O terço mudou de sentido. E as gravações que se mostram inquestionáveis. Mira
Como os hábitos mudam – e não estou dizendo que estou com saudades, longe disso -, quando era moleque, na chamada de Sexta-feira Santa ou da Paixão, as rádios só tocavam música sacra ou as populares desde que não fossem ritmadas ou cantadas; as TVs passavam noticiários, documentários ou filmes com histórias bíblicas, no máximo, um filme “educativo”. Atualmente, a programação é normal, tanto no rádio como na TV, exceção feita aos canais ditos religiosos ou nos horários comprados (com dinheiro do dízimo – me engana que eu góstchio) por “igrejas do nosso senhor da quinta rua à direita de quem vai” nas TVs comerciais. Em sendo o país, ao menos teoricamente, laico, que se respeitem os costumes e não se imponha nada a quem não os têm.
Na Folha de S.Paulo (16), pág. A2, “Por que deus não paga imposto?”. E, na pág A3, “Entre o joio e o joio”.
Os redatores de anúncios conseguem maltratar o vernáculo em um nível que, duvido, será alcançado por qualquer outra categoria profissional. Atingiram o clímax – que deverá logo ser superado por ele mesmos, afinal não são os reis da criatividade? – em um anúncio da Coca-Cola em que está o absurdo do “com nada”! Sim, com nada, tá lá, com zero açúcar! Aonde foi parar o bom e velho “sem açúcar”?
(CACALO KFOURI)
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