Manipulação inadmissível
Logo após a manifestação de descrença da
presidente acerca da sua descrença quanto “políticas de combate à
inflação que olhem (sic) a redução do
crescimento econômico” o mercado de juros registrou volatilidade considerável.
Isto, em si, é revelador sobre a confiança que o mercado deposita na autonomia
decisória do BC, mas, face à obviedade do tema, nem vale a pena entrar em
considerações mais detalhadas.
presidente acerca da sua descrença quanto “políticas de combate à
inflação que olhem (sic) a redução do
crescimento econômico” o mercado de juros registrou volatilidade considerável.
Isto, em si, é revelador sobre a confiança que o mercado deposita na autonomia
decisória do BC, mas, face à obviedade do tema, nem vale a pena entrar em
considerações mais detalhadas.
Por outro lado, é interessante aprofundar essa
relação pouco compreendida, que tem levado a seguidos equívocos, como o
cometido pela presidente. A começar porque a ligação não se dá, estritamente
falando, entre inflação e crescimento, mas sim entre aquela e alguma medida da
“folga” na economia, ou “hiato do produto” no jargão da profissão, a distância
entre o nível efetivamente observado do produto e seu potencial.
relação pouco compreendida, que tem levado a seguidos equívocos, como o
cometido pela presidente. A começar porque a ligação não se dá, estritamente
falando, entre inflação e crescimento, mas sim entre aquela e alguma medida da
“folga” na economia, ou “hiato do produto” no jargão da profissão, a distância
entre o nível efetivamente observado do produto e seu potencial.
A intuição por trás desta ideia não é
complicada. À medida que a produção se expande, impulsionada pelo crescimento
da demanda, os custos por unidade produzida devem aumentar, pois tanto
trabalhadores como máquinas menos produtivos passam a ser gradativamente
utilizados. Tais custos são repassados aos produtos finais, em maior
intensidade no caso de bens pouco sujeitos à concorrência externa e menor no
caso contrário.
complicada. À medida que a produção se expande, impulsionada pelo crescimento
da demanda, os custos por unidade produzida devem aumentar, pois tanto
trabalhadores como máquinas menos produtivos passam a ser gradativamente
utilizados. Tais custos são repassados aos produtos finais, em maior
intensidade no caso de bens pouco sujeitos à concorrência externa e menor no
caso contrário.
Associa-se, assim, a cada nível de produção uma
determinada pressão sobre os preços. O nível de produto potencial seria aquele
ao qual estivesse associada inflação estável e igual à meta. Níveis superiores,
portanto, pressionariam preços além do compatível com a meta; já níveis mais
baixos seriam consistentes com inflação em queda.
determinada pressão sobre os preços. O nível de produto potencial seria aquele
ao qual estivesse associada inflação estável e igual à meta. Níveis superiores,
portanto, pressionariam preços além do compatível com a meta; já níveis mais
baixos seriam consistentes com inflação em queda.
Note-se que este fenômeno nada tem a ver com a
chamada “inflação de custos”, associada a eventos que causam redução
na quantidade produzida, enquanto aqui nos referimos a custos associados à expansão
da produção.
chamada “inflação de custos”, associada a eventos que causam redução
na quantidade produzida, enquanto aqui nos referimos a custos associados à expansão
da produção.
Também se depreende das definições acima que a
relação entre inflação e crescimento é mais fluida do que a suposta pelo senso
comum. Caso uma economia saia de uma situação de produto muito inferior ao
potencial, seu crescimento pode ser rápido, aproveitando recursos até então
desempregados. Enquanto houver folga apreciável, este crescimento acelerado não
deve levar à aceleração inflacionária, pelo menos até que a economia comece a
se aproximar do potencial.
relação entre inflação e crescimento é mais fluida do que a suposta pelo senso
comum. Caso uma economia saia de uma situação de produto muito inferior ao
potencial, seu crescimento pode ser rápido, aproveitando recursos até então
desempregados. Enquanto houver folga apreciável, este crescimento acelerado não
deve levar à aceleração inflacionária, pelo menos até que a economia comece a
se aproximar do potencial.
Da mesma forma, uma economia com baixo
crescimento pode enfrentar taxas elevadas de inflação, desde que seu produto
esteja acima do potencial. Na verdade, aliás, o baixo crescimento pode,
inclusive, refletir dificuldades de expansão da oferta, por conta de restrições
de mão-de-obra, ou mesmo capital, por exemplo, infraestrutura.
crescimento pode enfrentar taxas elevadas de inflação, desde que seu produto
esteja acima do potencial. Na verdade, aliás, o baixo crescimento pode,
inclusive, refletir dificuldades de expansão da oferta, por conta de restrições
de mão-de-obra, ou mesmo capital, por exemplo, infraestrutura.
Posto de outra forma, ao contrário da afirmação
presidencial, não há nada anômalo na infeliz combinação “pibinho-inflaçãozona”.
Pelo contrário, é o resultado esperado de uma economia cujo baixo crescimento,
nas palavras do nosso insuspeito BC, “se deve essencialmente a limitações no
campo da oferta”. Há maneiras mais rigorosas de iluminar esta questão, mas sugiro
ao escasso leitor uma vista d’olhos no gráfico que ilustra a coluna.
presidencial, não há nada anômalo na infeliz combinação “pibinho-inflaçãozona”.
Pelo contrário, é o resultado esperado de uma economia cujo baixo crescimento,
nas palavras do nosso insuspeito BC, “se deve essencialmente a limitações no
campo da oferta”. Há maneiras mais rigorosas de iluminar esta questão, mas sugiro
ao escasso leitor uma vista d’olhos no gráfico que ilustra a coluna.
Usamos como medida de utilização de recursos na
economia uma combinação entre a taxa de desemprego (na verdade seu complemento)
e o nível de utilização de capacidade instalada no setor industrial, ponderados
pelas participações respectivas de trabalho e capital na renda. A medida de
inflação, por sua vez, é uma média dos núcleos calculados por médias aparadas
(com e sem suavização de preços regulados) e pela exclusão de preços de
alimentos no domicílio e preços regulados.
economia uma combinação entre a taxa de desemprego (na verdade seu complemento)
e o nível de utilização de capacidade instalada no setor industrial, ponderados
pelas participações respectivas de trabalho e capital na renda. A medida de
inflação, por sua vez, é uma média dos núcleos calculados por médias aparadas
(com e sem suavização de preços regulados) e pela exclusão de preços de
alimentos no domicílio e preços regulados.
A vantagem de usarmos medidas de núcleo de
inflação é óbvia: por construção estas medidas eliminam (ou atenuam) choques de
oferta, em particular os relacionados a preços de alimentos, tornando difícil
afirmar que sua aceleração resulte de choques agrícolas ou de tarifas públicas.
Já o uso da média dos núcleos me impede de escolher a posteriori uma medida mais favorável à minha tese.
inflação é óbvia: por construção estas medidas eliminam (ou atenuam) choques de
oferta, em particular os relacionados a preços de alimentos, tornando difícil
afirmar que sua aceleração resulte de choques agrícolas ou de tarifas públicas.
Já o uso da média dos núcleos me impede de escolher a posteriori uma medida mais favorável à minha tese.
Fonte: Autor (com dados do IBGE, CNI e BCB)
|
O gráfico é
eloquente, ainda mais porque, em nome da simplicidade, deixamos de fora variáveis relevantes, em particular expectativas de inflação. Mesmo assim a relação (defasada) entre o nível de utilização de
recursos na economia e a inflação se
torna visível, revelando a associação entre a aceleração recente da inflação e a redução da
ociosidade.
eloquente, ainda mais porque, em nome da simplicidade, deixamos de fora variáveis relevantes, em particular expectativas de inflação. Mesmo assim a relação (defasada) entre o nível de utilização de
recursos na economia e a inflação se
torna visível, revelando a associação entre a aceleração recente da inflação e a redução da
ociosidade.
