Jogo dos sete erros
Das desculpas para o crescimento lamentável
deste ano poucas soam tão esfarrapadas quanto as oferecidas pelo secretário de
política econômica em entrevista ao Valor Econômico nesta semana. Segundo
ele, a queda do investimento, fator principal do triste desempenho do PIB,
resultou da redução da taxa de juros e da desvalorização da taxa de câmbio*. É
um argumento curioso, principalmente vindo de quem sempre defendeu o oposto, a
saber, que tais medidas levariam à aceleração do crescimento.
deste ano poucas soam tão esfarrapadas quanto as oferecidas pelo secretário de
política econômica em entrevista ao Valor Econômico nesta semana. Segundo
ele, a queda do investimento, fator principal do triste desempenho do PIB,
resultou da redução da taxa de juros e da desvalorização da taxa de câmbio*. É
um argumento curioso, principalmente vindo de quem sempre defendeu o oposto, a
saber, que tais medidas levariam à aceleração do crescimento.
Na verdade, a justificativa do secretário
refere-se ao que ele chama de efeitos de “curto prazo” destas medidas. De
acordo com ela os agentes carregavam papéis de curto prazo, que perderiam valor
com a redução das taxas de juros (o chamado “efeito riqueza”), além de terem
dívidas em moeda estrangeira, cujo valor em moeda local se eleva com o
enfraquecimento do câmbio. A piora do balanço das empresas, por conta disto,
seria a responsável pela queda dos investimentos.
refere-se ao que ele chama de efeitos de “curto prazo” destas medidas. De
acordo com ela os agentes carregavam papéis de curto prazo, que perderiam valor
com a redução das taxas de juros (o chamado “efeito riqueza”), além de terem
dívidas em moeda estrangeira, cujo valor em moeda local se eleva com o
enfraquecimento do câmbio. A piora do balanço das empresas, por conta disto,
seria a responsável pela queda dos investimentos.
Com esta afirmação o secretário consegue rara
proeza: errar tanto na teoria quanto na prática.
proeza: errar tanto na teoria quanto na prática.
Em primeiro lugar, ao contrário do que alega, o
valor dos títulos sobe quando a taxa de juros cai. Este efeito é grande no caso
de papéis de longo prazo (prefixados e indexados à inflação) e modesto no caso
dos mais curtos (indexados à taxa Selic), mas não é negativo em nenhuma
alternativa.
valor dos títulos sobe quando a taxa de juros cai. Este efeito é grande no caso
de papéis de longo prazo (prefixados e indexados à inflação) e modesto no caso
dos mais curtos (indexados à taxa Selic), mas não é negativo em nenhuma
alternativa.
Isto dito, os prefixados (e indexados à
inflação) representaram pouco mais de 57% dos títulos públicos em 2012,
enquanto a parcela indexada à Selic atingiu 42% do total. Em 2009, porém, estas
participações eram, respectivamente, 46% e 53% da dívida. Em outras palavras,
se o argumento do secretário fosse válido, a queda da taxa de juros teria sido menos
efetiva em 2009 (quando a parcela de títulos longos era menor) do que em 2012,
mas o que se observa é precisamente o oposto: a economia respondeu melhor à
redução dos juros naquele momento do que agora.
inflação) representaram pouco mais de 57% dos títulos públicos em 2012,
enquanto a parcela indexada à Selic atingiu 42% do total. Em 2009, porém, estas
participações eram, respectivamente, 46% e 53% da dívida. Em outras palavras,
se o argumento do secretário fosse válido, a queda da taxa de juros teria sido menos
efetiva em 2009 (quando a parcela de títulos longos era menor) do que em 2012,
mas o que se observa é precisamente o oposto: a economia respondeu melhor à
redução dos juros naquele momento do que agora.
A segunda parte da justificativa refere-se ao
efeito da depreciação do real, que teria elevado o valor da dívida externa das
empresas em moeda nacional, com efeitos negativos sobre seu balanço. Isto é,
obviamente, verdadeiro, mas omite que as receitas de exportações do setor
privado em moeda local também aumentam na mesma proporção. No caso, as empresas
nacionais deviam em outubro US$ 248 bilhões e haviam exportado US$ 246 bilhões
nos 12 meses até aquele momento (sem contar US$ 40 bilhões em exportações de
serviços).
efeito da depreciação do real, que teria elevado o valor da dívida externa das
empresas em moeda nacional, com efeitos negativos sobre seu balanço. Isto é,
obviamente, verdadeiro, mas omite que as receitas de exportações do setor
privado em moeda local também aumentam na mesma proporção. No caso, as empresas
nacionais deviam em outubro US$ 248 bilhões e haviam exportado US$ 246 bilhões
nos 12 meses até aquele momento (sem contar US$ 40 bilhões em exportações de
serviços).
