Começando por cima. Coluna Mário Marinho
Começando por cima
COLUNA MÁRIO MARINHO
Verdadeiro mito da torcida, ídolo, líder inconteste entre os jogadores, maior goleiro da história do Tricolor, Rogério Ceni está muito perto de assinar contrato com o São Paulo para começar sua nova carreira no futebol: técnico.
Jogador boa cabeça, bom nível intelectual Rogério procurou sedimentar sua careira com cursos e estudos na Europa.
Um bom começo, sem dúvida.
Imagino que, nesse momento, deve estar vivendo um dilema muito grande: será seu amado time, o São Paulo, um bom lugar para começar?
Eu entendo que são grandes, enormes, as chances de que tudo dê certo: afinal, é mais do que respeitado pela torcida, é idolatrado; sempre teve bom relacionamento com os dirigentes e com os companheiros.
Além de excelente jogador, Rogério foi sempre um bom observador de futebol. É daqueles jogadores que sabem “assistir” o jogo de futebol.
Mas eu entendo também que são grandes, enormes, as chances de que nada dê certo.
A começar pelo elenco do São Paulo que é fraco.
A responsabilidade do Rogério Ceni vai ser imensa, vai pesar muito sobre suas costas. A torcida, todos sabemos, é volúvel e volátil. Na terceira derrota seguida, o Mito será esquecido e o treinador será cobrado como tantos outros e, com certeza, ouvirá os gritos de “Burro! Burro!”
Dois exemplos de jogadores que começaram por cima, bem por cima e até hoje não deram certo: Paulo Roberto Falcão e Dunga.
Ensina a sabedoria que quanto maior a altura, maior o tombo.
É, Rogério Ceni vai ter que pensar muito.
Brasileirão
no Tapetão.
O Departamento Jurídico do Internacional já tem tudo prontinho. Se o Inter cair para a Série B, o que pode acontecer já neste fim de semana, entrará com um recurso no STJD alegando que o Vitória usou o irregularmente o jogador Victor Ramos durante o Brasileirão.
Em resumo, trata-se do seguinte.
Victor Ramos pertence ao Monterrey, do México. Jogou pelo Palmeiras, por empréstimo, em 2015.
Terminado o empréstimo, ele deveria ter voltado ao México e depois ser emprestado ao Vitória, conforme determina o Transfer Market System (Sistema do Mercado de Transferências), que regula as transferências internacionais. Isso não aconteceu: ele foi direto para o Vitória.
Victor Ramos jogou 24 partidas pelo time baiano. Se for constatada a irregularidade, o time perderá 3 pontos por jogo. Ou, 72 no total e fatalmente cairá, salvando o Inter.
O assunto é polêmico.
Tranquilizem-se os palmeirenses: o Campeão Brasileiro de 2016 não corre risco nenhum.
O Galo
se foi?
Com certeza foi surpresa até para o mais gremista dos gremistas a vitória por 3 a 1 sobre o Atlético, no Mineirão, na primeira partida da decisão da Copa do Brasil.
Com certeza só mesmo uma paixão sem limites pode levar o torcedor a acreditar na virada em Porto Alegre, na quarta-feira que vem.
Pessoalmente, até acredito que o Galo possa vencer. Por que não? É um clássico, são dois times fortes e qualquer um pode vencer. Mas reverter a situação é muito difícil.
Foi incrível como o time do Galo se abateu após o primeiro gol, belíssimo, do Grêmio. O time pareceu liquidado, morto em campo.
Melhorou no segundo tempo e exatamente quando era o melhor em campo levou o segundo gol. Coisas do futebol.
Veja os gols. Chamo a atenção para o belíssimo primeiro gol do Grêmio. O segundo também foi muito bonito e também marcado por Pedro Rocha, mas contou com a bobeira da zaga atleticana.
https://youtu.be/tmlj68Ho8D8
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Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em livros do setor esportivo
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
Mário, preciso o seu comentário sobre a presença de Rogério como técnico do São Paulo. Boleiros , como somos, daria um tempo. Um abraço.