Polícia para quem precisa de polícia. E imprensa em cima
O país pegando fogo e as escolhas em Brasília passam longe dos interesses da população, o Planalto está só preocupado em satisfazer os partidos X, Y e Z. As autoridades têm (ou será “possuem”?) pouca memória, se esquecem de que a greve da PM na Bahia foi o rastilho que detonou a no Rio. Agora, a Polícia Civil parou também. É um caos, ambas as organizações são proibidas de fazer greve, o governo tem de intervir energicamente sob pena de o movimento se repetir por todo o país.
Policiais civis tentaram invadir o Congresso para protestar contra a ideia de reforma da Previdência. É a polícia dando mau exemplo, há que punir os policiais, todos facilmente identificáveis. A imprensa tem de ficar em cima, a coisa está saindo totalmente do controle. E precisa apurar quem – ou quais organizações – está por trás disso.
Há dois fatos assustadores acontecendo no Espírito Santo, um é que fica cada vez mais patente que a polícia não respeita a lei; o outro é a demonstração da existência de elevado número de criminosos latentes, bastou não haver policiamento e eles vieram à tona. É material de sobra para uma reportagem. E, aproveito, sugiro outra, quantos dos que ingressam na força o fazem por vocação?
As greves passadas e presente das PMs merecem uma análise mais aprofundada e uma resposta à questão: algum governador manda, de fato, na força? Volto ao que aconteceu comigo: presenciei um assalto, liguei para o 190, disse que a ação estava acontecendo na esquina da rua X com a avenida Y. A atendente queria o número, respondi “Número? É na esquina, caramba, não tem número!”. A burrice continuou de tal forma que desisti. Antonio Prata, cronista da Folha de S.Paulo passou por problema parecido, escreveu a respeito há duas semanas. E ninguém consegue mudar o sistema burro da PM de São Paulo. E é provável que em nenhum estado, é uma força com todas as sequelas da ditadura militar. A imprensa não trata do caso com a devida profundidade.
Na Folha de S.Paulo (8), pág. A6, “Estão patrulhando André Lara”.
N’O Estado de S. Paulo (9), pág. A11, “Trump e a Cisjordânia”.
(CACALO KFOURI)
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