Sem medo do ridículo
26/09/2011 – 10h09
BC demorou a intervir para deter alta do dólar, diz presidente da CSN
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MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
O vice-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e dono da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch, disse nesta segunda-feira (26) que o Banco Central demorou a intervir para deter a forte alta do dólar nas últimas semanas.
Segundo ele, o BC comprou muitos dólares quando a moeda estava em baixa, na faixa de R$ 1,50, e não pode titubear para vender a divisa quado ela está a R$ 1,90.
“Estou 100% fechado com o [Alexandre] Tombini [presidente do BC], mas o BC não pode demorar 48 horas [para agir]”, disse ele na abertura do 8º Fórum de Economia da FGV, em São Paulo.
Se o Steinbruch reclamou (a CSN eh relativamente uma ganhadora em epocas de real fraco porque seu EBITDA reage positivamente), imagino como estarao os presidentes da Fibria e da Suzano — que devem em este momento estar de joelhos para o dolar nao atingir 2 per USD e bagunçar os credit metrics deles. O BC demorou muito para intervir … essas companhias poderiam ter credit events porque seus net debt metrics devem estar pelos ceus. Grande abraço
Hahahahahhahahahahaha….
Aumenta as tarifas e agora manipula o dolar p/ ficar baixo, que combinacao de nonsense economico, mas com bastante dose de racionalidade p/ proteger os grupos de interesse.
Sem medo do ridiculo realmente.
[]s!
seu Guillermo, voce nao fala portugues? credit metrics, credit events, net debt metrics… que shite is that? fale uma língua só
Já deu pra sacar quem está pendurado só numa ponta de derivativos não?
Eles são caras de pau e não aprendem.
Mais um que quer o dólar quântico – ao mesmo tempo super e sub-apreciado.
Que tal taxas mútiplas: bem desvalorizadas para comércio e bem apreciadas no financeiro?
Quem tem a responsabilidade de normatizar, fiscalizar e arbitrar, pode participar da jogatina?
Quem fez o mercado caminhar para a artificialidade com IOF?
O BC deveria limitar-se a dar ou retirar liquidez do mercado (interferir o mínimo possível), fixar limites operacionais e prudenciais. IOF? Último caso.
Como levou o mercado para a artificialidade agora tinha que operar (os swaps foram corretos).
Acho que se ele falou pela FIESP tudo bem, é até compreensível, mas, se for pela CSN, foi uma ótima chamada para o 'sell side'.
Por falar em 'short-selling', é de arrepiar o panorama europeu e também o global.
Caso degringole por lá, muitos bancos irão desaparecer no Velho Continente, inclusive alemães. Talvez, mais de uma centena – quiçá, duas – de milhões de pessoas possam vir a perder os empregos, na hipótese de alcançar o estágio de depressão mundial. Dezenas de milhões já o perderam, desde o início da crise, em 2008.
A morosidade política e o avanço da comunicação instantânea podem potencializar um 'choque de realidade'.
Credores e devedores já deviam ter sentado à mesa para solucionar o endividamento soberano e a crise de confiança. Caindo a Grécia, vem o efeito-dominó que, senão for estancado, poderá levar na enxurrada toda a economia do planeta.
Quem, como eu, não entende bulhufas de mercado financeiro, torce, realmente, para que tudo dê certo, mas, se prepara para o pior.
O país está precisando importar inclusive "industriais" que queiram produzir, ao invés de especular. Balcão de subsídio e proteção só podia dar nisso.
Quer dizer que o ministro MANTEGA veio a público dizer que A PARTIR DA ULTIMA REDUÇÃO (0,5%) VAI CONTINUAR A DIMINUIR OS JUROS e depois disso quer que os emprestadores de dinheiro ao país fiquem satisfeitos? Como FHC KERENSKI aprendeu, não se pode fazer desaforo para o dinheiro.
O BC perdeu credibilidade. Com o estouro do EURO, ao contrário da avaliação da equipe da guerrilheira o dólar (não o Real) passou a ser a moeda de refúgio e conseqüentemente está subindo….E agora MANTEGA vai queimar as reservas para que os emprestadores saquem o dinheiro com dólar mais barato. GRANDE MEDIDA! E é até justa. A grana das reservas brasileiras foi comprada desses mesmos emprestadores, NADA MAIS JUSTO QUE SEJA DEVOLVIDA A ELES, kkkkk
Esse cara e grande parte das "campeãs" nacionais querem, a implantação do SITME, não?
Samuel, como leigo, pelo que estou entendendo das medidas de redução de juros aqui e em Israel, totalmente atípicas (inesperadas e apostas fortes contra a tendência inflacionária) é que, nas mesas mais recônditas do mercado financeiro e do governo tem algo extremamente incomum tomando corpo. O tsunami pode estar bem ali.