Falta explicar, portanto, porque as empresas
reagiriam tão mal a uma medida cujo impacto positivo sobre suas receitas é
praticamente idêntico (senão maior) ao efeito negativo sobre a sua dívida…
reagiriam tão mal a uma medida cujo impacto positivo sobre suas receitas é
praticamente idêntico (senão maior) ao efeito negativo sobre a sua dívida…
A maior omissão, porém, não é sequer esta. Perguntado
se a desvalorização da moeda não teria encarecido os bens de capital o
secretário afirmou que “[a] taxa de câmbio (…) foi corrigida para um nível
que não afeta o custo de importação dessas máquinas”. Bastam, porém, 5 minutos
com os dados da Funcex em mãos para constatar mais uma afirmativa sem qualquer
parentesco com a realidade.
se a desvalorização da moeda não teria encarecido os bens de capital o
secretário afirmou que “[a] taxa de câmbio (…) foi corrigida para um nível
que não afeta o custo de importação dessas máquinas”. Bastam, porém, 5 minutos
com os dados da Funcex em mãos para constatar mais uma afirmativa sem qualquer
parentesco com a realidade.
Desde o terceiro trimestre de 2011 os preços em
dólares dos bens de capital importados recuaram 1%, mas a depreciação da moeda,
24% no período, implicou uma elevação de 23% no preço em reais destes bens (19%
descontada a inflação).
dólares dos bens de capital importados recuaram 1%, mas a depreciação da moeda,
24% no período, implicou uma elevação de 23% no preço em reais destes bens (19%
descontada a inflação).
Esta não é, provavelmente, a única causa da
queda do investimento, mas é difícil comprar a ideia que um aumento desta
magnitude no preço dos bens de capital não representa um impacto negativo na
decisão de investir, ainda mais sabendo que o secretário não tinha feito a
conta ao responder a pergunta.
queda do investimento, mas é difícil comprar a ideia que um aumento desta
magnitude no preço dos bens de capital não representa um impacto negativo na
decisão de investir, ainda mais sabendo que o secretário não tinha feito a
conta ao responder a pergunta.
A entrevista, enfim, só confirma o argumento que
tenho apresentado neste espaço: o diagnóstico da equipe econômica acerca da
estagnação econômica está equivocado, não só por falta de uma base teórica mais
sólida, mas principalmente pela obstinação em ignorar aquilo que os dados
insistem em proclamar.
tenho apresentado neste espaço: o diagnóstico da equipe econômica acerca da
estagnação econômica está equivocado, não só por falta de uma base teórica mais
sólida, mas principalmente pela obstinação em ignorar aquilo que os dados
insistem em proclamar.
Um círculo!
|
(Publicado 19/Dez/2012)
*
Holland : (…) Temos chamado a atenção para o efeito riqueza negativo.
Valor: O que seria isso?
Holland : Quando a taxa de juros cai e o câmbio se corrige, há um efeito riqueza negativo. Isso ocorre porque os agentes estão carregados de títulos de curtíssimo prazo ou seus balanços estão um pouco, digamos, dolarizados. Essa correção de ‘balance sheet’ [balanço] é promissora. Trata-se de um fato histórico, raro, na economia brasileira. De toda forma, o efeito riqueza já foi dissolvido. As empresas se ajustaram. Passaram por uma fase de correção de estrutura de balanço em prol de prazos mais longos.
Com o dolar a entre 1,60 e 1,80 poderiamos sustentar um crescimento de 4%?
Comentários infelizes de alguém que está em um posto tão importante na elaboração de política econômica. Ponto para você, Alex!
Dah ateh um certo desconforto ler a fala do Holland. Que vergonha!
Um cara em um cargo tão importante no Ministério da Fazenda não poderia cometer esse tipo de erro… Ponto para você, Alex!
