Apaga a luz e já aparecem as novas falcatruas. E os suspeitos “fatais”. Tudo na mira
A Folha de S.Paulo (25) traz, na pág A4, matéria em que mostra ter antecipado em quatro dias o resultado de licitação para escolher a empresa que fará a publicidade do Banco do Brasil – olha ele aí de novo – pelos próximos 12 meses, prorrogáveis por 60 meses (“Folha antecipou resultado de licitação do Banco do Brasil”).
Claro que tanto os dirigentes do banco como os da empresa declaram que tudo foi feito de acordo com a lei etc. etc. etc. De acordo com a lei como, cara-pálidas, se o jornal soube antes o conteúdo de um envelope teoricamente lacrado? Licitação nada mais é que um método de roubar com aparência de legalidade, propõe-se um preço que será, depois, alterado por meio de aditivos, até que o valor chegue ao dobro do inicial, com farta distribuição de pixulecos. Deveriam alterar o nome para ilicitação. O remédio é fazer a concorrência às claras e o item 1 deveria ser “O preço combinado não será alterado nem que chova canivete!”.
Quando será que se terá a verdade verdadeira sobre os problemas da Previdência Social? Nas informações oficiais, infelizmente, não se pode confiar, nem na de sindicalistas e opositores. Opinião de técnicos contra e a favor não falta e uma deixa a gente com as orelhas em pé, a dos técnicos da própria Previdência, que dizem a história está mal contada, não é como o governo divulga. Para quem sabe aritmética simples, há um dado intrigante: o governo informa que o déficit da Previdência em 2016 chegou a R$ 152 bi, assustador, não? Mas, porém, contudo, todavia, informa-se que empresas devem R$ 440 bi, noves fora, R$ 228 bi de saldo positivo se tudo fosse pago. Como é possível que, com todos os recursos de informática, os responsáveis pela fiscalização deixaram a coisa chegar a este ponto? A mesma coisa vale para a Receita Federal, que atazana a vida de assalariados, pondo-os na malha fina por centavos não declarados, e deixa passar a brutal sonegação demonstrada pela Lava Jato? A minha hipótese é que dá menos trabalho pescar bagrinhos do que tubarões…
No ginásio, nos velhos tempos – e bota velho nisto – os alunos eram obrigados a saber, de cor, os nomes de todos os presidentes do Brasil. Uma dúvida que me assola e toma de assalto é como será ensinado sobre quem presidiu o país entre 2003 e 2016, se Lula e Dilma ou se Emílio Odebrecht.
Sabe-se que marido e mulher não são parentes, cunhados também não, mas, forçando a mão, dá pra usar a expressão “parente é serpente”: Lula e Marisa Letícia, Cabral e Adriana, Cunha e Claudia, Fernando Pimentel e Carolina… todas envolvidas nas encrencas dos maridos. E ainda tem Alckmin e um dos irmãos de Lu, sua mulher.
Para não cansar o leitor, desisti de apontar alguns erros, tais como aspas simples quando devem ser duplas, grafia errada dos nomes de Sergio Moro, Antonio Palocci, de onde não tem, falta dele onde tem e, um recorrente, atear fogo “em”, é “a”, caras-pálidas. Mas, vítima fatal não deixo passar, é absurdo demais para ignorar.
(CACALO KFOURI)
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