Micro I
Quem quiser a matéria completa pode encontrá-la aqui, mas o extrato abaixo é uma amostra interessante do que ocorre quando, em nome da manutenção da taxa de câmbio depreciada (sem sucesso, diga-se, como discutimos neste post), o governo resolve tributar as exportações de commodities. Absolutamente previsível; a única coisa surpreendente (mas não tanto) é achar quem, depois de tudo isso, ainda defenda a adoção de medidas semelhantes por estas plagas.
Argentina’s farmers unable to fill wheat gap
For the past four years Argentine farmers have been grappling with wheat export limits, which the government says are to protect domestic prices, and also pay 23 per cent in export taxes, further discouraging overseas sales. So, with scant incentive to produce, farmers have slashed the land sown with wheat to a 111-year low, and cereal exports from the rolling pampas of what should be a breadbasket country have virtually halved over the past five years.
(…)
The lessons of Argentina’s experience with export restrictions are particularly relevant now, as wheat traders mull the impact of Russia’s decision last week to ban grain exports. The lower wheat production means that global supplies will be thinner than otherwise, further fuelling the price rally.
(…)
Wheat farmers in Argentina have turned to other crops, such as soyabean, while some international investors, who are critical to the flow of money into capital-intensive agriculture, have left the country and turned to Uruguay, Paraguay and Brazil.
Gustavo López, an analyst, reckons that the country’s best wheat hope this year is 4m hectares sown, which could produce a harvest of about 10m tonnes. Argentina needs 5.5m tonnes to meet domestic demand and, after setting aside seeds and stocks for next year, that could leave 4m for export, Mr López says. That compares with 10m tonnes in exports as recently as 2005.
(…)
Uncertainty about the export cap is compounded by doubts about export taxes. The government’s measures for charging such tariffs are set to expire this month, and it remains unclear how the system might be amended.“It’s too late in the season to change planting decisions,” says Mr Cameron. “Instead of producing 16m to 17m tonnes like we used to and should, we produced 8m last year and we’ll produce 10m to 11m this year,” he adds.
The irony is that the price of bread in Argentina – which the government’s measures are supposed to protect – has leapt in recent years amid rising inflation, with the cost of wheat accounting for only a fraction of the bread price.
Bacana, tive Micro I no semestre passado e discutimos exatamente esse caso da Argentina.
Belo Post, obrigado.
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São Paulo – SP, 01313-001
Att: Mr Dutch Disease.
Eu li um comentário sobre o Koreia do Sul, e chequei os dados lá no site do Banco Mundial.
A Koreia, que teve um crescimento impressionante nos 70 e 80, fez isto convivendo com déficit externo.
Durante vários anos o saldo foi negativo, e só reverte um pouco nos anos 2000.
A parte mais interessante é a participação do comércio internacional no PIB da Koreia.
As exportações representavasm 13% do PIB em 1970 e as importações 23%. Em 1990, as exportações representaram 28% do PIB e as importações 29%. E hoje estes números são de aproximadamente 50% do PIB.
Não foram megasuperavits comerciais que causaram o crescimento da Koreia, como a quermesse parece crer, e sim a maior participação no comércio internacional.
Engraçado…só para constar, Mr. Mankiw não sabe de onde veio a curva de demanda. Na verdade ele se baseia na Wikipedia, e da a desculpa esfarrapada de não ser "não sou professor do pensamento econômico"…que bizarro. Vocês ortodoxos não entenderam nada….fazem juz àquela máxima "Se mudar a cor do campim, o burro morre de fome"
http://gregmankiw.blogspot.com/2006/09/who-invented-supply-and-demand.html
Lá vem o burrinho (rogério) novamente. Agora se empenha na "tese" de que maior participação no comércio é a chave do crescimento…Primeiro, entre erros conceituais e confusões lógicas, trata saldo externo como sinônimo de saldo em transações corrente e dps como sinônimo de saldo comercial. Rogério, saldo comercial é uma parte do saldo em conta corrente, que por sua vez, é uma parte do saldo externo.
Além disso, o fato de a coréia ter crescido com déficits em transações correntes não falsifica a hipótese de que é possível crescer com superávits. Portanto, sua "análise" não diz nada. A não ser que pode-se crescer tanto com resultado positivo como negativo em transações correntes (mas vc não percebeu isso e concluiu outra coisa).
Só mais uma coisa, seus números mostram que o crescimento das exportações foi mais rápido que o das importações como porcentagem do PIB. Volta a ficar quietinho que tava melhor…
"Se mudar a cor do campim, o burro morre de fome"
Nada como um expert em capim dando sua opinião…
Chuuuuupaaaaaaaa otario!!!!! Essa ai, ate a minha avo te sacaneava.
