Canção do exílio
Não é preciso grande
poder de observação para notar que a economia brasileira anda mal das pernas. A
inflação, descontadas intervenções pontuais do governo, segue pressionada e o
déficit externo é crescente, caminhando para fechar o ano acima de US$ 80
bilhões. Esta combinação de inflação e déficit sugere uma economia com excesso
de demanda, apesar do crescimento pífio, ao redor de 2%. Trata-se de indicação
clara que a capacidade de expansão do país é baixa, reflexo de investimento
insuficiente, particularmente em infraestrutura, deficiências na formação de
mão-de-obra e produtividade lerda.
poder de observação para notar que a economia brasileira anda mal das pernas. A
inflação, descontadas intervenções pontuais do governo, segue pressionada e o
déficit externo é crescente, caminhando para fechar o ano acima de US$ 80
bilhões. Esta combinação de inflação e déficit sugere uma economia com excesso
de demanda, apesar do crescimento pífio, ao redor de 2%. Trata-se de indicação
clara que a capacidade de expansão do país é baixa, reflexo de investimento
insuficiente, particularmente em infraestrutura, deficiências na formação de
mão-de-obra e produtividade lerda.
Por outro lado, é
necessária enorme desatenção para atribuir este resultado ao chamado “tripé
macroeconômico”, que foi praticamente abandonado, de forma mais clara a partir
de 2011, período em que a economia nacional se deteriorou a olhos vistos.
necessária enorme desatenção para atribuir este resultado ao chamado “tripé
macroeconômico”, que foi praticamente abandonado, de forma mais clara a partir
de 2011, período em que a economia nacional se deteriorou a olhos vistos.
Assim, quando economistas propõem
“flexibilizar” o regime de metas para a inflação, preconizando a adoção
de “núcleos” de inflação, ou prazo de convergência mais longo para a meta, eu
me pergunto em que galáxia estiveram exilados desde então.
“flexibilizar” o regime de metas para a inflação, preconizando a adoção
de “núcleos” de inflação, ou prazo de convergência mais longo para a meta, eu
me pergunto em que galáxia estiveram exilados desde então.
Como tive a
oportunidade de discutir em coluna recente, “núcleos” são medidas
de inflação menos afetadas por fenômenos transitórios ou localizados, que
ajudam analistas na tarefa de diferenciar os verdadeiros processos
inflacionários de desvios temporários da inflação. Em particular, se a inflação
“cheia” estiver muito acima dos “núcleos”, há bons argumentos para que o BC
modere altas da taxa de juros e vice-versa.
oportunidade de discutir em coluna recente, “núcleos” são medidas
de inflação menos afetadas por fenômenos transitórios ou localizados, que
ajudam analistas na tarefa de diferenciar os verdadeiros processos
inflacionários de desvios temporários da inflação. Em particular, se a inflação
“cheia” estiver muito acima dos “núcleos”, há bons argumentos para que o BC
modere altas da taxa de juros e vice-versa.
Ocorre que, nos últimos
10 anos, o desvio médio da inflação “cheia” relativamente aos “núcleos” foi da
ordem de 0,02% (2 centésimos de 1%) por ano, jamais superior a 0,45%, ou
inferior a 0,50% negativo. Na verdade, a inflação oficial nunca esteve distante
dos núcleos e muito menos de forma persistente: em 5 dos 10 anos, a inflação
ficou acima dos núcleos e, obviamente, abaixo deles nos outros 5.
10 anos, o desvio médio da inflação “cheia” relativamente aos “núcleos” foi da
ordem de 0,02% (2 centésimos de 1%) por ano, jamais superior a 0,45%, ou
inferior a 0,50% negativo. Na verdade, a inflação oficial nunca esteve distante
dos núcleos e muito menos de forma persistente: em 5 dos 10 anos, a inflação
ficou acima dos núcleos e, obviamente, abaixo deles nos outros 5.