Fica claro, portanto, que, para reduzir a
inflação não há
alternativa à menor utilização dos recursos, ou seja, crescimento mais lento. A
presidente pode, é claro, não acreditar nisso e insistir na atual política de desoneração, mas acabará por
colher inflação ainda maior, e aí veremos a quem cabe a culpa da “manipulação
inadmissível”.
inflação não há
alternativa à menor utilização dos recursos, ou seja, crescimento mais lento. A
presidente pode, é claro, não acreditar nisso e insistir na atual política de desoneração, mas acabará por
colher inflação ainda maior, e aí veremos a quem cabe a culpa da “manipulação
inadmissível”.
Políticas
antiinflacionárias que não olham a redução do crescimento |
(Publicado 4/Abr/2013)
Alexandre, sua medida de hiato é interessante. Apenas uma dúvida: empiricamente (econometricamente) funciona melhor que a apenas o NUCI?
Abraços
Não é minha, na verdade. Muitos fazem uma conta parecida.
Quanto à sua pergunta, sim, por incorporar, acredito, a informação do mercado de trabalho.
Abs
Uma coisa relevante, ao meu ver, e pouco entendida é a questao de se estamos trabalhando acima ou abaixo do potencial. Normalmente observa-se a taxa de crescimento, mas ela é pouco informativa. Dizer que o crescimento potencial é, por exemplo, 3,5% acaba confundindo. O conceito de produto potencial diz respeito ao nivel do produto. A partir deste nivel retira-se implicitamente a taxa de crescimento media compativel com o nivel potencial. Dizer que em 2012 operamos abaixo do potencial, pois crescemos apenas 0,9, a rigor, é errado. Eventualmente, se no passado superestimamos o potencial, isso tem implicaçoes hoje sobre o nível e olhar a variaçao isoladamente (dado que a base foi estimada incorretamente) vai levar ao erro. Esse equivoco, junto com o de atribuir relacao entre crescimento e inflacao, desperdiça muito papel e caneta em vao…
Daniel
O texto é muito claro, muito didático e muito convincente. Só me cabe tirar o chapéu!
Perguntinha básica: porque a média dos núcleos é medida em t+6?
Abraços
"porque a média dos núcleos é medida em t+6?"
Defasagem entre hiato e inflação.
"Usamos como medida de utilização de recursos na economia uma combinação entre a taxa de desemprego (na verdade seu complemento) e o nível de utilização de capacidade instalada no setor industrial, ponderados pelas participações respectivas de trabalho e capital na renda."
isso é lindo!
Estava lendo esse post do Mansueto:
http://mansueto.wordpress.com
/2013/03/12/o-rudimentar-debate-fiscal-antigo-1/
E dentro dele o Mansueto indica um artigo do Ilan. Destaco o seguinte trecho – “A solução é reduzir os juros na medida que a inflação permitir. Mas isto não significa que não haja opções de política econômica.”. Esse artigo retrata a fala rudimentar da Neandertal Comuna Dilma Rousseff acerca do Debate fiscal que ocorria em 2005, mediante uma proposta de redução do gasto.
Interessante notar como o Alex está certo sobre a redução forçosa dos juros, visto que como a Neandertal não quis a proposta rudimentar, agora estamos em uma sinuca de bico, pois teremos em breve, não esse ano é claro, que aumentar os juros, porque a Mulher-de-neandertal ironizou o que de fato era de grande valia para as finanças públicas do país.
Alex,
Sobre o post anterior, acerca do debate fiscal.
O que vc achou da proposta do Delfim e do Giambiagi a época, apesar de não gostar do Delfim(Compartilho com vc essa ideia)?
O velho tava chapado?
"O que vc achou da proposta do Delfim e do Giambiagi a época, apesar de não gostar do Delfim(Compartilho com vc essa ideia)?"
Acho que perdi essa. Qual foi?
Do Blog do Mansueto, sobre o assunto:
"Vou começar a partir de hoje uma série de posts chatos sobre o “rudimentar” debate fiscal antigo. É claro que estou sendo irônico, pois o antigo voltou a ser novo, i.e. o debate fiscal atual é muito parecido com aquele de 2005 e o termo rudimentar foi utilizado pela então Ministra Dilma Rouseff para caracterizar a estratégia assinada pelos economistas Delfim Netto e Fábio Giambiagi de equilíbrio fiscal de longo prazo com aprovação do então Ministro da Fazenda, Antônio Palocci, para controlar a expansão do gasto público e alcançar o déficit nominal zero em uma década."
Os links:
http://mansueto.wordpress.com/2013/03/12/o-rudimentar-debate-fiscal-antigo-1/
e
http://mansueto.wordpress.com/2013/03/12/o-rudimentar-debate-fiscal-antigo-2/
Dá uma olhada nos comentários do seu artigo lá no site do Valor. Tá rolando uma discussãozinha.
Alexandre,
Dada a qualidade da mão-de-obra e da infra-estrutura (que não melhoram no CP) o empresário só movimenta mais capital e trabalho se o preço da mercadoria por ele produzida for maior. É isso?
Pode-se falar que há uma certa rigidez na oferta de mão-de-obra, uma vez que muitos preferem ficar com os programas sociais do governo, por exemplo bolsa-família e auxílio desemprego?
Um choque de credibilidade para que as expectativas de inflacao caissem seria otima solucao "barata". Mas, infelizmente, fora da mesa dado o historico recente e as declaracoes oficiais. Dada a baixa sensibilidade da inflacao ao hiato – vide working paper do proprio BCB – talvez os formuladores de politica finalmente entendam o real valor da credibilidade. O Brasil vai pagar, claro, nao o governo.
Alex,
Se o ciclo de aperto monetario fosse iniciado agora, qual seria o ajuste necessario?
Voce acha que a funcao de reacao do BC pode ter mudado com a perda de credibilidade?
Alexandre,
Acho esse teu gráfico curioso…
Minhas estimativas de hiato do produto, por filtro HP, função de produção e custo marginal dão sobra de capacidade…
Algum palpite?
abs
O problema dessa proposta é que o Delfim deve estar pensando em ajuste via taxa de juros e não via corte de gastos ou aumento dos impostos. Por mim o objetivo deveria ser um superávit nominal razoável, daí quem sabe a poupança alcança pelo menos 20% do pib.
A amplitude de variação da "utilização de recursos" é só de 3p.p. (a do indicador da CNI é parecida). Então se está falando de pequenas variações na utilização com um baita impacto no núcleo de inflação. Se isso for verdade, para ficar no centro da meta a utilização deveria estar por volta de 87,5%. Relaciona com a variação do PIB equivalente aí e vamos ver quanto podemos crescer por esse modelo.
Mais um motivo para aumentar o investimento e a produtividade do trabalho.
Pergunta: o que aconteceu em 2008 para a utilização aumentar e o núcleo cair? (a SELIC começou a subir só pelo meio do ano).
Alexandre,
Muito interessante, parabens.
Todavia, seu grafico trata de rendimentos decrescentes, mas não de hiato do produto.
Ademais, não acha curioso o descolamento da inflação no fim de 2012? O que seria isso? Expectativas desancoradas?
abs
"Todavia, seu grafico trata de rendimentos decrescentes, mas não de hiato do produto."
O fenômeno é o mesmo; apenas a lente através da qual se olha é distinta. O hiato capturaria rendimentos decrescentes.
"Ademais, não acha curioso o descolamento da inflação no fim de 2012? O que seria isso? Expectativas desancoradas?"