Hum, agora eu entendi. Quando a quermesse escreve alguma coisa, ela não precisa ser coerente ou rigorosa no que escreve. Mas quando você comenta sobre alguma tese da quermesse, você deve ser bem rigoroso no que escreve.
A questão mais importante não é se eu sei ou não qual é a estrutura do balanço de pagamentos, e sim o fato que entre 1960 e 1984 a Korea não teve um ano sequer de saldo positivo na balança comercial, e a sua renda per capita quadruplica no mesmo período (rgdpch – PWT). E, para um período maior, ela teve apenas 6 anos com saldo positivo na balança comercial entre 1960 e 1997.
Mas o volume do seu comércio externo cresce enormemente.
Não defendo nenhuma tese ou estou falsificando alguma outra. Apenas vi que um persistente superavit comercial elevado não é um requisito imprenscindível para o crescimento como a quermesse acredita.
E a maior velocidade no crescimento das exportações se dá apenas no início da série, quando o volume das exportações representavam apenas 1/4 do volume das importações. Não vejo isto como uma contradição, até porque não persistiu para toda a série. Após 1976 a proporção se estabiliza.
Nada como um "cego-economicus" pra usar de retórica….
abaixo alguns "capins" pra você se deliciar:
– Antoine-Augustin Cournot;
– Hans von Mangoldt;
– Fleeming Jenking.
Só pra constar, não foram os manuais que inventaram a microeconomia (muito menos as Ciências Econômicas)! Por isso que os alunos das "grandes escolas" brasileiras não conseguem definir conceitos básicos. É de doer…
E pra vocês que gostam de ditados, lá vai mais um sobre o tema, especialmente para Mr. Alex:
"Às vezes é melhor ficar quieto e deixar que pensem que você é um idiota do que abrir a boca e não deixar nenhuma dúvida."
Abs a todos…..
"O ditador"
"Só pra constar, não foram os manuais que inventaram a microeconomia (muito menos as Ciências Econômicas)!"
Por Júpiter! Eu sempre achei que nada existia antes do Mas-Collel.
Só falta agora "o capinador" vir me dizer que a Física não foi criada por Steve Holzner(http://www.amazon.com/Physics-Dummies-Steve-Holzner/dp/0764554336/ref=sr_1_3?ie=UTF8&s=books&qid=1281702655&sr=8-3).
Estes experts em capim sempre supreendem…
P.S. 2:
E não deixou nenhuma dúvida mesmo.
"Hum, agora eu entendi. Quando a quermesse escreve alguma coisa, ela não precisa ser coerente ou rigorosa no que escreve. Mas quando você comenta sobre alguma tese da quermesse, você deve ser bem rigoroso no que escreve."
Bom, a caso a "quermesse" fosse coerente e rigorosa, não seria "quermesse". Quanto a segunda frase, parece óbvio que qualquer pessoa não mediocre deveria ser rigorosa apesar dos outros…
Mas voltando a "economia", só uma última dica (já te dei várias ao longo dos tempos, mas pelo visto não seguiu nenhuma, em especial a de estudar) os dados que vc se refere são de exportação e importação de bens e serviços. Isso NÃO é balança comercial burrinho!
Fiquei com preguiça de procurar, mas dúvido que a Korea não tenha superávit na balança COMERCIAL.
E pela milésima vez, um conselho: para de querer ganhar algum "debate" com a "quermesse" sem ao menos saber do que vc ta falando cara. Vc nao sabe a estrutura do BP!! Larga a internet e vai estudar!
Alex,
queria saber o que vc acha do post do Cristiano Costa :
http://www.cristianomcosta.com/2010/08/chutando-o-pe-do-tripe.html
Vc tbm acha provável que a Dilma e o Serra chutem o tripé como o Cristiano?
Abs, Jobim
Retórica e mais retórica adicionada a pseudo-ciência….
Ditado para o Mr. Alex:
"O importante não é saber, mas ter o telefone de quem sabe!"
"O ditador"
Meus caros,
Sempre passo aqui depois do almoço (ótimo para fugir do trabalho) e me deparo com uma frase impressionante: "os dados que vc se refere são de exportação e importação de bens e serviços. Isso NÃO é balança comercial burrinho!".
Meu Deus do céu. Ou esqueci minha formação ou a frase é para lá de esquisita. Balança comercial não é exportação menos importação entre os países? A quermesse pirou de vez? E este "burrinho" no final? É sinal de viadagem?
Saudações
Meus caros,
Só outro comentário de almoço. É simplesmente estapafúrdio o comentário acima sobre o Mankiw (e as curvas de oferta e demanda). Fui no link e não sei se gargalho ou choro.