Posto de outra forma, o
histórico brasileiro sugere – ao menos para economistas que permaneceram na Via
Láctea – que o uso de núcleos de inflação não seria a panaceia imaginada pelos
exilados. Hoje em dia, aliás, em tese forçaria o BC a ser mais agressivo no que
se refere ao aumento da taxa de juros.
histórico brasileiro sugere – ao menos para economistas que permaneceram na Via
Láctea – que o uso de núcleos de inflação não seria a panaceia imaginada pelos
exilados. Hoje em dia, aliás, em tese forçaria o BC a ser mais agressivo no que
se refere ao aumento da taxa de juros.
Já fixar o prazo de
convergência para a meta em 2 anos seria um avanço, se considerarmos que a
inflação permanece acima dela desde 2010 e sem perspectivas de retorno até
depois de 2015, fato aparentemente não percebido pelos exilados.
convergência para a meta em 2 anos seria um avanço, se considerarmos que a
inflação permanece acima dela desde 2010 e sem perspectivas de retorno até
depois de 2015, fato aparentemente não percebido pelos exilados.
O que a distância
astronômica também não lhes permite captar são os efeitos colaterais da
convergência lenta da inflação.
astronômica também não lhes permite captar são os efeitos colaterais da
convergência lenta da inflação.
Imagine, por exemplo,
que a inflação em determinado ano atinja 6,5%, dois pontos acima da meta e que
o BC, ao invés de trazê-la de volta em um ano, prometa fazê-lo em dois. É claro
que – de posse desta informação – trabalhadores e empresas passariam a esperar
(na melhor das hipóteses) que a inflação seja de 5,5% no primeiro ano e 4,5% no
segundo.
que a inflação em determinado ano atinja 6,5%, dois pontos acima da meta e que
o BC, ao invés de trazê-la de volta em um ano, prometa fazê-lo em dois. É claro
que – de posse desta informação – trabalhadores e empresas passariam a esperar
(na melhor das hipóteses) que a inflação seja de 5,5% no primeiro ano e 4,5% no
segundo.
Ao reajustarem hoje
seus salários e preços, portanto, incorporarão 5,5% de aumento (ao invés de
4,5%), tornando mais difícil a tarefa do BC. Caso a convergência seja mais lenta
(digamos, em 4 anos, ou redução de 0,5% por ano), as expectativas de inflação
para o primeiro ano seriam 6%, devidamente repassadas a preços e salários.
seus salários e preços, portanto, incorporarão 5,5% de aumento (ao invés de
4,5%), tornando mais difícil a tarefa do BC. Caso a convergência seja mais lenta
(digamos, em 4 anos, ou redução de 0,5% por ano), as expectativas de inflação
para o primeiro ano seriam 6%, devidamente repassadas a preços e salários.
Em outras palavras, a
persistência da inflação, que muitos atribuem apenas a fatores culturais (a tal
“indexação”), também reflete a velocidade de convergência: quanto mais lenta,
maior a persistência, comportamento desconhecido nas galáxias vizinhas.
persistência da inflação, que muitos atribuem apenas a fatores culturais (a tal
“indexação”), também reflete a velocidade de convergência: quanto mais lenta,
maior a persistência, comportamento desconhecido nas galáxias vizinhas.
A verdade é que os
exilados tentam, de forma nada sutil, esconder que a política econômica dos
últimos anos reflete exatamente suas propostas, sem guardar nenhum parentesco
com o tripé macroeconômico, gerando os resultados lamentáveis descritos no
primeiro parágrafo. O que lhes falta é apenas a coragem de assumir a
paternidade do modelo fracassado.
exilados tentam, de forma nada sutil, esconder que a política econômica dos
últimos anos reflete exatamente suas propostas, sem guardar nenhum parentesco
com o tripé macroeconômico, gerando os resultados lamentáveis descritos no
primeiro parágrafo. O que lhes falta é apenas a coragem de assumir a
paternidade do modelo fracassado.
Os dados que lá
publicam
Eu não sei interpretar
|
(Publicado 11/Dez/2013)
Ainda tem gente que acha que a culpa da inflação é a "indexação"?
Credo!
Fui ver o número de citações dos trabalhos do economista extra-galáctico. Quase zero. É pesquisador nível IB do CNPq. Que tipo de comitê classifica os pesquisadores da área?
