Nova atualização
Com a divulgação da carga tributária de 2009 (33,6% do PIB), é possível fazer a atualização anual do post sobre a evolução fiscal do país. Dado o superávit primário (2,5% do PIB) de União, estados e municípios (sem empresas estatais), o gasto primário teria atingido 31,1% do PIB, o maior da série, superando o recorde de 2008. A notar que esta conta ignora outras fontes de receita (dividendos, por exemplo) e, portanto, subestima o nível do gasto. E 2010 promete…
Fontes: RFB (carga) e BCB (superávit primário)
O passado de alguns
Daqui a pouco aparecerá um ser da dimensão Z, perguntando;
– Mas e as tranferências? Respondo. Pague meu guarda noturno, meu seguro saúde, minha previdência privada e a educação do meu filho que fica tudo bem!
Tenho dó de mim pela carga tributária, mas mais ainda dos meus filhos e futuros netos que terão uma senhora batalha de sobrevivência nesse estado "democrático". Ainda tem a bomba da previdência pra explodir.
"o gasto primário teria atingido 31,1% do PIB, o maior da série"
Adicione à sua argumentação a série histórica do total de receita corrente arrecadada no período. Da forma como está escrito, me parece que vc tenta induzir o leitor a acreditar que o gasto público não possui lastro.
"Da forma como está escrito, me parece que vc tenta induzir o leitor a acreditar que o gasto público não possui lastro."
Só se estivermos nos referindo ao (paradoxal, mas nem tanto) leitor analfabeto.
Quem sabe ler teria notado que o texto começou assim:"Com a divulgação da carga tributária de 2009 (33,6% do PIB)".
E, quem possui mais que meio neurônio teria notado que o gráfico traz a evolução do gasto no eixo horizontal e da … receita(!) no vertical.
Nada pessoal, mas você tem curso primário?
P.S. Depois o pessoal acha que eu invento estes comentários. Pega mal, pô!
Pessoal,
O candidato Serra tá surtando!!!
Vejam:
Serra adota tom mais agressivo na economia (Valor Econômico, 08/09/2010)
Só um trecho:
"…Para o candidato, o Brasil está em franco processo de desindustrialização devido ao câmbio sobrevalorizado, que estimula a expansão das importações de bens industrializados para sustentar a demanda interna."
Kkkkkk!!!!
E aí tem como votar num cara desses?
O Serra esta fazendo de tudo para perder meu voto.
Digo mais: se o PSDB não puder lançar um candidato que defenda orgulhosamente a herança de FHC então melhor que não lance candidato algum…
Alex, Um Feliz Rosh Hashaná!
Abs
Valeu Marcelo.
Abs
Alex
Meus caros,
Só uma pequena dúvida metodológica sobre isto (em especial, a queda da carga tributária e do gasto público como proporção do PIB em 2003). Qual o papel da revisão do cálculo do PIB (de alguns anos atrás) nestas estimativas? Estas séries foram todas revistas ou o IBGE só revisou os números a partir de 2003? Como ficou isto? Esta queda ocorreu mesmo ou foi devido a esta revisão?
Saudações
"E, quem possui mais que meio neurônio teria notado que o gráfico traz a evolução do gasto no eixo horizontal e da … receita(!) no vertical."
Bom, pelo que está escrito no gráfico, o eixo vertical traz a evolução da carga tributária (!). Para vc, isto é sinônimo de receita?
Quem possui menos do que meio neurônio percebe que não necessariamente uma carga de 40% do PIB, em determinado período, produzirá uma receita maior do que uma carga de 20% do PIB em outro período, não?
Como você não tem nem meio neurônio, eu noto que a carga tributária nada mais é que a razão entre tributos e PIB.
Os números já foram calculados com as estimativas revistas de PIB. A série foi corrigida até 1995. entre 1990 e 1995 foram reconstruídas com base no defltor implícito e crescimento do PIB da série anterior.
Isto dito, em 2003 houve redução do gasto como proporção do produto.
Nao entendi.
O que o grafico mostra alem do crescimento do papel do governo (tributos e gastos) na economia?
Isso e uma surpresa?
Alex e/ou outros,
As intervenções do BC no mercado de cambio são esterelizadas, com a emissão de títulos públicos na outra parte, certo?
Como o cálculo da dívida líquida desconta o valor das reservas, um aumento do nível de reservas não elevaria a relação dívida líquida/PIB.
Seria correto dizer que uma elevação do nível de reservas aumenta a dívida bruta na proporção do volume x diferencial de taxa de juros?
Agradeço,
Der Anchor
Der Anchor:
Quanto à dívida bruta, qualquer compra esterilizada de reservas a aumenta. Caso o BC compre USD 100 @ USD1,70, digamos, e os esterilize em seguida, terá que vender BRL 170 de títulos público. Assim, mesmo com a dívida líquida inalterada, a dívida bruta aumentaria BRL 170.
Num segundo momento, há o efeito do custo de carregamento das reservas. Se o juro aqui é 10% e lá fora é 0%, há um custo (adicional) sobre a dívida de 10% sobre BRL 170, i.e., BRL 17.
No total a dívida bruta ficaria BRL 187 maior do que na ausência de intervenção esterilizada: BRL 170 pela esterilização e BRL 17 pelo custo de carregamento (i.e., diferencial de juros).
Ficou claro?
Ficou claro, obrigado Alex.
Num post futuro, caso aceite sugestões, seria legal saber a sua opinião sobre a questão do nível ótimo de reservas..
Será que passamos do ponto?
Abraço,
Der Anchor
nao tem dupla contagem?
Na explicação da relação dívida bruta e esterilização ou na conta do gasto público?
do nosso Ministro da Fazenda:
" (..) Então, queria mandar um recado. Nós não vamos deixar o real derreter (sic) e vamos tomar as medidas necessárias para impedir a valorização indevida ou excessiva. (..)"
Real derreter?
Valorização indevida ou excessiva (com relação a que? tem meta?)
Só quero ver a engenharia financeira desse ano para bater a meta do superavit..se seguir o nível das declarações, será de fazer rir(ou chorar)
Apollo Creed
"Nao entendi.
O que o grafico mostra alem do crescimento do papel do governo (tributos e gastos) na economia?"
Mostra o tipo de ajuste fiscal que é feito no Brasil. O superavit primário tem sido alcançado, mas através de uma elevação da carga tributária e não por uma redução dos gastos.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/797136-nao-tem-mais-centro-e-periferia-afirma-maria-da-conceicao.shtml
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Tio "O", merece resenha?
Fabuloso
Interessante texto sobre politicas keynesianas e o papel do déficit nas economias, contrapondo o exemplo americano ao germanico.
http://www.cato.org/pub_display.php?pub_id=12123
Mauricio
força, manteguinha !