Jesus lá, o Mito aqui. Coluna Mário Marinho

Jesus lá, o Mito aqui.

COLUNA MÁRIO MARINHO

ROGÉRIO CENI
ROGÉRIO CENI

Todos os olhares paulistas estavam voltados para a estreia de Rogério Ceni.

Afinal, o goleiro herói subiu ao patamar de Mito e volta agora como técnico, um simples mortal.

A derrota para o Audax, na cidade de Barueri, não foi assim tão surpreendente.

Afinal o time presidido pelo folclórico Vampeta é o vice-campeão paulista. Apesar de ter hoje apenas seis dos jogadores que foram vice no cano passado, o técnico é o mesmo Fernando Diniz que surpreendeu a todos com um time de toques, de bola no chão e nada de chutões. Repare a tabelinha no segundo gol do Audax, logo abaixo.

Mesmo jovem, 42 anos (Rogério Ceni tem 44) Fernando Diniz é mais experiente, pois é técnico profissional há seis anos.

O que espantou foi o placar: 4 a 2.

O São Paulo foi surpreendido por dois gols do Audax, aos 5 e aos 9 minutos.

Aos poucos o Tricolor se arrumou em campo e conseguiu empatar a partida.

Mas acabou levando mais dois gols. Final: Audax 4, São Paulo 2.

Como jogador, Vampeta foi sempre muito inteligente. Mas, como cartola, esqueceu a inteligência não se sabe onde.

Querendo ganhar muito dinheiro no jogo, colocou os ingressos com preços a partir de R$ 100,00. Para visitantes, o ingresso foi de R$ 104,00. Com preços fora da realidade da crise brasileira, apenas 2.129 torcedores pagaram ingresso.

Caia na real, Vampeta.

Gabriel
Jesus lá

O jovem ex-palmeirense já é comemorado como o xodó da torcida do Manchester City no campeonato inglês que está em sua 24 rodada.

Neste domingo, Gabriel, jogando como centroavante, fez os dois gols que garantiu a vitória por 2 a 0 sobre o Swansea. É o segundo jogo que o técnico Guardiola deixa Aguero no banco e colo Gabriel como titular.
Além dos dois gols, Gabriel participou bastante do jogo e foi muito elogiado.

Está no caminho certo para dentro de pouco tempo fazer parte do seleto clube de estrelas onde brilham Neymar, Cristiano Ronaldo e Messi.

Ótimo para o futebol brasileiro: Gabriel vai se tornando o camisa nove que nossa seleção precisa.

Veja os gols:

https://youtu.be/khzx2YOBeZ8

A fanática torcida do Manchester City está tão apaixonada pelo garoto Gabriel que até já fez música para ele.

Ouça:

https://youtu.be/edC1dhdXci8

Gols,
Gol, gols

Como os estaduais já estão rolando vai aqui um festival de gols. Os gols do Fantástico. Além dos estaduais, também gols pela Copa do Nordeste e do Brasil no Sul-Americano sub 20.

https://youtu.be/qSNqg8qff2E

As
Mascotes

Eu devia ter uns cinco ou seis anos, quando entrei em campo vestindo a camisa do Madureira, time que meu saudoso pai ajudou a fundar no bairro onde morávamos, o Parque Riachuelo, na Zona Noroeste de Belo Horizonte.

Eu era o mascote do time.

Talvez pela associação de um menino entrando em campo, deu-se que quase todo mundo achava que mascote era masculino.

Levou algum tempo até que eu descobri que mascote é um substantivo feminino de origem francesa.

Bem, tudo isso para dizer que o jornalista Toinho Portela me mandou um e-mail lá das cercanias do Recife, onde vive em merecido dolce far niente, perguntando-me a origem do Coelho como mascote do meu time, o América Mineiro.

Torcedor do Náutico, Toinho explica o Timbu, mascote do seu time.

“Timbu”, você deve saber, é porque esse bicho, que noutras plagas também é conhecido por “gambá”, gosta de uma boa cachacinha. E, ali pela década de 1930, espalhou-se pelo Recife que alguns remadores do Náutico (o clube era mais náutico, nas águas do Rio Capibaribe) adoravam tomar uma ou mais nos bares da cidade…”

Bem, Toinho, principais time mineiros ganharam suas mascotes no ano de 1945, quando o jornalista, professor, pintor e desenhista Fernando Pierucetti, torcedor do América, então trabalhando no jornal Folha de Minas, resolveu criar mascotes para os times, utilizando-se de animais.

O América foi o Coelho, o Atlético o Galo e o Cruzeiro a Raposa.

A escolha do Coelho se deveu a dois motivos.

Primeiro, aquela época, a diretoria do América tinha muitos dirigentes de sobrenome Coelho.

Segundo, explica Pierucetti que usava o apelido de Mangabeira, essa diretoria era muito rápida em suas decisões.

– Lembro-me, disse ele em entrevista em 2001, que naqueles dias em que eu estava bolando o bichinhos, o Atlético estava tentando comprar um jogador do interior. E ficou naquele contrata, não contrata até que o América passou na frente e comprou. Daí, me decidi pelo Coelho que, além de ser rápido, é um bichinho simpático.

Fernando Pierucetti morreu em 2004, aos 94 anos de idade.

Voltarei a falar das mascotes nas próximas colunas.

COELHO DO America_MG

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FOTO SOFIA MARINHO

Mario Marinho É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em livros do setor esportivo

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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