No alvo do Cacalo, a imprensa. No alvo da imprensa, tiroteios, acidentes, roubos
Um ditado reza que todo homem tem seu preço. Exagero, força de expressão, mas, amanhã, na Câmara, na votação da aceitação ou não da segunda denúncia contra Temer, veremos que mais da metade dos parlamentares têm.
Uma turista espanhola foi morta ontem (23) por um PM na favela da Rocinha (RJ). Alegam os militares que o carro em que estava em companhia de mais turistas tentou furar um bloqueio, o que os ocupantes do veículo negam. De qualquer forma, para que atirar? Entenderia se o motorista tivesse investido contra os policiais ou se os ocupantes do carro tivessem atirado contra os militares, mas, não, os tiros atingiram o veículo na parte de trás. Ação desastrada.
Outra questão a ser tratada: o que há na cabeça dos donos da agência de turismo para que organizem passeio turístico em um dos lugares mais perigosos do Rio? A cidade é dos lugares mais lindos do mundo – seus últimos governadores não conseguiram destruir, pelo menos, a paisagem –, que organizem passeios pelos cartões-postais e parem com essa história de que o Brasil é o país do carnaval, das mulheres fáceis e das favelas exóticas. A agência é corresponsável pela morte.
A tragédia na escola goiana – aluno atirou em colegas – virou novela mexicana nas TVs, principalmente na Globo, estão fazendo apelação barata sobre um fato horroroso. O que se ganha com entrevistas sentimentaloides com os parentes das vítimas, espremendo-as até que chorem, ou com as próprias? Isso não é jornalismo, é novelização de uma tragédia, mundo cão.
O Estadão digital continua uma caixinha de surpresas. Na edição de domingo (22), era possível copiar as A21 e A19, mas não a in between A20, onde está um erro grosseiro, corroborar “com”. Será uma tentativa de esconder, evitando o “copia e cola”? Não adianta, está no impresso também.
No Estadão (23), pág. A15, “Seguidores ruins”, perfeito, no cerne do problema, (http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,seguidores-ruins,70002056516).
Sobrenatural de Almeida, criação de Nelson Rodrigues, existe mesmo, olha só:
Informam que o cara tem 43 anos e dizem que a idade não foi revelada. Insuperável, mas é melhor ter cautela, do jeito que a coisa vai, quem sabe, até o fim do ano, S. de Almeida ataque de novo.
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