Meus caros,
"…Um cara em um cargo tão importante no Ministério da Fazenda não poderia cometer esse tipo de erro… Ponto para você, Alex!"
Há, Há, Há…
Desculpem-me mas não resisti. Não que eu não concorde com o post ou o comentário, mas o ministro (com certeza, o cargo mais importante do ministério) É O MANTEIGA!!!!!!
Há, Há, Há. O que podemos esperar dos outros cargos?
Saudações
Alex,
quanto aos títulos de curto prazo, temos basicamente as LTN's e LFT's.
Sei que as LTN's possuem efeito riqueza modesto, mas as LFT's não seriam "insensíveis" à taxa de juros?
Obrigado.
São Roberto, mas 3800 caracteres nem sempre são suficientes para toda precisão necessária. Você está correto.
"Falta explicar, portanto, porque as empresas reagiriam tão mal a uma medida cujo impacto positivo sobre suas receitas é praticamente idêntico (senão maior) ao efeito negativo sobre a sua dívida…",
Alex, o efeito positivo se dá apenas sobre as empresas exportadoras, enquanto o negativo afeta todas as empresas com dívidas em dólar…
O Alex deveria escrever um texto de macroeconomia ou economia internacional. Não existe grande coisa em português.
Por enquanto, teremos que continuar lendo o Obstfeld-Rogoff, Feesntra, David Romer, Wickens, Blanchard-Fischer, Bowen-Hollander-Viaene,…
Alexandre, meu nome é Heitor e, conheci a pouco seu blog e na medida do possível tenho acompanhado..
Eu verifiquei os dados do Banco Central do Brasil e o argumento da desvalorização cambial não parece válido para o nível de investimento, pois o câmbio real se encontra com nível alto de valorização – https://www3.bcb.gov.br/sgspub/consultarvalores/consultarValoresSeries.do?method=consultarGrafico – como você analisa esse nível de câmbio na taxa de investimento?
Sinceramente, prefiro acreditar que o Holland, assim como a maior parte da equipe ecônomica seja apenas mentirosa, pois, do contrário, trata-se de caso de internação.
Ao anunciar antecipadamente o reajuste dos combustíveis (preço represado), o ministro da Fazenda sanciona aumentos preventivos e generalizados na economia, algo que faz lembrar os anos 80. Trata-se de mais um equívoco da equipe da Dilma.
Parcela atrelada a SELIC com 42% de participacao dos titulos publicos em 2012?!? 42%??? Bom, sugiro ao autor visitar o site da STN da proxima vez q falar sobre titulos publicos… Arrogantes precisam ter SEMPRE certeza do que falam… E a Folha publicando artigos desse desempregado… Quer dizer, agora ele virou professor do Insper… Primeira linha…
"Parcela atrelada a SELIC com 42% de participacao dos titulos publicos em 2012?!? 42%??? Bom, sugiro ao autor visitar o site da STN da proxima vez q falar sobre titulos publicos… "
Já eu sugiro você visitar o sítio do BC, baixar a nota à imprensa de política fiscal e notar que, além da parcela indexada à Selic, este número expressa também as compromissadas… Tsc, tsc, tsc. Fraco, fraco…
Sim, um círculo, porque o que está em causa diz respeito à Circulação de Mercadorias. Para esses caras, o sol continua ro(n)dando em volta da Terra, e o crescimento do PIB é questão de Fé.
"Já eu sugiro você visitar o sítio do BC, baixar a nota à imprensa de política fiscal e notar que, além da parcela indexada à Selic, este número expressa também as compromissadas… "
Ai, esta doeu
Eu estou confuso e queria a opinião do Clever sobre o assunto.
Putz, o cara abriu o spread e o Alex entrou com tudo, sem dó. Vai ter que mudar o nome para Matilda.
O Insper já é a melhor escola de economia de Sao Paulo
Brimo, tem um bootcamp superkosher pra anger management em Alto Paraíso, Goiáis. São só três dias e prometo que você vai sair de lá mais maneiro que o Armínio. Topas?
Eu não; gosto de brigar p…
"O Insper já é a melhor escola de economia de Sao Paulo" tá de sacanagem com a USP e a FGV…
" Anônimo disse…
Sinceramente, prefiro acreditar que o Holland, assim como a maior parte da equipe ecônomica seja apenas mentirosa, pois, do contrário, trata-se de caso de internação.
