“E o Lula lá gosta de peras”?
Por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa*
… Lula, por mais banhos de loja que leve, continua tosco, desajeitado, desarticulado e deselegante. Interrompe as perguntas do entrevistador para melhor evitar responder com sinceridade àquilo que lhe é perguntado. Gabola, como já disse alguém, ele está convencido que o brasileiro é besta…
Artigo publicado originalmente no Blog de Ricardo Noblat, 23 de novembro de 2015
A melhor coisa da entrevista que o Lula deu ao Roberto D’Ávila para a Globo News foi como sempre é, nos programas desse jornalista, o próprio entrevistador. Bonito, elegante, educado, inteligente, sabe perguntar e sabe ouvir, o que é, evidentemente, vital para um entrevistador.
A comparação com o ex-presidente chega a ser cruel. Lula, por mais banhos de loja que leve, continua tosco, desajeitado, desarticulado e deselegante.
Interrompe as perguntas do entrevistador para melhor evitar responder com sinceridade àquilo que lhe é perguntado. Gabola, como já disse alguém, ele está convencido que o brasileiro é besta e que acredita em tudo que ele diz. Os palanques lhe fizeram esse mal: as plateias são convocadas e as palmas e aplausos obrigatórios. Desse modo, o ex-presidente se convenceu que sua palavra é sempre ouvida e respeitada.
… “Será que ele gosta de peras? Ou prefere um ’poire’? Ou é homem fiel a uma boa cerveja? Sei lá, nunca vi o Lula em pessoa. Não sei, com certeza, do que ele gosta, a não ser do Corinthians. Mas deduzo algumas coisas: que adora viajar em jatinhos, hotéis seis estrelas (do tipo que oferece menu de travesseiros), e casas de campo super confortáveis, com boas piscinas e campos de futebol. Ah! e mesas para um bom carteado… Peras? Que ideia!
E aí, sai dizendo tolices atrás de tolices. São frase e pensamentos que de tão repetidos todas as vezes que ele se vê diante de um microfone, já poderiam ser ditos em coro com os convocados para encher o espaço onde ele fala.
De sua mãe, conta com orgulho que ela nasceu analfabeta como, aliás, todas as nossas mães nasceram. Pena que dona Lindu não tenha aproveitado melhor a força do filho que, já em 1975, era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, para fazer um curso de alfabetização de adultos e poder ter o prazer de ler sozinha as notícias diárias que os jornais estampavam sobre seu Lula. Ela faleceu em 1980.
Na entrevista que deu ao jornalista Kennedy Alencar, do SBT, em 5 de novembro, Lula fala aquilo que repete desde sempre: que duvida que haja alguém, seja lá quem for, que tenha se aproximado dele com um papo menos republicano, digamos assim.
Falando com Roberto D’Ávila em 18 de novembro, esquece que quinze dias antes deu entrevista ao SBT e menciona que há cinco anos não dá entrevistas para não atrapalhar o governo de sua eleita! E torna a dizer que nunca ninguém se aproximou dele com uma oferta menos ortodoxa, nem uma pera lhe ofereceram!
Será que ele gosta de peras? Ou prefere um ’poire’? Ou é homem fiel a uma boa cerveja? Sei lá, nunca vi o Lula em pessoa. Não sei, com certeza, do que ele gosta, a não ser do Corinthians. Mas deduzo algumas coisas: que adora viajar em jatinhos, hotéis seis estrelas (do tipo que oferece menu de travesseiros), e casas de campo super confortáveis, com boas piscinas e campos de futebol. Ah! e mesas para um bom carteado…
Peras? Que ideia!
* Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa* – Professora e tradutora. Vive no Rio de Janeiro. Escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005. Colabora para diversos sites e blogs com seus artigos sobre todos os temas e conhecimentos de Arte, Cultura e História. Ainda por cima é filha do grande Adoniran Barbosa.
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