Qualquer um que já tenha dado um curso introdutório de Micro se depara com a questão dos gráficos (variável dependente no eixo horizontal), o que torna um pouco mais complicado calcular os excedentes (temos sempre que lembrar os alunos disto ao fazerem suas integraizinhas). Quem fez isto primeiro (e isto veio até hoje)? Sei lá. E quem liga?
Agora, sei (ou sabia) todos os axiomas necessárias para as curvas apresentarem determinados formatos e porque não é possível garantir, a priori, que determinados formatos existam (tal qual muitos aqui também sabem). Esta é a moderna teoria microeconômica (infelizmente, não conhecida pela quermesse). A mensagem do sujeito deve ser brincadeira. Só pode. Não é possível isto. E ele termina a mensagem com a gracinha do burro (e dá a entender que o Mankiw não entende de microeconomia!!!!). Este com certeza é um gozador e vai rir da nossa cara na próxima ANPEC/SBE.
Saudações.
Anônimo 10:45
No artigo de 06/08/210, no ESP (“Um economista que fará falta ao País”), prof. Werneck registrou esta passagem do último artigo do Prof. Dias Carneiro:
O parágrafo final de um dos seus últimos artigos, no Estado de 21/5, bem ilustra a admirável argúcia com que buscava resgatar o bom senso no debate econômico. “O candidato do PSDB declara-se contra a independência do Banco Central e a candidata do PT mostra que não sabe o que é restrição fiscal. Para ambos, algo a pensar. Quem leva a sério a responsabilidade fiscal não precisa tirar a independência do Banco Central. Quem não leva não merece mandar no Banco Central.”
PS: Luciano Coutinho, em entrevista ao ESP em 17/07/2010, ao ser indagado sobre a transparência do custo fiscal dos empréstimos do Tesouro e sobre a quanto chegava essa conta, declarou: “a impressão que temos é que o resultado fiscal líquido da atuação do BNDES é positivo. Estamos fazendo essas contas e vamos apresentar EM BREVE.
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,nao-ha-risco-de-descontrole-fiscal-no-brasil,27877,0.htm
Desde o dia 17 de julho até hoje são passados 27 dias. E aí? Alguém teve alguma nova notícia a respeito das contas do BNDES?
"O importante não é saber, mas ter o telefone de quem sabe!"
No seu caso, o importante é ter um telefone grande o suficiente para digitar o número com os cascos…
Anônimo 12:42
O objeto trazido pelo comentário do Rogério é digno de exame, a se confiar como verdadeiros os dados que ele apresentou.
O que entendi desde o primeiro comentário do Rogério foi exatamente o que ele explicou mais didaticamente no segundo.
Há no comentário uma evidente crítica aos que pensam abstratos, recusando pensar objetos. Rogério trouxe novos elementos e apontou uma crítica do axioma do crescimento evolutivo pelo acúmulo constante e progressivo de superávits, via controle da taxa de câmbio mantida em seu nível ideal e em conformidade com as crenças da quermesse, enunciado com todas as letras pela escolástica do “novo-desenvolvimentismo”.
Isto é, os objetos aportados no comentário questionam o axioma (proposição de valor geral considerada necessariamente evidente e verdadeira) da quermesse. Portanto, se verdadeiros (os objetos) este (o axioma) deveria ser corrigido ou até abandonado. Mas…
Rogério
No Novum Organum (1620), Livro 1, um aforismo que complementa o seu comentário e também o do anônimo 12:42
XXV
The axioms now in use, having been suggested by a scanty and manipular experience and a few particulars of most general occurrence, are made for the most part just large enough to fit and take these in; and therefore it is no wonder if they do not lead to new particulars. And if some opposite instance, not observed or not known before, chance to come in the way, the axiom is rescued and preserved by some frivolous distinction; whereas the truer course would be to correct the axiom itself.
Alex, "O";
Hj sairam artigos sobre o crescimento na zona do euro, e em particular na Alemanha. Como idéia: vocês podem escrever sobre as diferentes as medidas de combate a crise tomadas pelos Estados Unidos e Alemanha.
MGLI
show de bola o artigo do M.Garcia no valor hoje..
o modo de escrever é bem parecido com o do Tio O, claro sem a acidez presente nos posts aqui no blog
Doutrinador
"os dados que vc se refere são de exportação e importação de bens e serviços. Isso NÃO é balança comercial burrinho! "
ah…nÃO?!?!
alguém pode esclarecer, pf?
""os dados que vc se refere são de exportação e importação de bens e serviços. Isso NÃO é balança comercial burrinho! "
ah…nÃO?!?!
alguém pode esclarecer, pf?"