19 de dezembro de 2012 13:13"
preferir, neste caso, é auto-enganação.
fato é que para trabalhar para a soberana (e o time econômico é escolha dela e a ela diretamente submisso) o sujeito tem que ser destituído de algumas virtudes, e a honestidade intelectual é apenas uma delas.
;^/
Brimo, você não serve para garoto propaganda. Precisamos trabalhar sua likeability. Uma boa opção para participar dos debates é o Castelar, que infelizmente precisa urgentemente de um consultor de moda e estilo. Outra boa opção é o Oliveira Alves Pereira Filho, muito querido por seus pares e amado por seus alunos.
Brimo: mande contatos e conversamos…
Operacoes compromissadas sao atreladas a SELIC?!? Isso vindo de um ex-diretor do BC me desanima… Sao operacoes de curto-prazo PRE-FIXADAS… Isto eh, seu argumento do piora sua situacao: vamos para 18% da divida atrelada a SELIC… To vendo q a turma do Insper vai sofrer muito…
" Sao operacoes de curto-prazo PRE-FIXADAS"
Ai, ai, ai… Além de ignorar as compromissadas, ignora também que 70% delas vencem em até 3 meses, o que, para todos efeitos as deixa bem mais próximas das LFTs. E o que passa 3 meses é de 4 a 6 meses.
Tente outra vez, que é divertido
Meu amigo, se amanha o COPOM numa reuniao extraordinaria subir a SELIC pra 20%aa essas operacoes continuam com a mesma taxa PRE-FIXADA pactuadas no inicio da operacao… Isto eh, NAO SAO ATRELADAS A SELIC… Vamos la, seja nobre e admita o erro… Te respeito como economista, seja honesto… Faca diferente daqueles q vc tanto critica…
" Isto eh, NAO SAO ATRELADAS A SELIC… "
Dãããã… E qual o efeito sobre o preço dos papéis?
Respondo: "Este efeito é grande no caso de papéis de longo prazo (prefixados e indexados à inflação) e modesto no caso dos mais curtos (indexados à taxa Selic), mas não é negativo em nenhuma alternativa."
Está no artigo, mas precisa saber ler…
Meus caros,
"Meu amigo, se amanha o COPOM numa reuniao extraordinaria subir a SELIC pra 20%aa essas operacoes continuam com a mesma taxa PRE-FIXADA pactuadas no inicio da operacao… Isto eh, NAO SAO ATRELADAS A SELIC… Vamos la, seja nobre e admita o erro… Te respeito como economista, seja honesto… Faca diferente daqueles q vc tanto critica…"
Esta doeu e Alex já respondeu. Mas a questão é outra. O que será que eles ensinam em economia monetária na quermesse???? Isto na verdade é muito grave. O cara simplesmente não sabe a relação entre taxa de juros e preço dos papéis (como será que ele acha que o BACEN interv~em no mercado mudando a taxa de juros????).
Saudações
Q resposta lixo… Nao fuja do assunto… Minha unica e soliaria critica ao seu post eh em relacao ao percentual da divida atrelada a SELIC…. Infelizmente vc publicou um numero erroneo, e tambem se mostrou ignorante em relacao as operacoes compromissadas… Mas tudo bem, entendo q eh dificil mesmo… A opcao de graca q vc tem de publicar apenas os comentarios q nao prejudiquem sua imagem (q ja n eh das melhores) dificulta o debate… Mas nao desisto: o percentual da divida atrelada a SELIC eh (muito) menor do que 42%… Da uma ligada pro pessoal la do BACEN… talvez eles ainda lembrem de voce…
" Minha unica e soliaria critica ao seu post eh em relacao ao percentual da divida atrelada a SELIC…. Infelizmente vc publicou um numero erroneo, e tambem se mostrou ignorante em relacao as operacoes compromissadas"
Meu, admita que você sequer tinha conhecimento da existência das compromissadas quando fez a crítica e aí fica fazendo beicinho.
Meu argumento continua válido: 42% da dívida reage modestamente em preço a alterações da taxa de juros e 57% mais fortemente. E, em qualquer caso, nenhum reage negativamente a quedas nas taxas de juros, pelo contrário.