Provavelmente. Há limites ao que o gráfico pode contar (apenas duas dimensões), mas expectativas, mudanças de índice, etc também afetam o desempenho da inflação. Aí temos que ir para um modelo mais completo.
"Minhas estimativas de hiato do produto, por filtro HP, função de produção e custo marginal dão sobra de capacidade…
Algum palpite?"
Mercado de trabalho. Temos que incluí-lo na formulação.
Vamos ver se a dura realidade aponta as restrições à Fazenda, que seus gráficos toscos de pib nominal escondiam. Se o BC ficar sozinho no trabalho não vai poder fazer nada, atrasadinho como sempre e manietado como nunca.
Maradona
3o. parágrafo: "os custos por unidade produzida devem aumentar," DEVIA TER SIDO ESCRITO os custos por unidade produzida devem DIMINUIR,
Se vocês não se importarem com este paper (http://economics.sas.upenn.edu/~jesusfv/Political_Credit_Cycles.pdf) então é porque vocês não estão vivos..
"DEVIA TER SIDO ESCRITO os custos por unidade produzida devem DIMINUIR"
Só se tivesse sido escrito na Dimensão Z…
Alex,
Onde é possível encontrar dados sobre o ritmo de crescimento do PIB potencial brasileiro?
Um gráfico paralelo em que fossem plotadas as taxas de crescimento do PIB real e potencial, registradas nos últimos 05 a 10 anos, seria muito bacana.
Um abraço,
Luís Eugênio.
ótimo post
http://nakedkeynesianism.blogspot.com.br/2013/04/how-to-solve-crisis-without-doing-thing.html
ortodoxos são muito safadinhos mesmo
Alexandre, você é dos poucos que tratam deste assunto com clareza e desassombro. Só falta dizer com todas as letras que a alta da inflação é uma política deliberada deste governo desde o primeiro dia. Quanto à nossa presidente-economista, só um comentário: a meia ciência é muito pior que a ignorância.
Hoje meu professor de macroeconomia na unesp,
Doutor pela Unicamp, Eduardo Strachmann
disse:
" Poupança é sempre uma merda "
Eu não sei se é desonestidade ou burrice, acho que é os dois
Alex você conhece algum livro de Macroeconomia mais aplicado que tenha questões relevantes sobre calculos como esse que você fez sobre capacidade instalada?
Alex
Já leu o que propuseram Bresser, Nakano e Delfim num encontro na ABIMAQ?
Cortar gastos. Mas como não se cansa de explicar Mansueto, isso parece que o governo não vai fazer. Seja porque não pode (gastos obrigatórios), seja porque há uma eleição a caminho e porque "O modelo de crescimento em vigor no Brasil baseia-se em forte expansão dos gastos sociais e previdência que limita qualquer redução substancial da carga tributária" (Mansueto)
Nakano disse que a redução dos gastos correntes do governo é "um imperativo"
E já acertaram isso com o eleitorado?
E veja as voltas que o mundo dá:
"Os especialistas têm uma avaliação comum de que enfraquecer a cotação do real ante o dólar neste momento não é viável por causa de alguns fatores, sobretudo impactos imediatos na inflação."
Lembrei do logotipo que você criou para turma: o muar com duas cabeças 🙂
Economistas heterodoxos defendem ajuste fiscal
http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/116099_ECONOMISTAS+HETERODOXOS+DEFENDEM+AJUSTE+FISCAL
Se puderem comentar, agradeço.
Pareceu-me que a notícia procurou mostrar que essa reunião expressou uma mudança no pensamento quermesseiro. Foi isso?
O custo por unidade sempre aumenta? Nao ha economias de escala ou retornos constantes/crescentes de producao?
Qual artigo mostra isso empiricamente?
Daniel,
Sabias palavras. Concordo em genero, numero e grau!
Abs
Economista X
"O custo por unidade sempre aumenta? Nao ha economias de escala ou retornos constantes/crescentes de producao?
Qual artigo mostra isso empiricamente? "
A pergunta é qual não mostra. Todos os artigos sérios deste quadrante da galáxia estimam uma curva de Phillips positivamente inclinada (no plano hiato-inflação).
Se houvesse economias de escala, ela seria negativamente inclinada. Você tem alguma evidência?
(E, a propósito, a suposição padrao é função de produção homogênea de grau 1, ie, retornos constantes de escala. Sua erguera sugere que você está confundindo conceitos).
Onde se lê "erguera" leia-se "pergunta" (um dia mato o cara que programou o corretor do iPad).
assumir retornos constantes e depois culpar o mercado de trabalho apertado? não faz sentido algum
"assumir retornos constantes e depois culpar o mercado de trabalho apertado? não faz sentido algum"
Você nao sabe mesmo a diferença, né?
Uma função de produção homogênea de grau 1 implica retornos constantes de escala, ie, se você dobrar todos os insumos, dobra o produto. Por outro lado, os retornos marginais são decrescentes.
Fala a verdade: você nao viu isto em micro….Unicamp ou UFRJ?
Tenta achar alguma industria com custos marginais crescentes. Esse conto de fadas ja foi demolido por sraffa
"Tenta achar alguma industria com custos marginais crescentes. Esse conto de fadas ja foi demolido por sraffa"
Tente achar uma Curva de Phillips negativamente inclinada (no plano hiato-inflação).
Mas você ainda nao reconheceunque nao sabia a diferença entre retornos marginais e retornos de escala. Tem cheiro de UFRJ ….
"Fala a verdade: você nao viu isto em micro….Unicamp ou UFRJ?"
Cadê o Pró-UFRJ do post anterior?
Há pouca razão empírica, ou lógica, para acreditar num limite rígido da oferta como a taxa natural ou o hiato de produto. A inflação certamente pode ser de demanda, embora raramente seja, mas nesse caso é o poder de barganha dos trabalhadores que conta
"Há pouca razão empírica, ou lógica, para acreditar num limite rígido da oferta como a taxa natural ou o hiato de produto. A inflação certamente pode ser de demanda, embora raramente seja, mas nesse caso é o poder de barganha dos trabalhadores que conta"
Volto a perguntar: já viu uma curva de Phillips negativamente inclinada? Se nao, nao pode fazer a afirmação que fez.
E, se a inflação fosse raramente de demanda, como você explica a inflação procíclica?
Vamos lá. Como você introduziu o tema dos custos marginais, que imagino você sugeriu pelo uso do Galí e Gertler da participação dos salários como proxi dos custos marginais na curva de Phillips Novo Keynesiana, eu tentei te explicar que toda a idéia de precificação da firma baseada em custos marginais tem problemas lógicos insuperáveis. Sraffa, hello..
Há relação entre as decisões de preços das empresas e os preços agregados dos quais trata a questão da curva de Phillips é complexa, uma vez que mesmo que as empresas sigam uma regra de custos totais, ou seja um mark up normal sobre os custos totais, esse mark up normal pode não corresponder ao de equilíbrio de longo prazo.
Em outras palavras, esqueça da firma (e da teoria neoclássica sobre ela, que é irrelevante para o caso). Sobre a curva de Phillips mesma então, estamos no lado da oferta. O ponto é que a evidencia não sugere que a economia tenha inflação porque esta perto do limite da capacidade produtiva (na teoria neoclássica, isso é que supostamente relaciona como você fez o limite da taxa natural com os custos marginais crescentes das firmas). Os EEUU teve desemprego abaixo de 4% só em 4 breves períodos, nos anos 40, 50, 60 e 90, e só nos 3 primeiros inflação, que poderia ser dita de demanda. Ou seja, é raro. Por isso mesmo a evidencia a favor do hiato de produto é fraca. No Brasil é inexistente. Rode uma regressão e você verá.
PS: Curvas de demanda são outra grande confusão marginalista. Os autores clássicos falavam de condições normais da demanda, mas não tinham nenhuma preocupação com curvas ou funções, até porque não perdiam tempo (e pra que perder) com questões subjetivas.
