finge que não sabe. O pior de tudo é que tem espaço na imprensa e ensina errado (mas se desmoraliza entre os que de fato estudam economia).

  22. Algum comentário sobre os elogios do Octávio de Barros à política econômica? Classificou de "estupenda" a atuação do BC. Acha que as críticas são resultantes do Presidente do BC não ser oriundo do mercado. Alguém entendeu?

  23. É muito mais fácil (é uma proteção e abertura de portas)agradar a quem esrtá no poder do que ser verdadeiro. A verdade quando contraria a quem está no poder (e é vingativo) é muito perigosa (vide Vale, Alex.). A moda parece que será agradar (se é o caminho para não ser perseguido. É menos digno do que calar-se, mas no mundo dos negócios é o que vale.). Na política tem o puxa-saquismo e a venda de consciência. Ser verdadeiro sifnifica ter que esperar o poder mudar de mãos (as empresa não suportam.).

  24. O Delfim sempre vem com esse papo de ciência a arte, pois bem a arte é aplicar a política correta no timing correto. Permitir que o câmbio se aprecie agora que os preços externos já contaminaram os internos de que adianta?

  25. "Mas antes do Simonsen era o Delfim, ele plantou os tais antecedentes históricos e fez questão de estar presente para fazer a colheita."

    Mas antes do Delfim era o JK e o Vargas.

    As raízes do inflacionismo no Brasil remontam à industrilização induzida pelo governo no Estado Novo e Pós-Guerra.

    Não se reverte esse tipo de política com canetada (como mostrou a experiência Bulhões-Campos).

    O que o Delfim tinha que fazer como ministro era manter o financiamento do crescimento (o que ele fez), mas com base em metas rígidas de produtividade para o setor privado para retirar gradualmente as barreiras protecionistas (o que nem ele nem ninguém nunca fez).

    Mas quem cagou tudo foi o Simonsen (que como teórico era infinitamente melhor que Delfim) ao tentar o "milagre^2" de prolongar o "milagre".

  26. Se economia é 95% arte para o Delfim, quando ele era "artista" sua técnica era aquela de injetar tinta no fiofó e pintar com peido.

    Forte abraço
    André

  27. "Não se reverte esse tipo de política com canetada (como mostrou a experiência Bulhões-Campos)."

    Não é muito difícil reverter esse tipo de política, basta fazer o que ensina qualquer manual de Macro, daqueles que o Delfim prefere não ler.

    Esta história de que inflação tem causas históricas, culturais, estruturais ou qualquer combinação deste tipo devia ter morrido com o Plano Real. Mas onde levam a sério o Delfim tudo é possível.

  28. Simonsen x DN: os dois não conseguiram domar o processo inflacionário. O Simonsen pelo menos tentou. O DN punha fogo no processo. Conhecia o Simonsen (foi paraninfo de minha turma e arrumou emprego para uns três.). Não precisei pois na época sobrava empregos. Na posição de principal executivo financeiro de uma empresa atolada em dívidas, quando o Simonsen era ministro e estava para ser substituido pelo DN. Apesar de conhecer um, ser bem atendido, não conhecer o outro, mas saber que era um p. l. desenvolvimentista, com vergonha, confesso que torci o DN assumir. O DN assumiu e a receita da empresa passou a subir 40% ao mês resolvendo o problema da dívida. Aí o problema passou a ser como domar os desenvolvimentistas da empresa que queriam atolar a empresa em dívidas pensando que aquilo iria durar. Sabemos como terminou: o DN quebrou o país, teve que subir os juros não para reduzir a inflação, mas para captar dólares, o processo inflacionário virou estagflação, depois vieram os mágicos dos tabelamentos, de prender boi no pasto, de fechar portas de supermercados. Quem iniciou isto tudo foi o DN. Se o Simonsen não tivesse sido saído do governo o caminho seria outro (não podemos igualar o pensamento nem o trabalho de um com o outro). Um era e é nacional-desenvolvimentista (fazedor de estagflação), o outro sempre foi um estudioso sério.

  29. "Algum comentário sobre os elogios do Octávio de Barros à política econômica? Classificou de "estupenda" a atuação do BC. Acha que as críticas são resultantes do Presidente do BC não ser oriundo do mercado. Alguém entendeu?"

    Fácil. Justa-se o puxa-saquismo atávico à vontade incontrolável de ser convidado para fazer parte da diretoria do BC.

  30. Sobre a polêmica Simonsen x Delfim: o Simonsen saiu do governo porque o Figueiredo não aceitou o plano dele para desaceleração da economia, em resposta ao segundo choque do petróleo. Quem assumiu? Delfim, que achava ótimo manter o pé no acelerador.

    Quando ao II PND, já depois do primeiro choque, fica mais difícil defender a atuação da dupla Simonsen / Velloso. Mas eu coloco a responsabilidade pelas asneiras muito mais na conta do Velloso (e do Geisel).

    Delfim simplesmente não é um economista sério. É mais um Bresser ou um Oreiro da vida.

    abs

  31. Sim a inflação tem um carater histórico, graças a um maldito estado intervencionista hipertrofiado, que desde que o Cabral aportou por aqui nunca mais nos livramos. O Caminha já na sua primeira carta ao rei pedia uma sinecura a um parente seu e isso perdura até hoje. Sempre tivemos um arremedo de capitalismo, onde a sociedade nunca pode, ou quis assumir os riscos inerentes ao sistema. O Barros está puxando o saco porque o Bradesco tem interesses em banco postal e sabe-se lá mais o que, esse é um dos motivos porque a cabeça do Agnelli foi entregue na bandeja.Já escrevi aqui outras vezes, e disse que voltamos algumas décadas no tempo, mais precisamente lá pelos anos 70, 80, quem viveu aquela época sabe como terminou a história.

