É repetitivo, mas não resisto (mais uma dica do The Anchor)

‘Gasolina não vai subir’, diz Mantega

Petrobras, porém, diz que preço pode aumentar se petróleo permanecer alto. Preço do álcool está alto por conta da entressafra, disse Mantega.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (6) que o preço do litro de gasolina no Brasil não terá aumento. “A gasolina não vai subir. Não está prevista nenhuma alta da gasolina no país”, declarou a jornalistas.
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou também nesta quarta, porém, que se a cotação internacional do petróleo se mantiver no atual patamar, a empresa terá que aumentar os preços dos combustíveis no mercado interno. Ele lembrou que o preço da gasolina na refinaria permanece o mesmo desde 2009.
“Se os preços se consolidarem no patamar que estão nessa semana, e nós não sabemos se vão se consolidar neste nível, evidentemente que vamos ter compressão em nossa margem e precisaremos ajustar o preço doméstico”, disse Gabrielli, após reunião com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmim.
A Petrobras é controlada pelo governo federal e a Presidência do Conselho de Administração da empresa estatal ainda é ocupada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Deste modo, para que o preço da gasolina suba nas refinarias, o governo tem de autorizar o reajuste.
Acho que Petrobrás terá que elevar o preço da gasolina, diz Mantega

Ministro da Fazenda argumentou que a estatal tem segurado o preço do combustível nas refinarias, mas a influência da alta do etanol tem elevado o preço da gasolina dos postos

03 de maio de 2011 | 12h 34

Eduardo Rodrigues e Renata Veríssimo, da Agência Estado
BRASÍLIA – Novamente interpelado por parlamentares sobre os altos preços dos combustíveis no País, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a Petrobrás terá que elevar o preço da gasolina em algum momento. “Aí sim precisaremos interferir na Cide de combustíveis, mas isso é um problema para o futuro”, afirmou.
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Mantega argumentou que a estatal de petróleo tem segurado o preço do combustível nas refinarias, mas a influência da alta do etanol tem elevado o preço da gasolina dos postos. O ministro voltou a dizer que os preços do álcool devem cair a partir de maio, com a intensificação da colheita da cana-de-açúcar.
Etanol
Guido Mantega afirmou que o preço do etanol deve cair a partir de maio, uma vez que a colheita da cana-de-açúcar já começou. “A boa noticia é que safra já esta sendo colhida, apesar das chuvas, e devemos ter redução de preços a partir de maio”, afirmou.
Segundo ele, o etanol sazonalmente apresenta preços mais elevados em abril, no período da entressafra, mas em 2011 também foi afetado pelo preço mais favorável do açúcar no mercado internacional. “É verdade que consumo de etanol aumentou nos últimos anos, mas também aumentou o preço do açúcar. É uma regra de mercado, o preço do açúcar é mais conveniente e houve certo desvio na produção”, admitiu Mantega.
O ministro destacou que o governo está trabalhando para regulamentação desse mercado, inclusive estabelecendo o etanol como combustível, via Medida Provisória. “A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vai cuidar disso, com exigências maiores para a produção de etanol. Queremos estimular os produtores, pois consumo tem subido bastante”, completou.
– A gasolina vai subir!
– Não vai!
– Vai!
– Em que ano estamos?

12 thoughts on “É repetitivo, mas não resisto (mais uma dica do The Anchor)

  1. O Mantega é fraco, o governo não se entende, a Dilma está perdidinha, o Tombini é frouxo.

    Este é o resumo. Enquanto isso a inflação sobe, as expectativas deterioram e o custo de reduzi-la no futuro será muito maior.

    PS. Este Tombini fez PhD nos EUA mesmo?

    M.