Prezado Alex,
Falando em modelo fracassado me permita sugerir um tópico sobre a demonização do poupador.
Esse personagem muito valorizado no mundo civilizado é aquele que se controla sua impulsão ao consumismo de curto prazo tendo em vista um desejo mais elevado – uma viagem melhor, uma casa melhor – ou para a simples prudencia ante uma doença ou desemprego.
Aqui na banania o poupador é chamado por imbecis como Ciro Gomes pela alcunha de rentista.
O velhinho prudente de repente vira uma espécie de capitalista do mal explorador das classes, e aquela papagaiada toda da ideologia esquerdopata.
A falta que esses demônios fazem para o desenvolvimento sustentável é algo que gostaria de ver ilustrado pela sua magnifica careca.
abraço
Excelente artigo, Alex. Como sempre.
De fato, há uma distância galáctica entre os fatos e o discurso desses "exilados".
Ignorância, má-fé ou ambos?
"Que tipo de comitê classifica os pesquisadores da área?"
Eh um comite de brasileiros.
"imbecis como Ciro Gomes"
A classe organizada dos imbecis vai comprar briga com voce.
http://moglobo.globo.com/integra.asp?txtUrl=/economia/dilma-diz-que-indexar-preco-da-gasolina-uma-temeridade-11101861
Essa Dilma nao aprende (ver link acima).
Sr. Alexandre,
Discordo apenas de um ponto de seu artigo.
Para o Brasil, modelo Adaptative Expectation é mais adequado para retratar a negociação salarial do que o Rational Expectation (adotada pelos Novos Clássicos). Uma razão seria o reajuste dos preços administrados e outra seria cultural: tradicionalmente se negocia recomposição de salario e eventualmente ganhos de produtividade.
Seguindo seu raciocínio, se em 2013 a inflação foi 6,5%, os sindicatos em 2014 não devem negociar os 6,5% da inflação passada, mas um reajuste da inflação futura de 5,5%; ANTECIPANDO-SE à perda causada pela inflação futura e, tendo assim um ganho real de 2,75% (supondo uma perda linear ao longo de 2014 e que os salários não estão defasados no início de 2014).
Uma provocação: alguém já teve sucesso em explicar a um sindicalista petista que os salários vão à frente da inflação?
Abs,
O Poeta
É isso aí,participei de varios seminarios de economia Austriaca e cheguei a seguinte conclusão:Devemos abolir o BC e voltar o padrão ouro.
"Para o Brasil, modelo Adaptative Expectation é mais adequado para retratar a negociação salarial do que o Rational Expectation (adotada pelos Novos Clássicos). Uma razão seria o reajuste dos preços administrados e outra seria cultural: tradicionalmente se negocia recomposição de salario e eventualmente ganhos de produtividade."
Fato: Alex crê no modelo a todo custo…
"O Poeta"
Seu post está confuso.
"A inflação, descontadas intervenções pontuais do governo, segue pressionada e o déficit externo é crescente, caminhando para fechar o ano acima de US$ 80 bilhões. Esta combinação de inflação e déficit sugere uma economia com excesso de demanda, apesar do crescimento pífio, ao redor de 2%."
Alex, isso não indica um problema de escassez de oferta em vez de um de excesso de demanda? Um choque negativo de produtividade não explicaria melhor?
Assistam, e por favor divulguem:
http://www.youtube.com/watch?v=6Bxvyxt6p-I
Programa televisivo de 2004, tendo com um dos apresentadores o filosofo Olavo de Carvalho e o economista José Monir Nasser (já falecido, infelizmente!). Aulas de filosofia com liberalismo economico.
Foram 19 programas – a série toda está no youtube.
E sobre o acordo FAB-GRIPEN ???
Ninguém fala nada ?
