Jogo duro. Muito duro. Coluna Mário Marinho
Jogo duro. Muito duro.
COLUNA MÁRIO MARINHO
Mas foi duro mesmo… de assistir.
Figueirense e Corinthians, por motivos diferentes, precisavam vencer. O Figueirense para dar um grande passo para fora da pegajosa zona de rebaixamento; o Corinthians para se colocar na desejada zona da Libertadores.
Era de se esperar, portanto, que os dois entrassem pilhados, a mil por hora.
Não foi o que aconteceu.
Os dois times não demonstraram o menor interesse em campo.
É até compreensível que o Figueirense, teoricamente mais fraco, se enchesse de cuidados para enfrentar o Corinthians, teoricamente mais forte.
O que se viu, entretanto, foram dois times fracos, acovardados, igualados por baixo.
Terminou o primeiro tempo com a magra vitória corintiana por 1 a 0. Pois não é que o técnico do Corinthians, Osvaldo Oliveira, na volta do intervalo, elogiou a atuação do time, principalmente de sua defesa:
– A defesa encaixou, jogou muito bem.
Ora, comemorar o fato de não ter levado gol do adversário com um dos ataques mais fracos do Brasileirão e que deixou lá na frente o isolado Rafael Moura (que, ao final, acabou marcando o gol de empate) é fazer pouco da inteligência do corintiano.
Pior ainda. Osvaldo de Oliveira colocou a culpa no empate a erro da arbitragem. É verdade que o Rafael Moura estava adiantado, em impedimento. Mas é um daqueles impedimentos que só se constata na tevê depois de se ver a repetição do lance.
O gol, aos 48 minutos do segundo tempo, originou-se de uma falta cobrada perto no meio do campo, a quase cinquenta metros da área corintiana. Uma jogada com tempo o bastante para se posicionarem todos os jogadores, tomarem todos os cuidados.
Certamente, uma jogada treinada repetidas vezes. E mesmo assim saiu o gol.
Ao invés de reclamar da arbitragem, Osvaldo de Oliveira deveria procurar soluções para um ataque pífio, sem vida e sem gols.
Mas, ele disse que gostou da atuação do time. Ah!, tá.
Veja os melhores momentos.
https://youtu.be/8zedhTpAnmM
Pena
que parou
Estava tão bom ver a Seleção Brasileira jogando, se encontrando com o nosso verdadeiro futebol, um futebol feito de criatividade, de alegria, de gols.
Aí, vem a maldita tabela e manda parar tudo até o próximo dia 23 de março – que não está tão próximo assim.
A primeira fase da Era Tite fecha-se com chaves e gols de ouro.
Estamos muito próximos da classificação. Mais do que isso, estamos recuperando o prestígio do nosso futebol.
Talvez você pense que isso é um exagerado ufanismo de minha parte.
Pois saiba que o zagueiro alemão Mats Hummels, que estava em campo naqueles trágicos 7 a 1, deu entrevista ao site da Fifa e disse o seguinte:
– Tenho visto alguns jogos do Brasil. Contra a Argentina, vi apenas os gols. Acho que eles têm um time impressionante, integrando alguns jogadores que não estavam em campo há dois anos. Acho que o Brasil está de volta ao topo.
Penso que estou em boa companhia.
De volta,
como era esperado.
Desde que começou o Brasileirão, eu vi a ascensão do meu América meio ressabiado.
Conhecendo pouco o time, mas, muita da falta de estrutura do clube, temi pelo vexame na participação da competição.
Assisti a alguns jogos nas primeiras rodadas e vi que não iria dar outra coisa: vamos cair.
Torci, e torci muito, para que o inevitável não se transformasse num imenso vexame.
E aí está: o Flamengo venceu por 1 a 0 e colocou pá de cal na lenta agonia do América nesse Brasileirão.
Foram, até agora, 37 jogos, 7 vitórias, 6 empates e 22 derrotas. Marcou 21 gols e tomou 52. Somou apenas 27 pontos ganhos.
De volta, portanto, à Série B.
Veja como foi:
https://youtu.be/do6mf1Gx0Go
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Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em livros do setor esportivo
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
Lamento por seu América, amigo.
É a vida, eterno sobre e desce.
Meu Náutico deu uma subidinha, freou e ainda está lutando para chegar a uma inglória Série A.
Digo “inglória”, como quer que se entenda o adjetivo, porque sinto que não compensa (ao menos a mim, um idiota) um time pernambucano promover-se à Série A e, nela, ficar lutando não pelo titulo de campeão, mas para escapar do rebaixamento.
Meu sonho é ver o Náutico campeão da Série B e nela continuar disputando o bi, o tri, o hexacampeonato (lembre-se de que somos, os alvirrubros, os únicos hexacampeões pernambucanos) nacional.
Renunciando à “promoção” à Série A, na qual só teria sofrimento.
Mistura de sonho e realidade, este futebol merda de hoje, essa desagradável mistura de forçada emoção e interessado lucro, acaba ficando chato.
Não ligo mais a televisão para ver futebol, mas para olhar como umas meias dúzias de estrelas se comportam.
É assim hoje.
E que continuemos a vida.
Com opiniões sempre tão percucientes como a sua.
Um abraço do velho companheiro do JT,
(para cuja reunião, mais uma vez este ano, não vou poder comparecer, fisicamente).
Toinho Portela
veja as fotos no facebook e no meu blog!!!
beijos da chumbinha Marli