Foi uma mudança, repentina, com grau máximo de inversão; 180 graus entre o último aumento da taxa de juros e um forte corte desta mesma e contra a maré.
A despeito de todo o choro dos agentes de mercado e de seu consenso, dos índices inflacionários em alta, das greves por aumento de salários que estão pipocando em todo o país, do baixo número de desempregados (pleno emprego) e da alta, momentânea, do dólar: reduziram a taxa de juros.
A inflação não é problema que esteja na ordem do dia, para os próximos semestres.
Deduzo que a tônica para quem corta juros desta forma, é que os investidores vão privilegiar mais a segurança de receber o capital investido em detrimento da rentabilidade, a qual vis-à-vis mundo, está muito boa, diga-se de passagem.
"Na vida, a água está sempre ao fogo; não sabemos se irão fazer chá, café ou pelar algum porco". by me
Um abraço.
O governo anterior andava (cada vez mais lentamente) para frente, porém de costas (frase do Bacha, se estou certo). O governo atual anda orgulhosamente para trás, a passos ligeiros.
Fernando A.
Alex e O,
Desculpem pelo off-topic, mas o Andy Neumeyer pediu ajuda de economistas brasileiros neste post:
http://focoeconomico.org/2011/09/25/enfermedad-holandesa-en-america-latina/
Ele fala: "…El patrón de reasignación se puede ver en el siguiente gráfico que muestra el cociente entre el empleo en servicios e industria (normalizado a 100 en 1992). Vemos que en Argentina, Chile y Uruguay el empleo en servicios creció un 40% más que en la industria entre 1992 y 2009, mientras que en Brasil el aumento fue sólo del 10% y en la última década el empleo en servicios cayó en relación al empleo industrial (por subsidios del BNDS y otras medidas de protección a la industria? Amigos brasileros ayuda aquí)…"
Ué, mas os patriotas não estavam reclamando que o dólar estava barato demais? Que estava desindustrializando o país? Não chegaram a falar que o patamar do dólar deveria ser R$ 2,70?
Se a moeda americana ficou mais cara, então é bom, certo?
Não entendo mais nada … reclamam quando está em R$ 1,55, reclamam quando sobe para R$ 1,90 … (ironia aqui)
"Para analistas, inflação ultrapassará a meta este ano"
Valor Econômico – 27/09/2011
O título da reportagem é um absurdo que flerta com o charlatanismo. Sobretudo se atentarmos para o fato de que o título foi impresso em um jornal especializado nos assuntos da economia.
A reportagem inicia contradizendo in totum o que o título afirma:
"O mercado não acredita mais que a inflação medida pelo IPCA ficará este ano DENTRO do intervalo de tolerância estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)."
Os analistas não estão dizendo simplesmente que a meta de 4,5% será estourada, mas sim que a inflação deve ultrapassar o teto em 2011. E deixam a seguinte pergunta: o que fará o BC diante desse quadro?
O Estadão foi pelo mesmo caminho do Valor
"Mercado já projeta inflação acima da meta"
O Estado de S. Paulo – 27/09/2011
"Analistas, segundo pesquisa do BC, aumentaram a previsão para o IPCA neste ano de 6,46% para 6,52%, além do teto da meta de 6,5%"
O G1 fez título verdadeiro, isto é, que tem correspondência com os fatos reportados:
"Previsão do mercado excede teto da meta de inflação de 2011 pela 1ª vez"
"Confirmação de que a previsão superou teto pela 1ª vez é do BC.
Em maio deste ano, previsão chegou a 6,40%, mas depois recuou."
26/09/2011 10h43 – Atualizado em 26/09/2011 12h00
Ele não tem medo de ser ridículo, o cagaço é perder dinheiro. O empresariado já sentiu que este governo é anos 70, vão deitar e rolar.
M.
Meu Deus! O Tombini tem cara de ministro dos anos 70, lembra o Delfim…
A obsessão do anônimo 14:45 com o Andres Neumeyer é no mínimo curiosa.
Ah, e o processo de argentinizacao do Brasil levou mais um impulso com a excelente ideia de se cortar impostos sobre a gasolina para combater a inflacao! Genial!
Caro Alexandre, no editorial econômico do Estadão hoje está dizendo que que o nosso Ministro quando em Washington explicando a "política econômica" do Governo disse ter substituido a política monetária pela fiscal.
Me ajude. Fico mais preocupado pela substituição em si, ou pela inesistência da segunda?
“Ah, e o processo de argentinizacao do Brasil levou mais um impulso com a excelente ideia de se cortar impostos sobre a gasolina para combater a inflacao! Genial!”
Tenho minhas dúvidas se foi para combater a inflação ou para reforçar o caixa de uma certa companhia.
Vejo muita gente falando da Europa, dos EUA, como se eles estivessem mal (e estão), mal mesmo estamos nós com esse governo de… e com esse estado mastodontico.