EM 18 anos de conversas, fico imaginando quantos engenheiros mecanicos/aeronáuticos foram formados neste país, entre ITA, USP, UFRGS, UFMG, etc…, que poderiam se tornar os futuros donos de empresa para projeto de aeronaves – ao invés disso, querem todos um emprego semi-estatal na embraer, que é outra anomalia desse sistema economico vigente pois é uma daquelas empresas, que nem a VALE, onde é negociada em bolsa mas vive de pires na mão por um ajudinha estatal. Pergunta a Bombardier, Boeing, ou Airbus (essa , comn ressalvas pois França é complicado…) se é assim ? Nos EUA, o governo abre concorrencia e cabe as empresas apresentarem um protótipo que cumpra os requisitos da aeronave. Aqui … é o meu, o seu, o nosso dinheiro (via BNDES, até) que vai subsidiar tudo isso aí – uma vergonha. Um atestado de incompetencia. Qual a tecnologia nacional que temos em aeronaves ? (Eu tenho a lista dos itens importados, desde os avionics até a causa, passando pelo trem-de-pouso e sistemas de gestão de combustivel, etc.; portanto, não me façam perder o meu tempo ao tentar me contradizer) R. porcas e parafusos ! Nem a manta de "insulation" entre a fuselagem e o revestimento interno é nacional. Somos montadores (até de automóveis !!!!), e não… fabricantes. Existe uma grande diferença, aí ! Culpa do capital humano ? claro que não, somos todos capazes desde que vivamos dentro de um regime economico que privilegie a inovação. E isso, necessariamente, significa menos estado, menos intervenção, mais liberalismo ecocnomico, social e politico – escola austríaca ! O resto, é conversa fiada, ou melhor… é ficar assistindo um ministro de estado discutir com montadoras o que montar e vender, como se isso fosse função dele – patético !
Enfim …triste qto tempo perdido ! E lá se vão quase 20 anos desde que as conversas se iniciaram… patético !! País perdedor, sinto muito.
"Alex, isso não indica um problema de escassez de oferta em vez de um de excesso de demanda? Um choque negativo de produtividade não explicaria melhor?"
Inteligencia rara, diagnosticar excesso de demanda ou escassez de oferta representam a mesma coisa no cenario atual…. Pensa um pouquinho…
Renato, o Olavo de Carvalho é completamente louco e tem uma capacidade ímpar de falar merda. Não passa de uma Marilena Chauí com sinal trocado.
Quanto a seu chororô sobre Embraer, Gripen etc – apenas reflete sua ignorância e auto-ódio. Ignorância por não entender como funciona a produção industrial de qualquer bem sofisticado tecnologicamente ou na industria aeronáutica em particular – não existe nenhum motivo para uma empresa dominar todos os aspectos da produção de um avião ou qualquer produto complexo. Também você demonstra sua jeguice e auto-ódio na caracterização da Boeing e Bombardier. A primeira está para o estado americano assim como a Odebrecht está para o Brasil… Cara, não tenho nem paciência para continuar… Discutir com austriano protecionista é phoda demais para meu sábado.
Aiaiaiaiaiai … "O": um esquerdinha aqui – pelo amordedeus.
E, no sentido das práticas economicas … Boeing = Ordebrecth ?! Não se vc entende muito bem a diferença entre um estado facista, onde empreeiteiras/empresas não só como essa mas tbém aquela do Sr. X dependem do estado p/ sobreviver, e outro liberal ? Pergunta se a Boeing pega dinheiro emprestado do BNDES estadounidense p/ financiar suas vendas governamentais…
Vá se educar melhor, "O".
"O": por favor, me cite U-M componente de um aviào Boeing que nào seja "made in usa". U-M ! São empresas privadas de lá, empreeendedores, que desenvolvem e fabricam tudo. E aqui ? Quais as empresas ? Importam e traduzem – é isso só !
Eu te cito, no minimo, uns 20 compoenetes de importancia em aviões da embraer que não são made in brasil. Aqui vai uma listinha boba, de cabeça:
– radar ericson (sueco)
– avionics Garmin/Honeywell (eua)
– turbinas Pratt & Whitney/Rolls-Royce (canada/uk)
– simuladores de treinamento CAE (canada)
– trem de pouso EDE/Liebherr (alemanha/suiça)
– asas Gamesa (Espanha)
– sistema de combustível Parker Hannifin (eua)
– sistema de gerenciamento de voo Primus (eua)
… até a cauda ENAER vem de fora (Chile), e etc…
Sim… estão projetando uns aviões de transporte de tropa e equipamento (kc-390 – muito bons por sinal ) – a pergunta que faço é: – O projeto é auxiliado por computador/software de qual país, com suporte de quais fornecedores ? Sinceramente … é isso ?
