Cacalo volta, corrido e atrás de entender o sistema. E a imprensa. Mira!

computador2Devido às grandes faltas de educação e consideração do ex-meu velho notebook – sete anos tratado a pão de ló -,  que resolveu bater todas as portas USB na minha cara, fiquei fora do ar nos últimos dias. Não valia a pena o custo do conserto, comprei um com programa com o qual não estava habituado, passei dias treinando e, pronto, voltei para infelicidade geral da nação.

Mas, nos dias em que fiquei desaparecido, não deixei de acompanhar o que foi publicado. Armazenei uma coleção enorme  de erros, muitos deles infantis, pra não dizer imperdoáveis, em se tratando daqueles que têm o vernáculo como ferramenta básica de trabalho. comp3

Em razão do grande volume de assunto, hoje, o Mirando vai na forma do que se convencionou chamar de texto corrido, caso contrário ficaria um catatau, do tamanho dos sermões do padre Vieira, mas sem a qualidade deles.

 Mas, antes de ir aos finalmentes, uma observação a respeito do mais novo disparate do ministro Gilmar Mendes – ainda bem que o nome do grande goleiro e um dos ídolos na minha infância tinha outra grafia, Gylmar (dos Santos Neves) –, alegou que ser padrinho de casamento de alguém não indica amizade ou relação próxima suficiente para que se declarasse impedido no caso dos sabidamente mafiosos “donos” do transporte de ônibus no Rio de Janeiro.

É mais ou menos que dizer que alguém andando pela rua, vai com a cara de um passante, aprochega-se e dispara “Vou me casar no mês que vem, quer ser meu padrinho?”.  Eis os vínculos de Agiumar com os “soltados”: em 2013, ele e sua mulher, Guiomar Feitosa Mendes, foram padrinhos do casamento de Beatriz Barata, filha de Jacob, e Francisco Feitosa Filho. O noivo é sobrinho de Guiomar; um dos advogados de Barata Filho, Rodrigo de Bittencourt Mudrovitsch, é também advogado do ministro Gilmar Mendes em ação ajuizada em abril de 2014.

O ministro é forte candidato ao prêmio “Pérola do Ano”. Ah, ele não tem o mesmo ar de empáfia de Donald Trump?

 (CACALO KFOURI)

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O mundo está ficando cada vez mais chato por causa dos chatérrimos adeptos do politicamente correto, vejam esta que saiu no Blog do Gois: Facebook impede postagens de Neguinho da Beija-Flor por considerar ‘neguinho’ ofensivo. Dá pra aguentar? E pensar que Pelé a vida toda foi tratado por Crioulo na maior boa.

Também no blog, esta em MPF apura desvio de recursos em peça que contou com R$ 1,3 milhão pela Lei Rouanet: um dos envolvidos na falcatrua é uma empresa de nome Catavento EmpreendimentosCatavento ou Catagrana?

Mais uma: PF encontrou R$ 122 mil com Vaccarezza, preso na Lava-Jato (não aprendem mesmo, é sem hífen). O indigitado está mais para Liggeirezza, não?

Já, aqui, Em carta a Rueda, oposição do Fla diz que clube tem características dos piores partidos políticos, uma barbaridez imperdoável no texto: “Tratam-se (!!!), na verdades, de críticas à gestão de Bandeira, ex-aliado do grupo.”. Barrabás, tratam-se???  Trata-se, trata-se, cara-pálida!

Tem esta: Morador morre baleado e caveirão é atingido por coquetel molotov (eh eh eh) no Jacarezinho. Caros, coquetel-molotov sem hífen não pega fogo, não aprenderam ainda?

E, para finalizar as do blog, uma demonstração da falta que fazem os dicionários nas redações: CNJ desmente tribunal do MT e nega aval a ‘pagamentos vultuosos’(!?!?!?) a juízes. Barrabás ao cubo, vultosos, cara-pálida, vultuoso é outra coisa, é cara inchada com olhos esbugalhados.

 Agora, uma coleção de notas no Estadão, começando por esta em Botafogo não teme pena por ato de torcedor: Fora do estádio, houve registro de tumultos entre torcedores dos dois times e 49 pessoas foram apreendidas(!).

Escriba, apreendido/a é usado só no caso de “di menor”, tá?

Na mesma edição, em Malafaia ‘alerta’ Alckmin e Doria sobre pauta gay, silêncio total de Geraldo Alckmin e João Doria diante do disparate. O texto é ilustrado por uma foto dos dois “orando” no evento evangélico. Políticos, agora, além de comerem pastel na feira e coxinha no boteco, rezam qualquer coisa.

Lembram-se da mocinha que declarou que iria doar quinhentos mil pro Lula? Olhem esta: ‘Doadora’ não paga nem condomínio. Vai ver, tal qual os imóveis que Lula não tem, ela também não mora neste.

Já aqui, Partido Novo tenta atrair nomes famosos – João Dionísio Amoêdo renunciou em junho ao comando da sigla para disputar o pleito se não houver outro nome, notem o estrago que um vento de proa faz em um nome: “Se não aparecer outro nome do mesmo naipe, o candidato à Presidência deverá mesmo ser o próprio Amôedo”. O chapéu voou uma letra à esquerda e como não existe mais revisão fica por isso mesmo.

Mais um indicativo de falta de cuidado, no título está CNJ suspende pagamentos de até R$ 500 mil no (X) MT, no texto, milagrosamente, acertaram: “A Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça determinou que providências sejam adotadas para a suspensão de pagamentos de “valores vultosos” por parte do Tribunal de Justiça de (viva!) MT (…)”.

Outro dia, quando estudantes invadiram a Câmara dos Vereadores em São Paulo, escrevi que seria ótimo se não saíssem de lá, impediriam que os edis fizessem besteiras. Pra nosso azar, resolveram sair… O chefão está propondo, como vingança, isto: Presidente da Câmara propõe volta da inspeção veicular em SP. Alvo de protestos por tentar adiar em 20 anos a renovação da frota de ônibus com energia limpa, vereador Milton Leite apresenta projeto que obriga Prefeitura a retomar controle de emissão de poluentes em todos os veículos da capital.

Digo que é vingança pelo fato de o indigitado ser lobista das empresas de ônibus e, com a proposta, pretende embaralhar tudo.

Neste texto, Delegado assassina mulher e se mata em condomínio de Perdizes, o escriba se atrapalhou todo com os tempos verbais, notem: “Eles têm(?) uma filha, de seis anos, que não estava no local no momento do crime. Lanfredi ainda tem(?) outra filha mais velha, de um relacionamento anterior.”.

Tinham, né, cara-pálida, ele morreu…

Passemos, agora, ao campeão dos campeões, o UOL! Na triste informação sobre o assassinato de um empresário, mais uma vítima, a gramática: Henrique Molina, 25, trabalha em uma rede de varejo de roupas de grife a(???) qual o casal era cliente há anos. Da qual, cara-pálida, o casal ia à loja da qual era cliente.

Tem este, sobre o Fundo Partidário: Após repercussão ruim, deputado Vicente Cândida propõe mudar valor. Este não tem jeito, nem com cândida ficará limpo, o erro não ajuda Cândido em nada. 

pressionamNo G1, um erro que, na verdade, é um lapso freudiano:

É “precionam” mesmo, de pôr preço, não é pressionam…

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