Fogueira das vaidades e outros poderes. Na mira.
Há detalhes que têm passado batido nas análises sobre a reforma da Previdência. Os aposentados vêm sendo tungados faz tempo, muitos que hoje recebem uma merreca em razão de a correção do que recebem não acompanhar nem a inflação, recolheram contribuições sobre 20 salários mínimos e suas aposentadorias, hoje, mal atingem metade do teto. Outros, permaneceram trabalhando depois de aposentados e continuaram a contribuir e não tiveram, quando se afastaram definitivamente do trabalho, o tempo extra incorporado ao que recebem. Como será a vida dos que se aposentarão a partir da reforma se terão de trabalhar por mais tempo, aposentar-se-ão mais velhos em um país com saúde pública pífia e recebendo menos?
O Congresso reclama de interferência do Judiciário, mas acha normal quando ele interfere na Anac (indo contra a decisão da agência sobre a liberação de cobrança de bagagens despachadas). Interessante, não?
Como reza o ditado, não existe almoço de graça. É óbvio que no preço da bagagem despachada está incluído no valor da passagem aérea, é carga, interfere no consumo de combustível dos aviões. Isso implica que os passageiros que só levam bagagem de mão pagam uma parte do custo da que vai no porão. É justa a cobrança, o problema é confiar na honestidade do empresário brasileiro, ou seja, que o valor da passagem cairá. No país impera um capitalismo sui generis, o dos cartéis sob os olhos complacentes do Cade.
Na Folha de S.Paulo (15), A2, “Paulo Evaristo Arns”. No mesmo jornal, edição de 14/12, pág. B2, “Um abraço na imprensa”.
Ouve-se com frequência, no noticiário relativo ao andamento da Lava Jato, a expressão “amigo pessoal”. Por que pessoal, é para distinguir do amigo-urso, que seria um amigo animal? Na amizade, existe gradação, é claro, há amigos e amigos mais chegados, os íntimos. Ou estou enganado?
Ler, ver ou ouvir Renan Calheiros perorando sobre Justiça é como falar em corda em casa de enforcado. Vá ser cara de pau assim na China!
(CACALO KFOURI)
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No Estadão
Presidente do TCE-RJ é levado para depor
(De acordo com a delação do executivo)(1) Leandro Andrade, da Odebrecht, revelada anteontem pelo programa Fantástico, da TV Globo, Carvalho Júnior (teria pedido)(2) dinheiro para aprovar o edital de concessão do Maracanã e as contas da Linha 4 do metrô. Segundo o programa, em 2013, Wilson Carlos, então secretário de Governo de Sérgio Cabral, avisou à empreiteira que o edital do Maracanã havia sido enviado ao TCE e que a empresa deveria procurar Carvalho Júnior. Segundo Leandro Azevedo, ele e o presidente do TCE (teriam acertado)(3) o pagamento de R$ 4 milhões em quatro parcelas de R$ 1 milhão.
Obs.: – É um texto do padrão “não me envolva, sou medroso”. Além disso, quem escreveu não pensa com lógica. Então, leitores, vocês teriam sido informados ao ler o texto que teria sido publicado no jornal:
1,2 – Se é de acordo com a delação, pediu, ou o delator não sabe o que diz?
3 – Mais uma vez, se é o delator que diz, afirma, pode até ser mentira, mas ele afirma, está delatando.
Correções
Hospitais. Ao contrário do publicado na reportagem Crise nas prefeituras paralisa hospitais no interior de São Paulo (Metrópole, 12/12/16, pág. A17), a Justiça ordenou à prefeitura de Sorocaba repasse de R$ 68 mil(*) e não de R$ 68 milhões(*) ao centro médico
(*) Ao contrário do que o escriba pensa, milhão não é o contrário de mil, é mil vezes maior, é diferente. Sou capaz de apostar que, como a correção está entre duas que começam por diferentemente, o escriba pensou “não vou repetir” e usou ao contrário como sinônimo de diferentemente e não é.
Direto da Fonte
Concorrência
Pré-candidato à eleição da Câmara, Rogério Rosso decidiu entrar com ação de inconstitucionalidade, no STF, para questionar a reeleição de Rodrigo Maia. Para tanto, já acionou a CCJ.
Obs.: – Olhaí, mais um que recorre ao STF. Depois, reclamam de interferência.
Farc expulsam líderes avessos a pacto
Autoridades policiais e militares expressaram temor de que alguns guerrilheiros não se desmobilizarão e manterão o controle das operações lucrativas de cultivo de folha de coca e tráfico de cocaína
Obs.: – É questão de dias surgirem as Farc da C.
Trump abandona projeto de hotel investigado no Rio
Obs.: – Caramba, até Trump/Tramp tem medo do Rio de Cabral.
Venezuelana tenta entrar à força em cúpula do Mercosul
Chanceler ameaçou invadir ‘pela janela’ reunião de ministros de Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai para ‘defender os direitos’ dos venezuelanos
Obs.: – Ela acha que o resto da América do Sul é a casa da mãe Joana em que transformaram a Venezuela. Deveriam ter deixado entrar pela janela, poderiam, assim, prendê-la por invasão de domicílio.
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Na Folha
Marcelo Odebrecht respalda versão de delator sobre Temer
Obs.: – E agora, Miché?
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Acusação não pode parar país, diz presidente
‘Não dá para ficar duvidando da classe política’, reclamou senador Romero Jucá, também delatado
Obs.: – Nããããão, senador, o que não dá é pra acreditar na classe política!!!
No Congresso em Foco
Afastado do Ministério Público há quatro anos, Demóstenes já recebeu R$ 2,2 milhões sem trabalhar
Valor inclui pagamento de salários e retroativos recebidos pelo ex-senador cassado desde novembro de 2012, quando ele foi afastado das atividades de procurador no Ministério Público de Goiás em virtude de abertura de processo criminal na Justiça
Obs.: – Castiguem-me assim pelamordedeus!!!
Fux ordena reanálise de pacote anticorrupção
Em novo choque entre STF e Congresso, ministro diz que projeto de iniciativa popular não poderia ter sido alterado
Presidente da Câmara vê ‘intromissão indevida’ do Judiciário; Gilmar Mendes ironiza decisão de colega
A decisão é em caráter liminar (provisório), em ação impetrada no STF pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) no começo do mês
Obs.: – A Constituição reza que projeto de iniciativa popular não pode ser alterado, um deputado entra com ação, pois o projeto foi alterado. Tanto quanto sei, deputado faz parte do Congresso, portanto quem pediu a intervenção foi um componente da casa (minúscula proposital), então não dá pra entender a “ironia” do boquirroto Mendes. Mendes, ¿Por qué no te callas?
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