Esse acordo SaaB/FAB (com a embraer no meio de gaiato e sangue-suga preguiçosa) é o retrato do brasil: enquanto nos países de 1o. mundo, os melhores buscam sempre ser empreeendedores e inovadores nas áreas que atuam, buscanbdo comercializar id;eias e conceitos em muitas empresas que come;cam na garagem da casa dos pais, aqui no brasil é MAIS FACIL buscar um emprego publico e viver da contratação dos servi;cos importados para aquelas funções críticas sem as quais a coisa não anda.
É por isso que temos Petrobrás e Vale de um lado, e no outro… as Chevron, BP, Exxon Mobil, Rio Tinto, Inco… Boeing/Airbus/Bombardier x Embraer… Como país, nos contentamos com muito pouco.
Seus comentários dão a enteder que vc encarna essa contentação.
renato, perdôo sua ignorância sobre a Boeing e sua dependência do estado americano (o tal complexo industrial-militar); ou que você não saiba que a Boeing também é conhecida como a única firma industrial com plantas em todos os 50 estados americanos (por que será? Vou lhe dar uma chance de se redimir, ainda que tenha minhas duvidas sobre sua capacidade de redenção).
Putz … Todos já leram o livro "The Warfare State" do Fred J. Cook…
Complexo militar-industrial, sim, claro – e daí ??? O governo é um comprador, como a industria civil o é; só que o faz dentro do territorio estadounidense, de acordo com as leis de Mercado, e nunca pedindo arrêgo às nações … "amigas".
DEntro deste cenário … ter planta nos 50 estados da nação estadounidense seria porque, eihm ?? Por ideologia politica ou diversificação e melhoria de risco através de lei tributária diferenciada, presença de fornecedores, qualificação de mão-de-obra, proximidade de centros de pesquisa e fonts de energia, logistica, infraestrutura, etc ? eihm ? peloamordedeus…
GE, Cartepilar, GM (outra que mamou nas guerras e projetos estatais… fabricava os tanques Sherman) e daí ? O fazia como se empresa privada fosse !! Já ouviu falar dos Bonds de Guerra ? NÃo tem BNDES, não !
E tem mais … Se não tivessem colocado o homem na lua (outro projeto megalomaniaco do Estado motivado pela Guerra-fria), não teriamos o Nylon da DuPont, Calculadora da HP, etc… até micro-ondas ! que viraram sucesso comerciais e sme os quais não conseguimos viver sem.
Voltando à Boeing… O lucro da boeing em 2013, um ano "sem" guerras, foi recorde ! Seria porque ? R. inovação e competição com airbus.
Veja bem como é patética a situação desse acordo … pense ao contrário: o governo federal estadounidense, a USAF, fechando um acordo de compra de aeronave com a embraer e necessitando trazer a Boeing junto para parasitar no projeto pela sua ineficiencia, despreparo e incompetencia.
O mais engraçado disso tudo é que .. A suécia é um país pacific, que não tem guerras, e que ainda por cima produz tecnologia de ponta – bélica ! e que trás, embutida, uma turbina VOLVO…
por favor, me cite U-M componente de um aviào Boeing que nào seja "made in usa". U-M !
Renato, de onde vem o assento de ejeção do Boeing F-18 Super Hornet? Só para citar um componente crítico sem o qual o avião não decola.
Quer mais? Tem muito mais, a Boeing como qualquer empresa moderna tem uma cadeia global de logística.
Pergunta se a Boeing pega dinheiro emprestado do BNDES estadounidense p/ financiar suas vendas governamentais…
É pior do que isto. Aqui no Brasil o ofertante do Boeing F-18 Super Hornet na verdade foi a US Navy (ver os documentos oficiais da concorrência FX-2 que sempre menciona a proposta "US Navy-Boeing"). O governo Americano não só financia como ainda ajuda a vender.
