O negócio da China é aqui. Coluna Mário Marinho
O negócio da China é aqui
COLUNA MÁRIO MARINHO
Campeão do Brasil com campanha que não deixou a menor dúvida no ano passado, o Verdão tratou de quebrar aquele velho – e mentiroso – adágio: em time que está ganhando não se mexe.
Pois mexeu.
Não pôde mais contar com o excelente técnico Cuca? Não tem problema, não dá para parar e ficar chorando. Foi ao mercado e trouxe o jovem Eduardo Batista.
Apesar da pouca experiência, Eduardo Batista tem bons planos, boas ideias. Com o excelente elenco que tem em mãos, tem tudo para fazer bonito.
Trocou o presidente: saiu o miliardário Paulo Nobre e entrou o administrador de empresas Maurício Precivalle Galiotte.
A máquina segue em frente.
Vieram contratações e mais contratações.
A última acaba de chegar: Miguel Ángel Borja Hernández, atacante colombiano de 24 anos com incrível faro de gol. Borja jogou duas vezes contra o São Paulo, pela Libertadores, e em ambas seu time venceu: 2 a 0 e 2 a 1. Ele marcou os quatro gols do seu time, o Atlético Nacional.
Borjas era pretendido pelo futebol chinês.
Por isso, Alexandre Mattos, o homem forte do futebol do Verdão, se mandou para a Colômbia, onde os chineses passeavam livremente, sem a menor marcação.
Bom de papo, o mineiro Alexandre Mattos convenceu Borjas a abrir mão dos US$ 28 milhões dos chineses, pelos US$ 10 milhões do Verdão.
Os argumentos foram simples, porém sólidos: jogando no Brasil e no campeão Brasileiro, sua visibilidade será muito grande, um passaporte para o futebol europeu. Dali, mais tarde, aos trinta e poucos, aí, sim, é hora de ir para a China.
Borjas topou.
E o Palmeiras é mais Verdão do que nunca.
Jadson
de volta
Desiludido com a China, onde subiu para a primeira divisão com o seu time, o Tianjin Quanjian Football Club, fundado há 8 meses, exatamente com a meta de disputar a Super Liga Chinesa, explicou a razão de sua desilusão.
– As coisas lá acontecem com muita rapidez e não dá para entender direito. O Luis Fabiano é o artilheiro do campeonato, mas, mesmo assim, rescindiram o contrato dele.
Jadson volta ao Corinthians para onde foi em 2014, como parte do pagamento da contratação, pelo São Paulo, de Alexandre Pato.
Jadson chegou e demorou um pouco a se tornar titular. Até que se entendeu às mil maravilhas com Renato Augusto, formando um meio de campo irresistível, e bem armado pelo técnico Tite.
Daí, chegou até à Seleção Brasileira.
A realidade corintiana hoje é outra.
Não há mais Tite e o elenco é bem mais modesto.
Jadson é um excelente jogador, mas está longe de ser um craque, de ser a grande solução, a salvação.
História
das Mascotes
Na semana passada, falei aqui da criação de duas mascotes do futebol brasileiro: o Coelho, do meu América, e o Timbu, do Náutico;
Hoje a história é do Atlético e seu histórico e místico Galo.
As mascotes dos times mineiros foram criadas pelo jornalista, desenhista, artista plástico e cartunista Fernando Pierucetti, que assinava Mangabeira.
Isso se deu na década de 1940, quando a direção do jornal Folha de Minas, onde trabalhava, pediu que ele criasse símbolos para incentivar torcedores.
A ideia do Galo nasceu de suas frequentes visitas a uma das rinhas na Capital mineira, onde um galo carijó parecia imbatível.
O tal galo era preto e branco como o Atlético, parecia invencível como os torcedores atleticanos gostavam de acreditar. E era um vingador. Tudo a ver.
Pierucetti, que morreu em 2004, aos 94 anos de idade, era torcedor do América MG, mas dizia se emocionar toda vez que ia aos estádios e ouvia a torcida gritando: Galo! Galo!
Na década de 1950, o volante Zé do Monte, ídolo da torcida, entrava em campo levando um galo de verdade.
E o Galo tornou-se o maior símbolo.
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Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em livros do setor esportivo
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)