Personagens de Ionesco, Escolinha do Prof. Raimundo, Chaves…
Uma das grandes, se não a maior, dificuldades do jornalismo é a escolha do que publicar. Pegue-se como exemplo Trump/Tramp, que fez toda a sua campanha baseado em mentiras que foram publicadas sem o menor espírito crítico, teve enorme espaço com seus factoides e, agora, na maior cara de pau, em entrevista, ontem (11), se recusou a dar resposta a um repórter da CNN, acusando-a– mais uma mentira – de divulgar notícia com inverdades sobre ele. O que fazer, ignorá-lo ou continuar a lhe dar destaque?
Na abertura do Mirando de ontem questionei a sabedoria popular ao escolher seus governantes. Hillary teve mais votos de eleitores que Trump/Tramp, mas foi uma diferença irrisória, 1,02 ponto percentual, 61.195.258 de pessoas votaram nele, um horror pensar que tanta gente tenha escolhido alguém abaixo de qualquer crítica como ele.
Às quintas-feiras bate uma saudade da coluna do professor Pasquale Cipro Neto na Folha de S.Paulo… Na Folha, pág A3, “Decálogo do rinoceronte”. Vale a pena ler todo, mas destaco uma frase: “Os bons sujeitos dão bons rinocerontes”, disse outro personagem de Ionesco.” Se Ionesco fosse vivo seria processado por aqueles que se insurgiram contra anúncio do Ministério dos Transportes que dizia que gente boa também mata.
O Jornal da GloboNews Edição das 18h (11) mostrou cenas que deveriam envergonhar as autoridades pernambucanas. Depois de a polícia ter feito revista em penitenciária do Recife e recolhido algumas armas e uns poucos celulares, assim que saiu do presídio os presos pegaram armas que celulares que haviam escondido em um muro. O que a polícia apreendeu não passou de boi de piranha.
Hoje (12), o Bom Dia Brasil mostrou reportagens sobre arrastões feitos por jovens em linhas de ônibus no Rio de Janeiro. Roubam gente na mesma condição social deles, alguns, provavelmente, vizinhos. São “apreendidos” e meia hora depois estão de volta às ruas para fazer a mesma coisa de novo.
(CACALO KFOURI)
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