Agora vê se para de falar besteira sobre assunto sobre o qual você não sabe nada.
Alex,você já penou em ser o candidato da "tal oposição" ? Uma oposição de direita?
… The zero/zero ejection seat is the SJU-5/6 from Martin Baker Aircraft Company Ltd in the UK…
E não é só isso… os motores RollsRoyce estão equpando os jatos comerciais Boeing Dreamliner 787
Meu caro … UK e EUA são "OS" (em maiusculo) irmãzinhos industrializados do mundo faz 70 anos… tal pai, tal filho.
Leia aqui … estão trabalhando juntos desde, nomnimo, 1945 !!!!
(http://www.martin-baker.com/images/history-of-martin-baker-america2.pdf)
Vamos ver se algum dia teremos uma empresa desse porte no brasil chamada … Silva-Batista, por exemplo.
É … tanto a ofertante foi a USANavy que se qdo tivessem vendido o avião … o dinheiro teria ido o para o Tesouro Estadounidense, e não para os cofres da Boeing pois agfinal .. o modelo econmico de lá é socialista-facista e não.. capitalista liberal.
Aiaiaiai…
Alias… vc queria o quê ? Que em negociações desse porte, envolvendo Forças Armadas entre paises e capacidade bélica, o governo da empresa ofertante ficasse contra enão incentivasse ? Isso é compra/venda de bens "controlados", meu caro. Não é saco de feijão, soja e café.
O que acham dessa série de artigos escritos para o 'Estadão' ?
Entre a ortodoxia e a mudança do modelo econômico
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,entre-a-ortodoxia-e-a-mudanca-do-modelo-economico-,1111443,0.htm
O link acima é esse daqui: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,capitalismo-de-estado-patrimonialista-,1111446,0.htm
Artigo do LAra REsende.
Renato:
A Boeing como todas as outras empresas produzindo bens complexos no mundo (ênfase em todas), usa conponentes de dezenas de outros países. Eu já vi un infofráfico mostrando de onde vêm os componentes do Dreamliner – é mais de uma dezena de países.
Em outras palavras, seu chororô sobre Embraer/Gripen é apenas ignorância protecionista do típico latino-americano idiota.
Sobre o Dreamliner … sim, eu não duvido e até deve ser fácil encontrar tal info de que existem diversos fornecedores de outros países atendendo a demanda. Japão, UK, Canada, com certeza !
A questão que não pode ser colocada é querer concluir com isso que o país demanadante não possui a tecnologia de projeto e produção, caso o queira fazer pelos próprios meios. Os EUA não só tem essa(s) capacidade(s), como tbém não devem exercer tal atividade por razões puramente economicas, por exemplo, de economia de escala e trabalhistas, e outros fatores geo-politicos tais como manutenção de boas relações com aliados e trocas de favores diplomáticos. Um exemplo classico disso que me lembro de cabeça agora foi qdo se descobriu que era a china que fornecia peças de reposição (falsas e de menor custo, claro!) de aeronaves (link … achei: http://www.cbc.ca/news/politics/fake-parts-in-hercules-aircraft-called-a-genuine-risk-1.1345862 )
Olha … o dia que a GE Aviation decider sair do brasil, por uma razÃo ou outra, quem vai prestar manutenção nas turbinas dos Boeing 737 ? Pára tudo !!!
Querer achar que a embraer também está inserida nesse cenário, aí sim, é coisa de latino Americano idiota.
claro que não, somos todos capazes desde que vivamos dentro de um regime economico que privilegie a inovação. E isso, necessariamente, significa menos estado, menos intervenção, mais liberalismo ecocnomico, social e politico – escola austríaca !
——————
haha essa foi genial! faz um favor…manda um email pra Alemanha, Noruega, Dinamarca, Finlandia, Suecia avisando a eles que o governo não pode intervir na economia porque isso inibe a inovação!
Depois manda cópia pra NASA e pro Pentágono também…esses parasitas estatais estão há anos sugando os contribuintes americanos e não inovam em nada!
