A imprensa e a divulgação da lista de pessoas que podem acabar. De várias maneiras. Como as notícias
A lista do ministro Edson Fachin, pedindo abertura de inquérito sobre – sobre, coleguinhas, sobre, não é contra – ministros, senadores e deputados vai ocasionar o maior festival de desmentidos que nem as mães dos envolvidos acreditarão. Não causou comoção fora do ambiente político porque era de se esperar que os pedidos fossem feitos. O ambiente está tão podre e fétido que Paulo Maluf – ora, vejam só – está se vangloriando de estar fora deste imbroglio, teve o pedido de inquérito a seu respeito arquivado pelo ministro.
Inacreditável, o que tem de gente nas TVs falando “inquérito contra” é uma grandeza. Lamentável. E está na manchete d’O Estado de S. Paulo.
Devido à greve, ontem (11), ordenada por um dos sindicatos dos trabalhadores de empresas ferroviárias de São Paulo – ressalto, um dos – milhares de trabalhadores foram impedidos de chegar aos seus locais de trabalho, muitos deles, provavelmente, perderão o dia, não terão a falta abonada; e se forem diaristas, então, adeus sagrado dinheirinho.
Eis a demonstração clara de como trabalhadores se preocupam com os outros trabalhadores, foi somente um dos sindicatos que não aceitou a proposta da Companhia de Trens Metropolitanos de adiamento do pagamento do Programa de Participação nos Resultados. O sindicato representa somente os trabalhadores de DUAS linhas, todos os outros aceitaram a proposta de parcelamento. Só quero ver o que esses sindicatos “parcelados” farão se a proposta do fim do imposto sindical for aprovada, quantos será que sobreviverão? Sindicatos são importantíssimos, sem eles os trabalhadores estariam fritos, mas alguns são presididos por pessoas sem bom senso – e em muitos deles os cargos são empregos vitalícios.
Descobri que não entendo patavina de cinema, ontem assisti ao filme “Aquarius”, aquele que tanto movimentou as redes (antis)sociais e quetais, que deveria ter ganho o Oscar, que teve uma brilhante atuação de Sonia Braga. Achei o filme a pain in the neck e a atriz uma canastrona. Talvez meu problema seja olhar as coisas sem viés, em módulo, como se diz em matemática.
Na Folha de S.Paulo (11), pág. C6, imperdível, “A religião dos chefs”.
(CACALO KFOURI)
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