Balança comercial = exportação de bens – importação de bens (não entra serviços).
Esclarecendo: Saldo da balança comercial é exportação de bens menos importação de bens.
Exportação de bens e serviços (não-fatores) menos importação de bens e serviços (não fatores) é o que se chama de transferência líquida de recursos.
Achei que isso fosse macro I de graduação….
É mais uma questão de definição.
Os EUA, quando divulgam balança comercial (saiu esta semana, por exemplo, http://www.census.gov/foreign-trade/data/) falam em comércio de bens e serviços. No Brasil, tipicamente só de bens (os dados sobre comércio de serviços não-fatores saem quando da divulgação dos dados de balanço de pagamentos), mas é mais uma questão de conveniência (serviços, como sempre, sao mais difíceis de medir).
Por natureza econômica, a abordagem americana me parece a mais correta, i.e., bens e serviços não-fatores (viagens, fretes, seguros, etc) agregados numa balança comercial "ampliada".
Serviços de fatores (tipicamente rendas associadas ao capital estangeiro investido aqui e capital nacional investido fora, seja sob forma de juros ou dividendos), têm outra natureza.
De volta a contabilidade nacional, seja Y o valor do PIB e seja D o passivo externo líquido, cujo custo médio é i*.
Neste caso, o PNB seria dado por:
PNB = Y – iD
Isto é, após o pagamento ao capital estrangeiro (renda líquida envida ao exterior), o que há disponível para os residentes é o PNB.
A oferta total para os residentes é, portanto, o PNB mais as importações. A demanda total é consumo, investimento, gasto público e exportações, logo:
Y-iD +M = C + I + G+ X
Se definirmos a poupança total como S = Y – C – G teremos:
S – I = X-M +iD
X-M é a balança de bens e serviços não-fatores
iD é o serviço do capital (ou, de forma mais geral. serviço de fatores)
Os dois juntos formam a conta corrente.
Aqui está uma fonte de dados sobre o balanço de pagamentos da Coreia:
http://kosis.kr/nsportal/eng/database/database_001000.jsp?listid=R&subtitle=External trade,Foreign exchange,Balance of payment
E os dados podem ser consultados em diferentes níveis de detalhamento.
Quando pedia para instalar o pacote de idioma coreano, eu canceleva e ele carregava normalmente.
Alex
Excelente o último comentário (10:42). Isso é melhor que aula particular porque é praticamente “digrátis”. É sério. Finalmente essas (para mim) nebulosidades econômicas começam a se desvanecer. Vou imprimir o comentário e ter como exercício o entendimento meticuloso de cada uma dessas formulações com as suas varáveis. Mais uns dois ou três de leitura diária do blog vão me deixar afiado e não deixar mais que eu passe vergonha em conversas sobre economia.
Eu tenho buscado pelos sites de pesquisa algum link que me leve a um glossário de termos econômicos, mas os que encontrei não me atenderam por variadas razões. Se alguém souber de algum e puder mandar, serei bastante grato.
Li no Ordem Livre um artigo do João Luiz Mauad. Ele apresenta uma interessante consideração a respeito das análises do jornalismo econômico sobre a primeira estimativa do PIB dos EUA. “O que chamou atenção mesmo foram algumas análises e comentários dele decorrentes, vindos, inclusive, de gente bem pensante e informada”.
Segue citando trechos dos artigos de alguns jornalistas e apresenta o problema que seria generalizado nas reportagens e nas colunistas de economia:
Qualquer pessoa menos informada, que se depare com tais notícias, sairá com a impressão de que, quanto mais um país importa, menor será o seu PIB. Importar, portanto, seria algo análogo a destruir riqueza. Se acreditarmos no que dizem os analistas, sairemos certos de que, ao comprarmos um produto importado, estaremos contribuindo para a ruína de nosso país.
O fulcro desta falácia econômica, disseminada, muitas vezes até involuntariamente, está na famigerada identidade contábil abaixo, utilizada, mundo afora, para o cálculo do PIB:
PIB = C + I + G + X – M
O problema não está na fórmula em si. Como método de aferição do Produto Interno Bruto, ela é largamente aceita. […]
A confusão é provocada exatamente pelo sinal de subtração antes das importações (M), o que induz a pensar que elas diminuem o valor do PIB. Aquele sinal (-), no entanto, está ali justamente para fazer com que as importações tenham peso neutro no cálculo do Produto INTERNO Bruto, afinal elas já estão inseridas (com sinal positivo) tanto em C (consumo), quanto em I (investimento) ou X (exportações), e até mesmo em G (gastos públicos). [grifos do autor]
O autor segue com exemplificações que ajudam o leitor leigo em economia a entender o que de fato há de falacioso nas análises jornalísticas citadas.