Mas o ataque do Sraffa apenas fortaleceu o pior inimigo dos pós-keynesianos, os modelos de equilíbrio geral …
Poxa cara, com interdependência o problema do Capital nem existe
Blá blá blá Sraffa blá blá blá marlkup blá blá blá Falou muito e nao explicou nada.
E sua evidencia empírica é triste de tao errada. Inflação nos anos 70? Desinflacao do Volcker?
Nada disto ocorreu no seu mundinho?
Primeiro se a economia estiver perto do pleno emprego os preços só subirão se a capacidade produtiva se ajustar mais devagar ao aumento da demanda (a evidência a favor do acelerados é abrumadora, e nenhum modelo econométrico estrutural, seja tipo Godley ou tipo Ray Fair, prescinde dele). Senão você tem inflação de demanda. Como te disse isso ocorreu três vezes nos últimos 80 anos nos EEUU. Assim mesmo o mecanismo não é a trivialidade que você sugere, mas é indireto, relacionado ao poder de barganha dos trabalhadores, e a mudanças dos preços relativos quando a economia esta perto do pleno emprego. Em economias periféricas, em geral antes disso, por problemas de balanço de pagamentos quando a economia se aproxima do pleno emprego, o que há é um perigo de crise externa, que leva à fuga de capital, desvalorização e inflação de custos (pelo aumento do preço dos bens importados). Lamento a evidencia é esta não a abobrinha que te ensinaram (a pergunta é porque você repete; fool me once shame on you, fool me twice shame on me).
Inflação raramente é de demanda…
Definitivamente, isto é coisa de algum marxista da UFRJ.
"Já leram o que propuseram Bresser,Nakano,Delfim no encontro ABIMAQ….CORTAR GASTOS" Cara, acredita nisso? Eles estão propondo NAO SUBIR JUROS!
"Para a turma aqui o aumento da SELIC é a solução de todos os pro blemas". Para o governo a reduçao da selic era a soluçao de todos os problemas,lembra? Para a maioria da turma aqui a selic é secundária,o que importa é a independencia do BC e a inflaçao.Inflaçao é meta,juros não.
"Curvas de demanda são outra confusão marginalista".Apague toda teoria economica desde 1870.Aonde fica esse museu?
Parabéns pela participação no Conta Corrente da Globo News. Conseguiu responder ao educado, mas pensamento único (abaixe a taxa de juros – cura até dengue), Vidor, com inteligência, sem ofender: em economia não adianta torcer (foi no ponto).
Para esta turma de "desenvolvimentistas", heterodoxos, que condenam a responsabilidade (que chamam de austeridade) fiscal e monetária (então podemos dizer que são irresponsáveis) não tem argumento racional ou pragmático, que os convença. O pensamento é quase único: abaixe a taxa básica, gaste à vontade o dinheiro do contribuinte, faça mais um pouco de inflação, controle preços, culpe os rentistas.
"Onde fica esse museu?" Deve ser na Coreia do Norte.
"Primeiro se a economia estiver perto do pleno emprego os preços só subirão se a capacidade produtiva se ajustar mais devagar ao aumento da demanda (a evidência a favor do acelerados é abrumadora, e nenhum modelo econométrico estrutural, seja tipo Godley ou tipo Ray Fair, prescinde dele)."
Eu diria que esta afirmação é abrumadora
" Como te disse isso ocorreu três vezes nos últimos 80 anos nos EEUU. Assim mesmo o mecanismo não é a trivialidade que você sugere, mas é indireto, relacionado ao poder de barganha dos trabalhadores, e a mudanças dos preços relativos quando a economia esta perto do pleno emprego."
Ha, ha, ha. Se isto fosse verdade o tipo de política adotado desde os anos 80 não teria estabilizado a taxa de inflação.
"Em economias periféricas, em geral antes disso, por problemas de balanço de pagamentos quando a economia se aproxima do pleno emprego, o que há é um perigo de crise externa, que leva à fuga de capital, desvalorização e inflação de custos (pelo aumento do preço dos bens importados)."
Ah, então deve ser a iminência da crise de BP que levou à aceleração da inflação no Brasil em 2004, 2008 e 2012/13…E este pessoal ainda vêm falar de realismo…
"…Há pouca razão empírica, ou lógica, para acreditar num limite rígido da oferta como a taxa natural ou o hiato de produto…"
Há, Há, Há.
Não sei se rio ou choro (depois de ter gargalhado). Na boa, o que vocês estudam? Não existe limite para a oferta? Por que existe pobreza no mundo, então?
E, por fim, vamos esquecer esta discussão sobre custo marginal e capacidade produtiva da economia brasileira (importantíssima – o Alexandre está certo – mas os caras não entendem). Tente contratar um pedreiro hoje. Veja se você consegue. Se conseguir, veja o preço que ele cobrará e a qualidade do serviço que ele prestará.
Se isto não convencer, tente conversar com um dono de uma pequena padaria. Pergunte para ele se é fácil aumentar a produção (mantendo seu capital fixo constante) e se não começam a aparecer pressão de custo para todo lado.
O pior disto tudo é que estes heterodoxos supostamente estariam gerando uma teoria mais real, menos abstrato e mais aplicável. Não existe um limite rígido para a quantidade produzida… Esta tem que ser posta em um quadro.
Saudações
"Para a maioria da turma aqui a selic é secundária,o que importa é a independencia do BC e a inflaçao.Inflaçao é meta,juros não."
Correção: o que importa é a independência do BC a outras teorias que não a da turma aqui. Como a turma aqui é inflation hawk e vive no mercado financeiro a SELIC alta é um santo remédio.
BC faz o que a turma aqui quer = independente! Não faz = capturado pela vil política do mal!
"BC faz o que a turma aqui quer = independente! Não faz = capturado pela vil política do mal!"
BC que entrega a inflação na meta, de acordo com seu mandato, cumpriu sua tarefa; perde a meta por 3 anos consecutivos e prevê que vai perder por mais 2…
A inflação nos EEUA é nula porque o poder de barganha lá é quase inexistente desde os 80. Já aqui, voce mesmo afirma que é um problema de barganha
"A inflação nos EEUA é nula porque o poder de barganha lá é quase inexistente desde os 80. Já aqui, voce mesmo afirma que é um problema de barganha"
A inflação nos EUA está longe de ser nula neste período. O núcleo ex-alimentos e energia foi em média 4,5% nos anos 80, 3,1% nos 90 e só ficou na meta (2%) na primeira década deste século, com, diga-se de passagem, duas recessões no meio do caminho.
E só afirmei isso ("poder de barganha") nos mesmos sonhos em que você teve devaneios com a inflação nula nos EUA.
O que quis dizer é que a inflação acontece porque o trabalhador tem um maior poder de barganha quando o nível de emprego chega perto da sua capacidade total. O carinha ali usou o exemplo dos pedreiros.
Ah o mandato do BC…
Missão: Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente
O FED é bem menos dogmático: conducting the nation's monetary policy by influencing the monetary and credit conditions in the economy in pursuit of maximum employment, stable prices, and moderate long-term interest rates.
Tá la no valor econômico:
05/04/2013 às 01h13
Direção está certa, com crescimento e inflação em queda, diz Mantega.
O senhor reconhece que recessões são importantes,no seu ultimo texto,pois elas permitem um nível de inflação baixo.
Se os custos marginais não são crescentes, viveríamos em um mundo de monopólios naturais…fim de papo.
Prezados,
Quem tem em Princeton que vocês acham que vale a pena além de Krugman, Scheinkman, Shapiro, Sims e Blinder (óbvio que já é um time de gigantes)?