  2. E todos achamos que a coisa está indo de mal a pior. A Petrobras, parece, está segurando os preços para as distribuidoras, alguém tem tal informação? Se estiver, estará auferindo prejuízos nessa atividade, para tentar avalizar a intenção do governo em fazer arrefecer a inflação. E sem os recursos, como tocaria seu plano estratégico?
    Dawran Numida

  3. Alex e "O"

    Quando puderem, e se quiserem, gostaria de ler um comentário no blog a respeito do relatório de Marcus Sequeira, do Deutsche Bank.

    O jornal Valor (03/05/2011) publicou reportagem, mas mal escrita e, portanto, confusa, a respeito do que escreveu o analista sobre a revisão do plano de investimentos para o pré-sal da bacia de Santos, chamado Plansal, no período 2011-2015.

    "Petrobras revê plano de investimento para o pré-sal"

    "Sem muito alarde, a Petrobras revisou seu plano de investimentos para o pré-sal da bacia de Santos, chamado Plansal, no período 2011-2015. Os investimentos próprios (sem contar o das sócias BG, Repsol e Galp) saltaram de US$ 33 bilhões para US$ 54 bilhões, um aumento de 63,6%. Contando com as sócias, será aportada até 2015 a soma de US$ 73 bilhões.

    O plano anterior previa US$ 33 bilhões de investimentos no pré-sal até 2014, quando a produção chegaria a 241 mil barris por dia e agora a Petrobras vai fechar 2015 produzindo 613 mil barris de óleo por dia operados pela companhia, dos quais 108 mil barris se referem à parte que lhe cabe na produção (60%).“

    http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/5/3/petrobras-reve-plano-de-investimento-para-o-pre-sal

    O que mais chamou minha atenção na reportagem, e o que fiquei sem entender muito bem, foi esta passagem, retirada do relatório do Deutsche Bank:

    "Nosso desejo é que a direção (da companhia) revele um plano de investimentos que seja baseado em projeções macroeconômicas conservadoras, porque de outro modo a companhia vai parecer vulnerável a um potencial enfraquecimento dos preços do petróleo".

    De acordo com a reportagem confusa, Sequeira parece questionar se a Petrobras seria, hoje, "capaz de carregar esse investimento sem a necessidade de capital adicional".

    No final, a repórter escreveu que para os analistas do Itaú BBA, “o novo plano trará números maiores de investimento em refino e outras áreas fora do negócio principal da companhia.”

    Minha questão é:

    Esse “diz que diz Gabriele/Mantega” a respeito dos preços da gasolina guardaria alguma relação com a revisão para cima do plano de investimentos?

    Li por aí algum analista dizendo que os investimentos da Petrobras “fora do negócio principal da companhia” mostram-se hoje um problema. Ou seja, a Petrobras promoveu investimentos em plantas petroquímicas e de refino por orientação política do governo e por isso estaria agora no limite da sua capacidade para contrair novos endividamentos para tocar o pré-sal. Enfim, até que ponto essa situação explicaria a insistência do Gabrielli em desdizer o Mantega?

    A reportagem traz uma resposta da Petrobras (revisão de aumento de produtividade em alguns campos), mas como ela está mal escrita, ou então eu é que sou travado, não percebi relação entre as coisas ditas.

  4. Quanto seria o litro da gasolina se a dólar estivesse no patamar sonhado pelo Mantega?
    Um viva a economia burrificada, quer dizer, planificada.
    Afinal, como já disse o gênio, e difícil controlar o cambio e a inflação ao mesmo tempo… Cambio, inflação e preço de combustível então…

    Abs

  5. Quanto seria o litro da gasolina se a dólar estivesse no patamar sonhado pelo Mantega?
    Um viva a economia burrificada, quer dizer, planificada.
    Afinal, como já disse o gênio, e difícil controlar o cambio e a inflação ao mesmo tempo… Cambio, inflação e preço de combustível então…

    Abs

  6. Não há muita dúvida não, o pré-sal só é viável com petroleo bombando, se houver uma reversão na atividade economica derrubando os preços a empresa e o país serão pegos no contra pé ainda mais com a "capitalização" da empresa como está sendo feita.

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