Quem deve investiga devedores. Verbas necessárias e a falta de vergonha e planejamento
“Todo homem tem seu preço”, disse o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (o complemento da afirmação é “Não é verdade. Mas para cada homem existe uma isca que ele não consegue deixar de morder.”). Se tivesse conhecido a maior parte de nossos parlamentares, talvez não escrevesse o complemento. Temer, no périplo em que foi às compras, pode provar isso.
Os jornais de hoje (19) trazem uma nota da Associação Nacional de Jornais sobre o que chama de discriminação ao jornal baiano “O Correio”. Diz o texto que o governo baiano cortou a publicidade oficial no jornal devido à postura editorial dele e que aumentou a nos jornais de menor circulação.
Oras, oras, oras, é provável que seja discriminação mesmo, mas, ao mesmo tempo, o protesto é uma demonstração de que o jornal não anda com as próprias pernas, depende da publicidade oficial, não consegue se manter com a não oficial. Erram os dois, o governo, porque age como criança, “a bola é minha, eu dito as regras do jogo”; e o jornal, porque governo nenhum tem a obrigação de anunciar nele, além de ser uma confissão de dependência de dinheiro que poderia ser revertido em favor da população em vez de ser gasto com propaganda enganosa, uma característica sempre presente na publicidade oficial.
Conforme prometido, eis a resposta da Academia Brasileira de Letras sobre o verbo adequar: “Era considerado um verbo defectivo, mas já não é mais modernamente. Várias gramáticas de bons autores e também bons dicionaristas registram a conjugação completa do verbo adequar.”.
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