Recordar é viver. Por José Paulo Cavalcanti Filho
RECORDAR É VIVER
Por José Paulo Cavalcanti Filho
Como teremos em breve, nova sentença do Sítio (e, depois, ainda mais 4), vejamos se a história, como queria Maquiavel (em “O Príncipe”), se repete mesmo. Ou se a razão estaria com Marx (“18 Brumário”), para quem se repete só como farsa.
Lisboa– Cada povo tem o furacão que merece. Nos Estados Unidos, é o IRMA. No Brasil, o PALOCCI. Só não se sabe, ainda, qual dos dois fará mais vítimas.
Nessa terça, Lula foi novamente ouvido por Moro. Agora, no processo do Sítio de Atibaia. As coisas vão se complicar, para ele. Ainda mais. Que Palocci já confessou ter sido um regalo da Odebrecht. Aproveito para lembrar passagens da sentença do caso Triplex – que condenou Lula por corrupção passiva. Como teremos em breve, nova sentença do Sítio (e, depois, ainda mais 4), vejamos se a história, como queria Maquiavel (em “O Príncipe”), se repete mesmo. Ou se a razão estaria com Marx (“18 Brumário”), para quem se repete só como farsa.
IRONIA. Antes de tudo, reconhecer haver uma certa ironia, nesses processos. Que a Vara em Curitiba, que condenou Lula, é a 13.
LIÇÕES POR CORRUPÇÃO PASSIVA. Na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Araucária, PR), a Camargo Correia e a Promon ofereceram propostas acima do máximo permitido pela Petrobras. E, na Abreu e Lima (aqui em Suape), o mesmo aconteceu com Camargo Correia, Mendes Júnior e Consórcio Techint/AG. Sem razão para que o fizessem. Por já saber que seriam desclassificados. A menos, claro, que fosse uma licitação desde seu início viciada. Para proteger, nos dois casos, OAS/Odebrecht. Empreiteiras são sempre, entre si, boas amigas. As licitações foram conduzidas por Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e Renato Duque. É preciso dizer mais? Agora, nesse novo processo, vamos ter novas lições. Quem viver, verá.
A frase do ex-presidente Lula, “Só o povo tem direito de me julgar”, não parece fazer sentido. Assim fosse e um traficante, candidato a vereador, poderia usar esse mesmo raciocínio.