  32. Tres Perguntas:

    1) Qual a diferença entre bolha e inflação? Como identificar?

    2)Gastos off shore do governo impactam os niveis de preços do Brasil? (ex caças da aeronautica?)

    3)Qual o diagnostico do real state brasileiro?

    André, futuro banqueiro.

  33. O Barros vai acabar na Diretoria do BC. Deve ser esta a motivação dele.

    Alex, se o IPCA estourar a meta esse ano, você acha que o arcabouço do sistema de metas está definitivamente comprometido? Você vê possibilidade de o IPCA sair do controle nos próximos anos, ficando acima de dois dígitos, como na Argentina?

    Abraços

  34. Outros temas para debate:

    Qual o saldo da viagem da Dilma à China?

    Como explicar Olanta Humalla e Keiko Fujimori no segundo turno no Peru? A AL não tem jeito mesmo. O surpreendente é que o Peru até vinha com indicadores macroeconômicos sólidos.

    Grato

  35. Pessoal,

    está havendo um exagero com relação às críticas ao BC. Tombini é muito preparado, PHD nos EUA, foi Diretor do BC, ocupou vários cargos relevantes e foi um dos criadores do sistema de metas de inflação. O CV dele é melhor do que o do Meirelles. O BC avalia que:

    1 – Os preços das commodities vão recuar no final do ano com a reversão da política monetária dos EUA e a valorização do dólar

    2 – A economia brasileira está desacelerando. Cresce abaixo do PIB potencial.

    3 – O câmbio está apreciado, não tanto quanto estaria sem as intervenções, mas é o câmbio real mais apreciado desde 1994.

    4 – O aperto monetário já realizado terá efeito no médio prazo, assim como a política fiscal menos expansionista.

    Vamos acreditar no Tombini e sua equipe!!!

    Abs
    Dovish

  36. Excelente observação do anonimo de 11/4 às 11h03. Que o cara é ruim não há nenhuma novidade. Importante ressaltar que o Focus mostrou que a maior parte dos demais economistas também é.

    Ao Marcelo que havia dito que o fundo soberano usou swaps cambiais isso é novidade para mim. Até onde eu sei o fundo soberano não fez nada e nem sei se fará.

    Abraços!

  37. Caro Dovish,
    Acreditar em quem acredita no Mantega? Vc só pode estar de sacanagem!
    O maior erro do BC é acreditar no conto da carochinha de ajuste fiscal. Alguém em sã consciência acha que o Mantega vai reduzir gastos? Com o BNDES concedendo crédito a rodo e o ministro botando meta de crescimento do PIB?
    Outra coisa, colocar o Mantega no mesmo patamar que o mercado para estimar inflação do mês tb é brincadeira. O ministro pode ter muito mais informação que o mercado. Afinal, ele tem a chave do cofre. Qualquer um minimamente competente no lugar dele saberia quanto está sendo gasto e quanto que ta aumentando o crédito. No caso do Mantega, não sei se ele sabe por pura inépcia.
    O Tombini tem curriculo mas suas escolhas são pra lá de questináveis. Ta com uma diretoria fraca, hj tavam falando no Valor que o Mantega andou convidando um economista para diretoria…
    Num tá fácil não. O problema é que o país hoje dá condições para se fazer muita bobagem. A conta será cobrada mais tarde. Vale lembrar que os PIGS andaram contando vantagem por muito tempo. Agora tão cortando salários e reduzindo gastos essenciais em saúde e educação. A farra tá correndo solta! A conta será cobrada no futuro!

    Abs

    Tb

  38. Dovish,

    CV não mede a capacidade de aguentar ou não a pressão vinda do governo.. Está claro para muita gente que o Tombini assumiu com a condição de 'estar' alinhado com a equipe economica do governo, sabendo o que isso representa.

    Ou é barbeiragem das grandes ou o BCB está vendo algo que o mercado ainda não viu….a conferir.

    E porque a Zeina não assumiu ainda? Estaria o nosso Branquellone tentando emplacar alguém da UNICAMP?

    Doutrinador

  39. Desculpa, mas desde quando um PhD em Illinois-UC é "ter currículo"?

    Sintam-se à vontade para usar a experiência dele como evidência de capacidade, mas PhD por PhD, Illinois não é muito impressionante…

  40. "Vamos acreditar no Tombini e sua equipe!!!"

    "é melhor esperar a meta ser cumprida em 2012 evitando uma queda muito grande da atividade."

    A ordem do dia é falar barbaridades.
    Os leitores desse blog, o FMI, os governos emergentes, o Obama,etc…. não sobrou niguém com a cabeça com lugar.A idiotice tomou conta do mundo inteiro, em especial do govrno do Brasil
    Como isso aconteceu?

    "a"

  41. Meus caros,
    A questão básica do Tombini, na minha modesta opinião, é não aguentar as pressões políticas vindas do Ministério da Fazenda. Isto não é questão de currículo (é um currículo sério mas não é espetacular) ou de conhecimento técnico (não o conheço pessoalmente, mas dizem que é um técnico sério). Ele simplesmente não tem força suficiente para não fazer o que o MF quer que este faça (daí a importância da independência do BACEN). Em relação ao Meireles, ele não é um economista. Mas ele é sim um ex-presidente do Bank Boston e capaz de contrarestar o MF. Qualquer coisa, ele pediria o boné. Simples assim.
    Saudações

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