Edição da minha participação no Jornal da Cultura (27/Fev/2015)

Alguém (obrigado!) fez a edição da minha participação no Jornal da Cultura. Ficou legal, acho.

24 thoughts on “Edição da minha participação no Jornal da Cultura (27/Fev/2015)

  1. Alex, muito legal a entrevisa parabéns. Só quero observar que, logo após, o vídeo engata na sua "aula magna no Insper" (pode ser que isso tenha sido planejado por você, ou não, como diria Caetano). Abs

  2. Muito bom, Alex

    Quiz

    Qual (s) o(s) sujeito(s) nestas frases de Guido Mantega?

    "Ajuste fiscal mais duro, mais rigoroso, mais rápido, significa você derrubar a economia, causar uma recessão. Isso está no manual deles."

    “Reduzimos tributo para desoneração da folha de pagamentos, reduzimos tributos para investimentos. Ele vai recompor. Ele vai diminuir investimento. Ele quer fazer um primário maior como os europeus querem fazer, um primário maior como os alemães.”

    Confira a resposta em entrevista de Mantega na FSP no final do ano passado

  3. “não vai mexer no Bolsa Família, o que é bom”

    O Malthus, um liberal clássico, deve estar se revirando na cova por ouvir um liberal defender a manutenção de uma política econômica socialista.

  4. "O Malthus, um liberal clássico, deve estar se revirando na cova por ouvir um liberal defender a manutenção de uma política econômica socialista."

    Tratador: tem mais um solto aqui, por favor…

  5. O pior de tudo, que o bolsa família é um tipico programa dos liberais como Friedman. E o melhor da história: veio quentinho lá do Banco Mundial. Ai esses esquerdistas sociopatas brasileiros transformaram o programa em uma política da "esquerda". Aliás, tudo que vem do banco mundial como aquele malvado Consenso de Washington é coisa do capeta… mas nesse caso é melhor esconder a informação.

  6. quero um adendo também: "… o bolsa família é um tipico programa dos liberais como Friedman …"

    Só que o Miltinho nào pregava isso. O que ele sempre disse é que seria mais vantajoso o repasse direto de dinheiro aos beneficiários do que a criação e gestão de políticas sociais cujos custos e resultados seriam altos e baixos, respectivamente.

    Inclusive, ele dizia que seria pafra acabar com TODOS os programas sociais, inclusive SAUDE, e repassar TODO o dinheiro diretamente à população.

    O youtTUBE está abarrotado de entrevista dele a respeito. É só procurar.

  7. Renato disse:” Inclusive, ele dizia que seria pafra acabar com TODOS os programas sociais, inclusive SAUDE, e repassar TODO o dinheiro diretamente à população.”
    Parabéns!!! Vc acabou de passar no curso de lógica I do ensino fundamental. Se tu não percebeu, é exatamente por isso que o bolsa família é um programa liberal. Em vez do Estado cobrar impostos para oferecer um serviço (a crítica liberal vai no sentido do governo não saber das minhas preferências como consumidor e da eficiência dos gastos) ele me repassa um valor e eu gasto de acordo com minhas necessidades. Ou seja, é por isso que o bolsa família é tipicamente um programa liberal – cash transfer. Sobre saúde e educação faz uma pesquisa básica no Google com o termo “vouchers”. E claro, nada melhor que um livro para tentar entender um pouco sobre os liberais…. vídeos no youtube não vão ajudar muito… mas primeiro vc precisa passar no curso de lógica II. Um detalhe: leia um tal de Adam Smith para tentar compreender o papel do estado na economia (isso porque ele escreveu em uma época que o estado era praticamente inexistente do ponto de vista fiscal). Por último, fala baixo…. senão seus amigos sociopatas da esquerda não vão conseguir esconder que o bolsa família veio daqueles imperialistas nojentos do Banco Mundial que pregam políticas ultra-mega-liberais como as existentes naquela carta escrita do diabo (Consenso de Washington – que nenhum esquerdista leu até hoje).

  8. " o bolsa família é um tipico programa dos liberais como Friedman"

    “Outra causa que foi alvo de intensa campanha dos proponentes do capitalismo laissez-faire foi a abolição do sistema speenhamland de ajuda à pobreza (…) estabelecido em 1795. Sustentava que os infelizes teriam direito a um padrão de vida mínimo, quer estivessem empregados, quer não. (…) Eles se opunham a qualquer ajuda do Governo ao pobres, e muito dos seus argumentos baseavam-se nas ideias de Malthus”. (Hunt, Cap. 4)

    O bolsa família pode até ser um programa típico neoclásssico liberal, mas a ideia básica por trás desse tipo de programa, ajuda do Estado aos mais pobres, data do século XVIII. Ideia essa combatida pelos liberais clássicos e adotada pelos primeiros socialistas (ex.: Condorcet).

    Em suma: liberais clássicos (ex.: Malthus, Senior) eram contra a ajuda aos pobres, os neoclássicos liberais (ex.: Friedman e Schwartsman) são a favor.

    Neste particular, o liberalismo mudou para a esquerda. Faz sentido: hoje em dia é necessário ganhar as eleições e o sufrágio é universal.

  9. Anônimo, concordo com vc mas tem uma detalhe importante: o contexto que os liberais foram a favor da revisão da Seenhamland que havia servido como proteção (renda mínima) na Inglaterra rural era diferente. Tanto que embora tenha criticado durante a "mercantilização" do trabalho no século XIX, Segundo Polyani "O objetivo da Speenhamland se destinou a impedir a proletarização do homem comum, ou pelo menos diminuir seu ritmo. O resultado foi apenas a papuperização das massas, que quase perderam a sua forma humana no decorrer do processo (p.104-105)". Claro, ele vai criticar a "mercantilização" do trabalho após 1834 também. Mas estou chamando a atenção que a discussão era bem mais complexa e um detalhe que eu mencionei fundamental: não existia estado fiscal nesse período. A arrecadação não chegava a 10% do PIB e a questão das externalidades se não me engano entrou para a discussão mais para o fim do século XIX quando as idéias que se transformariam em social-democracia começaram a ganhar espaço. Talvez não seja questão dos liberais “irem” para a esquerda mas sim da evolução da própria disciplina no século XX.

  10. Com o modelo atual,o BC coagi o cidadão a adotar uma moeda única,no caso o real,o indivíduo não pode escolher a moeda que mais lhe agrada como o Bitcoin.

  11. Outro ponto de discordância meu com o Sr e em relação ao Euro.Para os indivíduos ele e a melhor opção porque ele limita a gastanca em excesso do governo .

  12. Rafael,

    “Talvez não seja questão dos liberais “irem” para a esquerda mas sim da evolução da própria disciplina no século XX.”

    Concordo que isso decorreu da evolução da disciplina em mais de um século e eu acrescentaria da própria sociedade no século XX.

    Quando eu falei dos liberais “irem” para a esquerda, digamos assim, foi apenas o resultado visível de forma superficial, sem entrar no mérito.

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