Segue nessa marcha triste. Coluna Mário Marinho
Segue nessa marcha triste
COLUNA MÁRIO MARINHO
Mas, um dia via chegar…
Como se fosse na bela canção de Marcos e Paulo Sergio Valle, o Corinthians “Segue nessa marcha triste / Seu caminho aflito / Leva só saudade / E a injustiça que só lhe foi feita …”
Reveja ou conheça a bela canção:
(Elis Regina, Jair Rodrigues, Jongo Trio, em gravação de 1965)
Claro que estou falando da eliminação corintiana, nos pênaltis, no jogo contra o Internacional, a sexta eliminação na bela arena de Itaquera.
Veja, de 2015 até agora, as eliminações. A primeira delas, no mês de abril de 2015:
4/2015 – semifinal do Paulista – contra Palmeiras (pênaltis)
5/2015 – oitavas de final da Libertadores – contra Guarani-PAR (tempo normal)
8/2015 – oitavas de final da Copa do Brasil – contra Santos (tempo normal)
4/2016 – semifinal do Paulista – contra o Audax (pênaltis)
5/2016 – oitavas de final da Libertadores – contra Nacional-URU (tempo normal)
4/2017 – quarta fase da Copa do Brasil – contra Internacional (pênaltis)
Não dá para dizer que não foi uma surpresa. Claro que foi.
Mas o caminho que o Corinthians de Fábio Carille tem seguido tem sido esse, da corda bamba, do perigo eminente.
O time faz um gol e se dá por satisfeito, como se o adversário tivesse sido eliminado da face da terra.
Como se o futebol não guardasse surpresas em sua caixa de pandora.
Na noite de quarta-feira, em Itaquera, o Timão fez o seu gol, tratou de levar o jogo em água morna até o seu final.
Mas o final ainda não estava próximo para o adversário que tratou de fazer o que deve ser feito por todo time de futebol: jogar e buscar o gol adversário.
Pois, conseguiu.
Só então o Timão acordou e partiu para cima. Teve pela frente a má pontaria de seus atacantes e o excelente goleiro Marcel Lomba.
Daí veio o drama dos pênaltis.
E não venham me dizer que pênalti é loteria, porque não é.
Sempre defendo a tese de que o pênalti se bate com a cabeça. Quem está bem, controla os nervos, bate bem, faz o gol.
Tenho outra teoria.
Se o jogador está pronto para bater o pênalti, ele não erra o gol. Se o goleiro vai defender ou não, é outra história.
Mas só erra o espaço demarcado pelas duas traves laterais e o travessão em cima o jogador que não está com os nervos controlados. Ou ele tenta um chutão como quem quer se livrar da bola, ou tenta colocar tão fora do alcance do goleiro que acaba chutando para fora, bem rente à trave.
Tudo isso, poderia ter sido evitado se a filosofia de jogo empregada pelo técnico Fábio Carille não fosse tão pequena, tão medrosa.
Mineirão
Aqui em Belo Horizonte, em uma noite fresca, porém não fria, o Cruzeiro alcançou a classificação na Copa do Brasil, como já estava escrito nas estrelas: até perdeu para o São Paulo, mas garantiu a passagem para as oitavas de final com o resultado alcançado na semana passada, em São Paulo, no Morumbi.
Veja os gols
da quarta-feira
https://youtu.be/3OQHMyGcaeY
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Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em livros do setor esportivo
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)