Se eu nao trabalhasse no mercado financeiro, realmente ficaria dificil ter conhecimento das compromissadas… Mas nao eh o caso… Nao citei compromissadas de inicio pq alem de nao considera-las como instrumento de divida (e sim de controle de liquidez), no seu post esta bem claro "… prefixados (e indexados a inflacao) representaram pouco mais de 57% dos TITULOS PUBLICOS em 2012, enquanto a parcela indexada a SELIC atingiu 42% do total"… Bem errado ne? Mas acho q agora vc ja aprendeu… Mais atencao na proxima hein!
Creio que esteja havendo uma tremenda confusão aqui.
Obviamente, o secretário, ao mencionar o efeito riqueza negativa, não se refere a variações no valor presente dos títulos, mas às rendas de curto prazo que se reduzem com a queda dos juros.
Pegou Alex?
"Mantega fala de novas medidas; veja AO VIVO
Ministro apresenta ações para a economia."
Caramba… há tempos não vejo algo tão ridículo… Vou aguardar sua manifestação aqui no blog… Como explicar os rumos da economia brasileira quando questionado pelos familiares no Natal? Novas medidas de estímulo ao emprego??? EMPREGO??? Não existe teoria econômica que respalde os atos do governo… Nem teoria, nem bom senso, nem nada…
"Nao citei compromissadas de inicio pq alem de nao considera-las como instrumento de divida (e sim de controle de liquidez), no seu post esta bem claro "… prefixados (e indexados a inflacao) representaram pouco mais de 57% dos TITULOS PUBLICOS em 2012, enquanto a parcela indexada a SELIC atingiu 42% do total"… "
Pois é, pense de novo. São títulos públicos em poder do setor privado, isto é, DÍVIDA. Aliás, aprenda um pouco mais e olhe a tabela XX da nota à imprensa, Achará lá " Operações compromissadas do Bacen
"
Blog também é cultura…
"Obviamente, o secretário, ao mencionar o efeito riqueza negativa, não se refere a variações no valor presente dos títulos, mas às rendas de curto prazo que se reduzem com a queda dos juros. "
Duh?
Pois é exatamente por isso que ele está sendo tratado como motivo de piada.
Mas o que vocês queriam que o Holland falasse? "o investimento está fraco porque a Dona Bronca é uma mocreia, toupeira e hiperativa"?
Até que ponto a composição dos tits públicos é um bom indicativo da carteira dos agentes? Os demais instrumentos do mercado financeiro tb são extremamente relevantes para o comportamento dos agentes.
Sem falar que muitos prefixados são registrados em carteira até o vencimento, hedgeando posições comerciais e sem efeito sobre as decisões de curto prazo.
Pegou "O"?
O pior de dar porrada no Alex nao eh nem o gostinho dele nao admitir. Eh ver a cambada de puxa saco defendendo o cara sem nem entender do assunto.
Para mim basta!
Att,
Economista X
De qualquer forma, para ser justo, parabens pelo restante do artigo. Esta realmente muito bom!
Abs
Economista X
Usei o buscador Google e dei uma olhada mui resumida no perfil do secretário; economista e professor na FGV? isto mesmo?
O que está acontecendo neste país?
Título público não é mais dívida, crescimento e inflação não tem correlação alguma e câmbio desvalorizado favorece a importação de bens de capital?
Isto é uma baixaria.
Que é isto, gente?!
Uma inflação de 5% ao ano; isto é um caos, num mundo com crescimento praticamente nulo, igual aqui!
Como ainda se tenta defender um disparate destes? Fazer papel de idiota na tela nacional e internacional.
Isto é uma grande vergonha!!!
Qualquer país sério e bem planejado, não pode e não deve ter uma inflação superior a 3% ao ano.
"Mas o que vocês queriam que o Holland falasse? "o investimento está fraco porque a Dona Bronca é uma mocreia, toupeira e hiperativa"?"
Caro colega,
Ele deveria ter falado isso mesmo, e ficar em paz com a sua consciência!
Esse é um dos diferenciais do Careca e do "O", eles falam o que pensam e em 99,9% dos casos é a mais pura verdade!
Abs
Meus caros,
"…Mas o que vocês queriam que o Holland falasse? "o investimento está fraco porque a Dona Bronca é uma mocreia, toupeira e hiperativa"?…"
Mas isto implica que não devemos ligar para o que ele fala. O que ele fala é função dos interesses de quem paga mais. Não é isto? Este comentário, na verdade, deixa o Holland em pior situação.
