Flagrantes. Não são supostos. E o noticiário do dia a dia
As edições de hoje dos jornais, com análises sobre o porquê de a imprensa e as pesquisas norte-americanas terem errado tanto em suas previsões sobre a possibilidade de Trump ser eleito, lembraram-me de uma história que meu pai contava. Dizia ele que, nos anos 1950, um ilustre professor da Faculdade de Direito de Roma vai a São Paulo para palestrar no Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Levaram-no para um passeio pela cidade. Ao ver as construções que estavam sendo erguidas na região “morrosa” do Pacaembu, perguntou por que estavam fazendo aquilo, se aqui não tinha problema de área, que era arriscado construir lá. Então, explicaram-lhe que tudo era seguro, boas fundações, amarração de terreno que impediria deslizamentos etc. Respondeu ele: “A engenharia tem todas as explicações para um desastre não acontecer e, quando acontece, tem todas as explicações de por que aconteceu.”. As análises dos fracassos das previsões vão todas no mesmo caminho.
Um exemplo: quando fazem pesquisas sobre o índice de apoio da população ao rodízio de carros, o resultado é sempre concordância esmagadora. Mas, nunca perguntam se as pessoas respeitariam se não houvesse multa. Como reza um aforisma, pesquisas e estatísticas são como o biquíni, mostram muito, mas escondem o essencial.
De que adiantam TVs HD, transmissão digital de TV e quetais se as emissoras, principalmente a maior delas, Globo, fazem uso intensivo de matérias via câmeras de computadores e internet, tudo em baixa definição, com congelamento de som e imagem?
(CACALO KFOURI)
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