Os relatos, da forma que chegam pela imprensa. E o que vemos, ao vivo e em cores
Reza o velho ditado que “Antes ouvir do que ser surdo – pode usar surdo ainda ou tem de ser pessoa em situação de possuir audição zero, em politicamente correto e em português moderno? –”. Parece-me que há gente que prefere a segunda opção, pois ouvir a gravação da conversa indevida entre Temer e Joesley e achar que a denúncia contra o presidente é peça de ficção só pode ser falta de audição. E há coleguinhas entre os surdos.
Temer sofisma, sofisma, sofisma. Quem será o marqueteiro que o treinou? Pode alegar o que quiser, recebeu o por ele mesmo adjetivado como bandido às escondidas, falou o que está gravado, tenta fazer crer em uma interpretação das pausas na gravação de forma totalmente diferente do que está no laudo dos peritos da Polícia Federal. Como diria Boris Casoy, “Isto é uma vergonha!”. Lembrou-me de uma velha série da TV, apresentada por Jack Palance, “Acredite se Quiser” e de um programa atual, “Porta dos Fundos”, que é por onde, tal qual quem substituiu, irá sair.
As caras de constrangimento devido aos sorrisos forçados dos papagaios de pirata que cercavam Temer durante sua parlação na TV transformaram a cena, esta, sim, em ficção.
Um dos defensores de Temer deveria mudar seu nome e sobrenome, Darcísio Perondi passaria a se chamar Narciso Poronde…
Dio mio, vi e ouvi, estava acordado, não sonhei. Jorge da Cunha Lima, ex-secretário de Cultura de SP, ex-presidente da Fundação Padre Anchieta (Rádios e TV Cultura), autor de vários livros, disse no Jornal da Cultura (27) “Ele interviu”!!! Concluo, lastreado em tal currículo, que meus professores me ensinaram errado, afirmavam que o certo é “ele interveio”…
(CACALO KFOURI)
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