Todos secando o Timão. Coluna Mário Marinho

Todos secando o Timão

COLUNA MÁRIO MARINHO

Há poucos dias em sua coluna esportiva no Estadão, o cineasta Ugo Giorgetti fez interessante pergunta a respeito do futebol brasileiro: “Não há mais grandes times ou todos se tornaram grandes e ninguém é mais bobo?”

A razão da pergunta é a dificuldade que nossos times têm em vencer seus adversários, mesmo quando eles estão lá em baixo na tabela de classificação.

Isso é realmente um fato.

Times na ponta de cima da tabela têm encontrado dificuldade em vencer aqueles que estão do meio para baixo.

O São Paulo, por exemplo, frequentador habituée dos topos de tabelas, agarrou ali na parte de baixo simplesmente por não conseguir vencer seus vizinhos de classificação.

O Corinthians, depois de voar alto no primeiro turno do Brasileirão, passou a rastejar no segundo turno e teve derrotas incríveis, como para o lanterna Atlético Goianiense e para o Vitória, ambas em Itaquera – onde a torcida em tempos passados cantava eufórica: “Caiu em Itaquera, já era”.

Tentando responder à pergunta de Ugo Giorgetti.

Não temos times grandes como até pouco tempo.

Não vou entrar aqui no saudosismo dos tempos de Pelé, Garrincha, Didi, Zico, Sócrates…

Vamos ficar no século atual.

Não temos um time como o Santos de 2002; o Cruzeiro de 2003; o São Paulo de 2006-2008.

O Corinthians sobrou no primeiro turno com um time sem estrelas, porém, muito determinado. Mas, só determinação não basta.

Foram necessários 19 jogos, todo o primeiro turno, para que os adversários descobrissem o segredo corintiano não estava assim tão bem guardado, já que era exposto a cada jogo.

Com plantel limitado em qualidade e força física, o Timão decaiu.

Mas os outros, também com suas limitações, não souberam aproveitar.

Assim, a gordura acumulada ainda dá proteção, ainda fornece calor e energia ao claudicante Timão.

Uma coisa é certa no futebol: a falta de qualidade técnica nem sempre é sinal de poucas emoções.

Estamos nas oito últimas rodadas e nada está definido além da queda do Atlético-Go (sim, existem chances matemáticas).

A rodada do fim de semana, que termina hoje, colocou Santos e Palmeiras com boas chances de chegar ao título.

Um tropeço corintiano na noite desta segunda-feira, pode transformar e encolerizar essa reta final do Brasileirão.

O Corinthians, se derrotado pelo Botafogo, ainda continuará com seis pontos de vantagem sobre Palmeiras e Santos, seus adjacentes perseguidores.

Ainda será uma distância razoável, mas nada que duas derrotas do Timão não possam derrubar.

E o que é pior: sinaliza o plano inclinado.

E no futebol, como na política, o plano inclinado é difícil de reverter.

Já dizia Israel Pinheiro, antigo governador de Minas: “Quando as urnas começam a xingar, não param mais”.

Briga

de foice

Na parte de baixo da tabela, o arrancarrabo também está feio.

O 20º colocado é o Atlético-Go que parece com a situação definida.

Mas, o 19º colocado é o Coritiba com 32 pontos; o 11º colocado é a Chapecoense, com 38 pontos. Assim como lá no alto da tabela, são apenas 6 pontos de diferença.

Assim, como diria Zaratustra, enquanto há esperança, há esperança.

Na

Série B

O Internacional demorou a se adaptar à realidade do mundo da Série B e sofreu alguns tropeços. Mas, recuperou-se a tempo é o líder com 61 pontos. Em segundo vem o bravo América tão mineiro quanto eu com 56; Ceará, 55; Paraná, 53, são os quatro que subiriam hoje.

Mas, como ainda faltam sete rodadas, o Vila Nova em 5º com 51 pontos e o Oeste com 49 ainda estão no páreo.

Os meninos

do Brasil

O Brasil passou pela Alemanha no Mundial sub 17   que se disputa na Índia: vitória, de virada, 2 a 1.

Assim, na próxima quarta-feira, 25, disputa a semifinal contra a Inglaterra.

A TV Globo vai transmitir o jogo a partir das 9,30 horas da matina. Bom programa para começar o dia.

Furtos de

cargas e veículos

Na semana passada, falei aqui sobre o meu livro  “Combate ao Roubo e Furto de Veículos e Cargas”.

Alguns leitores, ufa!, disseram não ter encontrado a publicação em livrarias.

Está certo. A venda está sendo feita diretamente. Portanto, para quem se interessar :

www.congressorfvc.com.br

Tenha uma boa leitura.

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FOTO SOFIA MARINHO

Mario Marinho É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

 (DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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