Para quem se interessar
http://www.ordemlivre.org/textos/1079/
Alex,
valeu pelo esclarecimento!
Paulo,
achei interessante o seu comentário.
Anônimo preguiçoso,
qual é a sua conclusão? Ainda continua com a dúvida?
"Fiquei com preguiça de procurar, mas dúvido que a Korea não tenha superávit na balança COMERCIAL."
Em breve eu vou postar os dados históricos da balança comercial e conta corrente dos principais casos de sucesso asiáticos.
Antecipo que a tese de Bresser Pereira e comparsas que não e' possível crescer ou se desenvolver importando capital e' refutada alem de qualquer duvida pela experiência do Leste Asiático.
O caso da Coreia do Sul e' especialmente interessante porque os coreanos não so' foram campeões mundiais de crescimento no pós-guerra, fizeram isso enquanto acumulando deficits gigantescos em conta corrente (contradizendo a 'tese' da turma da nove de julho), e mais que isso, financiaram seus deficits em conta corrente da forma menos kosher possível, isto e', emitindo divida em moeda estrangeira e praticamente banindo o investimento estrangeiro (que muitos consideram uma 'boa' forma de importação de capital).
Paulo,
aqui mesmo no blog, já teve um post feito pelo Alex comentando sobre o efeito das importações sobre o PIB.
http://maovisivel.blogspot.com/2007/03/cui-bono.html
valeu Alex e demais que responderam a minha dúvida.
agora, para que chamar o camarada de burro se nem errado ele estava?
…
"o" marrento, aproveita tb e pega o da Austrália q, se não me engano, tem déficit de conta corrente há mais de década, e a nossa semelhança, tb é grande produtor e exportador de commodities. alias exemplo bastante citado como um modelo viável a seguir pelo brilhante (sério) Samuel Pessoa.
Há mais de década?
Talvez seja mais de século… mas tenho que checar os dados para ter certeza…
"marrento"? o que e' isso? Eu tenho mais décadas que gosto de lembrar, não conheço a fala dos mais jovens ou dos abrutalhados.
Neste link do Reserve Bank of Australia podem ser visualizados dados do balanço de pagamentos da Austrália desde 1959. E, como o "O" comentou, o déficit vem de longa data mesmo.
http://www.rba.gov.au/statistics/tables/index.html#balance_payments
"O",
segundo a tese do Bresser e Gala, o déficit em conta corrente reduz volume de investimento no setor exportador e o nível da poupança interna, devido ao aumento do salário real causado pelo câmbio valorizado.
Mas olhando os dados da Austrália lá no site do Banco Mundial, o nível de poupança doméstica bruta e formação bruta de capital deles em relação ao PIB possuem um volume considerável, e tem se mantido estável ao longo do tempo, não se comportando como a referida tese propõe.
Pergunta: eu estou olhando os números errados ou eles não estão olhando número nenhum?
Pergunta: eu estou olhando os números errados ou eles não estão olhando número nenhum?
Eles provavelmente nunca ouviram falar do metodo cientifico, e o fato que sua teoria falhou em suas previsoes nao os incomodara em nada…
PIG
Rogério
O artigo do Alex (fev/2010), pelo que compreendi, trata da mesma questão.
O surpreendente no artigo do Mauad (08/2010) está na constatação desse pensamento (importar=arruinar) como ainda muito influente no jornalismo que cobre os fatos da economia.
PS: Escrevi "Mais uns dois ou três de leitura diária do blog". Escapou escrever o tempo de leitura. No caso, mais uns dois ou três anos de leitura diária do blog.
Estou com o PIG. A última coisa que este pessoal se preocupa em olhar são os números, absolutamente dispensáveis se você sabe a priori como o mundo funciona.
Que porrada, hein Rogério!!!!
Não "flórida" eles assim não, pode machucar! Olha, qdo vc mostra números/pesquisa de outras bandas, a coisa toda "azedar" pro lado deles! Gênios de plantão!
Brados
Martins
Careca viu? A China ja ultrapassou o Japão em 2027 vai superar os EUA.
Lucrécio
http://www.marketwatch.com/story/the-worlds-best-stock-market-2010-08-12
algo mais sobre a Austrália.
"Careca viu? A China ja ultrapassou o Japão"
E você viu o careca ou estava de costas?
Não fuja do assunto!! O modelo Chines é um exemplo a ser seguido tanto que superou o Japão e caminha para superar os EUA.
Lucrécio
Você fugiu do careca?
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk