Troféus para tantas mentiras. As da política e outras, das promessas. Mira.
Em seu texto n’O Globo de hoje (14), Ricardo Noblat – também pode ser lido no Blog do Noblat – propõe um torneio, “Em disputa, a Tornozeleira de Ouro do Cinismo”, em que cita como participantes Emílio Odebrecht, atual presidente da empresa que leva o seu sobrenome; José Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff, e o governador Luiz Fernando Pezão, do Rio de Janeiro.
Por falar neste, justifica a escolha de uma envolvida na Lava Jato com a seguinte pérola: – “A gente não pode sair criminalizando todo mundo que hoje tem uma acusação, senão, não vai sobrar ninguém. […] Quanto à questão dela estar respondendo a processo, isso eu também estou. Assim como eu, ela tem direito a se defender. Enquanto não for condenada, acho que ela pode me ajudar muito na administração do Estado”.
Sugiro a inclusão de dois participantes, o deputado Wadih Damous (PT-SP), que propõe projetos que, se aprovados, inviabilizam o andamento da Lava Jato, pois deseja impor prazos exíguos para conclusão dos inquéritos. Advogado que é, sabe da morosidade do andamento das ações na Justiça e, por isso, pretende livrar a cara de seus parceiros com artimanhas. O outro “atleta” é Eliseu Padilha, dono de passado cheio de coisas duvidosas e presente idem. Seu passaporte é a declaração de que “Só citação de delator não é motivo para nada.”. E pensar que é o grande negociador de Temer…
As “entrevistas” ensaiadas da TV Globo têm o dom de me sentir xingado de trouxa. A produção chega antes, se for uma entrevistada, veste sua melhor roupa, faz maquiagem e, campainha da casa tocada, não demora dois segundos para abrir a porta. Ontem (13), em reportagem sobre local especial para sesta, o repórter Marcio Canuto finge que está à procura de uma pessoa para entrevistar, passa por várias cabines e bate direto na em que está o entrevistado “surpreendido”. Pra que isso, globais? Pra que esse entrevistismo, em que a vítima tem respostas que nada acrescentam a não ser obviedades?
É como a história da velhinha no supermercado, os preços sofreram redução, o/a repórter faz aquela pergunta inteligentíssima “O que a senhora está achando dos preços” e lá vem a resposta “Ah, meu/minha filho/a, um horror, aumentou muito de ontem pra hoje”…
N’O Estado de S. Paulo (14), pág. 3, “O mau uso do Fundo Eleitoral”. Não satisfeitos, os “nobres” parlamentares estão armando coisa pior.
Da ministra Cármen Lúcia: “Caixa 2 é crime!”
(CACALO KFOURI)
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