———-
esses austriacos acho que são alguma gozação! chegam a ser mais loucos que os esquerdoides
Para um infografico com os componentes do Dreamliner, veja aqui http://online.wsj.com/news/articles/SB125486824367569007
É … tanto a ofertante foi a USANavy que se qdo tivessem vendido o avião … o dinheiro teria ido o para o Tesouro Estadounidense, e não para os cofres da Boeing pois agfinal .. o modelo econmico de lá é socialista-facista e não.. capitalista liberal.
Se o Brasil tivesse comprador o Super Hornet sim uma parte do dinheiro teria ido para o Tesouro do Tio Sam.
Socialismo? Não, simples respeito à propriedade intelectual do projeto que é da Marinha Americana que pagou pelo desenvolvimento do avião. Coisas do capitalismo.
Aiaiaiai…
O pior burro é mesmo aquele que acha que é inteligente.
Claro … aqui também pode-se encontrar a mesma informação: http://www.letsflycheaper.com/blog/boeings-787-nightmare-should-we-be-concerned/
E repare que são os mesmos irmaozinhos e queridinhas de sempre – Commonwealth + Japan; muitas vezes, como ja disse, motivados por questões de custo de mão-de-obra e questões geo-politicas (ex. França não está entre os fornecedores, ou está ?)
Mas daí dizer que a Boeing não é capaz de projetar e fabricar os mesmos components em caso de necessidade… o que acredito ser o cerne da nossa discussão … é uma inverdade.
A embraer, empresa semi-estatal nacional, não tem capacidade fabril nem intellectual para tal, mesmo se quisesse – tem que comprar pronto pois não há outra opção ! Saiba vc que até as prensas da FIAT automóveis sao importadas da Itália. Isso sem falar das máquinas CNC da USIMINAS Mecanica p/ perfis metálicos para construção civil… todos bens de capital… importados. É um acinte à nossa capacidade !
Isso me lembra um artigo que eu li uma vez sobre peças aeronauticas chinesas sendo introduzidas na frota militar eua/canadense, por serem mais baratas – recondicionadas, ou não. (http://www.cbc.ca/news/politics/fake-parts-in-hercules-aircraft-called-a-genuine-risk-1.1345862). SE até a Suécia tem um aturbina Volvo no Gripen, fico imaginando se a GE Aviation decide sair do brasil… quem vai prestar manutenção nas aeronaves boeing 737, principalmente as turbinas. Já não estaria na hora de temos a capacidade de produçao de tal componente, também ?
Enquanto isso, até Morales vai a china e põe satelite boliviano em órbita (http://phys.org/news/2013-12-bolivia-telecoms-satellite-china.html); enquanto isso, o VLS brasileiro … não sai dos sonhos de cientistas ingenuos do CNPq, bancados às nossas custas.
>> Coisa como essas só acontecem mesmo em um pais capitalista-facista. Como pode… a empresa que investe (bndespar) é a mesma que fornce crédito (bndes); desse jeito, as eleitas do rei não acabam nunca !
BNDESPar anuncia aporte de R$1 bi na Odebrecht
Fonte: http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRSPE9BM02O20131223
Renato, faça o mesmo que eu:
Estude Economia por livros e leia artigos científicos. É o unico jeito de não ser um mises-revoltadinho ou um petista-psolista
Renato: existem vários métodos anticoncepcionais que são seguros e não afetam o prazer sexual.
Meus caros, vcs estão certos: vcs não tem idéia do ódio que tenho dessa nossa economia e seus personagens. Do potencial desperdiçado, etc. É verdade, não apenas sou um revoltado como também um frustado.
Alias … vendo a Bloomberg ontem … recordando o fenomeno Amazon … o camarada CEO lá, chegouuma hora que resolveu montar uma empresa de foguetes espaciais chamada "Blue Origin" – imediatamente me lembrei da nossa "Submarino.com.br" … poderia ter entrado no negócio de lan;camento de satellite, quem sabe não teríamos um VLS functional hoje, eihm ? -rsrrs