"…Caramba… há tempos não vejo algo tão ridículo… Vou aguardar sua manifestação aqui no blog… Como explicar os rumos da economia brasileira quando questionado pelos familiares no Natal? Novas medidas de estímulo ao emprego??? EMPREGO??? Não existe teoria econômica que respalde os atos do governo… Nem teoria, nem bom senso, nem nada…"
Há, Há. Há. É pior. É incentivo ao emprego NO COMÉRCIO!!!!! Esta equipe econômica está perdida demais. Ainda bem que estou relativamente leve (e ridno muito disto tudo).
Saudações
Angelo,
Poderia me explicar por favor a seguinte frase:
"Qualquer país sério e bem planejado, não pode e não deve ter uma inflação superior a 3% ao ano."
Att,
PS: Acho bom fazer direito senao vou te esculachar aqui…
Alex,
Não é por ser ex-aluno do Holland, e de outro, por você, estimado economista que defende o mesmo ponto de vista a esse respeito, mas acho que ele se referia ao efeito riqueza às avessas. Não sei se é empiricamente aceitado , mas é trabalhado na literatura econômica.
"Além disso, a alta participação das LFT no estoque da dívida pode gerar um
canal perverso de transmissão da política monetária ou um efeito riqueza financeira às
avessas. Neste caso, um aumento da taxa básica geraria um incremento de renda que –
dependendo da propensão marginal a poupar dos detentores de LFT – pode ampliar a
demanda agregada, aumentando os preços. A este respeito ver, por exemplo, Parreiras
(2007) e Pires (2008). "
"PS: Acho bom fazer direito senao vou te esculachar aqui…"
Não sou economista; portanto, pode chutar à vontade.
Então, não tendo conhecimento da ciência econômica, mencionar algo como meta de "inflação séria", é ser leviano e presunçoso, estúpido.
Também concordo.
Por não ter argumentação plausível, técnica e empírica, logo, é um devaneio, uma questão de fé.
Ante todo o exposto acima, de onde surgiu "3%"?
Sob diversos ângulos: da Filosofia, Economia, Matemática, Estatística, Psicologia, Antropologia, englobando a Razão e a Lógica, os agentes e a correlação com o meio e as ciências e teorias a respeito.
Um exemplo singelo, até risível, para muitos: 3 em refêrencia a 4 e 2 é 1; mas, também é um terço; 6, em referência a 5 ou 7 é 1, contudo, proporcionalmente é menos.
Logo 6,5 é mais próximo de 7 do que 5 e 7, por sua vez, de 10.
Variação de 40% sobre 3 é diferente da variação de 40% sobre 5,5 (centro de meta).
Variação proporcionalmente idênticas, mas, em Economia, não o são; aliás, até são (idênticas), na cabeça de muitos.
Os números são inertes.
Outro exemplo, simplório, já estudado pela Economia: reajuste de combustíveis.
Aqui, na bomba, já reajustaram, independentemente do peso interno e externo do futuro reajuste sobre o negócio. Expectativa, sem surpresa.
É óbvio, que reajustarão, na bomba, novamente. Sem surpresa, outra vez.
Cartel de combustíveis, já ouviu falar? Suponho que estejam presentes em números superiores a 90% dos municípios brasileiros. Basta dar uma volta e ver a economia real. É que os custos são praticamente idênticos, devido ao monopólio de distribuição, paridade em distância, na mão-de-obra regional; dirão,… Sei.
E cartel inflacionário, existe? Ou você acha que não existe?
Saiu na mídia que analistas não acreditam mais no BC como ente de controle inflacionário. Qualquer pessoa, com bom juízo, ficaria de cabelos em pé, não é?
Então, estamos aí, inflação oficial (não vou discutir métodos e índices) alta, com economia global enfraquecida e dólar nos 2.
O tão conhecido "risco moral".
Um economista pode perfeitamente rebater os "meus 3%", o qual baseia-se na fumaça que se esvaece rapidamente, argumentando sobre PIB potencial, crescimento acima da inflação, formação bruta de capital fixo, processo de formação de poupança e renda, efeitos sazonais, acomodação, etc; estão aí para isto e lhes é peculiar, inerente,…
São úteis à sociedade, genuinamente, e sempre procuro aprender com eles sobre esta ciência, lendo posts, artigos, teses, livros,…
Abraço.