Vou aplicar esse ano e estou em dúvidas…
abs
Em Columbia, por sua vez, tem Woodford, Stiglitz, Sala-I-Martin, Clarida, Bhagwati, Mundell, Phelps, Sachs, Uribe e Ricardo Reis…
Acho que ta ganhando hein…
"O senhor reconhece que recessões são importantes,no seu ultimo texto,pois elas permitem um nível de inflação baixo."
Imagine, recessões são eventos desimportantes…
Cada um que me aparece…
Alex,
O que você acha desta coluna?
http://blogs.estadao.com.br/fernando-dantas/2013/04/03/e-se-a-inflacao-veio-da-oferta/?doing_wp_cron=1365184573.3118519783020019531250
"O que você acha desta coluna?"
Acho que não é um questão de ortodoxia ou heterodoxia, mas de saber economia, coisa que o Darwin revelou estar devendo.
Não tiro, nem acrescento nada ao cometário do Economista X
"O ECONOMISTA DARWIN DIB ESTÁ EQUIVOCADO
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o economista darwin dib disse em recente artigo com sucesso midiático que a inflação é de oferta no brasil, que portanto o BC está correto em não reagir. isso está errado, por favor avisem seus amigos, todos vocês, essas ideias são perigosas para o brasil. e o economista darwin diz que a sua não é uma proposição heterodoxa!!!
bem, houve um choque de alimentos nos EUA no fim do primeiro semestre de 2012 que fez a inflação de alimentos acelerar, é a mais pura verdade. mas o que o bc aqui deveria ter feito?? elevado um pouco o juros e deixado câmbio absorver o choque! mas não, ele moveu essas duas variáveis na direção oposta, transformando um choque de oferta em inflação de demanda. se não fosse inflação de demanda, não teriam subido tanto os núcleos e a difusão, senhor dib!
o senhor darwin também diz que não dá pra chamar de inflação de demanda porque o pib subiu apenas 1%, então haveria folga na economia, hiato do produto negativo, etc, bla, bla. ISSO TAMBÉM ESTÁ ERRADO. os mercados de fatores estão pressionados, até o nuci subiu de novo, meu deus. e mercado de trabalho nem se fala….como assim tem slack na economia, senhor dib? qual mercado de fatores está folgado?? tanto não tem que o que ocorreu aqui foi uma redução expressiva da balança comercial, com as importações subindo para satisfazer a fúria da demanda interna. isso tudo, principalmente, ao longo do segundo semestre.
façam uma corrente contra a heterodoxia, passem esse post para um amigo, familiar, até mesmo para seus inimigos.
Postado por Economista X às 08:47 6 comentários: "
http://aconscienciadetresliberais.blogspot.com.br/
Engraçado que para "absorver o choque" é válido mexer no cambio e sujá-lo.
Eu achava que vocês diziam que o câmbio e preço de commodities andam lado a lado.. hehe cade a apreciação do cambio que ocorre naturalmente
NÃÃÃÕ MAS O BC MEXEU NOS JUROS
Mas os juros não tem importância ínfima comparado com preço de commodity? hehe peguei voces heim
"Engraçado que para "absorver o choque" é válido mexer no cambio e sujá-lo. "
Ah, é difícil lidar com semianalfabeto. Leia de novo (todas as palavras, tá, não vale pular) e note que se disse acima:"deixado câmbio absorver o choque". Se você ainda não entendeu, significa deixar o câmbio flutuante.
"Eu achava que vocês diziam que o câmbio e preço de commodities andam lado a lado.. hehe cade a apreciação do cambio que ocorre naturalmente"
Ela está lá (veja, por exemplo, Chile, Colômbia e Peru). Você está dizendo que não houve intervenção do BC e da Fazenda para depreciar o real? Se sim, saia já da Dimensão Z.
"Mas os juros não tem importância ínfima comparado com preço de commodity? hehe peguei voces heim"
Só na Dimensão Z, mas já falei para você sair daí menino burro!
"Todavia, seu grafico trata de rendimentos decrescentes, mas não de hiato do produto."
O fenômeno é o mesmo; apenas a lente através da qual se olha é distinta. O hiato capturaria rendimentos decrescentes."
Rendimentos decrescentes certamente não se trata do mesmo fenômeno que hiato do produto, ou produto potencial. Pegue uma função de produção agregada Leontieff. Dadas as dotações de trabalho e capital homogêneos, o produto potencial será determinado pelo mínimo entre as dotações de fatores de produção multiplicados pelas suas respectivas produtividades, e não existe nada que chegue perto de parecer rendimentos decrescentes.
No caso do gráfico, bastante interessante diga-se de passagem, podemos ver que trata apenas de rendimentos decrescentes, uma vez que a inflação segue o nível de utilização dos recursos. Como não há qualquer referência à expectativa de inflação, ou à divergência desta em relação à inflação ex-post, o hiato do produto não está em questão, pelo menos não de forma explícita.
Abs
Funçao Leontieff (coeficientes fixos) é um caso muito particular. Não invalida o argumento.
O que voce acha do Greg Palast?
E uma Cobb-Douglas não é um caso muito particular não, né sua mula???
Anonimo (mula),
O que limita a produção no curto prazo eh q as dotacoes de fatores estao dadas…nao o fato de ter rendimentos decrescentes.
O produto potencial depende do fato dos fatores de produção estarem dados e nao de rendimentos de qualquer natureza…a leontieff foi um exemplo apenas!
Como assim só na dimensão Z? Se os juros estão abaixo do que a regrinha de taylor diz, essa diferença de juros afeta uma porcentagem mínima do cambio (segundo suas proprias palavras, o efeito arbritagem é infimo). Essa porcentagem minima é avassaladoramente revertida pela forte alta dos preços das commodities muito mais relevante do que uma pqena porcentagem de um decimal já baixo.
"Funçao Leontieff (coeficientes fixos) é um caso muito particular. Não invalida o argumento."
Caro colega,
A função Leontieff foi um exemplo, logo, um caso particular do argumento. O que foi dito, de forma geral, é que o produto potencial da economia é conseqüência de, no curto prazo, as dotações de fatores serem dadas, e não de qualquer hipóteses sobre rendimentos, função de produção ou qualquer outra coisa. Logo, invalida o argumento.
A propósito, a existência de um produto potencial é um fato da vida e aceita por qualquer economista, seja ortodoxo ou heterodoxo.
Os determinantes do crescimento da dotação de fatores, em especial do estoque de capital, é que é motivo de controvérsia. Ou seja, no longo prazo é que as coisas mudam de figura.
Abs
Alex, já fiz comentário parecido no post "mediocridade satisfeita", mas vou insistir no ponto. A restrição de mão de obra não seria algo momentâneo, relacionado ao aumento de matriculados do ensino superior? Ok, a razão PEA/PIA está subindo, alcançou por sinal o ponto mais alto da série, mas dada a tal janela demográfica, não deveria ser ainda maior?
Os dados dos últimos censo do INEP mostram que o número de jovens universitários dobraram na última década. São quase 7 milhões. Um terço deles estão no período diurno. Mais que isso, parte considerável do aumento das matrículas foram nas federais, centros tradicionais de excelência.
Isto posto, não vem por aí, finalmente, sem contar com redução do desemprego, uma massa de formandos capaz de assegurar um crescimento não inflacionário da ordem de, digamos, de 3 ou 4 % ao ano?
Rafa, otimista inveterado.
Jorge Browm, o Fed é independente.Imagine Obama determinando a taxa de juros,a taxa de desemprego e a taxa de juros de longo prazo.
Jorge Browm, o Fed é independente.Imagine Obama determinando a taxa de juros,a taxa de desemprego e a taxa de juros de longo prazo.
Olá Alex, reconheço o papel expectacional do aumento dos juros nesse momento, mas se a intenção for alcançar a meta no inicio de 2014 não seria preciso um ajuste muito recessivo? Isto é, não seria preciso algo como 300 pontos base ou mais pra fazer isso?
Ainda tem aquele papo do Tombini de que há uma inflação "basal" no Brasil, indexação bla bla . . . já que todo período do IT só em três vezes abaixo de 5,5 %
Alex, há algum economista heterodoxo no Brasil que vc respeite ou que acredite ter feito uma contribuição que vc ache interessante? "O" pode responder tb.
Jordan
"Acho que não é um questão de ortodoxia ou heterodoxia, mas de saber economia, coisa que o Darwin revelou estar devendo. "
Realmente nao tem nada de hetorodoxo. E' total falta de fundamentacao economica mesmo.
Se o mercado de trabalho ultra-aquecido, a utilizacao da capacidade no limite e nucleo da inflacao divergindo nao sao sinais que o problema e' de demanda, eu nao sei o que e' entao.
Ele nao escreveria essa bobagem se ainda estivesse no Itau, o Ilan nao ia deixar publicar.
Ele deve estar querendo um emprego na equipe economica, pena que ele nao e' campineiro (ou e'?)
"Vou aplicar esse ano e estou em dúvidas…"
Aplica p New School em NY e e' certo que quando voltar voce consegue um emprego na equipe economica.
Fico abismado em ver que num post denominado manipulacao inadmissivel voce tenha a cara de pau de vetar comentarios…
Achei que voce era um cara intelectualmente respeitavel, mas agora percebo que o que voce quer mesmo eh aparecer e ter razao a qq custo…
Alex, esse cara foi teu colega no doutorado? Vc o conhece? Leu? .
"23 Coisas que não nos Contaram sobre o Capitalismo"
Autor: Ha-Joon Chang
Editora: Cultrix
Chile, Colombia, Peru?
Os dois países com melhor performance na AL são o Peru e o Equador. Cada um adota uma estrategia diferente e ambos vão muito bem.
Bem, ao menos nao citam mais o mexico que nos ultimos 5 anos, de 2008 a 2012, cresceu um terco o que o brasil cresceu em pib per capita.
O BC era independente na época do Fraga?
Nos 4 anos tivemos 8,9%, 6,0%, 7,7% e 12,5%, sendo que nos últimos 2 anos não ficou nem dentro da meta. Acima do centro ficou todos os anos.
Alguém poderia me dizer se o departamento de economia da UFRJ é bom?
Grato.
Olha o comentário do Delfim:
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/97098/
"E uma Cobb-Douglas não é um caso muito particular não, né sua mula???"
A Cobb-Douglas é um caso particular, mas mais geral que a Leontieff, onde a elasticidade de substituição é zero.
"Olá Alex, reconheço o papel expectacional do aumento dos juros nesse momento, mas se a intenção for alcançar a meta no inicio de 2014 não seria preciso um ajuste muito recessivo? Isto é, não seria preciso algo como 300 pontos base ou mais pra fazer isso? "
Provavelmente sim, o que nao vai ocorrer.
"Como assim só na dimensão Z? Se os juros estão abaixo do que a regrinha de taylor diz, essa diferença de juros afeta uma porcentagem mínima do cambio (segundo suas proprias palavras, o efeito arbritagem é infimo). Essa porcentagem minima é avassaladoramente revertida pela forte alta dos preços das commodities muito mais relevante do que uma pqena porcentagem de um decimal já baixo. "
Ah, tá. Vamos fingir que nao houve intervenção no mercado de câmbio… Nao houve compulsório sobre posição vendida, nem IOF sobre derivativos, nem nada do gênero. A taxa de cambio passou a maior parte do ano passado no intervalo $2-2,10 por dólar por mero acaso. E o cara está na sauna, mas nao é gay. Rsrsrsrrsrrsrrs
Alex acho que a meta de inflação deveria ser mais alta (mais que 10%) ; Como voce disse, inflação abaixo de 20% não afeta o crescimento, logo conseguiriamos desvalorizar o cambio e manter a inflação na meta (que seria algo como 12%). Na India e Russia a inflação é por aí e eles crescem bem. Assim não precisariamos fazer ajuste fiscal e o cambio se desvalorizaria, o que é bom segundo rogoff
"Alguém poderia me dizer se o departamento de economia da UFRJ é bom?"
Depende dos seus interesses.
Caso queira trabalhar no mercado, talvez essa nao seja a melhor opcao.
Caso queirar entender teoría económica, seus primordios, controversias e evolucao, sim eh uma boa opcao.
Existem professores de diversas visoes de mundo na UFRJ. De fato, eh um curso absurdamente plural (sao mais de 100 professores de economia). Voce tera a muita chance de focar naquilo que mais te interessa.
Valeu!
" A propósito, a existência de um produto potencial é um fato da vida e aceita por qualquer economista, seja ortodoxo ou heterodoxo. "
Bom, para o meu professor de macro Eduardo Strachmann, o Brasil tem um problema de demanda
Pra ele, todo esse pessoal do jornal que fala em cortar déficit público é canalha e não entende nada de economia
e pra ele,
Poupança é sempre uma merda (nessas palavras)
Alex e O, como faz pra aturar uma aula assim de Macroeconomia 1 ?
Na Unesp estudamos o Keynes (bom autor, totalmente diferente da interpretação que fazem dele a meu ver)
e o Kalecki ( dimensão Z, todos os preços rígidos, consumo e investimento autonomos, existência em abundância de fatores de produção livres )
Como faz pra aturar a aula desse cara ? não quero me suicidar antes do fim do semestre.
Anon das 18:57, o ponto é que lá o pleno emprego também é uma meta. Aqui nunca foi. Tem diferenças é claro, mas mesmo assim…
Na regra de politica monetaria, o que é o λ? Perdoe a ignorancia, mas sempre ouço discutirem o valor de λ e não sei oq signiica
O debate de 2005 está em Mansueto,12/3/13: "o convidado de honra …Delfim Netto … defendeu a tese de zerar o deficit nominal por meio do congelamento real do custeio e pelo ganho de produtividade da máquina pública… o que levaria a taxa real de juros para algo entre 3/4%"". Mais um delfim… Fico imaginando a produtividade de 40 ministerios.
Alex,
Vc seria um bom candidato para presidir a comissão de direitos humanos da câmara dos deputados…
Abraço.
Numa situação hipotética, se a canetada fosse sua, você aumentaria 300 pontos?
Sérá que o BC não quer repitir o mesmo erro de 2004/2005 ?Tipo aumentar muito a Selic e jogar a economia no "buraco"?
Alex
A crise de 2008 prova que os modelos Cash in Advance do Lucas são muito superiores aos Loanable Funds do Bernanke, Blinder etc
"Alex acho que a meta de inflação deveria ser mais alta (mais que 10%) ; Como voce disse, inflação abaixo de 20% não afeta o crescimento, logo conseguiriamos desvalorizar o cambio e manter a inflação na meta (que seria algo como 12%). Na India e Russia a inflação é por aí e eles crescem bem. Assim não precisariamos fazer ajuste fiscal e o cambio se desvalorizaria, o que é bom segundo rogoff"
He he. Claramente quer apanhar, mas, como na piada do sádico e do masoquista só vou ficar rindo e dizendo "nããããooo"
"Sérá que o BC não quer repitir o mesmo erro de 2004/2005 ?Tipo aumentar muito a Selic e jogar a economia no "buraco"?"
Provavelmente. Para que, afinal de contas, baixar a inflação de mais de 7,5% para pouco mais de 3% mantendo crescimento de pouco superior a 3,5% ao ano em média.
Melhor deixar a inflação em 6% com crescimento abaixo de 3%, óbvio.
"A crise de 2008 prova que os modelos Cash in Advance do Lucas são muito superiores aos Loanable Funds do Bernanke, Blinder etc"
Hã? Loanable funds? CIA do Lucas? Conta pra gente o que você andou tomando…
"Na regra de politica monetaria, o que é o λ? Perdoe a ignorancia, mas sempre ouço discutirem o valor de λ e não sei oq signiica"
Aproveite que você consegue escrever caracteres em grego e poste a função de reação toda. Assim, quem sabe, daria para saber o que a notação quer dizer.
"Vc seria um bom candidato para presidir a comissão de direitos humanos da câmara dos deputados…"
Eu certamente sei mais de Bíblia que o pastor…
"A crise de 2008 prova que os modelos Cash in Advance do Lucas são muito superiores aos Loanable Funds do Bernanke, Blinder etc"
Eu nunca gostei do uniforme B do Gremio de Football Porto Alegrense.
"Alguém poderia me dizer se o departamento de economia da UFRJ é bom?"
Eu não recomendo o mestrado/doutorado da UFRJ para ninguém.
Ter um diploma de pós-graduação é um estigma, queima o filme mesmo.
“Bom, para o meu professor de macro Eduardo Strachmann, o Brasil tem um problema de demanda”
Hahaha… Que idiota.
"E uma Cobb-Douglas não é um caso muito particular não, né sua mula???"
A Cobb-Douglas pode ser derivada como agregação de Leontieffs. Em outras palavras, ainda que firmas individuais sejam Leontieff, o agregado pode se comportar como Cobb-Douglas.
"O BC era independente na época do Fraga? Nos 4 anos tivemos 8,9%, 6,0%, 7,7% e 12,5%, sendo que nos últimos 2 anos não ficou nem dentro da meta. Acima do centro ficou todos os anos."
Boa essa. Alguém responde?
""O BC era independente na época do Fraga? Nos 4 anos tivemos 8,9%, 6,0%, 7,7% e 12,5%, sendo que nos últimos 2 anos não ficou nem dentro da meta. Acima do centro ficou todos os anos."
Boa essa. Alguém responde?"
Fácil: qual seria a inflação à época caso o BC não fosse independente?
"Fácil: qual seria a inflação à época caso o BC não fosse independente?"
Mas daí Alexandre entramos no mundo do contrafactual, donde conclui-se que critério de indepedência é bem mais subjetivo do que se poderia crer.
"Mas daí Alexandre entramos no mundo do contrafactual, donde conclui-se que critério de indepedência é bem mais subjetivo do que se poderia crer."
De forma alguma: isto é empiricamente testável. Há muitos índices de independência de BC e resultados para lá de robustos a respeito.
"De forma alguma: isto é empiricamente testável. Há muitos índices de independência de BC e resultados para lá de robustos a respeito."
Alexandre, tu podes dar alguma indicação? Esse tema me interessa muito, embora provavelmente tenha posição diametralmente oposta ao consenso aqui do blog.
"Sérá que o BC não quer repitir o mesmo erro de 2004/2005 ?"
Ali o BC deixou a inflação flutuar simetricamente ao redor da meta, para confirmar seu compromisso. Pesou a mão? Pode ser, mas marcou claramente seu objetivo.
Dantas
Meus caros,
Queria postar um comentário, mas é grande o número de alternativas:
"…Alex, já fiz comentário parecido no post "mediocridade satisfeita", mas vou insistir no ponto. A restrição de mão de obra não seria algo momentâneo, relacionado ao aumento de matriculados do ensino superior? Ok, a razão PEA/PIA está subindo, alcançou por sinal o ponto mais alto da série, mas dada a tal janela demográfica, não deveria ser ainda maior? …"
De repente, é uma boa idéia. Debruce-se sobre os dados e veja o que eles mostram.
"…Alex, há algum economista heterodoxo no Brasil que vc respeite ou que acredite ter feito uma contribuição que vc ache interessante? "O" pode responder tb…"
Não foi para mim, mas dou um pitaco. Existe teoria econômica e método científico. Esta coisa de ortodoxo x heterodoxo só existe no Brasil. Não existem temas proibidos ou metodologias inaceitáveis. Só erros lógicos são inadimissíveis. Só isto. Quem transforma análise técnica em religião são eses quermesseiros (daí a falta de paciência e respeito de alguns com eles).
Por fim,
"…O BC era independente na época do Fraga? Nos 4 anos tivemos 8,9%, 6,0%, 7,7% e 12,5%, sendo que nos últimos 2 anos não ficou nem dentro da meta. Acima do centro ficou todos os anos…"
E os caras supostamente sabem história, tem uma teoria que é crítica não implemantável sempre para qualquer situação, etc. Não entender o contexto onde estes números foram gerados (não precisa construir um contra-factual sofisticado, não é mesmo?) é muito complicado.
Saudações
"Hã? Loanable funds? CIA do Lucas? Conta pra gente o que você andou tomando…"
http://www.frbatlanta.org/documents/research/seminars/seminar_baeriswyl_030712.pdf
cia do Lucas
"Monetary models which theoretically establish a close relationship between monetary
growth and in
ation include the `Money in the utility' model (Sidrauski, 1967), the `Cash in
Advance' model (Lucas, 1980), the `Cagan Model' (Cagan, 1956), or models with imperfect
information (Lucas, 1972)"
"According to the credit view (or loanable funds theory), the creation of credit (bank loans)
by the fractional reserve banking system is responsible for stimulating aggregate demand {
and exerting upward pressure on in
ation " credit view = bernanke,blinder e outros NK
hhehe voces erraram no credito cara e interpretaram o fractional reserve banking system errado cara, NÃO ADIANTA CHORARE…
não vem falar que é assymetric information, é erro crasso mesmo, digno de chibatadas no bumbum
"ces erraram no credito cara e interpretaram o fractional reserve banking system errado cara, NÃO ADIANTA CHORARE…
não vem falar que é assymetric information, é erro crasso mesmo, digno de chibatadas no bumbum"
Chibatadas…Mmmm, revelador dos seus desejos mais íntimos, mas, na boa, vai ler de novo, porque você não consegue sequer estar errado…
Blanchard:
"If you think now of central banks as having a much larger set of responsibilities and a much larger set of tools, then the issue of central bank independence becomes much more difficult. Do you actually want to give the central bank the independence to choose loan-to-value ratios without any supervision from the political process. Isn’t this going to lead to a democratic deficit in a way in which the central bank becomes too powerful? I¹m sure there are ways out. Perhaps there could be independence with respect to some dimensions of monetary policy - the traditional ones — and some supervision for the rest or some interaction with a political process."
"Não entender o contexto onde estes números foram gerados (não precisa construir um contra-factual sofisticado, não é mesmo?) é muito complicado."
Bom, os números atuais também foram gerados em um contexto, não? Especialmente um contexto pós 2008. Respeito ao centro meta já não é mais critério de independência, espero que contexto também não…
"Não foi para mim, mas dou um pitaco. Existe teoria econômica e método científico. Esta coisa de ortodoxo x heterodoxo só existe no Brasil."
Concordo.
Heterodoxo geralmente é um cara que ou é burro demais para entender restrições básicas de contabilidade ou é vagabundo demais para estudar economia seriamente. Eu me lembro dos meus colegas que acabaram indo para Unicamp ou para UFRJ… Não eram exatamente a elite do pensamento.
Pior que ortodoxo x heterodoxo e' monetaristas x desenvolvimentistas, mais uma jabuticaba.
Você pode acreditar que heterodoxia é bobagem, pode até achar que é uma coleção de asneiras, mas dizer que heterodoxia só existe no Brasil é cretinice, burrice ou as duas coisas. O "O" é um pouco cretino, mas parece ser um cara do bem, talvez em Minnesota até o chamem de comunista.
"Ter um diploma de pós-graduação é um estigma, queima o filme mesmo."
Discordo, Marcos Lisboa vez mestrado na UFRJ, compensou com IMPA e se redimiu na Penn.
Nao e' o unico caso. varios fizeram mestrado na UFRJ e foram fazer doutorado no exterior em otimos departamentos.
Tem muito aluno bom de graduacao na ufrj e acaba no mestrado por inercia e se decepciona.
No mestrado da UFRJ, quem dava o curso de analise, probabilidade e econometria era o Getulio Borges (PhD LSE), um craque e super didatico. Seus cursos era tao bons que tinha aluno da EPGE e PUC assistindo.
"247 – É incrível, mas, no Brasil, grandes jornais como a Folha e o Valor Econômico, promovem ideias de economistas que pedem recessão. É o que faz hoje Schwartsman no Valor. Leia abaixo:
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/97950/Schwartsman-pede-de-novo-matem-o-paciente.htm "
Sensacional sao os comentarios. Sera que esse pessoal e' tao novo que nao viveu a inflacao dos anos 80? Ou e' burrice mesmo? Sugiro passar um tempo na argentina ou zimbawe recebendo salario em moeda local.
Qualquer um é chamado de comunista pelo pessoal de Minnesota.
Qualquer um é chamado de comunista pelo pessoal de Minnesota.
"Alguém poderia me dizer se o departamento de economia da UFRJ é bom?"
Estudei lá e consegui me manter relativamente longe da idiocia que toma conta da vasta maioria da faculty e seus cursos. Mas o lugar vive uma grande ilusão — a de que alguém se importa com aquelas b… que eles falam. O mais patético mesmo é ver que não têm a menor compreensão do objeto que criticam. Os malucos acham que economia mainstream = manual para graduação.
"Monetary models which theoretically establish a close relationship between monetary
growth and in
ation include the `Money in the utility' model (Sidrauski, 1967), the `Cash in
Advance' model (Lucas, 1980), the `Cagan Model' (Cagan, 1956), or models with imperfect
information (Lucas, 1972)"
ainda nao entendi o erro de cash in advance, Lucas
só se o paper do fed de atlanta estiver errado, pode ate estar, mas aí voce tem que avizar
qual a diferença entre loanable funds e cash in advance? sou ignorante mesmo, não tem ironia na pergunta
abs
"O" Anonimo (08/04/2013 às 15:51),
O que você quis dizer por "Não eram exatamente a elite do pensamento"? Você se referia aos alunos que tiravam as melhores notas, aos que apresentavam as idéias mais próximas das suas ou aos alunos com mais habilidade em matemática?
Eu poderia relacionar também outras opções menos votadas como descendentes de pais presentes nas principais colunas sociais ou nas colunas das receitas federais ou nas colunas prisionais.
Espero que você fique entre as três primeiras, mas se tiver uma quarta opção mais relevante não se avexe em
Clever Mendes de Oliveira
BH, 08/04/2013
Alexandre Schwartsman,
Como leigo demorei um pouco a entender a razão para defasar para trás a curva da inflação. Pensei que por ela ser anual e o nível de utilização de recursos ser mensal, a curva da inflação deveria ser avançada em seis meses.
A pouca habilidade em compreender a defasagem existente entre as duas curvas não me esmoreceu de questionar um pouco o seu quadro. Não seria mais interessante fazer a comparação entre o nível de utilização de recursos e o núcleo de inflação mas essa sendo medida mensalmente, utilizando algum filtro que vocês exímios calculistas são capazes de aplicar para retirar a sazonabilidade dos índices de inflação?
E talvez por ser leigo, pareceu-me um tanto forçada ou de outro modo suscitou-me uma dúvida a sua frase que transcrevo a seguir:
"O gráfico é eloquente, ainda mais porque, em nome da simplicidade, deixamos de fora variáveis relevantes, em particular expectativas de inflação".
Achei forçada porque me parece que a taxa de juros seria mais relevante do que as expectativas de inflação e então pergunto por que você não a considera mais relevante na sua análise?
E me ocorreu um questionamento porque, embora você tenha sido claro para um leigo na sua frase a partir de "em nome da simplicidade . . .", a parte inicial da frase deixa transparecer que a utilização de outras variáveis mais relevantes tornariam sua demonstração mais convincente.
O que eu questiono é você, em lugar de ser mais convincente, preferir ser mais simples, ou seja, de mais fácil compreensão?
Seus artigos no Valor Econômico são mais densos, do que os artigos na Folha de S. Paulo, mas não imagino que eles sejam destinados só a economistas. O leitor médio do Valor Econômico, que são leigos como a mim, não estaria mais interessado em ser convencido do que em adquirir uma boa compreensão do modelo utilizado para a demonstração do seu argumento?
Pesa a seu favor o comentário do Anônimo enviado na quinta-feira, 04/04/2013 às 09:29 e que além de outros elogios com os quais eu concordo considerou o seu artigo muito convincente. Falei que pesa a seu favor porque me parece que se trata de avaliação de um leigo em economia que eu imaginei que ficaria ressabiado com o teor da sua frase que eu transcrevi.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 09/04/2013
Agora fu***:
http://oglobo.globo.com/economia/dilma-chama-delfim-beluzzo-para-avaliar-alta-dos-precos-8063170
O último a sair, por favor, apague a luz. Fui.
"ainda nao entendi o erro de cash in advance, Lucas
só se o paper do fed de atlanta estiver errado, pode ate estar, mas aí voce tem que avizar"
Se você é quem fez o primeiro comentário a respeito, meu conselho é que estude mais.
Caso seja outra pessoa, me avise.
“O que você quis dizer por "Não eram exatamente a elite do pensamento"?”
Se você não consegue fazer a interpretação de texto de uma frase tão direta e clara como esta, minha recomendação é que realoque seu tempo da leitura de blogs para a masturbação ou o tricô.
A foto de hoje do Valor com os "conselheiros" econômicos da Dilma é uma peça de museu, no mesmo carro saindo da residência oficial da nossa dama de ferro estavam o Delfim, o Belluzo e o Nakano. É de arrepiar.
De qualquer forma está claro que o Delfim virou o porta-voz ( ministro de fato) ao afirmar que o Tombini vai elevar a SELIC.
"Se você é quem fez o primeiro comentário a respeito, meu conselho é que estude mais.
Caso seja outra pessoa, me avise."
Sou outro, mas voce pode responder logo e terminar a questao ao invez de chamar ele de homosexual
responde ai, tmb to curioso
Falando no Delfim…o cara está desfilando sua cretinice sem qualquer pudor. Chega ao ponto de defender as domésticas, se finge de politicamente correto quando todos sabem que participou ativamente da ditadura.
Na coluna do Valor de hoje tenta justificar a necessidade de se elevar a SELIC quando os "economistas ligado às finanças" já vinham avisando que não haveria outro jeito, e de quebra ainda defende o Tombini. Patético.
O Belluzo disse que a inflação não está se acelerando, estaria com rigidez de queda. Como se isso não fosse por si só um problema. Os caras não aprendem! Seria teimosia ou burrice ( ou os dois, que costumam caminhar juntos)?
"O", vc que tem amigos na Unicamp, poderia não ajudar a entender a lógica destes "gênios"?
É falta de vergonha na cara, é canalhice mesmo.
Lembre-se que esse é um sujeito que participou ativamente do estelionato eleitoral do Plano Cruzado e depois que a inflação disparou, não sentiu pudor algum em virar secretário de um governador que se elegeu graças ao estelionato eleitoral.
Ah para "O". Todos os teus chegados que participaram do estelionato eleitoral de 98 continuaram felizes da vida no governo FFHH. Larga desse moralismo.