Comentários que faríamos a respeito desses assuntos diários. Cacalo, na Mira
Como bem disse Tom Jobim, o grande, “o Brasil não é para principiantes. Não passa um dia sem que alguém do governo – ou seus apoiadores, melhor dizendo, seus comprados – mostre a necessidade da reforma da Previdência, necessária, sem dúvida, mas não pelos argumentos apresentados. O próprio governo informou que a Previdência teve um déficit de R$ 128 bi em 2016, mas, ao mesmo tempo declarou que empresas inadimplentes devem R$ 400 bi.
Agora, como moeda para comprar apoio, propõe um Refis monstruoso para ruralistas devedores, um absurdo, prejuízo enorme para os cofres públicos. Além disso, desestímulo para quem cumpre suas obrigações, é um “devo, não nego, só pago se e quando quiser”.
As coisas mudam com o passar do tempo, algumas para melhor – ainda bem – e outras, incompreensivelmente. Tempos atrás, o Grupo Globo – e o Estadão – também demitiu um dos mais competentes jornalistas ever, Joelmir Beting, por haver feito um anúncio do Bradesco. Disse ele que aceitou por confiar no produto e pelo fato de ser amigo de um dos donos do banco. Agora, um global, Pedro Bial, é o locutor de um anúncio ufanista do mesmo banco. Agora pode, não tem problema? Ou será que acham que ninguém vai identificá-lo pela voz? Quem pisou feio na bola foi Luis Nassif, que fez anúncio da poupança do Unibanco, dizendo que era melhor do que as outras, o que não era e continua não sendo verdade, todas as poupanças (não) rendiam e (não) rendem igualmente, não havia e não há diferença entre elas.
Em tempo: não concordo com jornalistas, qualquer que seja, fazendo anúncios a não ser de causas humanitárias.
(CACALO KFOURI)
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